Resumo de biologia: Divisão Celular - Meiose I



Meiose

 

  • Divisão Celular - Intérfase

 

A meiose é um tipo de divisão celular, nela uma célula sofre duas divisões consecutivas originando no final, 4 células. Enquanto na mitose, uma célula gerava duas, agora a meiose são duas divisões consecutivas, originando no final, 4 células. E mais, as células resultantes, terão metade do DNA da célula mãe. Nesse processo uma célula diplóide sofre duas divisões consecutivas gerando no final, 4 células haplóides. Se essa célula fosse tetraplóide, ou seja, 4 conjuntos de informação, no final iam ter 4 células diplóides. 

 

Qual a finalidade da meiose? A meiose é importante para produção de gametas dos animais e para a produção de esporos nos vegetais. Boa parte ou a grande maioria dos animais sofre meiose para produção de gametas, já que espermatozóides e óvulos tem que ter somente 1 conjunto de informações, ou seja, precisam ser n. Para isso é necessário separar metade do material genético para a formação de um novo indivíduo. Uma célula haplóide não pode fazer meiose, pois se ela já tem 1 conjunto de cromossomos, não tem como mandar meio conjunto, se isso ocorre, faltará informação para formar o novo indivíduo. Chama-se de n o conjunto de informações para fazer um indivíduo, esse é o mínimo necessário. 

 

Como a meiose acontece? A meiose é uma divisão reducional, já que ocorrem duas divisões, reduzindo o material genético pela metade. Toda célula que sofre meiose, passa também pelo ciclo celular. Utilizando como exemplo uma célula 2n=4

Intérfase - Lembrar que a interfase é dividida em G1, S e G2. Em G1 ela vai ter 4 pedaços de DNA. Na fase S esses pedaços duplicam, de 4 vai pra 8. G2 é o processo de verificação, então tudo que foi copiado se mantém, mantendo o dobro das informações genéticas. O que duplica são centríolos, ou centrossomos. Isso em célula animal. Nos vegetais as células que geram esporos vão realizar esse processo. A célula agora encontra-se pronta para realizar a meiose. 

 

  •  Meiose - Meiose I - Prófase

 

Ocorrem duas divisões na meiose, a primeira divisão é a I, que apresenta os mesmo passos que ocorrem na mitose. Lembrando que na mitose tem a prófase, metáfase, anáfase e telófase. Na meiose I também, sendo primeira etapa, a prófase I que consistem em:  

  1. Centrossomos começam a migrar para os polos. 

  2. Cromatina condensa e se transforma nos cromossomos. 

  3. Carioteca desintegra, assim como o nucléolo.

  4. Começam a formar as fibras do fuso junto com as fibras do áster. 

 

Na prófase I da meiose, os cromossomos que são homólogos, vão ficar emparelhados. Como sei quando os cromossomos são homólogos? Pelo tamanho e posição do centrômero que é a mesma. Cada cromossomo homólogo tem uma origem, um é de origem paterna e o seu homólogo é de origem materna. Eles vão se parear, porque na prófase I ocorre o crossing-over (permutação), ou seja, acontece troca de informações. Para que serve o crossing over? Para aumentar a variabilidade genética, através das recombinações. Importante: permutação não gera genes diferentes, o que faz isso são as mutações. O crossing-over pode ocorrer de diversas maneiras em várias partes do cromossomo, esse processo pode inclusive não ocorrer. 

 

Explicação do crossing-over pelo desenho que ele fez: cromossomo de origem paterna e cromossomo de origem materna. Se nesse cromossomo paterno tem um gene para insulina que chamarei de “A”, na cromátide irmã também tem o mesmo gene igual, se não ocorreu nenhuma mutação. Já no cromossomo materno, pode ter uma variação pro gene da insulina. ~ Lembre-se que esses genes para insulina, tanto paternos quanto maternos, são alelos, pois estão no mesmo loci, porém estão em cromossomos homólogos. ~ A variação do gene para insulina no cromossomo materno é “a”. Em um mesmo cromossomo pode ter vários outros genes. Vamos falar que na ponta inferior do cromossomo paterno tem o gene para formação da hemoglobina, que é a proteína que transporta oxigênio, “B”. Na variação no cromossomo materno, temos “b”. O que acontece na permutação: pequenos trechos de cromátides irmãs entre cromossomos homólogos, vão trocar de lugar. A ponte de troca de informação entre cromossomos homólogos é chamado de quiasma. No final teremos um pedaço de material genético materno no cromossomo de origem paterna e vice-versa. Agora as cromátides irmãs de cada cromossomo serão diferentes, no cromossomo paterno teremos uma cromátide com a mesma informação que antes “A” e “B”, porém a outra ficará “a” e “B”. Para o cromossomo materno teremos uma cromátide “a” e “b” e a que fez o crossing-over “A” e “b”. 

 

  •  Meiose I - Metáfase I, Anáfase I, Telófase I

 

Depois da prófase I, vem a metáfase I. Essa etapa na meiose é igual a da mitose.

 

Metáfase I - os cromossomos se alinham, porém eles continuam emparelhados, portanto os cromossomos homólogos (um de origem paterna e o outro de origem materna) permanecerão pareados. Na metáfase I, os cromossomos estão na sua máxima condensação, os centrossomos chegaram aos polos e os fibras do fuso se ligam aos cromossomos. Porém existe uma diferença entre a mitose, pois, os cromossomos homólogos estão pareados.

 

Anáfase I - na mitose, ocorre a separação de cromátides irmãs, na meiose, ocorre a separação de cromossomos homólogos. As fibras do fuso encurtam, puxando os cromossomos para os polos da célula. Na primeira meiose, uma célula 2n separa-se em 2 células n, porque na anáfase I separam-se os cromossomos homólogos. Como diferenciar uma célula diplóide de uma haplóide? Se tem pares de homólogos, é diplóide, se tem um cromossomo de cada, é haplóide. 

 

Telófase I - ocorre a mesma coisa que a telófase da mitose. As fibras do fuso de desfazem, o que é cromossomo se transforma em  cromatina e a carioteca reintegra e ocorre a citocinese (separação da célula em duas).