A formação das monarquias nacionais europeias

No resumo sobre Antigo Regime, focamos em suas características gerais. Nesse, trabalharemos com a consolidação das principais monarquias nacionais europeias do período Moderno. Esses Estados possuíam características absolutistas, com influências de humanistas que defendiam, de forma geral, o poder concentrado nas mãos de um monarca.
Vejamos como esse processo se deu em algumas partes da Europa:

A formação das monarquias nacionais europeias: França

Como vimos no resumo sobre Baixa Idade Média (Crise do Mundo Feudal), a Guerra dos Cem Anos colaborou para a centralização do poder na França. Esse acontecimento foi devido à organização das tropas permanentes que permitiram a criação de importantes meios para arrecadação de impostos.
No entanto, ainda faltava uma administração civil organizada e integrada.
Dois monarcas organizaram esse processo: Francisco I e Henrique II. Eles foram hábeis negociadores entre os vários setores da sociedade. Ao mesmo tempo em que consultavam os conselhos regionais, respeitavam os privilégios da nobreza tradicional.
Além disso, por meio da Concordata de Bolonha (1516), assinada como o Papa, o rei francês passava a controlar as principais nomeações eclesiásticas e, em troca, garantia a imunidade econômica ao clero. A coroa francesa criou assim, importantes laços sociais e políticos com a nobreza tradicional e com a Igreja Católica, o que facilitou o processo de centralização do poder.

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O rei Francisco I também deu início, na França, ao processo das grandes navegações. Ou seja, de descoberta de novos territórios e rotas comerciais, visando o aumento da produção e do comércio, beneficiando assim, a burguesia.
A consolidação total do absolutismo francês se deu com os reis Bourbons, Luís XIII e XIV, que conseguiram exercer grande controle sobre os poderes locais. Mas foi com Luís XIV, o “Rei Sol” que o absolutismo francês teve seu auge. Esse monarca concentrou todas as funções do Estado.
Foi no seu reinado que a tese do absolutismo por Direito Divino foi reforçada.

Imagem do Rei Luís XIV
Rei Luís XIV, o “Rei Sol”.

Portugal

Portugal foi o primeiro país europeu a centralizar-se, ainda na Idade Média.
A Dinastia Borgonha (1139-1383) foi a primeira de Portugal como reino independente. Ela deu prosseguimento as Guerras de Reconquista, ou seja, de retomada da Península Ibérica das mãos dos mulçumanos (mouros).
Em 1383, D. Fernando de Borgonha morre e não deixa herdeiros do sexo masculino, causando uma guerra sucessória, conhecida como Revolução de Avis. Nela, comerciantes aliados a setores populares saem vitoriosos e indicam o rei D. João I, da dinastia de Avis, em 1385.
A consolidação do Estado centralizada português foi um dos motivos que fez dele o pioneiro das grandes navegações, sendo essencial para a descoberta de novas rotas marítimas e comerciais e de novos territórios a partir do século XV.

Espanha

A centralização do Estado espanhol, assim como o português, estava ligado às Guerras de Reconquista. As invasões árabes tiveram início no ano de 711 e as Guerras de Reconquista iniciaram-se no século XI com exércitos vindos da região norte, conhecida como Astúrias.
Durante essas guerras o território espanhol dividiu-se em quatro reinos: Leão, Navarra, Castela e Aragão. Por meio de casamentos esses reinos foram se unificando e, em 1469, os reis, conhecidos como reis católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela se casam e dão origem ao estado centralizado espanhol.
Em 1492,  conquistam Granada, último reduto mulçumano ao sul da Península Ibérica, consolidando, de uma vez, a Espanha como Estado unificado.
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