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Questões de Português - UECE 2017 | Gabarito e resoluções

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Questão
2017Português

(UECE-2017) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: O texto abaixo consta como prefácio da 2 edição do romance Janelas Fechadas, do maranhense Josué Montello, publicado pela primeira vez em 1941. Foi escrito por Tristão de Athayde (Alceu Amoroso Lima), que compõe uma crítica na qual desenvolve ideias originais, como uma aproximação entre Benzinho, protagonista do romance de Montello, e Capitu. Uma Capitu Nordestina 1Cada novo livro de Josué Montello é um acontecimento em nossas letras. Sua fecundidade literária, aliás [...], nunca se fez com sacrifício de seu esmero na expressão verbal. Pelo contrário, esse esmero atingiu seu alto grau de perfeição com Aleluia, mas de forma alguma se esgotou na sua busca de concisão, outra meta constante em sua estilística pessoal. 2Ainda agora, o que o levou a reeditar esse quase primeiro livro de sua maturidade literária, como ele próprio assinalou, foi a preocupação estritamente estilística e não estrutural, junto ao cuidado de preservar o tipo de sua personagem central, a jovem Benzinho, e o ambiente maranhense de todos os seus romances. Aliás, se a paisagem maranhense desse romance nada tem a ver com a rude paisagem tipicamente nordestina dos romances de um José Lins do Rego ou de um José Américo, o caráter da jovem Maria de Lourdes Silva, apelidada Benzinho desde a infância, nada tem a ver com o tipo genuíno das jovens nordestinas, como aliás dos homens da região, onde a firmeza de caráter é a expressão mais representativa do temperamento nordestino, pela supremacia dos valores morais sobre os valores eróticos e sobretudo hedonísticos. 3Sendo esse romance dos seus vinte anos uma tentativa quase subconsciente de reação antirromântica, não é de espantar que essa adolescente dos subúrbios de São Luís, o bairro do Anil, se pareça mais com a sofisticada carioca Capitu do que com 4qualquer das Inocências, ou Moreninhas do romantismo de sua época. Benzinho, pela mão feiticeira de seu criador literário, que, aliás, colheu o modelo na vida real, passa ao longo do romance sem que o autor se aprofunde em qualquer análise psicológica da passagem de uma condição de vítima inocente à de uma representante típica, embora inconsciente, de um fenômeno sociológico, o da ascensão social, que, ao contrário do tipo habitual da mulher nordestina, coloca inteiramente de lado as razões do coração ou da sensualidade para se dirigir exclusivamente pela razão. E pelo raciocínio rigorosamente interesseiro de promoção social ou de influência exterior. Quando, pela primeira vez, se entrega a um quase desconhecido, é levada exclusivamente por uma frase eventual de sua mãe, que lhe confidenciara a vontade de ter um neto. Pela segunda vez, o que a levou a fazer o mesmo foi simplesmente a ambição de casar com um vizinho rico. Em ambos os casos, absoluta ausência de sentimento passional e, no fundo, preocupações de tipo masculino mais que feminino. Não é a preocupação feminista de emancipação de seu sexo, mas a passividade em face de um desejo materno e o impulso masculino de ambição social. Aliás, na criação da personagem central dessa jovem Capitu nordestina, tocava Josué Montello em um fenômeno típico das sociedades modernas: a confusão ou o desencontro entre os sexos, em sua respectiva natureza biológica e psicológica. Já Aristóteles verificava haver homens de alma feminina e vice-versa. Assim como não há, entre as várias idades do ser humano, limites claros e positivos, assim também não existe, entre os sexos, uma psicologia respectivamente incompatível. O que é preciso é não confundir o desencontro de psicologias com a confusão, ou antes, a inversão das psicologias. Uma coisa é um homem de alma feminina e outra um homem efeminado. Naqueles, o que vemos é o predomínio de certas qualidades, que normalmente distinguem a alma feminina, sem que, entretanto, essa troca perturbe seus valores máximos. Introdução. ATHAYDE, Tristão de. In: MONTELLO, Josué. Romances e novelas. V. 1. P. 109-111. Releia o excerto que vai da referência 3 (Sendo esse) ao fim do parágrafo, no qual Athayde diz que Montello tentou uma reação antirromântica ao escrever Janelas Fechadas. Pelo que consta no excerto destacado, só se pode afirmar que a reação antirromântica de Montello

Questão
2017Português

(Uece/2017) Pedro Américo, pintor brasileiro nascido na Paraíba, foi um grande cultivador da arte acadêmica. Viveu sob a proteção de D. Pedro II, que lhe financiou cursos na Europa. O Imperador Brasileiro foi um verdadeiro Mecenas (indivíduo rico que protege artistas, homens de letras ou de ciências, proporcionando-lhes recursos financeiros para que possam dedicar-se, sem preocupações outras, às artes e às ciências). Foi por encomenda de D. Pedro II que ele pintou, em 1888, o quadro que homenageia D. Pedro I, pelo ato de proclamar a independência política do Brasil. A pintura recebeu o nome de Independência ou Morte, sendo mais conhecida, no entanto, como O Grito do Ipiranga. É um quadro que todo estudante brasileiro reconhece. O GRITO Um tranquilo riacho suburbano, Uma choupana embaixo de um coqueiro, Uma junta de bois e um carreteiro: Eis o pano de fundo e, contra o pano, Figurantes cavalos e cavaleiros, Ressaltando o motivo soberano, A quem foi reservado o meio plano Onde avulta solene e sobranceiro. Complete-se a figura mentalmente Com o grito famoso, postergando Qualquer simbologia irreverente. Nem se indague do artista, casto obreiro, Fiel ao mecenato e ao seu comando, Quem o povo, se os bois, se o carreteiro. PAES, José Paulo. Poesia Completa. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. P. 105. GRITO Quadro que fundou o expressionismo nasceu de um ataque de pânico. Edvard Munch nasceu em 1863, mesmo ano em que O piquenique no bosque, de Édouard Manet, era exposto no Salão dos Rejeitados, chamando a atenção para um movimento que nem nome tinha ainda. Era o impressionismo, superando séculos de pintura acadêmica. Os impressionistas deixaram o realismo para a fotografia e se focaram no que ela não podia mostrar: as sensações, a parte subjetiva do que se vê. Crescendo durante essa revolução, Munch que, aliás, também seria fotógrafo achava a linguagem dos impressionistas superficial e científica, discreta demais para expressar o que sentia. E ele sentia: Munch tinha uma história familiar trágica: perdeu a mãe e uma irmã na infância, teve outra irmã que passou a vida em asilos psiquiátricos. Tornou-se artista sob forte oposição do pai, que morreria quando Munch tinha 25 anos e o deixaria na pobreza. O artista sempre viveu na boemia, entre bebedeiras, brigas e romances passageiros, tornando-se amigo do filósofo niilista Hans Jæger, que acreditava que o suicídio era a forma máxima da libertação. Fruto de suas obsessões, O Grito não foi seu primeiro quadro, mas o que o tornaria célebre. A inspiração veio do que parece ter sido um ataque de pânico, que ele escreveu em seu diário, pouco mais de um ano antes do quadro: Estava andando por um caminho com dois amigos o sol estava se pondo quando, de repente, o sol tornou-se vermelho como o sangue. Eu parei, sentindo-me exausto, e me encostei na cerca havia sangue e línguas de fogo sobre o fiorde negro e a cidade. Meus amigos continuaram andando, e eu fiquei lá, tremendo de ansiedade e senti um grito infinito atravessando a natureza. Ali nasceria um novo movimento artístico. O Grito seria a pedra fundadora do expressionismo, a principal vanguarda alemã dos anos 1910 aos 1930. Leia com atenção o que se diz sobre os dois textos apresentados acima. I. Há um trabalho explícito de interdiscursividade entre O Grito, em prosa, e O Grito, em verso. II. O tipo de verso em que foi composto O Grito se adéqua ao tema explorado. III. O tipo de verso em que foi composto o poema O Grito constitui uma ironia: o tom que o autor imprime ao poema não condiz com a nobreza do verso escolhido. Está correto o que se diz somente em

Questão
2017Português

(UECE - 2017) Pedro Amrico, pintor brasileiro nascido na Paraba, foi um grande cultivador da arte acadmica. Viveu sob a proteo de D. Pedro II, que lhe financiou cursos na Europa. O Imperador Brasileiro foi um verdadeiro Mecenas (indivduo rico que protege artistas, homens de letras ou de cincias, proporcionando-lhes recursos financeiros para que possam dedicar-se, sem preocupaes outras, s artes e s cincias). Foi por encomenda de D. Pedro II que ele pintou, em 1888, o quadro que homenageia D. Pedro I, pelo ato de proclamar a independncia poltica do Brasil. A pintura recebeu o nome de Independncia ou Morte, sendo mais conhecida, no entanto, como O Grito do Ipiranga. um quadro que todo estudante brasileiro reconhece. O GRITO Um tranquilo riacho suburbano, Uma choupana embaixo de um coqueiro, Uma junta de bois e um carreteiro: Eis o pano de fundo e, contra o pano, Figurantes cavalos e cavaleiros, Ressaltando o motivo soberano, A quem foi reservado o meio plano Onde avulta solene e sobranceiro. Complete-se a figura mentalmente Com o grito famoso, postergando Qualquer simbologia irreverente. Nem se indague do artista, casto obreiro, Fiel ao mecenato e ao seu comando, Quem o povo, se os bois, se o carreteiro. PAES, Jos Paulo. Poesia Completa. So Paulo: Companhia das Letras, 2008. P. 105. Os poemas podem variar no nmero de slabas mtricas. Os versos que tm de 1 a 12 slabas recebem nomes diferentes. A partir de 13 slabas, deixam de receber nomes especficos. Em relao ao poema O Grito correto afirmar que

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2017Português

Texto 1 GRITO Quadro que fundou o expressionismo nasceu de um ataque de pânico. Edvard Munch nasceu em 1863, mesmo ano em que O piquenique no bosque, de Édouard Manet, era exposto no Salão dos Rejeitados, chamando a atenção para um movimento que nem nome tinha ainda. Era o impressionismo, superando séculos de pintura acadêmica. Os impressionistas deixaram o realismo para a fotografia e se focaram no que ela não podia mostrar: as sensações, a parte subjetiva do que se vê. Crescendo durante essa revolução, Munch que, aliás, também seria fotógrafo achava a linguagem dos impressionistas superficial e científica, discreta demais para expressar o que sentia. E ele sentia: Munch tinha uma história familiar trágica: perdeu a mãe e uma irmã na infância, teve outra irmã que passou a vida em asilos psiquiátricos. Tornou-se artista sob forte oposição do pai, que morreria quando Munch tinha 25 anos e o deixaria na pobreza. O artista sempre viveu na boemia, entre bebedeiras, brigas e romances passageiros, tornando-se amigo do filósofo niilista Hans Jæger, que acreditava que o suicídio era a forma máxima da libertação. Fruto de suas obsessões, O Grito não foi seu primeiro quadro, mas o que o tornaria célebre. A inspiração veio do que parece ter sido um ataque de pânico, que ele escreveu em seu diário, pouco mais de um ano antes do quadro: Estava andando por um caminho com dois amigos o sol estava se pondo quando, de repente, o sol tornou-se vermelho como o sangue. Eu parei, sentindo-me exausto, e me encostei na cerca havia sangue e línguas de fogo sobre o fiorde negro e a cidade. Meus amigos continuaram andando, e eu fiquei lá, tremendo de ansiedade e senti um grito infinito atravessando a natureza. Ali nasceria um novo movimento artístico. O Grito seria a pedra fundadora do expressionismo, a principal vanguarda alemã dos anos 1910 aos 1930. Texto 2 O GRITO Um tranquilo riacho suburbano, Uma choupana embaixo de um coqueiro, Uma junta de bois e um carreteiro: Eis o pano de fundo e, contra o pano, Figurantes cavalos e cavaleiros, Ressaltando o motivo soberano, A quem foi reservado o meio plano Onde avulta solene e sobranceiro. Complete-se a figura mentalmente Com o grito famoso, postergando Qualquer simbologia irreverente. Nem se indague do artista, casto obreiro, Fiel ao mecenato e ao seu comando, Quem o povo, se os bois, se o carreteiro. PAES, José Paulo. Poesia Completa. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. P.105. Leia com atenção o que se diz sobre os dois textos apresentados acima. I. Há um trabalho explícito de interdiscursividade entre O Grito, em prosa, e O Grito, em verso. II. O tipo de verso em que foi composto O Grito se adéqua ao tema explorado. III. O tipo de verso em que foi composto o poema O Grito constitui uma ironia: o tom que o autor imprime ao poema não condiz com a nobreza do verso escolhido. Está correto o que se diz somente em

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