(EEAR- 2016) A rede da inveja No clssico A Conquista da Felicidade, de 1930, o filsofo britnico Bertrand Russel definiu um sentimento devastador: De todas as caractersticas da natureza humana, a inveja a mais desafortunada. O invejoso no s deseja a desgraa, como rendido infelicidade. Russel entendia a inveja como uma emoo universal, que hora ou outra desperta em qualquer um. Morto em 1970, ele no se surpreenderia pelo contrrio, provavelmente at acharia natural com o fato de a internet ser agora uma ferramenta a instigar esse sentimento angustiante. No difcil entender por que assim. S possvel invejar aquilo que se v ou conhece, e a web multiplicou o que se pode saber sobre a vida alheia. Um bilho de pessoas participam do Facebook. O que fazem nele, basicamente, colocar fotos, contar detalhes pessoais ou simplesmente fofocar. Apesar de passarem muito tempo on-line, alguns usurios limitam-se a seguir o que postado por amigos que parecem ser mais felizes e saber aproveitar melhor a vida. A infelicidade virtual nasce, muitas vezes, de uma percepo exagerada da felicidade alheia. Os usurios do Facebook tendem a exibir na rede apenas o melhor de sua vida. Quem se sente inferiorizado no percebe que o que se v no a vida real do outro, e sim apenas uma verso editada de seus melhores momentos, diz a pesquisadora Hanna Krasnova. (Filipe Vilicic, Revista Veja 30/01/13, texto adaptado) Assinale a alternativa incorreta quanto ao que se pode depreender do texto.