(Fuvest 2013) Maldito, maldito criador! Por que eu vivo? Por que no extingui, naquele instante, a centelha de vida que voc to desumanamente me concedeu? No sei! O desespero ainda no se apoderara de mim. Meus sentimentos eram de raiva e vingana. Quando a noite caiu, deixei meu abrigo e vagueei pelos bosques. (...) Oh! Que noite miservel passei eu! Sentia um inferno devorar-me, e desejava despedaar as rvores, devastar e assolar tudo o que me cercava, para depois sentar-me e contemplar satisfeito a destruio. Declarei uma guerra sem quartel espcie humana e, acima de tudo, contra aquele que me havia criado e me lanara a esta insuportvel desgraa! (Mary Shelley. Frankenstein. 2 ed. Porto Alegre: LPM, 1985.) O trecho acima, extrado de uma obra literria publicada pela primeira vez em 1818, pode ser lido corretamente como uma