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Questões de Português - UNICAMP 2002 | Gabarito e resoluções

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Questão
2002Português

(UNICAMP - 2003 - 2 fase - Questo 1) Considere a tira abaixo: Jornal da Tarde, 8/2/2001. Nessa tira, a crtica ao estrategista militar no explcita. Para compreender a tira, o leitor deve reconhecer uma aluso a um fato histrico e uma hiptese sobre transmisso gentica. a) Qual o fato histrico ao qual a tira faz aluso? b) Qual a explicao para as qualidades profissionais do estrategista? c) Explicite o raciocnio da personagem que critica o estrategista.

Questão
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(UNICAMP - 2003 - 2 fase - Questo 2) So comuns na imprensa manifestaes de profissionais liberais transmitindo ao grande pblico informaes sobre questes tcnicas de interesse social. O texto a seguir, de autoria de um advogado, elabora uma distino relevante para definir as responsabilidades de uma certa categoria profissional, em caso de insucesso: [...] Os processos judiciais contra mdicos so complexos em razo da dificuldade de aferio da culpa pelo dano sofrido. A responsabilidade civil dos mdicos em aes de indenizao , em geral, de meios e no de resultado. A obrigao de meios ocorre quando um profissional assume prestar um servio ao qual dedicar toda a sua ateno, cuidado e conhecimento atravs das regras consagradas pela prtica mdica, sem se comprometer com a obteno de um certo resultado. A obrigao de resultado aquela em que o profissional se compromete a realizar um certo fim, a alcanar um determinado resultado. As excees consagradas pela jurisprudncia so a cirurgia esttica embelezadora e a anestesia, atos mdicos tidos como obrigaes de resultado. Desde que o ordenamento jurdico brasileiro, a doutrina e a jurisprudncia consagraram a necessidade da prova de culpa para aquele que pretenda uma indenizao por ato ilcito de outrem, a prova desta mesma culpa, no caso dos mdicos, tendo obrigao geral de meios, reside na comprovao de que o profissional agiu com falta de cuidado ou deixou de aplicar a prtica dos recursos usuais da cincia mdica aplicveis ao caso concreto. (Rafael Maines, Responsabilidade. Dirio Catarinense, 25/8/2001.) a) Diga, sucintamente, qual a distino apresentada no texto, e como ela afeta a categoria profissional em questo. b) Imagine que voc mandou consertar um equipamento qualquer, mas o conserto no foi bem sucedido. Formule uma breve reclamao, partindo do princpio de que a firma responsvel pelo conserto tinha obrigao de meios, no de resultado. c) Nos dicionrios, as palavras aparecem, em geral, associadas a vrios sentidos. Para consagrar, o dicionrio Houaiss anota, entre outros, os seguintes: 1. Investir(-se) de carter ou funes sagradas, dedicando(-se), por meio de um rito, a uma ou mais de uma divindade; sagrar. 2. Entre os catlicos e em certas seitas protestantes, operar a transubstanciao pelo rito da eucaristia. 3. Oferecer(-se) a Deus, a um santo, etc. por meio de voto ou promessa. [...] 6. Aclamar, eleger, promover, elevar. 7. Reconhecer como legtimo; acolher, sancionar. 8. Jurar pela hstia consagrada. Supondo que voc tenha dvidas sobre o sentido de consagradas (excees consagradas) e consagraram (a doutrina e a jurisprudncia consagraram), em qual das definies se apoiaria para aproximar-se da acepo que essas palavras tm no texto?

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(UNICAMP - 2003 - 2 fase - Questo 3) Algum menos tolerante no que se refere a imprecises de linguagem poderia dizer que a notcia abaixo (publicada no jornal Folha de S. Paulo de 26/5/2001) faz referncia a alguma coisa impossvel. a) Que coisa essa e por que impossvel? b) O que, provavelmente, a legenda da foto quer dizer?

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(UNICAMP - 2003 - 2 fase - Questo 4) Em julho de 1998, a sociedade brasileira tomou conhecimento pela imprensa de que as plulas anticoncepcionais comercializadas por um determinado laboratrio durante um certo perodo haviam sido fabricadas base de farinha de trigo e no continham as substncias que deveriam constituir seu princpio ativo. A charge abaixo alusiva a esse fato. Folha de S. Paulo, 14/7/1998. a) Segundo o noticirio, qual era a relao entre farinha e plulas anticoncepcionais? Como esta relao aparece na charge? b) O que sugere a expresso depois que virar pizza, no segundo balo? c) Para responder a b), o leitor deve considerar uma expresso idiomtica que no est no texto e que inclui a palavra pizza. Qual a expresso e o que ela significa?

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(UNICAMP - 2003 - 2 fase - Questo 5) Uma revista semanal brasileira traz a seguinte nota em sua seo A SEMANA: O HOMEM DAS BEXIGAS O britnico Ian Ashpole bateu no domingo 28 o recorde de altitude em vo com bexigas: subiu 3.350 metros amarrado a 600 bales, superando sua marca de 3 mil metros. Ian subiu de bexiga e voltou de pra-quedas. Quando eu era criana, assisti a um filme chamado Balo vermelho. Desde ento me apaixonei por esse esporte, disse ele. (ISTO, 7/11/2001.) a) O ttulo poderia ser considerado ambguo, dado que a palavra bexiga tem vrios sentidos em portugus. Cite pelo menos dois desses sentidos. b) Em que passagem do texto se desfaz a ambigidade do ttulo? c) Dada a modalidade esportiva que Ian pratica, qual poderia ser o tema do filme mencionado?

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(UNICAMP - 2003 - 2 fase - Questo 6) Os dois textos abaixo, extrados do livro E os preos eram commodos, de M. Guedes e R. de A. Berlink (So Paulo, Humanitas, 2000), representam um tipo de anncio comum nos jornais do sculo passado e so muito semelhantes, embora tratem de assuntos que hoje consideraramos bastante diferentes a) Sem considerar as diferenas de ortografia, identifique no anncio da Gazeta de Campinas duas expresses que hoje no seriam correntes e, portanto, para ser adequadamente compreendidas, exigiriam algum tipo de pesquisa histrica ou lingstica. b) Explicite pelo menos duas semelhanas no contedo dos dois anncios. c) Que trao da mentalidade escravocrata pode ser identificado pela comparao dos dois anncios?

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(UNICAMP - 2003 - 2 fase - Questo 7) Sobre O Crime do Padre Amaro, romance de Ea de Queirs, o poeta Antero de Quental, em carta dirigida ao autor, afirmou: A longanimidade, a indiferena inteligente com que V. descreve aquela pobre gente e os seus casos, encantou-me. Com efeito, aquela gente no merece dio nem desprezo. Aquilo, no fundo, uma pobre gente, uma boa gente, vtimas da confuso moral do meio de que nasceram, fazendo o mal inocentemente, em parte porque no entendem mais nem melhor, em parte porque os arrasta a paixo, o instinto, como pobres seres espontneos, sem a menor transcendncia. a) Aceitando-se essas consideraes de Antero de Quental, em qual ato especfico residiria o verdadeiro crime do Padre Amaro? b) Ea trata com sarcasmo as libertinagens, tanto do clero como de algumas figuras da sociedade portuguesa da provncia. Se, como disse Antero de Quental, so todos vtimas da confuso moral do meio, arrastados pela paixo e pelo instinto, como se pode justificar o sarcasmo por parte do escritor? c) Contrabalanando essa espcie de degradao moral em que suas personagens esto mergulhadas, nos captulos finais de O Crime do Padre Amaro salientam-se as figuras de um sacerdote e de um mdico, que justificam uma viso mais positiva do mundo. Quem so eles?

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(UNICAMP - 2003 - 2 fase - Questo 8) Muito mais do que ser um romance de ao, A Sibila, de Agustina Bessa-Lus, busca uma espcie de compreenso das motivaes psicossociais que sustentam a histria de uma famlia rural tpica do Norte do Portugal. O texto abaixo uma excelente prova disso: Contudo, Quina tinha obtido para si uma contribuio no convvio com certa fauna que ela jamais frequentara a sociedade. Passou a ser admitida numa ou noutra casa fidalga, onde o seu gnio pitoresco, de conselheira que brinca com a gravidade das prprias sentenas, lhe suscitou um relativo sucesso. Teve amigas nessas mulheres que tanto mais se honram quanto mais razes de despeito encontram entre si, e entregam os seus segredos quela de quem temem a rivalidade. Quina tornou-se indispensvel para presidir obscuramente nesse mundo secreto, ntimo, sem artifcio, em que os espartilhos se afrouxam, os cabelos se apresentam eriados de ganchos e de papelotes, e o rosto apeia a sua mscara cheia de farfalhices de sentimentos, poder atractivo, fludo de mentiras e intensssimas fadigas de ateno. Ali, ela era bem-vinda, nesses boudouirs negros, assistindo ao demolhar dos calos em gua salgada, aplicao de receitas aparentadas de perto com velhas indicaes de magia e a fsica primitiva a urina que suavizava o cieiro da pele, o leite de mulher para as dores de ouvidos, as presas de corneta como amuleto, frmulas, preceitos que mantinham um sabor de harm e de barbrie e elas cumpriam a ocultas com essa f pelas coisas em que o mistrio uma garantia de possibilidades. Ainda que simulem obedecer e optar pelo vanguardismo dos costumes, as mulheres so rebarbativas s inovaes. a) Transcreva o trecho que indica mais claramente que o mundo privado das mulheres muito diferente do mundo social, pblico. b) Qual a relao entre o trecho que voc transcreveu e o ltimo perodo do fragmento acima? c) Deduza, a partir do texto, como o narrador considera esse mundo social, externo, em oposio ao universo ntimo e secreto das mulheres.

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(UNICAMP - 2003 - 2 fase - Questo 9) Leia o seguinte soneto de Cames: Oh! Como se me alonga, de ano em ano, a peregrinao cansada minha. Como se encurta, e como ao fim caminha este meu breve e vo discurso humano. Vai-se gastando a idade e cresce o dano; perde-se-me um remdio, que inda tinha. Se por experincia se adivinha, qualquer grande esperana grande engano. Corro aps este bem que no se alcana; no meio do caminho me falece, mil vezes caio, e perco a confiana. Quando ele foge, eu tardo; e, na tardana, se os olhos ergo a ver se inda parece, da vista se me perde e da esperana. a) Na primeira estrofe, h uma contraposio expressa pelos verbos alongar e encurtar. A qual deles est associado o cansao da vida e qual deles se associa proximidade da morte? b) Por que se pode afirmar que existe tambm uma contraposio no interior do primeiro verso da segunda estrofe? c) A que termo se refere o pronome ele da ltima estrofe?

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(UNICAMP - 2003 - 2 fase - Questo 10) O texto abaixo, extrado de Angstia, romance de Graciliano Ramos, descreve um encontro entre trs personagens. Ao chegar Rua do Macena recebi um choque tremendo. Foi a decepo maior que j experimentei. janela da minha casa, cado para fora, vermelho, papudo, Julio Tavares pregava os olhos em Marina, que, da casa vizinha, se derretia para ele, to embebida que no percebeu a minha chegada. Empurrei a porta brutalmente, o corao estalando de raiva, e fiquei de p diante de Julio Tavares, sentindo um desejo enorme de apertar-lhe as goelas. O homem perturbou-se, sorriu amarelo, esgueirou-se para o sof, onde se abateu. Tem negcio comigo? A clera engasgava-me. Julio Tavares comeou a falar e pouco a pouco serenou, mas no compreendi o que ele disse. Canalha. a) Quem o narrador desta passagem? Que vnculos existem entre o narrador, Marina e Julio Tavares? b) Transcreva expresses do trecho acima nas quais est caracterizada a reao emocional do narrador conversa que presencia. c) De que maneira essas expresses antecipam o desfecho do romance?

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(UNICAMP - 2003 - 2 fase - Questo 11) Nos romances naturalistas, a descrio dos espaos onde transcorre a ao sempre decisiva. Em O Bom Crioulo, de Adolfo Caminha, o escravo fugido Amaro tem sua existncia dividida entre dois domnios espaciais, um do mar, outro da terra. Leia os trechos abaixo: O convs, tanto na coberta como na tolda, apresentava o aspecto de um acampamento nmade. A marinhagem, entorpecida pelo trabalho, cara numa sonolncia profunda, espalhada por ali ao relento, numa desordem geral de ciganos que no escolhem terreno para repousar. Pouco lhe importavam o cho mido, as correntes de ar, as constipaes, o beribri. Embaixo era maior o atravancamento. Macas de lona suspensas em varais de ferro, umas sobre outras, encardidas como panos de cozinha, oscilavam luz moribunda e macilenta das lanternas. Imagine-se o poro de um navio mercante carregado de misria. No intervalo das peas, na meia escurido dos recncavos moviam-se os corpos seminus, indistintos. Respiravam um odor nauseabundo de crcere, um cheiro acre de suor humano diludo em urina e alcatro. Negros, de boca aberta, roncavam profundamente, contorcendo-se na inconscincia do sono. Viam-se torsos nus abraando o convs, aspectos indecorosos que a luz evidenciava cruelmente. O quarto era independente, com janela para os fundos da casa, espcie de sto rodo pelo cupim e tresandando a cido fnico. Nele morrera de febre amarela um portuguesinho recm-chegado. Mas o Bom-Crioulo, conquanto receasse as febres de mau carter, no se importou com isso, tratando de esquecer o caso e instalando-se definitivamente. Todo dinheiro que apanhava era para compra de mveis e objetos de fantasia rococ, figuras, enfeites, coisas sem valor, muitas vezes trazidas de bordo [...]. Pouco a pouco, o pequeno cmodo foi adquirindo uma feio nova de bazar hebreu, enchendo-se de bugigangas, amontoandose de caixas vazias, bzios grosseiros e outros acessrios ornamentais. O leito era uma cama de vento j muito usada, sobre a qual Bom-Crioulo tinha o zelo de estender, pela manh , quando se levantava, um grosso cobertor encarnado para ocultar as ndoas. a) Identifique, nos textos acima, caractersticas dos ambientes descritos, determinantes do carter de Amaro. b) Como os dois espaos se relacionam especificamente com a tragdia pessoal de Amaro, o Bom Crioulo?

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(UNICAMP - 2003 - 2 fase - Questo 12) Os dois poemas que se seguem, do poeta mineiro Murilo Mendes (1901-1975), datam de sua fase modernista inicial. Os dois lados Deste lado tem meu corpo tem o sonho tem a minha namorada na janela tem as ruas gritando de luzes e movimentos tem meu amor to lento tem o mundo batendo na minha memria tem o caminho para o trabalho Do outro lado tem outras vidas vivendo da minha vida tem pensamentos srios me esperando na sala de visita tem minha noiva definitiva me esperando com flores na mo tem a morte, as colunas da ordem e da desordem Amostra da poesia local Tenho duas rosas na face, Nenhuma no corao. No lado esquerdo da face Costuma tambm dar alface, No lado direito no. a) Embora, em Os dois lados, o autor relacione divises conflituosas do eu lrico a uma separao entre o lado de c e o outro lado, essa separao no absoluta. Nos trs primeiros versos de cada estrofe, localize elementos que reforcem a dualidade espacial e outros que a atenuem. b) O que Amostra da poesia local tem em comum com Os dois lados? Em que aspectos os dois poemas divergem? c) Quais os recursos formais (estilo, mtrica) que aparecem exclusivamente no segundo poema?

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