Risco de retorno da Poliomielite

A poliomielite foi considerada como uma doença erradicada das Américas em 1994 pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Porém a queda da imunização de crianças em muitos municípios brasileiros tem causado muita preocupação nas autoridades de saúde. Vamos entender um pouco mais sobre essa doença e os riscos do retorno da poliomielite para o Brasil?

Poliomielite: risco de retorno da doença deixa o país em alerta

A poliomielite é uma doença viral infecciosa aguda causada pelo Poliovírus que pertence à família Picornaviridae. O vírus da poliomielite possui como material genético uma fita simples de RNA.
O vírus afeta o sistema nervoso central e pode causar a destruição dos neurônios motores, o que resulta em uma paralisia flácida (permanente ou não). Pessoas podem ser infectadas em qualquer idade, porém a doença apresenta alta incidência em crianças – por isso a doença também é conhecida como paralisia infantil.

Sintomas

O período de incubação dura 1 a 30 dias, sendo mais frequente o surgimento dos primeiros sintomas de 7 a 12 dias após o contato com o vírus. Em geral, a maioria das pessoas infectadas são assintomáticas ou os apresentam sintomas de forma branda, como por exemplo: febre, dor de garganta, vômito, entre outros.
Uma pequena parcela dos infectados com a poliomielite apresenta a forma aguda da doença. Nessa outra forma, a pessoa pode apresentar sequelas permanentes como a paralisia dos membros inferiores. Uma importante característica é a perda da força muscular e dos reflexos, porém há a manutenção da sensibilidade nos membros atingidos.
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Transmissão

A transmissão pode ocorrer diretamente de uma pessoa para outra. O vírus da poliomielite pode ser transmitido através do contato fecal-oral.  Esse tipo de contato é um grande problema em regiões que possuem condições sanitárias e de higiene inadequadas. Crianças mais novas, em geral, apresentam maior risco de contrair a doença, uma vez que muitas ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene.
Além disso, o vírus causador da poliomielite também pode ser liberado nas fezes de pessoas doentes e causar contaminação da água e de alimentos. A doença também pode ser transmitida através de gotículas de saliva liberadas ao falar, tossir ou espirrar.
Inicialmente, o vírus pode se alojar na boca, garganta e intestinos. Em seguida, penetra na corrente sanguínea e pode chegar até o sistema nervoso central. Independentemente de desenvolver ou não sintomas, a pessoa infectada elimina o vírus através das fezes.

Prevenção

Apesar de não apresentar tratamento específico, a poliomielite pode ser evitada através da vacinação e de medidas preventivas, como melhores condições de higiene da população e saneamento básico. Existem dois tipos de vacinas: a Sabin, que é dada via oral e é produzida com vírus atenuado; e a Salk, que é uma vacina injetável, que é produzida com vírus inativado. A Sabin é aplicada rotineiramente em postos de saúde no Brasil e em campanhas de vacinação.

Vacinacao contra a Paralisia Infantil
Cartaz para campanha de vacinação. Fonte: http://portalms.saude.gov.br/campanhas/18870-vacinacao-contra-a-paralisia-infantil

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Riscos do retorno da poliomielite no Brasil

A poliomielite foi considerada erradicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas em 1994. No entanto, a doença ainda é comum em países como Nigéria, Afeganistão e Paquistão. Em junho de 2018, o Brasil apresentou mais de 300 cidades consideradas de alto risco para casos de poliomielite. Isso porque que não conseguiram atingir a meta de imunização recomendadas organizações de saúde.
Recomenda-se que pelo menos 95% das crianças de um município sejam imunizadas contra a pólio. O que causa o alerta nas autoridades são casos suspeitos da doença que estão em investigação na Venezuela. Os casos investigados no país vizinho estão relacionados com vírus vacinais, ou seja, que estão nas vacinas – como a Sabin, que é produzida com vírus atenuados – e são eliminados através fezes de pessoas que foram vacinadas. O problema é que vírus vacinais poderiam infectar crianças não imunizadas.
Para que haja a erradicação da doença, é fundamental que a imunização nos países endêmicos seja priorizada. Além disso, as campanhas devem ser contínuas nos países em que não há mais a circulação do vírus selvagem da poliomielite. É necessário que casos suspeitos sejam investigados e que a população seja bem informada sobre a importância da vacinação.

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