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Questões de Redação - IFSC | Gabarito e resoluções

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Questão
2017Redação

(G1 - ifsc/2017) O resto silncio Miriam Leito* 1Ouvi o silncio e o que ele me disse foi devastador.2O silncio pior do que as palavras duras, porque possvel instalar nele todos os medos. o nada e nele os temores desenham fantasias que podem nos aprisionar. Prefiro palavras e que elas explicitem o rancor e os ressentimentos, e que faam cobranas, e que sejam implacveis. O silncio ser pior porque ele o terreno do desconhecido, do que se imagina, e do que se teme. Tente ficar em silncio por mais tempo que o descanso e veja que ele crescer sobre voc. Imagine o que ser posto diante do silncio: voc e ele e nada mais.3Os minutos passam como se fossem horas.4As horas imitam os dias. O tempo se alonga, aprisiona e oprime. Ele pode ser o som da calma, da paz e do descanso. Mas pense no silncio da pergunta sem resposta, do carinho no correspondido, do5apelo sem clemncia, da ofensa deliberada, da correspondncia que no chega. Pense no silncio como o avesso do dilogo, como um grande e vasto espelho no qual voc v suas impossibilidades e seus erros. E a espera sem data. 6H silncios libertadores. Ao fim de uma grande tenso, quando, em ambiente acolhedor, voc entrega seus ouvidos calma.7H silncios que aprisionam quando, em ambiente hostil, voc tenta inutilmente buscar os sons que informem e situem. Bom o silncio que acolhe, acaricia e pacifica, mas tantas vezes preciso lidar com o que nega, inquieta, rejeita. 8A noite apagou todos os sons, fez dormir as criaturas, acalmou o mundo, mas voc inquieto acorda insone e tem como companhia para os ouvidos, o nada. Voc vasculha o espao em busca de algo e no h o que o socorra. do que falo e o que temo: o nada spero, o nada negativo, o nada nada. Fuja desse silncio, porque ele desengana os apaixonados, inquieta os inseguros, adoece os aflitos. H o bom silncio, como na manh de um dia encapsulado no tempo, em que9o sol j iluminou a paisagem verde, voc abre a janela sobre o vale, confere os telhados terrosos e descansa os olhos sobre a amplitude.10Talvez algum pssaro emita um som, mas isso s vai confirmar a paz que cerca, acaricia, acalma. O mesmo nada e abstrato pode ferir ou enternecer. Pode ser o descanso ou o desassossego. Eu escolheria para oferecer aos amigos que tenho o melhor dos silncios, o da esperana da proteo contra os rudos de um tempo sem trgua. E assim, juntos, ficaramos em silncio calmo espera do recomeo. *Miriam Leito jornalista e escritora. Escreve crnicas aos sbados como colaboradora do Blog. Sbado, 27/08/2016, s 09:52. Quanto ao gnero do texto, assinale a alternativa CORRETA.

Questão
2015Redação

(IFSC - 2015) Poema tirado de uma notcia de jornal Joo Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilnia num barraco sem nmero Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Danou Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. Fonte: BANDEIRA, Manuel. In: Manuel Bandeira. So Paulo: Abril Educao, 1981, p. 65. Sobre o texto, CORRETO afirmar que:

Questão
2011Redação

(IFSC - 2011) O padeiro Levanto cedo, fao minhas ablues, ponho a chaleira no fogo para fazer caf e abro a porta do apartamento mas no encontro o po costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da vspera sobre a greve do po dormido. De resto no bem uma greve, um lock-out, greve dos patres, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu caf da manh com po dormido conseguiro no sei bem o que do governo. Est bem. Tomo o meu caf com po dormido, que no to ruim assim. E enquanto tomo caf vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o po porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para no incomodar os moradores, avisava gritando: No ningum, o padeiro! Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? Ento voc no ningum? Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha l de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: no ningum, no senhora, o padeiro. Assim ficara sabendo que no era ningum... Ele me contou isso sem mgoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu no quis det-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu tambm, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redao de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina e muitas vezes saa j levando na mo um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da mquina, como po sado do forno. Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E s vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, alm de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crnica ou artigo com o meu nome. O jornal e o po estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu corao eu recebi a lio de humildade daquele homem entre todos til e entre todos alegre; no ningum, o padeiro! E assobiava pelas escadas. BRAGA, Rubem. O padeiro. In: ANDRADE, Carlos Drummond de; SABINO, Fernando; CAMPOS, Paulo Mendes; BRAGA, Rubem. Para gostar de ler: v. 1. Crnicas. 12 ed. So Paulo: tica, 1982. p.63 - 64. De acordo com o texto, assinale a alternativa correta.

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