Como é o mercado de medicina no Brasil?

A medicina sempre foi uma área muito procurada por aqueles que vão prestar vestibular. Ela traz status social, a possibilidade de salvar vidas e uma carreira com estabilidade financeira. Mesmo em períodos de crise, a área nunca deixou de ser prestigiada. É de conhecimento público que médicos sempre serão necessários.

Mas, será que é verdade que a faculdade de medicina traz realmente a tão sonhada estabilidade financeira? O blog do Kuadro foi atrás das pesquisas para responder essa questão.

Quantos profissionais atuam na área de medicina no Brasil?

De acordo com dados da pesquisa Demografia Médica do Brasil, realizada pelo Conselho Federal de Medicina, o CFM, em 2015, o Brasil conta com 432.870 profissionais atuando na área. Isso dá uma média de 2,11 funcionários para cada grupo de 1000 pessoas.

Só que esses profissionais estão mal divididos entre as regiões do Brasil. A mesma pesquisa aponta que eles se localizam majoritariamente nas regiões Sul e Sudeste. As duas juntas concentram 54,3% da população brasileira e 70,4% dos médicos.

As grandes metrópoles com maior contingente também concentram a maior parte dos profissionais de medicina. Nas 39 cidades com mais de 500 mil habitantes, que juntas concentram 30% da população brasileira, estão 60% dos médicos do país. Já nos 4.932 municípios com até 50 mil habitantes, onde moram 65,5 milhões de pessoas, estão pouco mais de 7,4% de quem trabalha na área.

Qual o perfil do médico no Brasil?

Durante muito tempo se imaginou no médico como sendo do sexo masculino, mas essa realidade vem mudando. Ao todo ainda há mais médicos homens que mulheres, 57,5% contra 42,5%.

Mas, o número de novas médicas mulheres ultrapassou o de homens. A primeira vez que isso aconteceu foi no ano de 2011, se mantendo nos anos seguintes. Em 2014, a cada 100 médicos novos no mercado, 55 eram mulheres e 45 eram homens.

Valor médio da bolsa de residência

Após os 6 anos de ensino regular mínimos, o aluno pode realizar uma residência médica. Ela não é obrigatória, mas, sem ela, o médico não pode portar o título de especialista em alguma área. Ele apenas pode atender os pacientes sendo clínico geral.

Em todo o país são oferecidas entre 15 e 20 mil vagas de residência médica anuais, distribuídas em 56 programas diferentes. Elas são regulamentadas da mesma forma. A carga horária é de 60h semanais e a bolsa é de R$ 3,3 mil mensais.

Qual é salário médio de um médico?

A pesquisa também perguntou sobre a remuneração dos entrevistados. Apenas 3,4% se recusaram a responder. De acordo com o resultado:

  • 20% recebe até R$ 8 mil;

  • 22,3% recebe entre R$ 8  e R$ 12 mil;

  • 20,1% recebe entre R$ 12 e 16 mil;

  • 13,1% recebe entre R$ 16 e 20 mil;

  • 7,3% recebe entre R$ 20 e 24 mil;

  • 13,6% recebe acima de R$ 24 mil.

De acordo com o IBGE, em 2015 o salário médio mensal do brasileiro era de R$ 2,48 mil. Se formos analisar os residentes médicos tinham uma bolsa mensal com mais de R$ 700 acima que a média nacional. Se formos levar em conta os médicos atuante no mercado, mais de 80% deles recebiam pelo menos 3 vezes a média mensal do brasileiro.

Mas, também trabalhavam mais. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, a carga horária permitida semanalmente é de 44h. A pesquisa do CFM aponta que 75,5% dos entrevistados realizavam mais de 40h mensais (com 32% deles realizando mais de 60h).

Setor Privado x Setor Público

A Demografia Médica do Brasil em 2015 apontou que a maior parte dos médicos brasileiros atuam tanto no setor público quanto no privado com 51,6%. Os que atuam apenas no setor público são 21,6% e os do privado são 26,9%.

No setor público, mais da metade atuam em hospitais, com 51,5%. Em seguida entram os que atuam na atenção primária de saúde (Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Estratégia Saúde da Família) com 23,5%; os que atuam na atenção secundária de saúde ( ambulatório de especialidades, AMA, UPA, CAPS, e serviços especializados (Centro de Referência de Aids, Hemocentro e Hemoterapia, Saúde do Trabalhador) com 4,8%; os que atuam em universidades públicas, gestão pública e atendimento pré-hospitalar com 9,5%.

Entre os que atuam no setor privado, o maior número é os de consultório particular, com 40,1%. Em seguida, os de hospital privado com 38,1%, clínica ou ambulatório privado com 31,1%, universidade privada com 5,3%, serviço médico de empresa com 4,8%  e laboratórios, serviços de diagnose e terapia com 1,8%.

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