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Questões de Sociologia - UEFS 2016 | Gabarito e resoluções

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Questão
2016Sociologia

(UEFS 2016) TEXTO: Um leitor de LaRepubblicaperguntou o que podemos fazer para escapar da situao alarmante em que nos encontramos depois da crise do crdito e como evitar suas consequncias possivelmente catastrficas.Essas so perguntas que nos fazemos todos os dias; afinal, no foi s o sistema bancrio e a bolsa de valores que sofreram duros e sucessivos golpes nossa confiana nas estratgias de vida, nos modos de agir, nos padres de sucesso e no ideal de felicidade que,dia aps dia, nos ltimos anos, nos disseram que valia a pena seguir tambm foi abalada e perdeu parte considervel de sua autoridade e poder de atrao. Nossos dolos, verses lquido-modernas do bezerro de ouro bblico, derreteram ao mesmo tempo que a confianana economia! Pensando em retrospecto, os anos anteriores crise do crdito parecem ter sido tempos tranquilos e alegres do tipo aproveite agora, pague depois; uma poca em que ns agamos com a certeza de que haveriariqueza suficiente e at maior no dia seguinte, anulando qualquer preocupao com o crescimento das dvidas de hoje, desde que fizssemos o que se exigia para aderir aos caras mais inteligentes da turma e seguir seu exemplo. Naqueles dias que ficaram para trs, oexerccio de subir montanhas cada vez mais altas e ter acesso a paisagens cada vez mais arrebatadoras, eclipsar as grandiosas montanhas de ontem com o perfil das colinas de hoje e aplainar as colinas de ontem na gentil ondulao das plancies de hoje parecia durar parasempre. Uma possvel reao crise econmica atual o que Mark Furlong denominou de militarizao do eu. o que vo fazer, sem dvida, os produtores e comerciantes interessados em capitalizar a catstrofe transformando-a em lucro acionrio, como de hbito. A indstria farmacutica j est em plena atividade, tentando invadir, conquistar e colonizar a nova terra virgem da depresso ps-crise a fim de vender sua nova gerao desmart drugs, comeando por semear, cultivar e fazer crescer as novas iluses que tendem a propulsionar a demanda. J estamos ouvindo falar de drogas fantsticas que prometem melhorar tudo, memria, humor, potncia sexual e a energia de quem as ingere com regularidade, proporcionando assim total controle sobre a construo do prprio ego e sua preponderncia sobre o ego de outros. Contudo h outra possibilidade. Existe a opo de tentar chegar s razes do problema atual e (como sugeriu Furlong) fazer o contrrio do que estamos acostumados: inverter o padro e organizar nosso pensamento no mais a partir daquele em que o indivduo est no centro, mas segundo uma ordem alternativa centrada em prticas ticas e estticas que privilegiem a relao e o contexto. Trata-se, sem dvida, de uma possibilidade remota (inverossmil ou pretensiosa, diriam alguns), que exige um perodo prolongado, tortuoso e muitas vezes doloroso de autocrtica e reajuste. Nascemos e crescemos numa sociedade completamente individualizada, na qual a autonomia, a autossuficincia e o egocentrismo do indivduo eram axiomas que no exigiam provas (nem as admitiam), e que dava pouco espao, se que dava, discusso. S que mudar nossa viso de mundo e assumir uma compreenso adequada do lugar e do papel que temos na sociedade no fcil nem se faz de um dia para o outro. No entanto, essa mudana parece ser imperativa, na verdade, inevitvel. BAUMAN, Zygmunt. Como escapar da crise? In: 44 Cartas do Mundo Lquido Moderno. Traduo Vera Pereira. Rio de Janeiro: Zahar, 2011. p. 161-165. Traduo de: 44 Letters from the Liquid Modern World. Adaptado. A interpretao dos aspectos temticos do texto de Zygmunt Bauman est correta em

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