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Questões de Português - UNESP 2010 | Gabarito e resoluções

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Questão
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(UNESP - 2010) Leia: Pensar em nada A maravilha da corrida: basta colocar um p na frente do outro. Assim como numa famlia de atletas um garoto deve encontrar certa resistncia ao comear a fumar, fui motivo de piada entre alguns parentes quase todos intelectuais quando souberam que eu estava correndo. O esporte bom pra gente, disse minha av, num almoo de domingo. Fortalece o corpo e emburrece a mente. Hoje, dez anos depois daquele almoo, tenho certeza de que ela estava certa. O esporte emburrece a mente e o mais emburrecedor de todos os esportes inventados pelo homem , sem sombra de dvida, a corrida por isso que eu gosto tanto. Antes que o primeiro corredor indignado atire um tnis em minha direo (nmero 42, pisada pronada, por favor), explico-me. claro que o esporte fundamental em nossa formao. No entendo lhufas de pedagogia ou pediatria, mas imagino que jogos e exerccios ajudem a formar a coordenao motora, a percepo espacial, a lgica e os reflexos e ainda tragam mais outras tantas benesses ao conjunto psico-moto-neuro-bl-bl-bl. Quando falo em emburrecer, refiro-me ao delicioso momento do exerccio, quela hora em que voc se esquece da infiltrao no teto do banheiro, do enrosco na planilha do Almeidinha, da extrao do siso na prxima semana, do p na bunda que levou da Marilu, do frio que entra pela fresta da janela e do aquecimento global que pode acabar com tudo de uma vez. Voc comea a correr e, naqueles 30, 40, 90 ou 180 minutos, todo esse fantstico computador que o nosso crebro, capaz de levar o homem Lua, compor msicas e dividir um tomo, volta-se para uma nica e simplssima funo: perna esquerda, perna direita, perna esquerda, perna direita, inspira, expira, inspira, expira, um, dois, um, dois. A conscincia , de certa forma, um tormento. Penso, logo existo. Existo, logo me incomodo. A gravidade nos pesa sobre os ombros. Os anos agarram-se nossa pele. A morte nos espreita adiante e quando uma voz feminina e desconhecida surge em nosso celular, no costuma ser a ltima da capa da Playboy, perguntando se temos programa para sbado, mas a mocinha do carto de crdito avisando que a conta do carto encontra-se em aberto h 14 dias e querendo saber se h previso de pagamento. Quando estamos correndo, no h previso de pagamento. No h previso de nada porque passado e futuro foram anulados. Somos uma simples mquina presa ao presente. Somos reduzidos biologia. Uma vlvula bombando no meio do peito, uns msculos contraindo-se e expandindo-se nas pernas, um ou outro neurnio atento aos carros, buracos e cocs de cachorro. Poder, glria, dinheiro, mulheres, as tragdias gregas, t bom, podem ser coisas boas, mas naquele momento nada disso interessa: eis-nos ali, mamferos adultos, saudveis, movimentando-nos sobre a Terra, e s. (Antonio Prata. Pensar em nada. Runners World, n. 7, So Paulo: Editora Abril, maio/2009.) O esporte bom pra gente, [...] fortalece o corpo eemburrece a mente. [...] Antes que o primeiro corredorindignado atire um tnis em minha direo [...] Quandoestamos correndo, no h previso de pagamento. Os termos destacados identificam-se pelo fato deexercerem a mesma funo sinttica nas oraes de quefazem parte. Indique essa funo.

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(UNESP - 2010) A cada canto um grande conselheiro, Que nos quer governar cabana, e vinha, No sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro. (...) Estupendas usuras nos mercados, Todos, os que no furtam, muito pobres, E eis aqui a Cidade da Bahia. (Gregrio de Matos. Descreve o que era realmente naquelle tempo a cidade da Bahia de mais enredada por menos confusa. In: Obra potica (org. James Amado), 1990.) O poema, escrito por Gregrio de Matos no sculo XVII,

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(UNESP - 2010) Arte suprema Tal como Pigmalio, a minha ideia Visto na pedra: talho-a, domo-a, bato-a; E ante os meus olhos e a vaidade ftua Surge, formosa e nua, Galateia. Mais um retoque, uns golpes... e remato-a; Digo-lhe: Fala!, ao ver em cada veia Sangue rubro, que a cora e aformoseia... E a estatua no falou, porque era estatua. Bem haja o verso, em cuja enorme escala Falam todas as vozes do universo, E ao qual tambm arte nenhuma iguala: Quer mesquinho e sem cor, quer amplo e terso, Em vo no e que eu digo ao verso: Fala! E ele fala-me sempre, porque e verso. (Jlio Csar da Silva. Arte de amar. So Paulo: Companhia Editora Nacional, 1961.) O soneto Arte suprema apresenta as caractersticas comuns da poesia parnasiana. Assinale a alternativa em que as caractersticas descritas se referem ao parnasianismo.

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TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 5 QUESTÕES: Motivos para pânico Como sabemos, existem muitas frases comumente repetidas a cujo uso nos acostumamos tanto que nem observamos nelas patentes absurdos ou disparates. Das mais escutadas nos noticiários, nos últimos dias, têm sido não há razão para pânico e não há motivo para pânico, ambas aludindo à famosa gripe suína de que tanto se fala. Todo mundo as ouve e creio que a maioria concorda sem pensar e sem notar que se trata de assertivas tão asnáticas quanto, por exemplo, a antiga exigência de que o postulante a certos benefícios públicos estivesse vivo e sadio, como se um defunto pudesse estar sadio. Ou a que apareceu num comercial da Petrobrás em homenagem aos seus trabalhadores, que não sei se ainda está sendo veiculado. Nele, os trabalhadores encaram de frente grandes desafios, como se alguém pudesse encarar alguma coisa senão de frente mesmo, a não ser que o cruel destino lhe haja posto a cara no traseiro. Em rigor, as frases não se equivalem e é necessário examiná-las separadamente, se desejar enxergar as inanidades que formulam. No primeiro caso, pois o pânico é uma reação irracional, comete-se uma contradição em termos mais que óbvia. Ninguém pode ter ou deixar de ter razão para pânico, porque não é possível haver razão em algo que por definição requer ausência de razão. Então, ao repetir solenemente que não há razão para pânico, os noticiários e notas de esclarecimento (e nós também) estão dizendo uma novidade semelhante a água é um líquido ou a comida vai para o estômago. Se as palavras pudessem protestar, certamente Pânico escreveria para as redações, perguntando ofendidíssimo desde quando ele precisa de razão. Nunca há uma razão para o pânico. A segunda frase nega uma verdade evidente. É também mais do que claro que não existe pânico sem motivo, ou seja, o freguês entra em pânico porque algo o motivou, independentemente de sua vontade, a entrar na desagradabilíssima sensação de pânico. Ninguém, que eu saiba, olha assim para a mulher e diz mulher, acho que vou entrar em pânico hoje à tarde e, quando a mulher pergunta por que, diz que é para quebrar a monotonia. (João Ubaldo Ribeiro. Motivos para pânico. O Estado de S. Paulo, 17.05.2009.) Embora o autor afirme, no fragmento citado, que os significados de razão e motivo são diferentes nas frases mencionadas, há numerosos contextos em que essas duas palavras podem ser indiferentemente utilizadas, sem alteração relevante do significado das frases. Baseado neste comentário, assinale a única alternativa em que a palavra motivo não pode substituir a palavra razão, já que nesse caso haveria uma grande mudança do sentido.

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Então, ao repetir solenemente que não há razão para pânico, os noticiários e notas de esclarecimento (e nós também) estão dizendo uma novidade semelhante a água é um líquido ou a comida vai para o estômago. Neste período, no tom bem humorado que o autor imprime à crônica, a palavra novidade assume um sentido contrário ao que apresenta normalmente. Essa alteração de sentido, em função de um contexto habilmente construído pelo cronista, caracteriza o recurso estilístico denominado:

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Como é característico da crônica jornalística, João Ubaldo Ribeiro focaliza assuntos do cotidiano com muito bom humor, mesclando a seu discurso palavras e expressões coloquiais. Um exemplo é asnáticas, que aparece em assertivas tão asnáticas quanto, e outro, o substantivo freguês, empregado em o freguês entra em pânico. Caso o objetivo do autor nessas passagens deixasse de ser jocoso e se tornasse mais formal, as palavras adequadas para substituir, respectivamente, asnáticas e freguês seriam:

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O autor escreve, no penúltimo período do segundo parágrafo, a palavra Pânico com inicial maiúscula. O emprego da inicial maiúscula, neste caso, se deve

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Para o narrador, não notamos os verdadeiros absurdos em asserções como as que ele comenta, porque:

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TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 5 QUESTÕES: Pensar em nada A maravilha da corrida: basta colocar um pé na frente do outro. Assim como numa família de atletas um garoto deve encontrar certa resistência ao começar a fumar, fui motivo de piada entre alguns parentes quase todos intelectuais quando souberam que eu estava correndo. O esporte é bom pra gente, disse minha avó, num almoço de domingo. Fortalece o corpo e emburrece a mente. Hoje, dez anos depois daquele almoço, tenho certeza de que ela estava certa. O esporte emburrece a mente e o mais emburrecedor de todos os esportes inventados pelo homem é, sem sombra de dúvida, a corrida por isso que eu gosto tanto. Antes que o primeiro corredor indignado atire um tênis em minha direção (número 42, pisada pronada, por favor), explicome. É claro que o esporte é fundamental em nossa formação. Não entendo lhufas de pedagogia ou pediatria, mas imagino que jogos e exercícios ajudem a formar a coordenação motora, a percepção espacial, a lógica e os reflexos e ainda tragam mais outras tantas benesses ao conjunto psico-moto-neuro-blá-blá-blá. Quando falo em emburrecer, refiro-me ao delicioso momento do exercício, àquela hora em que você se esquece da infiltração no teto do banheiro, do enrosco na planilha do Almeidinha, da extração do siso na próxima semana, do pé na bunda que levou da Marilu, do frio que entra pela fresta da janela e do aquecimento global que pode acabar com tudo de uma vez. Você começa a correr e, naqueles 30, 40, 90 ou 180 minutos, todo esse fantástico computador que é o nosso cérebro, capaz de levar o homem à Lua, compor músicas e dividir um átomo, volta-se para uma única e simplíssima função: perna esquerda, perna direita, perna esquerda, perna direita, inspira, expira, inspira, expira, um, dois, um, dois. A consciência é, de certa forma, um tormento. Penso, logo existo. Existo, logo me incomodo. A gravidade nos pesa sobre os ombros. Os anos agarram-se à nossa pele. A morte nos espreita adiante e quando uma voz feminina e desconhecida surge em nosso celular, não costuma ser a última da capa da Playboy, perguntando se temos programa para sábado, mas a mocinha do cartão de crédito avisando que a conta do cartão encontra-se em aberto há 14 dias e querendo saber se há previsão de pagamento. Quando estamos correndo, não há previsão de pagamento. Não há previsão de nada porque passado e futuro foram anulados. Somos uma simples máquina presa ao presente. Somos reduzidos à biologia. Uma válvula bombando no meio do peito, uns músculos contraindo-se e expandindo-se nas pernas, um ou outro neurônio atento aos carros, buracos e cocôs de cachorro. Poder, glória, dinheiro, mulheres, as tragédias gregas, tá bom, podem ser coisas boas, mas naquele momento nada disso interessa: eis-nos ali, mamíferos adultos, saudáveis, movimentando- nos sobre a Terra, e é só. (Antonio Prata. Pensar em nada. Runners World, n. 7, São Paulo: Editora Abril, maio/2009.) A série de cinco períodos curtos com que se inicia o quarto parágrafo expressa, num crescendo, algumas preocupações existenciais do cronista. A partir do sexto período, porém, a expressão dessas grandes preocupações se frustra com a ocorrência trivial da ligação da moça do cartão de crédito. Essa técnica de enumeração ascendente que termina por uma súbita descendente constitui um recurso estilístico denominado:

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O esporte é bom pra gente, fortalece o corpo e emburrece A MENTE. Antes que o primeiro corredor indignado atire UM TÊNIS em minha direção (...) Quando estamos correndo, não há PREVISÃO DE PAGAMENTO. Os termos grafados com letras maiúsculas nas passagens acima, extraídas do texto apresentado, identificam-se pelo fato de exercerem a mesma função sintática nas orações de que fazem parte. Indique essa função:

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Ao longo do texto apresentado, percebemos que o cronista nos conduz com sutileza e humor para um sentido de emburrecer bem diferente do que parece estar sugerido na fala de sua avó. Para ele, portanto, como se observa principalmente no emprego da palavra no terceiro parágrafo, emburrecer é:

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No período Hoje, dez anos depois daquele almoço, tenho certeza de que ela estava certa, o cronista poderia ter evitado o efeito redundante devido ao emprego próximo de palavras cognatas (certeza certa). Leia atentamente as quatro possibilidades a seguir e identifique as frases em que tal efeito de redundância é evitado, sem que sejam traídos os sentidos do período original: I. Hoje, dez anos depois daquele almoço, estou certo de que ela acertou. II. Hoje, dez anos depois daquele almoço, estou convencido de que ela estava certa. III. Hoje, dez anos depois daquele almoço, tenho certeza de que ela tinha razão. IV. Hoje, dez anos depois daquele almoço, acredito que ela poderia estar certa.

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Ao empregar lhufas em Não entendo lhufas de pedagogia ou pediatria (...), o cronista poderia ter também empregado outros vocábulos ou expressões que correspondem à mesma acepção. Assinale a única alternativa em que a substituição não é pertinente, pois alteraria o sentido da frase:

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TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 5QUESTÕES: Fragmento de um livro do conhecido diretor dramático e teórico da dramaturgia Martin Esslin (1918-2002): Mas a diferença mais essencial entre o palco e os três veículos de natureza mecânica reside em outro ponto: a câmera e o microfone são extensões do diretor, de seus olhos e ouvidos, permitindo-lhe escolher seu ponto de vista (ou seu ângulo de audição) e transportar para eles a plateia por meio de variações de planos, que podem englobar toda uma cena ou fechar-se sobre um único ponto, ou cortando, segundo sua vontade, de um local para outro. Se um personagem está olhando para a mão de outro, o diretor pode forçar o público a olhá-la também, cortando para um close-up da mesma. Nos veículos mecânicos, o poder do diretor sobre o ponto de vista da plateia é total. No palco, onde a moldura que encerra o quadro é sempre a mesma, cada integrante individual da plateia tem a liberdade de olhar para aquela mão, ou para qualquer outro lugar; na verdade, no teatro cada membro da plateia escolhe seus próprios ângulos de câmera e, desse modo, executa pessoalmente o trabalho que o diretor avoca para si no cinema e na televisão bem como, mutatis mutandis, no rádio. Essa diferença, ainda uma vez, oferece ao teatro vantagens e desvantagens. No palco, o diretor pode não conseguir focalizar a atenção da plateia na ação que deseja sublinhar; no cinema isso jamais pode acontecer. Por outro lado, a complexa e sutil orquestração de uma cena que envolve muitos personagens (uma característica de Tchekov no teatro) torna-se incomparavelmente mais difícil no cinema e na televisão. A sensação de complexidade, de que há mais coisas acontecendo naquele momento do que pode ser apreendido com um único olhar, a riqueza de um intrincado contraponto de contrastes humanos será inevitavelmente reduzida em um veículo que nitidamente guia o olho do espectador, ao invés de permitir que ele caminhe livremente pela cena. (Martin Esslin. Uma anatomia do drama. Tradução de Barbara Heliodora. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.) Aponte a alternativa que contém, segundo a interpretação do fragmento de texto, os outros três meios de expressão artística que o autor contrapõe ao teatro. I. O microfone. II. A câmera. III. O cinema. IV. O rádio. V. A televisão.

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No texto de Esslin, é empregada a expressão de origem latina mutatis mutandis, traduzida habitualmente por mudando o que deve ser mudado. Marque a alternativa que indica a frase ou as frases que também poderiam adequar-se ao fragmento de texto em lugar de mutatis mutandis. I. Respeitadas as diferenças. II. Resguardadas as particularidades. III. Observadas as devidas diferenças.

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