Resumo de redacao: A importância da inclusão digital na terceira idade



TEXTO I

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 http://www.garopabamidia.com.br/images/noticia/g/20140118130048.jpeg


TEXTO II

    Estima-se que em 2050, 25% da população mundial terá 60 anos e mais, com expectativa de vida para os países desenvolvidos de 87,5 anos para os homens e, 92,5 para as mulheres (IBGE, 2010). (…) A geração mais nova tem intimidade e atração pelos artefatos tecnológicos, assimila facilmente as mudanças, pois já convive desde tenra idade, explorando os brinquedos eletrônicos e/ou brincando com o celular dos pais. Porém, a geração adulta e mais velha, de origem anterior à disseminação do universo digital e da internet, não consegue acolher e extrair tranquilamente os benefícios dessas evoluções na mesma presteza de assimilação dos jovens. (…)

https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/viewFile/5371/3851

TEXTO III

    A tecnologia permite ao indivíduo estar mais integrado em uma comunidade online, nos colocando em contato com parentes e amigos, em um ambiente de troca de informações, aprendendo junto e oferecendo a oportunidade de descoberta das próprias habilidades. Tais atividades potencializam as expectativas de um futuro com melhor qualidade de vida, pelo sentimento de integração na sociedade.Dessa maneira, o interesse das pessoas com mais de 60 anos pelo mundo virtual está crescendo em ritmo acelerado, conforme uma pesquisa do Instituto Locomotiva, que mostra que enquanto o número de brasileiros conectados na internet cresceu mais de 100% nos últimos oito anos, o aumento para os internautas da terceira idade foi de quase 1000%.No entanto, apesar desses ganhos, muitos idosos permanecem em grande parte desconectados da inclusão digital. No Brasil, dos mais de mais de cinco milhões de idosos que estão conectados à internet, a maioria está na região Sudeste (60%), e pertencem às classes A e B.

https://www.happycodeschool.com/blog/importancia-da-inclusao-digital-na-terceira-idade/
 

TEXTO IV

    Foi num almoço de família que Ramon Miranda teve o estalo. Sua tia, como já era usual, pediu que ele a ajudasse com o celular, e ele pensou que ela talvez não fosse a única pessoa que precisasse desse auxílio. Foi o começo da história de Ramon com seu novo projeto: ser neto de aluguel. (…)O trabalho do neto de aluguel passa, também, pela conscientização da sociedade a respeito da inclusão de idosos no universo digital. Ramon acredita que ainda falta envolvimento para que a questão seja melhor trabalhada. (…) “Tenho a convicção de que o problema do analfabetismo digital na terceira idade só será resolvido com o amplo envolvimento dos familiares e amigos. A solução via mercado será apenas um complemento ao real envolvimento das pessoas queridas”, conclui.

https://ada.vc/2018/04/10/netos-de-aluguel/

   Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo- argumentativo em norma culta escrita da língua portuguesa sobre o tema A importância da inclusão digital na terceira idade apresentando proposta que respeitem os direitos humanos. Selecione, organize e relacione coerentemente argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Repertório Sociocultural: A importância da inclusão digital na terceira idade

O que é a inclusão digital na terceira idade?

    Muito se engana quem pensa que a inclusão na terceira idade é apenas colocar um celular ou computador com conexão à internet na mão de um idoso. Pelo contrário: só fazer isso vai afastar a pessoa da internet, pois ela não entenderá muito bem como as coisas funcionam, o que fazer e ficará desmotivada a tentar utilizar o recurso novamente. A inclusão digital só é completa quando acompanhada da alfabetização digital para os idosos. Isso significa, na prática, ensinar como a internet funciona, quais os perigos e benefícios, como usar cada recurso e aplicativo disponível.Com isso, o internauta da terceira idade pode participar dos recursos da internet e da era digital (como o computador, softwares e outros) como qualquer outra pessoa e estará, de fato, incluso dentro do ambiente online.
 
Consequências da alfabetização digital para idosos

    A inclusão digital para terceira idade é um fenômeno que gera uma série de consequências, não só para a pessoa e seus familiares como também para a sociedade que as rodeia. Algumas dessas consequências podem ser negativas, mas a maior parte é positiva. Confira a seguir!
 
Melhor qualidade de vida

    Para o idoso, a inclusão digital traz qualidade de vida. A pessoa pode, enfim, desfrutar das partes positivas da internet, que trouxe muita comodidade que o público que já está acostumado com isso nem percebe. Por exemplo, é muito mais fácil encomendar comida ou qualquer outro tipo de produto pela internet do que pelo telefone, catálogos ou outros sistemas. Além disso, o idoso ganha uma rede de proteção muito interessante. Nós falaremos mais sobre isso a seguir, já que a pessoa na terceira idade tem uma via de comunicação com médicos, advogados e outros profissionais muito maior.
 
Mais participação e comunicação

    Um dos benefícios da Internet é facilitar a participação das pessoas e a comunicação entre elas. Hoje em dia, por exemplo, é muito fácil estar presente em discussões ou conversas, seja pelo WhatsApp, Facebook ou qualquer outra plataforma. Para as pessoas na terceira idade, isso significa ter mais acesso a outros grupos, cujo contato não é tão próximo, especialmente amigos antigos.
 
Oportunidades de negócios
 
    Quanto mais pessoas estiverem online, mais oportunidades surgirão para os e-commerces e prestadores de serviço que dependem da internet para encontrar clientes. Para esses tipos de negócio, a inclusão digital na terceira idade é uma excelente notícia, especialmente porque os idosos estão entre os que mais topam pagar um valor maior por um produto na internet. Por isso, essa inclusão significa um boom de oportunidades de negócios, especialmente se forem feitas especificamente para idosos. Por exemplo, existe um grande mercado para aulas de computador ou para ensinar recursos importantes da Internet para esse público. Além disso, existem oportunidades para redes sociais direcionadas à terceira idade e outros tipos de aplicativos e serviços específicos para eles.
 
Riscos de fraudes

    Todavia, nem tudo são flores quando falamos de inclusão digital de idosos. Apesar de todo um trabalho que explique os conceitos da Internet, o espaço para a realização de fraudes é enorme. É nesse ponto que os advogados devem se preparar para entrar em ação e conquistar novos clientes, caso estejam dispostos a se especializarem no segmento da terceira idade.Para isso, precisarão de um bom software jurídico que os auxilie no controle de processos judiciais e na gestão de clientes para advogados.Um software desses poderá organizar melhor os diferentes casos que surgem da inclusão digital e resolver as pendências com mais agilidade e presteza.
 
Como promover a inclusão digital na terceira idade

    Se você tem alguém de terceira idade na família e gostaria de ajudar essa pessoa a aprender a navegar pela Internet, confira a seguir nossas 5 dicas de como alcançar isso:
 
1) Explicar a importância e benefícios
    Ninguém vai aprender algo se não conseguir entender sua utilidade ou necessidade. Por isso, o primeiro passo é explicar quais os benefícios da inclusão digital. Comece mostrando como a pessoa vai se beneficiar do uso da Internet, como vai poder falar com amigos, comprar coisas e ser mais independente.
 
2) Oferecer as ferramentas para acesso
    Em seguida, ofereça para a pessoa de terceira idade as ferramentas necessárias para o acesso digital, como um smartphone ou computador. Afinal, sem essas ferramentas é impossível que a inclusão digital seja realizada. É importante, também, que os aparelhos sejam de uso exclusivo da pessoa, com risco de ela não querer usar se não for assim.
 
3) Ensinar o básico dos sistemas
    O próximo passo, depois de esclarecer a necessidade e benefícios da inclusão digital e oferecer as ferramentas para isso, é ensinar os sistemas em questão. Para isso, é mais fácil começar com um smartphone, pois seu comando tátil é mais intuitivo e simples de compreender do que o sistema com mouse de um computador. Explique também como a Internet funciona, o que ela é e como acessar sites, baixar aplicativos e outros recursos.

4) Deixar experimentar
  Em seguida, é importante deixar a pessoa experimentar a Internet e criar suas próprias experiências, sem tentar forçar ou direcionar. Permita que o idoso faça as primeiras compras, acesse redes sociais e comece a se familiarizar com os novos recursos disponíveis.
 
5) Corrigir erros e esclarecer dúvidas
    Mantenha-se sempre por perto para conseguir corrigir erros que eventualmente sejam cometidos e também esclarecer dúvidas que possam surgir. Essa postura dá melhores resultados, pois ajuda a pessoa a aprender, na tentativa e erro, como as coisas funcionam. Como foi possível notar, a inclusão digital para terceira idade é uma realidade dos novos tempos e é muito importante que todos saibam como se adaptar para esse cenário. 

https://blog.luz.vc/tendencias/a-importancia-da-inclusao-digital-na-terceira-idade/
 

As gerações mais velhas estão se adaptando às novas tecnologias, tanto no uso das redes sociais quanto
em conhecimentos básicos de informática aprendidos em cursos gratuitos de universidades

 

    A inclusão digital já se tornou parte da rotina de pessoas em todos os lugares mundo – passa-se cada vez menos tempo “desconectado” e utiliza-se os recursos digitais para a realização de muitas ações e tarefas. Em uma época na qual a “internet das coisas“ é realidade cada vez mais frequente, aqueles que não se adaptam se tornam “analfabetos digitais”, praticamente excluídos da sociedade contemporânea.
    Para as gerações mais novas, que já nasceram em um mundo digital, na maioria das vezes isso não representa nenhuma dificuldade; mas e para os mais velhos? É característico das gerações mais antigas não apresentarem tanto conhecimento em relação a isso. A partir de certa faixa etária, muitas pessoas não ficam a par de todas as funcionalidades digitais e essa parcela aumenta juntamente com a idade. Entretanto, a terceira idade vem mostrando que não quer ficar de fora desse mundo novo.
    Uma pesquisa do IBGE comprova que, ao contrário do que se imagina, os idosos usam cada vez mais a internet. Em cinco anos, o número de pessoas acima de 60 anos que acessam a rede mais que dobrou: eram 5,7% em 2008, superados pelos 12,6% em 2013. Outra pesquisa de 2015, realizada pela AVG Technologies em diversos países, incluindo o Brasil, descobriu que o celular é o dispositivo mais utilizado entre os idosos, abrangendo 86% dos entrevistados. 76% deles utilizam o Facebook e apenas 9% não usam nenhum serviço de comunicação.
    Um estudo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, realizada com 100 indivíduos acima de 65 anos de idade, analisou o nível de aceitação da tecnologia pelos entrevistados. Descobriu-se que, em sua maioria, os idosos aceitam as novas tecnologias, mas a rejeição ainda é considerável. Para a pesquisadora e terapeuta ocupacional Taiuani Marquine, um dos principais fatores que levam a essa rejeição é que essas pessoas já eram adultas ou mesmo idosas quando as tecnologias começaram a surgir. Outra informação relevante da pesquisa é que 24% dos entrevistados afirmaram ter medo de usar as novas tecnologias, e 40% possuíam receio de danificar os aparelhos eletrônicos. Entretanto, os resultados mostraram que os membros do grupo conseguiram superar as dificuldades após frequentarem cursos de inclusão digital.
    Em Bauru, existem algumas iniciativas que auxiliam os idosos a se aproximarem das novas tecnologias. Na Universidade do Sagrado Coração, USC, o projeto Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI) existe desde agosto de 1993, e já atendeu diversos alunos em seus 23 anos de existência. O objetivo do projeto é desenvolver ações que promovam a integração de pessoas da terceira idade com a comunidade acadêmica e a sociedade em geral. Entre as atividades oferecidas, estão cursos de informática, oficinas de teatro, aulas de línguas estrangeiras, trabalhos de artes, grupos de dança, entre outros, que ocorrem quase todos os dias da semana.
    Na Unesp, a Universidade Aberta para a Terceira Idade (UnATI) está presente em diversos campus. Em Bauru, o projeto é coordenado há três anos pela Profª. Drª. Maria Antônia Benutti. De acordo com ela, a UnATI tem o objetivo de trazer o idoso para a universidade para que ele participe de várias atividades. “Atualmente, no campus, nós temos diversas atividades para idosos. Nós temos duas que pertencem a UnATI, uma é a Inclusão Digital e a outra é o Rejuvenescendo com Arte, onde a gente trabalha tanto a arte como o artesanato”, explica.
    A professora ainda afirma que as aulas de inclusão digital são importantes para que eles se sintam atualizados, e não excluídos, diante da tecnologia. “A intenção do projeto é fazer com que eles façam pelo menos o básico. Alguns tem até medo de pegar no mouse, são coisas que, para a gente, são intuitivas. A reclamação é que ‘em casa, eu peço pra me ensinarem, mas vão lá e fazem pra mim’, e não é isso que eles querem, eles querem aprender mesmo. É interessante essa postura deles, e eu acho que é muito importante”, afirma.
    Oscar (71) e Heloídes Grahl (66) estão juntos há 46 anos, e começaram a frequentar as aulas da UnATI esse ano. Eles afirmam que procuraram o projeto para se manterem atualizados. “Eu nunca fiz curso nenhum, mas fico mexendo. É como eu falei, meu celular, coitado, trava sempre, de tanto que eu mexo, porque eu gosto”, diz Heloídes. Ela também explica que ficar à margem das coisas foi o que a fez tentar aprender. “Ele (Oscar) tinha computador em casa, nossa filha ficava trabalhando e usando o computador também, e eles conversavam e eu comecei a ficar sem entender nada e de fora da conversa dos dois”, explica.
    Já Oscar identifica que o problema é a falta de oportunidades para a terceira idade aprender. “[Faltam cursos] que iniciem do básico, como esse aqui. Porque falam ‘computador é fácil, faz isso e aquilo’, mas a pessoa que não conhece nada não consegue fazer. Mesmo o movimento de mexer no mouse não é fácil pra quem não tem dinâmica”, ele afirma.
    As pesquisas deixam claro: a terceira idade não quer ficar de fora desse mundo que surge com as novas tecnologias. Mesmo com as dificuldades, a disposição em aprender e estar conectado é muito maior, e quem somos nós para duvidarmos da capacidade deles? Em alguns anos, possivelmente, a nova geração de idosos já estará muito mais inserida nesse contexto, e as dificuldades serão cada vez menores.

http://reporterunesp.jor.br/2016/04/06/inclusao-digital-na-terceira-idade-aumenta-no-brasil-nos-ultimos-5-anos/