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Questões de Filosofia - UFPR 2015 | Gabarito e resoluções

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Questão
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(UFPR - 2015- 2 FASE) Leia o texto abaixo: To logo uma questo existencialmente relevante v para a agenda poltica, os cidados tanto crentes como no crentes entram em coliso com suas convices impregnadas de vises de mundo e, medida que trabalham as agudas dissonncias desse conflito pblico de opinies, tm a experincia do fato chocante do pluralismo das vises de mundo. Quando aprendem a lidar pacificamente com esse fato na conscincia de sua prpria falibilidade sem rasgar, portanto, o lao de uma comunidade poltica , eles reconhecem o que significam, em uma sociedade ps-secular, as condies seculares da tomada de decises, estabelecidas pela Constituio. No conflito entre as pretenses do saber e as pretenses da f, o Estado, sendo neutro no que diz respeito s vises de mundo, no tem qualquer predisposio a tomar decises polticas em favor desta ou daquela parte. A razo pluralizada do pblico constitudo pelos cidados do Estado s segue uma dinmica de secularizao na medida em que fora, no resultado, a um distanciamento igual em relao s tradies fortes e aos contedos impregnados de vises de mundo. Sem renunciar sua autonomia, ela permanece aberta, como que osmoticamente, para a possibilidade de aprender com ambas as partes do conflito. (HABERMAS, Jrgen. F e saber. Editora So Paulo: Unesp, 2013.) Segundo Habermas, os ataques terroristas de 11 de setembro fizeram vibrar uma corda religiosa no mais ntimo da sociedade secular e apresentaram o desafio de se pensar e de se construir uma sociedade ps-secular. Quais as principais prerrogativas para se consolidar tal sociedade?

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(UFPR - 2015- 2 FASE) Normalmente o cientista um solucionador de quebra-cabeas como um jogador de xadrez, e a adeso induzida pela educao o que lhe d as regras do jogo que se pratica no seu tempo. Na ausncia delas, ele no seria um fsico, um qumico ou o que quer que fosse aquilo para que fosse preparado (p. 25). [...] As regras fornecidas pelo paradigma no podem ento ser postas em questo, uma vez que sem essas regras no haveria quebra-cabeas para resolver. No h, portanto, dvidas de que os problemas (ou quebra-cabeas), pelos quais o praticante da cincia madura normalmente se interessa, pressupem a adeso profunda a um paradigma. E uma sorte que essa adeso no seja abandonada com facilidade. A experincia mostra que, em quase todos os casos, os esforos repetidos, quer do indivduo, quer do grupo profissional, acabam finalmente por produzir, dentro do mbito do paradigma, uma soluo mesmo para os problemas mais difceis. Esta uma das maneiras pela qual avana (p. 49-50). [...] Porm, essa imagem da investigao cientfica como resoluo de quebra-cabeas ou ajustamento de paradigmas deve estar, em ltima anlise, bastante incompleta. [...] Embora o cientista no se esforce normalmente por inventar novos tipos de teorias fundamentais, tais teorias com frequncia tm surgido da prtica continuada da investigao. [...] Para ele trata-se de alterar as regras do jogo e qualquer alterao de regras intrinsecamente subversiva. Esse elemento subversivo torna-se, claro est, mais aparente em inovaes tericas de grande importncia, como as associadas aos nomes de Coprnico, Lavoisier ou Einstein. [...] O que se segue que, se a atividade normal de solucionar quebra-cabeas tivesse sempre xito, o desenvolvimento da cincia no poderia conduzir a qualquer tipo de inovao fundamental (p. 51). (KUHN, Thomas. A funo do dogma na investigao cientfica. Disponvel em: .) De acordo com Thomas Kuhn, a atividade tpica do cientista em perodos de cincia madura assemelha-se resoluo de enigmas ou de quebra-cabeas. As imagens abaixo so exemplos de jogos como esses: Quais so as semelhanas entre os jogos de quebra-cabeas (ou os enigmas) e a atividade do cientista em perodos de cincia madura/normal?

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(UFPR - 2015- 2 FASE) Normalmente o cientista um solucionador de quebra-cabeas como um jogador de xadrez, e a adeso induzida pela educao o que lhe d as regras do jogo que se pratica no seu tempo. Na ausncia delas, ele no seria um fsico, um qumico ou o que quer que fosse aquilo para que fosse preparado (p. 25). [...] As regras fornecidas pelo paradigma no podem ento ser postas em questo, uma vez que sem essas regras no haveria quebra-cabeas para resolver. No h, portanto, dvidas de que os problemas (ou quebra-cabeas), pelos quais o praticante da cincia madura normalmente se interessa, pressupem a adeso profunda a um paradigma. E uma sorte que essa adeso no seja abandonada com facilidade. A experincia mostra que, em quase todos os casos, os esforos repetidos, quer do indivduo, quer do grupo profissional, acabam finalmente por produzir, dentro do mbito do paradigma, uma soluo mesmo para os problemas mais difceis. Esta uma das maneiras pela qual avana (p. 49-50). [...] Porm, essa imagem da investigao cientfica como resoluo de quebra-cabeas ou ajustamento de paradigmas deve estar, em ltima anlise, bastante incompleta. [...] Embora o cientista no se esforce normalmente por inventar novos tipos de teorias fundamentais, tais teorias com frequncia tm surgido da prtica continuada da investigao. [...] Para ele trata-se de alterar as regras do jogo e qualquer alterao de regras intrinsecamente subversiva. Esse elemento subversivo torna-se, claro est, mais aparente em inovaes tericas de grande importncia, como as associadas aos nomes de Coprnico, Lavoisier ou Einstein. [...] O que se segue que, se a atividade normal de solucionar quebra-cabeas tivesse sempre xito, o desenvolvimento da cincia no poderia conduzir a qualquer tipo de inovao fundamental (p. 51). (KUHN, Thomas. A funo do dogma na investigao cientfica. Disponvel em: .) Em uma de suas citaes, Kuhn afirma que as regras fornecidas pelo paradigma no podem ento ser postas em questo, uma vez que sem essas regras no haveria quebra-cabeas para resolver. Como Kuhn chama os episdios nos quais essas regras so postas em questo e substitudas por outras? O que caracteriza esses momentos?

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(UFPR - 2015- 2 FASE) Normalmente o cientista um solucionador de quebra-cabeas como um jogador de xadrez, e a adeso induzida pela educao o que lhe d as regras do jogo que se pratica no seu tempo. Na ausncia delas, ele no seria um fsico, um qumico ou o que quer que fosse aquilo para que fosse preparado (p. 25). [...] As regras fornecidas pelo paradigma no podem ento ser postas em questo, uma vez que sem essas regras no haveria quebra-cabeas para resolver. No h, portanto, dvidas de que os problemas (ou quebra-cabeas), pelos quais o praticante da cincia madura normalmente se interessa, pressupem a adeso profunda a um paradigma. E uma sorte que essa adeso no seja abandonada com facilidade. A experincia mostra que, em quase todos os casos, os esforos repetidos, quer do indivduo, quer do grupo profissional, acabam finalmente por produzir, dentro do mbito do paradigma, uma soluo mesmo para os problemas mais difceis. Esta uma das maneiras pela qual avana (p. 49-50). [...] Porm, essa imagem da investigao cientfica como resoluo de quebra-cabeas ou ajustamento de paradigmas deve estar, em ltima anlise, bastante incompleta. [...] Embora o cientista no se esforce normalmente por inventar novos tipos de teorias fundamentais, tais teorias com frequncia tm surgido da prtica continuada da investigao. [...] Para ele trata-se de alterar as regras do jogo e qualquer alterao de regras intrinsecamente subversiva. Esse elemento subversivo torna-se, claro est, mais aparente em inovaes tericas de grande importncia, como as associadas aos nomes de Coprnico, Lavoisier ou Einstein. [...] O que se segue que, se a atividade normal de solucionar quebra-cabeas tivesse sempre xito, o desenvolvimento da cincia no poderia conduzir a qualquer tipo de inovao fundamental (p. 51). (KUHN, Thomas. A funo do dogma na investigao cientfica. Disponvel em: .) Em 08/12/2014, o jornal Gazeta do Povo anunciou, em uma de suas manchetes: Espaonave far imagens da superfcie de Pluto. Nela, era afirmado que certo cientista acreditava que na superfcie de Pluto poderiam ser encontradas crateras e montanhas, visto que, com o conhecimento que tinham, elas eram evidentes. Alguns meses depois, em 17/07/2015, uma nova manchete confirma a previso: Sonda envia imagens de montanhas em Pluto. Vrios jornais do mundo divulgaram os avanos das imagens obtidas do astro. Uma delas, publicada pelo jornal The Guardian, em 12/07/2015, mostra a evoluo delas ao longo dos anos: Do episdio tal como descrito acima, pode-se dizer que ele representa um desenvolvimento da cincia normal/madura ou uma revoluo cientfica? Quais so as principais caractersticas desse perodo da cincia?

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(UFPR - 2015- 2 FASE) Considere o texto a seguir: A palavra secularizao teve, a princpio, o significado jurdico de uma transferncia compulsria dos bens da Igreja para o poder pblico secular. Esse significado foi transmutado para o surgimento da modernidade cultural e social como um todo. (HABERMAS, Jrgen. F e saber. Editora So Paulo: Unesp, 2013.) Discorra sobre quatro das principais caractersticas do processo moderno de secularizao

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(UFPR - 2015- 2 FASE) Reconhecemos [...] uma uniformidade nas aes e motivaes humanas de forma to pronta e universal como o fazemos no caso da operao dos corpos (p. 379). Parece [...] no apenas que a conjuno entre motivos e aes voluntrias to regular e uniforme como a que existe entre a causa e o efeito de qualquer parte da natureza, mas tambm que essa conjuno regular tem sido universalmente reconhecida pela humanidade [...] (p. 384). [...] Quando consideramos quo adequadamente se ligam as evidncias natural e moral, formando uma nica cadeia de argumentos, no hesitaremos em admitir que elas so da mesma natureza e derivam dos mesmos princpios. Um prisioneiro [...] quando levado ao cadafalso, prev com tanta certeza sua morte tanto a partir da constncia e fidelidade de seus guardas quanto da operao do machado ou da roda. Sua mente percorre uma certa sequncia de ideias: a recusa dos soldados em consentir na sua fuga, a ao do carrasco, a cabea separando-se do corpo, a hemorragia, os movimentos convulsivos e a morte. Eis aqui um encadeamento de causas naturais e aes voluntrias, mas a mente no sente nenhuma diferena entre elas ao passar de um elo para outro, nem est menos certa do futuro resultado do que estaria se ele se conectasse a objetos presentes sua memria ou sentidos por uma sequncia de causas cimentadas pelo que nos apraz chamar uma necessidade fsica (p. 385-6). [...] Um homem que ao meio-dia deixe sua bolsa recheada de ouro na calada de Charing Cross [uma movimentada rua de Londres] pode to bem esperar que ela voe longe como uma pena como que a encontrar intacta uma hora mais tarde. Mais da metade dos raciocnios humanos contm inferncias de natureza semelhante, acompanhadas de maiores ou menores graus de certeza, em proporo experincia que temos da conduta costumeira dos homens (p. 386-7). [...] Logo que nos convencemos de que tudo o que sabemos acerca de qualquer tipo de causao simplesmente a conjuno constante de objetos e a consequente inferncia de um ao outro realizada pela mente, e descobrimos que todos admitem universalmente que essas duas condies ocorrem nas aes voluntrias, reconhecemos talvez mais facilmente que essa mesma necessidade comum a todas as causas (p. 387). (Hume, David. Da liberdade e necessidade. Uma investigao sobre o entendimento humano, seo 8. In: Antologia de textos filosficos. Secretaria de Estado da Educao do Paran, 2009.) O que o autor entende nessa passagem por evidncia natural? O que ele entende por evidncia moral? O que, segundo ele, tais tipos de evidncias tm em comum?

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(UFPR - 2015- 2 FASE) Reconhecemos [...] uma uniformidade nas aes e motivaes humanas de forma to pronta e universal como o fazemos no caso da operao dos corpos (p. 379). Parece [...] no apenas que a conjuno entre motivos e aes voluntrias to regular e uniforme como a que existe entre a causa e o efeito de qualquer parte da natureza, mas tambm que essa conjuno regular tem sido universalmente reconhecida pela humanidade [...] (p. 384). [...] Quando consideramos quo adequadamente se ligam as evidncias natural e moral, formando uma nica cadeia de argumentos, no hesitaremos em admitir que elas so da mesma natureza e derivam dos mesmos princpios. Um prisioneiro [...] quando levado ao cadafalso, prev com tanta certeza sua morte tanto a partir da constncia e fidelidade de seus guardas quanto da operao do machado ou da roda. Sua mente percorre uma certa sequncia de ideias: a recusa dos soldados em consentir na sua fuga, a ao do carrasco, a cabea separando-se do corpo, a hemorragia, os movimentos convulsivos e a morte. Eis aqui um encadeamento de causas naturais e aes voluntrias, mas a mente no sente nenhuma diferena entre elas ao passar de um elo para outro, nem est menos certa do futuro resultado do que estaria se ele se conectasse a objetos presentes sua memria ou sentidos por uma sequncia de causas cimentadas pelo que nos apraz chamar uma necessidade fsica (p. 385-6). [...] Um homem que ao meio-dia deixe sua bolsa recheada de ouro na calada de Charing Cross [uma movimentada rua de Londres] pode to bem esperar que ela voe longe como uma pena como que a encontrar intacta uma hora mais tarde. Mais da metade dos raciocnios humanos contm inferncias de natureza semelhante, acompanhadas de maiores ou menores graus de certeza, em proporo experincia que temos da conduta costumeira dos homens (p. 386-7). [...] Logo que nos convencemos de que tudo o que sabemos acerca de qualquer tipo de causao simplesmente a conjuno constante de objetos e a consequente inferncia de um ao outro realizada pela mente, e descobrimos que todos admitem universalmente que essas duas condies ocorrem nas aes voluntrias, reconhecemos talvez mais facilmente que essa mesma necessidade comum a todas as causas (p. 387). (Hume, David. Da liberdade e necessidade. Uma investigao sobre o entendimento humano, seo 8. In: Antologia de textos filosficos. Secretaria de Estado da Educao do Paran, 2009.) O que so, segundo Hume, raciocnios causais ou causao?

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(UFPR - 2015- 2 FASE) Reconhecemos [...] uma uniformidade nas aes e motivaes humanas de forma to pronta e universal como o fazemos no caso da operao dos corpos (p. 379). Parece [...] no apenas que a conjuno entre motivos e aes voluntrias to regular e uniforme como a que existe entre a causa e o efeito de qualquer parte da natureza, mas tambm que essa conjuno regular tem sido universalmente reconhecida pela humanidade [...] (p. 384). [...] Quando consideramos quo adequadamente se ligam as evidncias natural e moral, formando uma nica cadeia de argumentos, no hesitaremos em admitir que elas so da mesma natureza e derivam dos mesmos princpios. Um prisioneiro [...] quando levado ao cadafalso, prev com tanta certeza sua morte tanto a partir da constncia e fidelidade de seus guardas quanto da operao do machado ou da roda. Sua mente percorre uma certa sequncia de ideias: a recusa dos soldados em consentir na sua fuga, a ao do carrasco, a cabea separando-se do corpo, a hemorragia, os movimentos convulsivos e a morte. Eis aqui um encadeamento de causas naturais e aes voluntrias, mas a mente no sente nenhuma diferena entre elas ao passar de um elo para outro, nem est menos certa do futuro resultado do que estaria se ele se conectasse a objetos presentes sua memria ou sentidos por uma sequncia de causas cimentadas pelo que nos apraz chamar uma necessidade fsica (p. 385-6). [...] Um homem que ao meio-dia deixe sua bolsa recheada de ouro na calada de Charing Cross [uma movimentada rua de Londres] pode to bem esperar que ela voe longe como uma pena como que a encontrar intacta uma hora mais tarde. Mais da metade dos raciocnios humanos contm inferncias de natureza semelhante, acompanhadas de maiores ou menores graus de certeza, em proporo experincia que temos da conduta costumeira dos homens (p. 386-7). [...] Logo que nos convencemos de que tudo o que sabemos acerca de qualquer tipo de causao simplesmente a conjuno constante de objetos e a consequente inferncia de um ao outro realizada pela mente, e descobrimos que todos admitem universalmente que essas duas condies ocorrem nas aes voluntrias, reconhecemos talvez mais facilmente que essa mesma necessidade comum a todas as causas (p. 387). (Hume, David. Da liberdade e necessidade. Uma investigao sobre o entendimento humano, seo 8. In: Antologia de textos filosficos. Secretaria de Estado da Educao do Paran, 2009.) Hume pretende mostrar com seus exemplos que os homens comuns de fato aceitam a doutrina da necessidade da conduta humana, contrariamente ao que afirmam certos filsofos, quando dizem que o homem dotado de uma vontade livre. Explique como os exemplos servem para mostrar que os homens entendem que a conduta humana necessria e que a vontade no livre.

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(UFPR - 2015- 2 FASE) Em visita sede da Organizao das Naes Unidas (ONU), em 24/09/2015, o Papa tratou dos refugiados: O nosso mundo est a enfrentar uma crise de refugiados de tais propores que no se via desde os tempos da II Guerra Mundial. Esta realidade coloca-nos diante de grandes desafios e decises difceis. [...] Se queremos segurana, dmos segurana; se queremos vida, dmos vida; se queremos oportunidades, providenciemos oportunidades. A medida que usarmos para os outros ser a medida que o tempo usar para conosco. A regra de ouro pe-nos diante tambm da nossa responsabilidade de proteger e defender a vida humana em todas as fases do seu desenvolvimento. Em 01/10/2015, Habermas deu uma entrevista revista alem Deutsche Welle, em que comenta a poltica do Estado alemo em relao aos refugiados, dizendo que a frase de [Angela] Merkel se agora tivermos de nos desculpar por mostrarmos um rosto amigo para aqueles que precisam de nossa ajuda, este no mais o meu pas tanto me surpreendeu quanto recebeu o meu respeito. Relacione os comentrios feitos pelo Papa Francisco e pela chefe do governo alemo, Angela Merkel, com as opinies de Habermas sobre o necessrio dilogo entre convices religiosas e polticas de Estado no espao pblico: Uma secularizao no aniquiladora se realiza no modo da traduo (p. 24). (HABERMAS, Jrgen. F e saber. Editora So Paulo: Unesp, 2013.)

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(UFPR - 2015- 2 FASE) Considere a seguinte manchete e texto na sequncia: Em fevereiro de 1997, a opinio pblica tomou conhecimento de que um grupo de pesquisadores do Roslin Institute, de Edimburgo, havia conseguido fazer pela primeira vez o clone de um mamfero adulto. (Jornal Estado de So Paulo, segunda-feira, 24 de fevereiro de 1997) Em seu discurso, Habermas observa que a engenharia gentica foi objeto de discusses envolvendo f e saber. Ainda h pouco, os espritos se dividiam a respeito de outro tema: se e em que medida deveramos submeter-nos a uma autoinstrumentalizao ou mesmo perseguir a meta de uma auto-otimizao por meio da engenharia gentica. Durante os primeiros passos nesse caminho, deflagrou-se uma luta de valores ltimos entre os defensores da cincia e as Igrejas. Um dos lados temia o obscurantismo e uma exaltao de sentimentos arcaicos que alimentassem o ceticismo em relao cincia, ao passo que o outro lado se voltava contra a crena no progresso cientfico, prpria de um naturalismo cru que pretendia enterrar a moral. Na controvrsia sobre como lidar com os embries humanos, por exemplo, muitas vozes se remetem a Moiss I, 27: Deus criou o homem sua imagem, imagem de Deus ele o criou. No preciso acreditar que Deus, que amor, atribui a Ado e Eva um ser livre semelhante ao seu, para compreender o que significa algo ser criado imagem de algo. O amor no pode existir sem o reconhecer-se em um outro, a liberdade no pode existir sem o reconhecimento recproco. Essa reciprocidade na figura humana, por seu turno, tem de ser livre para poder retribuir a doao de Deus. [...] Ora, no preciso acreditar nas premissas teolgicas para entender que, se desaparecesse a diferena assumida no conceito de criao, e no lugar de Deus entrasse um sujeito qualquer, entraria em cena uma dependncia de tipo inteiramente no causal. [...] O primeiro homem a determinar um outro em seu ser-assim natural, a seu bel-prazer, no destruiria aquelas mesmas liberdades que existem entre iguais para, assim, assegurar a sua diferena? (HABERMAS, Jrgen. F e saber. Editora So Paulo: Unesp, 2013.) Sabendo que a crtica que a tradio religiosa faz tradio cientfica envolve aspectos morais, aponte as preocupaes e as consequncias, segundo Habermas, que devem dizer respeito tanto a religiosos quanto a no religiosos acerca da manipulao gentica de seres humanos.

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