Questão2016Filosofia
(UCB 2016)
H to somente mquinas em toda parte, e qualquer metfora: mquinas de mquinas, com seus acoplamentos, suas conexes. Uma mquina-rgo conectada a uma mquina-fonte: esta emite um fluxo que a outra corta. assim que somos bricoleurs; cada um com as suas pequenas mquinas. Uma mquina-rgo para uma mquina-energia, sempre fluxos e cortes. Esta relao distintiva homem-natureza, indstria-natureza, sociedade-natureza , condiciona a distino de ͞produo, distribuio, consumo. Mas esses tipos de distines gerais pressupem (como Marx mostrou) no s o capital e a diviso do trabalho, mas tambm a falsa conscincia que o ser capitalista tem necessariamente de si e dos elementos cristalizados do consumo de um processo. que, na verdade, no h esferas nem circuitos relativamente independentes: a produo imediatamente consumo e registro, o registro e o consumo determinam diretamente a produo, mas a determinam no seio da prpria produo. De modo que tudo produo: produo de produes, de aes e paixes; produes de registros, de distribuies e de marcaes; produes de consumos, de volpias, de angstias e de dores.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O Anti-dipo: capitalismo e esquizofrenia. Trad. L. B. Orlandi. So Paulo: Ed. 34, 2010, p. 11-14 (adaptado).
No texto acima, Gilles Deleuze e Flix Guattari analisam o capitalismo tomando como fio condutor a ideia de mquinas desejantes. Na perspectiva desses autores, Escolha uma: