Antiguidade Oriental: Egito

Para fins didáticos, é comum dividir a História Antiga em dois grandes grupos: a Antiguidade Oriental que abrange as civilizações do oriente; e a Antiguidade Clássica, que compreende os gregos e romanos. Nós começaremos pelas principais civilizações orientais, focando no Egito.

Antiguidade oriental

Essas civilizações despertam grande interesse, tanto pelas grandes e imponentes construções (como as pirâmides ou esfinges do Egito) quanto pela criação de organizações religiosas e políticas que reverberaram  posteriormente (judaísmo dos Hebreus).
As primeiras civilizações orientais surgiram à cerca de 5 mil anos às margens dos grandes rios. A agricultura foi fundamental para o seu surgimento, mas devemos lembrar que elas vão muito além disso.
A capacidade desses povos de se inventar fez deles grandes civilizações, já que para o domínio das atividades produtivas e econômicas bem como para expandir seu território foi necessária a criação de um  aparato administrativo e burocrático que organizasse a forma de viver desses grupos.

Egito: a dádiva do Nilo

O “Egito é uma dádiva do Nilo”. Essa frase, que foi dita pelo “pai da história”, Heródoto, ilustra muito bem o papel que o Rio Nilo teve no florescimento da civilização egípcia, que surgiu em suas margens.
O Egito localizava-se no norte do continente africano, cercado pelo deserto do Saara, que produziu uma barreira natural que lhe protegeu, por muito tempo, de invasões externas. O Nilo tornava uma área 30 mil Km² cultivável, o que fez com que mais de 7 milhões de pessoas habitassem a região.
Nos meses de verão (junho a setembro), as chuvas na cabeceira do rio provocavam enchentes que fertilizavam suas margens com húmus (um rico nutriente), o que permitia a prática da agricultura.
Nos meses de inverno, por outro lado, o território enfrentava um período de seca. Diante de sua condição geográfica, os egípcios desenvolveram um sofisticado sistema de produção agrícola. Nesse sistema, havia construções hidráulicas que irrigavam as localidades mais afastadas. Essas construções atendiam as necessidades de suas duas principais regiões: Alto e Baixo Egito. Assim, criava-se também um Estado com poder centralizado.

Antiguidade Oriental
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Antigo_Egito

O Egito possuía um governo teocrático. Identificado como uma divindade, o faraó (intermediário entre Deus e os homens) governava o Egito e detinha todo o poder. Suas funções eram múltiplas e variavam ao longo do tempo, mas em geral ele tinha: função religiosa, militar, administrativa e jurídica.
A sociedade egípcia se dividia em Faraó, que era o topo da pirâmide social, seguido de sacerdotes, escribas, nobres, comerciantes, camponeses e os escravos. Não havia mobilidade social.

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Divisão política

A divisão política do Egito é feita, de modo geral, em três períodos principais: Antigo Império (3200-2200 a. C.), Médio Império (2060-1780 a. C.) e Baixo Império (1580-1200 a. C.).
No Antigo Império, a capital era Mênfis, no delta do Nilo. As pirâmides (grandes tumbas onde eram enterrados os faros mumificados, já que os egípcios acreditavam na vida após a morte) e grandes obras foram construídas. Esse período é marcado pelo início do uso da irrigação e expansão da agricultura. Os egípcios tiveram certa estabilidade econômica, social e política.
No Médio Império ocorreu a reunificação política e a capital foi transferida para Tebas. Esse período foi próspero devido a exploração e domínio da região de Núbia, rica em ouro e pelo fortalecimento do comércio com as áreas mediterrâneas, com a Palestina e Síria. É também o período do auge das artes: representadas pela literatura, arquitetura e pinturas (geralmente como ligação religiosa).
No Novo Império, já havia se consolidado o poderio militar egípcio, que ampliou seu domínio até a Ásia. Por sua vez, a Ásia passou a pagar tributos e ceder escravos ao Egito. O período foi marcado por grande prosperidade econômica e a expansão possibilitou trocas comerciais e culturais.

Crise no Egito

O Egito foi gradativamente entrando em crise, por contas de agitações internas que questionavam a autoridade do faraó. Por conta disso, instalou-se uma instabilidade política e social que culminou com a divisão do reino em Alto e Baixo Egito, por volta de 1100 a. C.
Esse enfraquecimento facilitou as sucessivas invasões por parte de povos como os assírios, gregos e romanos. Esses povos se estabeleceram no  território egípcio a partir do ano 30 a.C.
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