Kuadro - O MELHOR CURSO PRÉ-VESTIBULAR
Kuadro - O MELHOR CURSO PRÉ-VESTIBULAR
MEDICINAITA - IMEENEMENTRAR
Logo do Facebook   Logo do Instagram   Logo do Youtube

Conquiste sua aprovação na metade do tempo!

No Kuadro, você aprende a estudar com eficiência e conquista sua aprovação muito mais rápido. Aqui você aprende pelo menos 2x mais rápido e conquista sua aprovação na metade do tempo que você demoraria estudando de forma convencional.

Questões de Português - UFT | Gabarito e resoluções

1-2 de 2
Questão
2020Português

(UFT - 2020) TEXTO I TEXTO II Sem merenda: quando frias escolares significam fome no Brasil Me corta o corao eles quererem um po e eu no ter. J coloquei os meninos na escola pra isso mesmo, por causa da merenda. Um pouquinho de arroz sempre algum me d, mas nas frias complica, afirma Alessandra, que, desempregada, coleta latinhas na favela de Paraispolis, em So Paulo, onde mora. [...] O drama de Alessandra no incomum. As frias escolares, quando muitas crianas deixam de ter o acesso dirio merenda, intensificam a vulnerabilidade social de muitas famlias em todo o pas. Embora variem em contedo e qualidade (s vezes, so apenas bolacha ou po, em outras, so refeies completas de arroz, feijo, legumes e carne), as merendas ocupam funo importante no dia a dia de certos alunos. Para essas crianas, nos perodos sem aulas que a fome, uma ameaa ao longo de todo ano, torna-se uma realidade a ser enfrentada. [...] Embora no haja estudos nacionais que indiquem o tamanho da insegurana alimentar durante o perodo de frias escolares, uma srie de indicadores comprova a evoluo da pobreza no pas e o modo como ela incide sobre as crianas. De acordo com a Fundao Abrinq, que fez clculos, a partir de dados do IBGE, 9 milhes de brasileiros entre zero e 14 anos do Brasil vivem em situao de extrema pobreza. O Sistema de Vigilncia Alimentar e Nutricional do Ministrio da Sade (Sisvan) identificou, no ano retrasado, 207 mil crianas menores de cinco anos com desnutrio grave no Brasil. A mais recente pesquisa de Segurana Alimentar do IBGE, de 2013, apontava que uma a cada cinco famlias brasileiras tinha restries alimentares ou preocupao com a possibilidade de no ter dinheiro para pagar comida. Se a pesquisa fosse feita hoje, a famlia da faxineira Marinalva Maria de Paula, de 57 anos, se enquadraria nessa condio. Com uma renda de R$ 360,00 mensais para trs adultos e uma criana, ela se v cotidianamente frente a decises dramticas: Se eu pagar a prestao do apartamento ou a conta de gua, no temos o que comer. [...] O fenmeno que acontece na casa da faxineira j havia sido identificado pelo Instituto Brasileiro de Anlises Sociais e Econmicas (Ibase) em 2008, quando um tero dos titulares do Bolsa Famlia declaravam em pesquisa que a alimentao da famlia piorava durante as frias escolares. [...] Marinalva no consegue emprego formal h quatro anos. Ela est muito longe de atingir a renda mnima familiar, estimada pelo Departamento Intersindical de Estatstica e Estudos Socioeconmicos (Dieese) em R$ 4.214,62, para suprir sem carncias as necessidades com alimentao, moradia, sade, educao, vesturio, higiene, transporte, lazer e previdncia dos quatro integrantes da casa. O valor, calculado em julho, equivale a aproximadamente quatro vezes o salrio mnimo atual, de R$ 998,00. Fonte: IDOETA, Paula Adamo; SANCHES, Mariana. In: BBC News Brasil. 15 jul. 2019. Disponvel em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-48953335. Acesso em: 09 agost. 2019. (texto adaptado). Sobre os vocbulos: incomum e insegurana, presentes no texto II, analise as afirmativas. I. Nos vocbulos, o prefixo in- denota sentido de negao. II. Os vocbulos passaram por derivao parassinttica, com a anexao concomitante de afixos aos substantivos. III. Os vocbulos so formados pelo processo de derivao, ou seja, quando se obtm uma palavra nova (derivada), pela anexao de afixos palavra primitiva. IV. Na formao dos vocbulos, ambos sofreram alteraes em sua estrutura pelos prefixos, provocadas pelo fenmeno da assimilao. Assinale a alternativa CORRETA.

Questão
2013Português

(UFT - 2013) Leia o fragmento de texto a seguir. Chegou a desolao da primeira fome. Vinha seca e trgica, surgindo no fundo sujo dos sacos vazios, na descarnada nudez das latas raspadas. Mezinha, cad a janta? Cala a boca, menino! J vem! Vem l o qu! Angustiado, Chico Bento apalpava os bolsos nem um triste vintm azinhavrado Lembrou-se da rede nova, grande e de listras que comprara em Quixad por conta do vale de Vicente. Tinha sido para a viagem. Mas antes dormir no cho do que ver os meninos chorando, com a barriga roncando de fome. Estavam j na estrada do Castro. E se arrancharam debaixo dum velho pau-branco seco, nu e retorcido, a bem dizer ao tempo, porque aqueles cepos apontados para o cu no tinham nada de abrigo. O vaqueiro saiu com a rede, resoluto: Vou ali naquela bodega, ver se dou um jeito Voltou mais tarde, sem a rede, trazendo uma rapadura e um litro de farinha: T aqui. O homem disse que a rede estava velha, s deu isso, e ainda por cima se fazendo de compadecido Faminta, a meninada avanou; e at Mocinha, sempre mais ou menos calada e indiferente, estendeu a mo com avidez. QUEIROZ, Rachel de. O Quinze. Rio de Janeiro: Jos Olmpio, 1979, p. 33. O Quinze, romance de estreia de Rachel de Queiroz, publicado em 1930, retrata a intensa seca que marcou o ano de 1915 no serto cearense. Considerando o fragmento apresentado, CORRETOafirmar.

1-2 de 2