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Questões de Português - ESPCEX | Gabarito e resoluções

Questão 2
2023Português

(EsPCEx - 2023) Aps a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda s questes propostas. HOMEM NO MAR Rubem Braga De minha varanda vejo, entre rvores e telhados, o mar. No h ningum na praia, que resplende ao sol. O vento nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das guas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda verde. Mas percebo um movimento em um ponto do mar; um homem nadando. Ele nada a uma certa distncia da praia, em braadas pausadas e fortes; nada a favor das guas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas so leves, no so feitas de nada, toda sua substncia gua e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu corao, todo seu corpo a transportar na gua. Ele usa os msculos com uma calma energia; avana. Certamente no suspeita de que um desconhecido o v e o admira porque ele est nadando na praia deserta. No sei de onde vem essa admirao, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidrio com ele, acompanho o seu esforo solitrio como se ele estivesse cumprindo uma bela misso. J nadou em minha presena uns trezentos metros; antes, no sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrs das rvores, mas esperei com toda confiana que reaparecesse sua cabea, e o movimento alternado de seus braos. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois um telhado o esconder. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros; isto me parece importante; preciso que conserve a mesma batida de sua braada, e que eu o veja desaparecer assim como o Vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Ser perfeito; a imagem desse homem me faz bem. apenas a imagem de um homem, e eu no poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traos de sua cara. Estou solidrio com ele, e espero que ele esteja comigo. Que ele atinja o telhado vermelho, e ento eu poderei sair da varanda tranquilo, pensando vi um homem sozinho, nadando no mar; quando o vi ele j estava nadando; acompanhei-o com ateno durante todo o tempo, e testemunho que ele nadou sempre com firmeza e correo; esperei que ele atingisse um telhado vermelho, e ele o atingiu. Agora no sou mais responsvel por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admirado. No consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele no estava fazendo nenhum gesto a favor de algum, nem construindo algo de til; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril. No deso para ir esper-lo na praia e lhe apertar a mo; mas dou meu silencioso apoio, minha ateno e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a esse correto irmo. (ANDRADE, Carlos Drummond de; et al. Elenco de cronistas modernos. 8. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1984. p.128129) No segundo paragrafo, a palavra justo usada para:

Questão 3
2023Português

(EsPCEx - 2023) Aps a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda s questes propostas. HOMEM NO MAR Rubem Braga De minha varanda vejo, entre rvores e telhados, o mar. No h ningum na praia, que resplende ao sol. O vento nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das guas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda verde. Mas percebo um movimento em um ponto do mar; um homem nadando. Ele nada a uma certa distncia da praia, em braadas pausadas e fortes; nada a favor das guas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas so leves, no so feitas de nada, toda sua substncia gua e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu corao, todo seu corpo a transportar na gua. Ele usa os msculos com uma calma energia; avana. Certamente no suspeita de que um desconhecido o v e o admira porque ele est nadando na praia deserta. No sei de onde vem essa admirao, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidrio com ele, acompanho o seu esforo solitrio como se ele estivesse cumprindo uma bela misso. J nadou em minha presena uns trezentos metros; antes, no sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrs das rvores, mas esperei com toda confiana que reaparecesse sua cabea, e o movimento alternado de seus braos. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois um telhado o esconder. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros; isto me parece importante; preciso que conserve a mesma batida de sua braada, e que eu o veja desaparecer assim como o Vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Ser perfeito; a imagem desse homem me faz bem. apenas a imagem de um homem, e eu no poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traos de sua cara. Estou solidrio com ele, e espero que ele esteja comigo. Que ele atinja o telhado vermelho, e ento eu poderei sair da varanda tranquilo, pensando vi um homem sozinho, nadando no mar; quando o vi ele j estava nadando; acompanhei-o com ateno durante todo o tempo, e testemunho que ele nadou sempre com firmeza e correo; esperei que ele atingisse um telhado vermelho, e ele o atingiu. Agora no sou mais responsvel por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admirado. No consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele no estava fazendo nenhum gesto a favor de algum, nem construindo algo de til; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril. No deso para ir esper-lo na praia e lhe apertar a mo; mas dou meu silencioso apoio, minha ateno e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a esse correto irmo. (ANDRADE, Carlos Drummond de; et al. Elenco de cronistas modernos. 8. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1984. p.128129) Em determinando momento, o narrador afirma: Agora no sou mais responsavel por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. De acordo com o texto, pode-se afirmar que o dever cumprido pelo narrador foi:

Questão 4
2023Português

(EsPCEx - 2023) Aps a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda s questes propostas. HOMEM NO MAR Rubem Braga De minha varanda vejo, entre rvores e telhados, o mar. No h ningum na praia, que resplende ao sol. O vento nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das guas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda verde. Mas percebo um movimento em um ponto do mar; um homem nadando. Ele nada a uma certa distncia da praia, em braadas pausadas e fortes; nada a favor das guas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas so leves, no so feitas de nada, toda sua substncia gua e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu corao, todo seu corpo a transportar na gua. Ele usa os msculos com uma calma energia; avana. Certamente no suspeita de que um desconhecido o v e o admira porque ele est nadando na praia deserta. No sei de onde vem essa admirao, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidrio com ele, acompanho o seu esforo solitrio como se ele estivesse cumprindo uma bela misso. J nadou em minha presena uns trezentos metros; antes, no sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrs das rvores, mas esperei com toda confiana que reaparecesse sua cabea, e o movimento alternado de seus braos. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois um telhado o esconder. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros; isto me parece importante; preciso que conserve a mesma batida de sua braada, e que eu o veja desaparecer assim como o Vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Ser perfeito; a imagem desse homem me faz bem. apenas a imagem de um homem, e eu no poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traos de sua cara. Estou solidrio com ele, e espero que ele esteja comigo. Que ele atinja o telhado vermelho, e ento eu poderei sair da varanda tranquilo, pensando vi um homem sozinho, nadando no mar; quando o vi ele j estava nadando; acompanhei-o com ateno durante todo o tempo, e testemunho que ele nadou sempre com firmeza e correo; esperei que ele atingisse um telhado vermelho, e ele o atingiu. Agora no sou mais responsvel por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admirado. No consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele no estava fazendo nenhum gesto a favor de algum, nem construindo algo de til; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril. No deso para ir esper-lo na praia e lhe apertar a mo; mas dou meu silencioso apoio, minha ateno e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a esse correto irmo. (ANDRADE, Carlos Drummond de; et al. Elenco de cronistas modernos. 8. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1984. p.128129) O encadeamento de palavras ao final do texto: ...a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a esse correto irmo. indica a seguinte relao entre narrador e nadador:

Questão 5
2023Português

(EsPCEx - 2023) Aps a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda s questes propostas. HOMEM NO MAR Rubem Braga De minha varanda vejo, entre rvores e telhados, o mar. No h ningum na praia, que resplende ao sol. O vento nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das guas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda verde. Mas percebo um movimento em um ponto do mar; um homem nadando. Ele nada a uma certa distncia da praia, em braadas pausadas e fortes; nada a favor das guas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas so leves, no so feitas de nada, toda sua substncia gua e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu corao, todo seu corpo a transportar na gua. Ele usa os msculos com uma calma energia; avana. Certamente no suspeita de que um desconhecido o v e o admira porque ele est nadando na praia deserta. No sei de onde vem essa admirao, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidrio com ele, acompanho o seu esforo solitrio como se ele estivesse cumprindo uma bela misso. J nadou em minha presena uns trezentos metros; antes, no sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrs das rvores, mas esperei com toda confiana que reaparecesse sua cabea, e o movimento alternado de seus braos. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois um telhado o esconder. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros; isto me parece importante; preciso que conserve a mesma batida de sua braada, e que eu o veja desaparecer assim como o Vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Ser perfeito; a imagem desse homem me faz bem. apenas a imagem de um homem, e eu no poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traos de sua cara. Estou solidrio com ele, e espero que ele esteja comigo. Que ele atinja o telhado vermelho, e ento eu poderei sair da varanda tranquilo, pensando vi um homem sozinho, nadando no mar; quando o vi ele j estava nadando; acompanhei-o com ateno durante todo o tempo, e testemunho que ele nadou sempre com firmeza e correo; esperei que ele atingisse um telhado vermelho, e ele o atingiu. Agora no sou mais responsvel por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admirado. No consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele no estava fazendo nenhum gesto a favor de algum, nem construindo algo de til; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril. No deso para ir esper-lo na praia e lhe apertar a mo; mas dou meu silencioso apoio, minha ateno e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a esse correto irmo. (ANDRADE, Carlos Drummond de; et al. Elenco de cronistas modernos. 8. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1984. p.128129) No trecho No h ningum na praia, resplende que ao sol., a orao destacada classifica-se como:

Questão 6
2023Português

(EsPCEx - 2023) Aps a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda s questes propostas. HOMEM NO MAR Rubem Braga De minha varanda vejo, entre rvores e telhados, o mar. No h ningum na praia, que resplende ao sol. O vento nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das guas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda verde. Mas percebo um movimento em um ponto do mar; um homem nadando. Ele nada a uma certa distncia da praia, em braadas pausadas e fortes; nada a favor das guas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas so leves, no so feitas de nada, toda sua substncia gua e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu corao, todo seu corpo a transportar na gua. Ele usa os msculos com uma calma energia; avana. Certamente no suspeita de que um desconhecido o v e o admira porque ele est nadando na praia deserta. No sei de onde vem essa admirao, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidrio com ele, acompanho o seu esforo solitrio como se ele estivesse cumprindo uma bela misso. J nadou em minha presena uns trezentos metros; antes, no sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrs das rvores, mas esperei com toda confiana que reaparecesse sua cabea, e o movimento alternado de seus braos. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois um telhado o esconder. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros; isto me parece importante; preciso que conserve a mesma batida de sua braada, e que eu o veja desaparecer assim como o Vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Ser perfeito; a imagem desse homem me faz bem. apenas a imagem de um homem, e eu no poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traos de sua cara. Estou solidrio com ele, e espero que ele esteja comigo. Que ele atinja o telhado vermelho, e ento eu poderei sair da varanda tranquilo, pensando vi um homem sozinho, nadando no mar; quando o vi ele j estava nadando; acompanhei-o com ateno durante todo o tempo, e testemunho que ele nadou sempre com firmeza e correo; esperei que ele atingisse um telhado vermelho, e ele o atingiu. Agora no sou mais responsvel por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admirado. No consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele no estava fazendo nenhum gesto a favor de algum, nem construindo algo de til; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril. No deso para ir esper-lo na praia e lhe apertar a mo; mas dou meu silencioso apoio, minha ateno e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a esse correto irmo. (ANDRADE, Carlos Drummond de; et al. Elenco de cronistas modernos. 8. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1984. p.128129) O vento nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das guas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes. Os verbos sublinhados integram oraes que se classificam, respectivamente, como:

Questão 7
2023Português

(EsPCEx - 2023) Aps a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda s questes propostas. HOMEM NO MAR Rubem Braga De minha varanda vejo, entre rvores e telhados, o mar. No h ningum na praia, que resplende ao sol. O vento nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das guas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda verde. Mas percebo um movimento em um ponto do mar; um homem nadando. Ele nada a uma certa distncia da praia, em braadas pausadas e fortes; nada a favor das guas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas so leves, no so feitas de nada, toda sua substncia gua e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu corao, todo seu corpo a transportar na gua. Ele usa os msculos com uma calma energia; avana. Certamente no suspeita de que um desconhecido o v e o admira porque ele est nadando na praia deserta. No sei de onde vem essa admirao, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidrio com ele, acompanho o seu esforo solitrio como se ele estivesse cumprindo uma bela misso. J nadou em minha presena uns trezentos metros; antes, no sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrs das rvores, mas esperei com toda confiana que reaparecesse sua cabea, e o movimento alternado de seus braos. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois um telhado o esconder. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros; isto me parece importante; preciso que conserve a mesma batida de sua braada, e que eu o veja desaparecer assim como o Vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Ser perfeito; a imagem desse homem me faz bem. apenas a imagem de um homem, e eu no poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traos de sua cara. Estou solidrio com ele, e espero que ele esteja comigo. Que ele atinja o telhado vermelho, e ento eu poderei sair da varanda tranquilo, pensando vi um homem sozinho, nadando no mar; quando o vi ele j estava nadando; acompanhei-o com ateno durante todo o tempo, e testemunho que ele nadou sempre com firmeza e correo; esperei que ele atingisse um telhado vermelho, e ele o atingiu. Agora no sou mais responsvel por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admirado. No consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele no estava fazendo nenhum gesto a favor de algum, nem construindo algo de til; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril. No deso para ir esper-lo na praia e lhe apertar a mo; mas dou meu silencioso apoio, minha ateno e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a esse correto irmo. (ANDRADE, Carlos Drummond de; et al. Elenco de cronistas modernos. 8. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1984. p.128129) No trecho nada a favor das guas e do vento, o termo sublinhado tem a mesma funo sinttica do termo destacado em:

Questão 8
2023Português

(EsPCEx - 2023) Aps a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda s questes propostas. HOMEM NO MAR Rubem Braga De minha varanda vejo, entre rvores e telhados, o mar. No h ningum na praia, que resplende ao sol. O vento nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das guas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda verde. Mas percebo um movimento em um ponto do mar; um homem nadando. Ele nada a uma certa distncia da praia, em braadas pausadas e fortes; nada a favor das guas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas so leves, no so feitas de nada, toda sua substncia gua e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu corao, todo seu corpo a transportar na gua. Ele usa os msculos com uma calma energia; avana. Certamente no suspeita de que um desconhecido o v e o admira porque ele est nadando na praia deserta. No sei de onde vem essa admirao, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidrio com ele, acompanho o seu esforo solitrio como se ele estivesse cumprindo uma bela misso. J nadou em minha presena uns trezentos metros; antes, no sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrs das rvores, mas esperei com toda confiana que reaparecesse sua cabea, e o movimento alternado de seus braos. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois um telhado o esconder. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros; isto me parece importante; preciso que conserve a mesma batida de sua braada, e que eu o veja desaparecer assim como o Vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Ser perfeito; a imagem desse homem me faz bem. apenas a imagem de um homem, e eu no poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traos de sua cara. Estou solidrio com ele, e espero que ele esteja comigo. Que ele atinja o telhado vermelho, e ento eu poderei sair da varanda tranquilo, pensando vi um homem sozinho, nadando no mar; quando o vi ele j estava nadando; acompanhei-o com ateno durante todo o tempo, e testemunho que ele nadou sempre com firmeza e correo; esperei que ele atingisse um telhado vermelho, e ele o atingiu. Agora no sou mais responsvel por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admirado. No consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele no estava fazendo nenhum gesto a favor de algum, nem construindo algo de til; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril. No deso para ir esper-lo na praia e lhe apertar a mo; mas dou meu silencioso apoio, minha ateno e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a esse correto irmo. (ANDRADE, Carlos Drummond de; et al. Elenco de cronistas modernos. 8. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1984. p.128129) A sequncia de palavras que contm, respectivamente, um hiato, um encontro consonantal, um ditongo e um dgrafo :

Questão 9
2023Português

(EsPCEx - 2023) Aps a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda s questes propostas. HOMEM NO MAR Rubem Braga De minha varanda vejo, entre rvores e telhados, o mar. No h ningum na praia, que resplende ao sol. O vento nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das guas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda verde. Mas percebo um movimento em um ponto do mar; um homem nadando. Ele nada a uma certa distncia da praia, em braadas pausadas e fortes; nada a favor das guas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas so leves, no so feitas de nada, toda sua substncia gua e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu corao, todo seu corpo a transportar na gua. Ele usa os msculos com uma calma energia; avana. Certamente no suspeita de que um desconhecido o v e o admira porque ele est nadando na praia deserta. No sei de onde vem essa admirao, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidrio com ele, acompanho o seu esforo solitrio como se ele estivesse cumprindo uma bela misso. J nadou em minha presena uns trezentos metros; antes, no sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrs das rvores, mas esperei com toda confiana que reaparecesse sua cabea, e o movimento alternado de seus braos. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois um telhado o esconder. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros; isto me parece importante; preciso que conserve a mesma batida de sua braada, e que eu o veja desaparecer assim como o Vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Ser perfeito; a imagem desse homem me faz bem. apenas a imagem de um homem, e eu no poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traos de sua cara. Estou solidrio com ele, e espero que ele esteja comigo. Que ele atinja o telhado vermelho, e ento eu poderei sair da varanda tranquilo, pensando vi um homem sozinho, nadando no mar; quando o vi ele j estava nadando; acompanhei-o com ateno durante todo o tempo, e testemunho que ele nadou sempre com firmeza e correo; esperei que ele atingisse um telhado vermelho, e ele o atingiu. Agora no sou mais responsvel por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admirado. No consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele no estava fazendo nenhum gesto a favor de algum, nem construindo algo de til; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril. No deso para ir esper-lo na praia e lhe apertar a mo; mas dou meu silencioso apoio, minha ateno e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a esse correto irmo. (ANDRADE, Carlos Drummond de; et al. Elenco de cronistas modernos. 8. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1984. p.128129) Sobre o trecho acompanhei-o com ateno durante todo o tempo, e testemunho que ele nadou sempre com firmeza e correo, pode-se afirmar que:

Questão 10
2023Português

(EsPCEx - 2023) Aps a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda s questes propostas. HOMEM NO MAR Rubem Braga De minha varanda vejo, entre rvores e telhados, o mar. No h ningum na praia, que resplende ao sol. O vento nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das guas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda verde. Mas percebo um movimento em um ponto do mar; um homem nadando. Ele nada a uma certa distncia da praia, em braadas pausadas e fortes; nada a favor das guas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas so leves, no so feitas de nada, toda sua substncia gua e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu corao, todo seu corpo a transportar na gua. Ele usa os msculos com uma calma energia; avana. Certamente no suspeita de que um desconhecido o v e o admira porque ele est nadando na praia deserta. No sei de onde vem essa admirao, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidrio com ele, acompanho o seu esforo solitrio como se ele estivesse cumprindo uma bela misso. J nadou em minha presena uns trezentos metros; antes, no sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrs das rvores, mas esperei com toda confiana que reaparecesse sua cabea, e o movimento alternado de seus braos. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois um telhado o esconder. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros; isto me parece importante; preciso que conserve a mesma batida de sua braada, e que eu o veja desaparecer assim como o Vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Ser perfeito; a imagem desse homem me faz bem. apenas a imagem de um homem, e eu no poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traos de sua cara. Estou solidrio com ele, e espero que ele esteja comigo. Que ele atinja o telhado vermelho, e ento eu poderei sair da varanda tranquilo, pensando vi um homem sozinho, nadando no mar; quando o vi ele j estava nadando; acompanhei-o com ateno durante todo o tempo, e testemunho que ele nadou sempre com firmeza e correo; esperei que ele atingisse um telhado vermelho, e ele o atingiu. Agora no sou mais responsvel por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admirado. No consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele no estava fazendo nenhum gesto a favor de algum, nem construindo algo de til; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril. No deso para ir esper-lo na praia e lhe apertar a mo; mas dou meu silencioso apoio, minha ateno e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a esse correto irmo. (ANDRADE, Carlos Drummond de; et al. Elenco de cronistas modernos. 8. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1984. p.128129) Observe o seguinte trecho: Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista. O DECRETO N 6.583, DE 29 DE SETEMBRO DE 2008, promulgou o Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa, que assim trata do trema em sua Base XIV: O trema, sinal de direse, inteiramente suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas. Embora o trema no seja mais usado, a pronncia das palavras que recebiam o trema no mudou, ou seja, devemos continuar pronunciando a letra u na palavra sublinhada do trecho acima, por exemplo. Continuamos, portanto, a pronunciar o u nas seguintes palavras:

Questão 11
2023Português

(EsPCEx - 2023) Aps a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda s questes propostas. HOMEM NO MAR Rubem Braga De minha varanda vejo, entre rvores e telhados, o mar. No h ningum na praia, que resplende ao sol. O vento nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das guas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda verde. Mas percebo um movimento em um ponto do mar; um homem nadando. Ele nada a uma certa distncia da praia, em braadas pausadas e fortes; nada a favor das guas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas so leves, no so feitas de nada, toda sua substncia gua e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu corao, todo seu corpo a transportar na gua. Ele usa os msculos com uma calma energia; avana. Certamente no suspeita de que um desconhecido o v e o admira porque ele est nadando na praia deserta. No sei de onde vem essa admirao, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidrio com ele, acompanho o seu esforo solitrio como se ele estivesse cumprindo uma bela misso. J nadou em minha presena uns trezentos metros; antes, no sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrs das rvores, mas esperei com toda confiana que reaparecesse sua cabea, e o movimento alternado de seus braos. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois um telhado o esconder. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros; isto me parece importante; preciso que conserve a mesma batida de sua braada, e que eu o veja desaparecer assim como o Vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Ser perfeito; a imagem desse homem me faz bem. apenas a imagem de um homem, e eu no poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traos de sua cara. Estou solidrio com ele, e espero que ele esteja comigo. Que ele atinja o telhado vermelho, e ento eu poderei sair da varanda tranquilo, pensando vi um homem sozinho, nadando no mar; quando o vi ele j estava nadando; acompanhei-o com ateno durante todo o tempo, e testemunho que ele nadou sempre com firmeza e correo; esperei que ele atingisse um telhado vermelho, e ele o atingiu. Agora no sou mais responsvel por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admirado. No consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele no estava fazendo nenhum gesto a favor de algum, nem construindo algo de til; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril. No deso para ir esper-lo na praia e lhe apertar a mo; mas dou meu silencioso apoio, minha ateno e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a esse correto irmo. (ANDRADE, Carlos Drummond de; et al. Elenco de cronistas modernos. 8. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1984. p.128129) Isoladamente, as preposies so palavras vazias de sentido, se bem que algumas delas contenham uma vaga noo de tempo e lugar. Na frase, porm, exprimem relaes as mais diversas, tais como: assunto, causa, companhia. A relao expressa pela preposio sublinhada no trecho espumas so leves, no so feitas de nada. a mesma da preposio destacada na frase:

Questão 12
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(EsPCEx - 2023) Aps a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda s questes propostas. HOMEM NO MAR Rubem Braga De minha varanda vejo, entre rvores e telhados, o mar. No h ningum na praia, que resplende ao sol. O vento nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das guas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda verde. Mas percebo um movimento em um ponto do mar; um homem nadando. Ele nada a uma certa distncia da praia, em braadas pausadas e fortes; nada a favor das guas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas so leves, no so feitas de nada, toda sua substncia gua e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu corao, todo seu corpo a transportar na gua. Ele usa os msculos com uma calma energia; avana. Certamente no suspeita de que um desconhecido o v e o admira porque ele est nadando na praia deserta. No sei de onde vem essa admirao, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidrio com ele, acompanho o seu esforo solitrio como se ele estivesse cumprindo uma bela misso. J nadou em minha presena uns trezentos metros; antes, no sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrs das rvores, mas esperei com toda confiana que reaparecesse sua cabea, e o movimento alternado de seus braos. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois um telhado o esconder. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros; isto me parece importante; preciso que conserve a mesma batida de sua braada, e que eu o veja desaparecer assim como o Vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Ser perfeito; a imagem desse homem me faz bem. apenas a imagem de um homem, e eu no poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traos de sua cara. Estou solidrio com ele, e espero que ele esteja comigo. Que ele atinja o telhado vermelho, e ento eu poderei sair da varanda tranquilo, pensando vi um homem sozinho, nadando no mar; quando o vi ele j estava nadando; acompanhei-o com ateno durante todo o tempo, e testemunho que ele nadou sempre com firmeza e correo; esperei que ele atingisse um telhado vermelho, e ele o atingiu. Agora no sou mais responsvel por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admirado. No consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele no estava fazendo nenhum gesto a favor de algum, nem construindo algo de til; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril. No deso para ir esper-lo na praia e lhe apertar a mo; mas dou meu silencioso apoio, minha ateno e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a esse correto irmo. (ANDRADE, Carlos Drummond de; et al. Elenco de cronistas modernos. 8. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1984. p.128129) Marque a alternativa em que a palavra em destaque exerce a mesma funo sinttica do termo sublinhado em: Agora no sou mais responsvel por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu.

Questão 13
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(EsPCEx - 2023) Aps a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda s questes propostas. HOMEM NO MAR Rubem Braga De minha varanda vejo, entre rvores e telhados, o mar. No h ningum na praia, que resplende ao sol. O vento nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das guas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda verde. Mas percebo um movimento em um ponto do mar; um homem nadando. Ele nada a uma certa distncia da praia, em braadas pausadas e fortes; nada a favor das guas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas so leves, no so feitas de nada, toda sua substncia gua e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu corao, todo seu corpo a transportar na gua. Ele usa os msculos com uma calma energia; avana. Certamente no suspeita de que um desconhecido o v e o admira porque ele est nadando na praia deserta. No sei de onde vem essa admirao, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidrio com ele, acompanho o seu esforo solitrio como se ele estivesse cumprindo uma bela misso. J nadou em minha presena uns trezentos metros; antes, no sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrs das rvores, mas esperei com toda confiana que reaparecesse sua cabea, e o movimento alternado de seus braos. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois um telhado o esconder. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros; isto me parece importante; preciso que conserve a mesma batida de sua braada, e que eu o veja desaparecer assim como o Vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Ser perfeito; a imagem desse homem me faz bem. apenas a imagem de um homem, e eu no poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traos de sua cara. Estou solidrio com ele, e espero que ele esteja comigo. Que ele atinja o telhado vermelho, e ento eu poderei sair da varanda tranquilo, pensando vi um homem sozinho, nadando no mar; quando o vi ele j estava nadando; acompanhei-o com ateno durante todo o tempo, e testemunho que ele nadou sempre com firmeza e correo; esperei que ele atingisse um telhado vermelho, e ele o atingiu. Agora no sou mais responsvel por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admirado. No consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele no estava fazendo nenhum gesto a favor de algum, nem construindo algo de til; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril. No deso para ir esper-lo na praia e lhe apertar a mo; mas dou meu silencioso apoio, minha ateno e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a esse correto irmo. (ANDRADE, Carlos Drummond de; et al. Elenco de cronistas modernos. 8. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1984. p.128129) Marque a alternativa em que a figura de linguagem a mesma que a presente no seguinte trecho do texto: ...uma nobreza calma...:

Questão 14
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(EsPCEx - 2023) Aps a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda s questes propostas. HOMEM NO MAR Rubem Braga De minha varanda vejo, entre rvores e telhados, o mar. No h ningum na praia, que resplende ao sol. O vento nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das guas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda verde. Mas percebo um movimento em um ponto do mar; um homem nadando. Ele nada a uma certa distncia da praia, em braadas pausadas e fortes; nada a favor das guas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas so leves, no so feitas de nada, toda sua substncia gua e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu corao, todo seu corpo a transportar na gua. Ele usa os msculos com uma calma energia; avana. Certamente no suspeita de que um desconhecido o v e o admira porque ele est nadando na praia deserta. No sei de onde vem essa admirao, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidrio com ele, acompanho o seu esforo solitrio como se ele estivesse cumprindo uma bela misso. J nadou em minha presena uns trezentos metros; antes, no sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrs das rvores, mas esperei com toda confiana que reaparecesse sua cabea, e o movimento alternado de seus braos. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois um telhado o esconder. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros; isto me parece importante; preciso que conserve a mesma batida de sua braada, e que eu o veja desaparecer assim como o Vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Ser perfeito; a imagem desse homem me faz bem. apenas a imagem de um homem, e eu no poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traos de sua cara. Estou solidrio com ele, e espero que ele esteja comigo. Que ele atinja o telhado vermelho, e ento eu poderei sair da varanda tranquilo, pensando vi um homem sozinho, nadando no mar; quando o vi ele j estava nadando; acompanhei-o com ateno durante todo o tempo, e testemunho que ele nadou sempre com firmeza e correo; esperei que ele atingisse um telhado vermelho, e ele o atingiu. Agora no sou mais responsvel por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admirado. No consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele no estava fazendo nenhum gesto a favor de algum, nem construindo algo de til; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril. No deso para ir esper-lo na praia e lhe apertar a mo; mas dou meu silencioso apoio, minha ateno e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a esse correto irmo. (ANDRADE, Carlos Drummond de; et al. Elenco de cronistas modernos. 8. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1984. p.128129) Em Ele nada a uma certa distncia da praia, em bragadas pausadas e fortes; nada a favor das guas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele., o ponto e vrgula antes da palavra nada e a vrgula antes da conjuno e so usados, respectivamente, para separar:

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(EsPCEx - 2023) Aps a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda s questes propostas. HOMEM NO MAR Rubem Braga De minha varanda vejo, entre rvores e telhados, o mar. No h ningum na praia, que resplende ao sol. O vento nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das guas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda verde. Mas percebo um movimento em um ponto do mar; um homem nadando. Ele nada a uma certa distncia da praia, em braadas pausadas e fortes; nada a favor das guas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas so leves, no so feitas de nada, toda sua substncia gua e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu corao, todo seu corpo a transportar na gua. Ele usa os msculos com uma calma energia; avana. Certamente no suspeita de que um desconhecido o v e o admira porque ele est nadando na praia deserta. No sei de onde vem essa admirao, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidrio com ele, acompanho o seu esforo solitrio como se ele estivesse cumprindo uma bela misso. J nadou em minha presena uns trezentos metros; antes, no sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrs das rvores, mas esperei com toda confiana que reaparecesse sua cabea, e o movimento alternado de seus braos. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois um telhado o esconder. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros; isto me parece importante; preciso que conserve a mesma batida de sua braada, e que eu o veja desaparecer assim como o Vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Ser perfeito; a imagem desse homem me faz bem. apenas a imagem de um homem, e eu no poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traos de sua cara. Estou solidrio com ele, e espero que ele esteja comigo. Que ele atinja o telhado vermelho, e ento eu poderei sair da varanda tranquilo, pensando vi um homem sozinho, nadando no mar; quando o vi ele j estava nadando; acompanhei-o com ateno durante todo o tempo, e testemunho que ele nadou sempre com firmeza e correo; esperei que ele atingisse um telhado vermelho, e ele o atingiu. Agora no sou mais responsvel por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admirado. No consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele no estava fazendo nenhum gesto a favor de algum, nem construindo algo de til; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril. No deso para ir esper-lo na praia e lhe apertar a mo; mas dou meu silencioso apoio, minha ateno e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a esse correto irmo. (ANDRADE, Carlos Drummond de; et al. Elenco de cronistas modernos. 8. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1984. p.128129) Em ...nada a favor das guas..., a palavra sublinhada, considerando o contexto em que ela aparece, pertence, sob o aspecto morfolgico, seguinte classe gramatical:

Questão 16
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(EsPCEx - 2023) Aps a leitura atenta do texto apresentado a seguir, responda s questes propostas. HOMEM NO MAR Rubem Braga De minha varanda vejo, entre rvores e telhados, o mar. No h ningum na praia, que resplende ao sol. O vento nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das guas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda verde. Mas percebo um movimento em um ponto do mar; um homem nadando. Ele nada a uma certa distncia da praia, em braadas pausadas e fortes; nada a favor das guas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas so leves, no so feitas de nada, toda sua substncia gua e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu corao, todo seu corpo a transportar na gua. Ele usa os msculos com uma calma energia; avana. Certamente no suspeita de que um desconhecido o v e o admira porque ele est nadando na praia deserta. No sei de onde vem essa admirao, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidrio com ele, acompanho o seu esforo solitrio como se ele estivesse cumprindo uma bela misso. J nadou em minha presena uns trezentos metros; antes, no sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrs das rvores, mas esperei com toda confiana que reaparecesse sua cabea, e o movimento alternado de seus braos. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois um telhado o esconder. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros; isto me parece importante; preciso que conserve a mesma batida de sua braada, e que eu o veja desaparecer assim como o Vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Ser perfeito; a imagem desse homem me faz bem. apenas a imagem de um homem, e eu no poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traos de sua cara. Estou solidrio com ele, e espero que ele esteja comigo. Que ele atinja o telhado vermelho, e ento eu poderei sair da varanda tranquilo, pensando vi um homem sozinho, nadando no mar; quando o vi ele j estava nadando; acompanhei-o com ateno durante todo o tempo, e testemunho que ele nadou sempre com firmeza e correo; esperei que ele atingisse um telhado vermelho, e ele o atingiu. Agora no sou mais responsvel por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admirado. No consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele no estava fazendo nenhum gesto a favor de algum, nem construindo algo de til; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril. No deso para ir esper-lo na praia e lhe apertar a mo; mas dou meu silencioso apoio, minha ateno e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a esse correto irmo. (ANDRADE, Carlos Drummond de; et al. Elenco de cronistas modernos. 8. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1984. p.128129) Em No consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa, a palavra destacada exerce a mesma funo sinttica da palavra sublinhada na frase: