Kuadro - O MELHOR CURSO PRÉ-VESTIBULAR
Kuadro - O MELHOR CURSO PRÉ-VESTIBULAR
MEDICINAITA - IMEENEMENTRAR
Logo do Facebook   Logo do Instagram   Logo do Youtube

Conquiste sua aprovação na metade do tempo!

No Kuadro, você aprende a estudar com eficiência e conquista sua aprovação muito mais rápido. Aqui você aprende pelo menos 2x mais rápido e conquista sua aprovação na metade do tempo que você demoraria estudando de forma convencional.

Questões de Português - UFPA 2012 | Gabarito e resoluções

1-3 de 3
Questão
2012Português

(Ufpa 2012) CREPUSCULAR Há no ambiente um murmúrio de queixume, De desejos de amor, dais comprimidos... Uma ternura esparsa de balidos, Sente-se esmorecer como um perfume. As madressilvas murcham nos silvados E o aroma que exalam pelo espaço, Tem delíquios de gozo e de cansaço, Nervosos, femininos, delicados. Sentem-se espasmos, agonias dave, Inapreensíveis, mínimas, serenas... Tenho entre as mãos as tuas mãos pequenas, O meu olhar no teu olhar suave. As tuas mãos tão brancas danemia... Os teus olhos tão meigos de tristeza... É este enlanguescer da natureza, Este vago sofrer do fim do dia. Camilo Pessanha é considerado o expoente máximo da poesia simbolista portuguesa. Os seus versos reúnem o que há de mais marcante nesse estilo de época por traduzirem sugestões, imagens visuais, sonoras e estados de alma, além de notória ausência de elementos que se detenham em descrição ou em referência objetiva. É correto afirmar que os versos do soneto Crepuscular transcritos nas opções, a seguir, traduzem as considerações postas nesses comentários, com exceção de:

Questão
2012Português

(Ufpa 2012) O monólogo dramático O pranto de Maria Parda, de Gil Vicente, é um desses textos emblemáticos da produção de um dos mais respeitáveis autores portugueses. A peça dispõe de um conteúdo pelo qual perpassam variados sentidos, ligados a problemas sociais, a preconceito, à paródia, ao grotesco, enfim, nela se encontra uma espécie de mosaico de informações de toda ordem. A riqueza de questões suscitadas no monólogo ainda hoje pode ser considerada, como é da natureza do texto vicentino, de atualidade indiscutível. Com base no comentário acima, é correto afirmar, relativamente à linguagem e ao conteúdo da peça de Gil Vicente, que

Questão
2012Português

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: IMPÁVIDA CLAVA FORTE Roberto Pompeu de Toledo 7Quem não conhecia a cantora Vanusa, ou não se lembrava dela, agora já a conhece e tem motivos para dela não mais se esquecer. Ela fez seu triunfal ingresso, ou retorno, à fama com uma interpretação do Hino Nacional que circula amplamente na internet. Para os poucos que ainda não viram o vídeo, feito durante uma cerimônia na Assembleia Legislativa paulista, a cantora, cuja voz arrastada, de tonalidades sonambúlicas, já fazia suspeitar de algo errado desde o início, a certa altura se atrapalha de vez e faz a melodia descasar-se sem remédio da letra, e a letra por sua vez livrar-se da sequência em que foi composta, a terra mais garrida estranhando-se com o sol do Novo Mundo, o gigante pela própria natureza irrompendo em lugar que nunca antes frequentara. 2O braço forte ganhou reforços, e virou braços fortes. O berço esplêndido transmudou-se em verso esplêndido. 4E, na mais estonteante estocada na estabilidade das estrofes, entoou: És belo és forte és risonho límpido se em teu formoso risonho e límpido a imagem do Cruzeiro assim mesmo, não só deslocando ou pulando palavras, como terminando abruptamente na palavra Cruzeiro, desprovida do socorro do resplandece. A performance de Vanusa passa de computador a computador para fazer rir. Este artigo tem por objetivo defendê-la. Que atire a primeira pedra quem nunca confundiu os versos de ida (Ouviram do Ipiranga etc.) com os da volta (Deitado eternamente em berço esplêndido). Que só continue a ridicularizar a cantora quem nunca removeu os raios fúlgidos para o lugar do raio vívido, ou vice-versa. 5Vanusa disse que estava sob efeito de remédios, daí seus atropelos. Não há dúvida, pelo andar hesitante de seu desempenho, e pelo tom resmungado da voz, de que estava fora de controle. É pena. 8Fosse deliberada, e interpretada com arte, sua versão do hino teria dois altos destinos. 9Primeiro, iria se revestir do caráter de uma variação, interessante por ser uma espécie de comentário à composição tal qual a conhecemos. 10Não seria uma variante tão bela como a Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro, de Gottschalk, mas teria seus encantos. Segundo, assumiria a feição de uma leitura crítica do hino. 3Serviria para mostrar, com a insistente troca de palavras e de versos, como a letra é difícil, e extrairia um efeito cômico deliberadamente cômico das confusões que pode causar na mente de quem a entoa. O inglês Lewis Carroll (1832-1898), autor de Alice no País das Maravilhas, criador do Chapeleiro Maluco e da festa de desaniversário, levou seu gosto pelo absurdo para a criação de um poema feito de palavras inventadas que se alternam com outras existentes, e cuja bonita sonoridade contrasta com o enigma de um significado impossível de ser alcançado. O poema chama-se Jabberwocky, e jabberwocky, em inglês, passou a significar um texto brincalhão, composto em linguagem inventada, mas parecendo real, sonora e sem sentido. Uma tradução do Jabberwocky para o português, do poeta Augusto de Campos, começa assim: Era briluz. As lesmolisas touvas / Roldavam e relviam nos gramilvos. / Estavam mimsicais as pintalouvas / E os momirratos davam grilvos. 1Não. Não é que o Hino Nacional seja exatamente um jabberwocky. Não há nele palavras inventadas. Mas a combinação dos raios fúlgidos com o penhor dessa igualdade, do impávido colosso com o florão da América e do lábaro estrelado com a clava forte tem tudo para produzir um efeito jabberwocky para a multidão de brasileiros com ouvidos destreinados para os preciosismos parnasianos. A presença de palavras familiares no meio de outras estranhas, como no jabberwocky, confere a certeza de que caminhamos num terreno conhecido no nosso caso, a língua portuguesa; no do jabberwocky original, a língua inglesa. Ao mesmo tempo, o inalcançável significado das palavras nos transfere para um universo em que a realidade se perde numa nebulosa onírica. Já houve, e ainda deve haver, movimentos para mudar a letra do Hino Nacional. Não, por favor, não seria uma pena. Seu caráter jabberwocky lhe cai bem. 6Se à sonoridade das palavras se contrapõe um misterioso significado, tanto melhor: o hino fica instigante como encantamento de fada, e impõe respeito como reza em latim. 11Vanusa devia aproveitar a experiência e a reconquistada fama para aprimorar uma versão cara limpa, sem voz arrastada nem tons sonambúlicos, de sua interpretação. Ela explicita como nenhuma outra o charme jabberwocky da letra de Osório Duque Estrada. VEJA, 23 de setembro de 2009, p. 150. (Ufpa 2012) A respeito do trecho Não. Não é que o Hino Nacional seja exatamente um jabberwocky. Não há nele palavras inventadas. Mas a combinação dos raios fúlgidos com o penhor dessa igualdade, do impávido colosso com o florão da América e do lábaro estrelado com a clava forte tem tudo para produzir um efeito jabberwocky... (ref. 1), é correto afirmar que a combinação dos termos em raios fúlgidos com penhor dessa igualdade, em impávido colosso com o florão da América e em lábaro estrelado com clava forte produz um efeito jabberwocky devido ao(à)

1-3 de 3