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Questões de Redação - UNICAMP 2005 | Gabarito e resoluções

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Questão
2005Redação

(UNICAMP - 2005 - 1a fase) Tema: O tema da prova de redao o Rdio. Coletnea: um conjunto de textos de natureza diversa que serve de subsdio para a sua redao. Sugerimos que voc leia toda a coletnea para depois selecionar os elementos que julgar pertinentes elaborao da proposta escolhida. Um bom aproveitamento da coletnea no significa referncia a todos os textos. Esperamos, isso sim, que os elementos selecionados sejam articulados com a sua experincia de leitura e reflexo. Se desejar, voc pode valer-se tambm de elementos presentes nos enunciados das questes da prova. ATENO: a coletnea nica e vlida para as trs propostas. Proposta: Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pgina de resposta. Cada proposta faz um recorte do tema da prova de redao (o Rdio), que deve ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. ATENO- sua redaoser anuladase voc desconsiderar acoletneaou fugir aorecortetemticoou no atender aotipo de textoda proposta escolhida. APRESENTAO DA COLETNEA O rdio demonstra constantemente sua condio de veculo indispensvel no cotidiano das pessoas, ao contrrio do que muitos podem pensar, quando o consideram um meio de difuso ultrapassado. Desde sua inveno, na passagem para o sculo XX, poca em que era conhecido como telgrafo sem fio, o papel que exerce na sociedade vem se reafirmando. Nem o advento da televiso, nem o da Internet, determinou o seu fim. Por isso, o rdio um objeto de reflexo instigante. COLETNEA 1. A primeira transmisso de rdio realizada no Brasil ocorreu no dia 07 de setembro de 1922, na cerimnia de abertura do Centenrio da Independncia, na Esplanada do Castelo. Foi um grande acontecimento. O pblico ouviu o pronunciamento do presidente da Repblica, Epitcio Pessoa, a pera O Guarani, de Carlos Gomes, transmitida diretamente do Teatro Municipal, alm de conferncias e diversas atraes. Muitas pessoas ficaram impressionadas, pensando que se tratava de algo sobrenatural. (...) Os primeiros a utilizar o rdio na publicidade foram grandes empresas, como Philips, Gessy e Bayer, que patrocinavam programas de auditrio e radionovelas. Na poltica, o rdio tambm exerceu enorme influncia: a propaganda eleitoral, pronunciamentos do presidente e a Hora do Brasil faziam parte da programao e alcanavam milhares de ouvintes. A partir de 1939, com o incio da Segunda Guerra Mundial, o rdio se transformou em um importante veculo para difundir fatos dirios e notcias do front. Surgia o radiojornalismo, sendo o Reprter Esso marco dessa poca. (Adaptado de Rdio no Brasil, em www.sunrise.com.br/amoradio, 29 de agosto de 2004). 2. Ligada poltica de integrao nacional do governo Getlio Vargas, em 1935 era criada a Hora do Brasil, programa obrigatrio de notcias oficiais. O programa existe at hoje, de segunda a sexta-feira, com o nome de A Voz do Brasil. A partir dos anos 90, sua obrigatoriedade tem sido contestada por vrias emissoras e algumas tm conseguido, por medidas judiciais, no transmiti-lo ou, ao menos, no no horrio das 19h00 s 20h00. (Adaptado de Gisela Swetlana Ortriwano, Radiojornalismo no Brasil: fragmentos de histria, Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 71). 3. Ao Pequeno Aparelho de Rdio Voc, pequena caixa que trouxe comigo Cuidando que suas vlvulas no quebrassem Ao correr do barco ao trem, do trem ao abrigo Para ouvir o que meus inimigos falassem Junto a meu leito, para minha dor atroz No fim da noite, de manh bem cedo, Lembrando as suas vitrias e o medo: Prometa jamais perder a voz! (1938-1941) (Bertold Brecht, Poemas 1913-1956. Seleo e traduo Paulo Csar de Souza. So Paulo: Ed. 34, 2000, p. 272). 4. Eu ouvia o rdio com avidez de quem gosta muito dele. Outras pessoas ouviam-no comigo. Mas ... quem ouvia a minha rdio? Ainda no tinha sido inventado o transistor, essa maravilha da tecnologia que em certo sentido revitalizou a vida do rdio depois do advento da televiso. Rdio a pilha ainda no existia. S os de imensas e custosas baterias ou ento os que eram movidos a geradores acoplados, ou mesmo movidos a acumuladores de autos em geral. (Flvio Arajo, O rdio, o futebol e a vida. So Paulo: Editora SENAC So Paulo, 2001, p. 37). 5. A Internet como meio de comunicao prev a coexistncia e complementaridade de diversas mdias. O rdio da Internet j nasce buscando em outros meios recursos que possam ser agregados mensagem radiofnica. Isso significa a possibilidade de criao de produtos radiofnicos numa seqncia particular para cada ouvinte, inclusive com a opo de suprimir trechos ou escolher entre dois enfoques de interesse. Essa possibilidade oferecida pela Internet atua fortemente sobre o rdio e sobre uma de suas principais caractersticas como meio de comunicao: a instantaneidade. Em relao ainda ao pblico, a capacidade de agregar audincias de regies antes inacessveis possibilita a existncia e sobrevivncia de projetos voltados a determinados segmentos de pblico, que podem ser pequenos localmente mas no globalmente. (Adaptado de Lgia Maria Trigo-de-Souza, Rdios.internet.br: o rdio que caiu na rede..., Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 94-5). 6. Rumo Oeste O rdio no carro canta pelas cidades. J sei onde est a melhor garapa de Araras, o melhor algodo em Leme. Em Pirassununga o hbito do ngelus ainda veste de santa qualquer tarde. O locutor e seu melhor emplastro para curar no peito aquela velha aflio. Todas as rdios abrem para o mundo o corao do largo e um recado de Ester: esta cano vai para W.J. que ainda no esqueci O cu de todas as rdios se estende para a capital: o que se dana em New York direto para So Simo. Para voc, Lucinha, mexer o que Deus lhe deu. A velha teia das cidades enleia agora as estrelas. ao som da stima badalada do corao da Matriz desligue o rdio! e respire de passagem tudo o que fica: so ondas soltas no ar. (Alcides Villaa, Viagem de Trem. So Paulo: Duas Cidades, 1988, p. 80). 7. Para aqueles que pensam em mdia globalizada no Brasil, basta uma viagem exploratria pelas cidades de interior para perceber que a histria no bem assim. Existem lugares em que as pessoas ainda se comunicam com recados afixados em rvores da Praa Central. No acredita? Pois o maior grupo de cutelaria do Brasil escolheu o rdio como forma de alcanar seu pblico alvo. O objetivo divulgar a marca de ferramentas e equipamentos, cuja distribuio pulverizada em milhares de pequenos pontos-de-venda e cooperativas, atravs de programaes especiais. (Adaptado de Ao p do rdio, Revista Grandes Idias de Marketing, n. 46, junho de 2000). 8. Navegando pelo site www.radiolivre.org encontramos informaes sobre duas novas rdios: Esto abertas as inscries para a rdio Interferncia. O prazo vai at 20 de agosto. A rdio interferncia um coletivo horizontal e heterogneo que busca possibilitar a comunicao de uma forma aberta, sem controle ou reivindicaes. uma rdio livre. Um espao onde no h patrulhas estticas ou ideolgicas. Um lugar onde todos os discursos podem existir. uma forma diferente de ver o mundo e que tenta ser alternativa aos grandes meios de comunicao e s tentativas de se construir um discurso contra-hegemnico baseadas no pensamento nico e na representao. Um grupo onde todos tm autonomia, mas onde, ao mesmo tempo, h uma construo coletiva. (17 de agosto de 2004). Rdio Uhmmmmm... Agora pode ser conectada em grande parte da rea central de Porto Alegre, na freqncia 105,7 FM, a mais nova rdio livre da cidade. Informando, debatendo, confundindo e questionando pelas ondas de rdio. Ainda em fase experimental, a rdio Uhmmmm... tocada no maior amadorismo, mas com muita paixo e convico de que o acesso a informaes diferenciadas realmente faz a diferena. (6 de junho de 2004). 9. As manifestaes da presena do rdio como elemento de construo da histria individual se do de diversas maneiras. Vinculaes so estabelecidas atravs de identificaes com tipos de programas em que esto presentes o musical, o jornalstico, a publicidade. Da escuta radiofnica guardam-se recordaes que acabam sendo recriadas, repetidas, reconfiguradas com o passar dos anos. (Adaptado de Graziela Soares Bianchi, A participao do rdio nas construes e sentidos do rural vivido e midiatizado, em www.bocc.ubi.pt, 15 de agosto de 2004). PROPOSTA A Trabalhe sua dissertao a partir do seguinte recorte temtico: A permanente reconfigurao do rdio, com suas mudanas na forma de transmisso e de recepo, mostra-nos a fora desse meio de informao, divulgao, entretenimento e contato. Instrues: Discuta o rdio como meio de difuso e aproximao; Argumente no sentido de demonstrar sua atualidade; Explore argumentos que destaquem as vrias formas de sua presena na sociedade.

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2005Redação

(UNICAMP - 2005 - 1a fase) Tema: O tema da prova de redao o Rdio. Coletnea: um conjunto de textos de natureza diversa que serve de subsdio para a sua redao. Sugerimos que voc leia toda a coletnea para depois selecionar os elementos que julgar pertinentes elaborao da proposta escolhida. Um bom aproveitamento da coletnea no significa referncia a todos os textos. Esperamos, isso sim, que os elementos selecionados sejam articulados com a sua experincia de leitura e reflexo. Se desejar, voc pode valer-se tambm de elementos presentes nos enunciados das questes da prova. ATENO: a coletnea nica e vlida para as trs propostas. Proposta: Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pgina de resposta. Cada proposta faz um recorte do tema da prova de redao (o Rdio), que deve ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. ATENO- sua redaoser anuladase voc desconsiderar acoletneaou fugir aorecortetemticoou no atender aotipo de textoda proposta escolhida. APRESENTAO DA COLETNEA O rdio demonstra constantemente sua condio de veculo indispensvel no cotidiano das pessoas, ao contrrio do que muitos podem pensar, quando o consideram um meio de difuso ultrapassado. Desde sua inveno, na passagem para o sculo XX, poca em que era conhecido como telgrafo sem fio, o papel que exerce na sociedade vem se reafirmando. Nem o advento da televiso, nem o da Internet, determinou o seu fim. Por isso, o rdio um objeto de reflexo instigante. COLETNEA 1. A primeira transmisso de rdio realizada no Brasil ocorreu no dia 07 de setembro de 1922, na cerimnia de abertura do Centenrio da Independncia, na Esplanada do Castelo. Foi um grande acontecimento. O pblico ouviu o pronunciamento do presidente da Repblica, Epitcio Pessoa, a pera O Guarani, de Carlos Gomes, transmitida diretamente do Teatro Municipal, alm de conferncias e diversas atraes. Muitas pessoas ficaram impressionadas, pensando que se tratava de algo sobrenatural. (...) Os primeiros a utilizar o rdio na publicidade foram grandes empresas, como Philips, Gessy e Bayer, que patrocinavam programas de auditrio e radionovelas. Na poltica, o rdio tambm exerceu enorme influncia: a propaganda eleitoral, pronunciamentos do presidente e a Hora do Brasil faziam parte da programao e alcanavam milhares de ouvintes. A partir de 1939, com o incio da Segunda Guerra Mundial, o rdio se transformou em um importante veculo para difundir fatos dirios e notcias do front. Surgia o radiojornalismo, sendo o Reprter Esso marco dessa poca. (Adaptado de Rdio no Brasil, em www.sunrise.com.br/amoradio, 29 de agosto de 2004). 2. Ligada poltica de integrao nacional do governo Getlio Vargas, em 1935 era criada a Hora do Brasil, programa obrigatrio de notcias oficiais. O programa existe at hoje, de segunda a sexta-feira, com o nome de A Voz do Brasil. A partir dos anos 90, sua obrigatoriedade tem sido contestada por vrias emissoras e algumas tm conseguido, por medidas judiciais, no transmiti-lo ou, ao menos, no no horrio das 19h00 s 20h00. (Adaptado de Gisela Swetlana Ortriwano, Radiojornalismo no Brasil: fragmentos de histria, Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 71). 3. Ao Pequeno Aparelho de Rdio Voc, pequena caixa que trouxe comigo Cuidando que suas vlvulas no quebrassem Ao correr do barco ao trem, do trem ao abrigo Para ouvir o que meus inimigos falassem Junto a meu leito, para minha dor atroz No fim da noite, de manh bem cedo, Lembrando as suas vitrias e o medo: Prometa jamais perder a voz! (1938-1941) (Bertold Brecht, Poemas 1913-1956. Seleo e traduo Paulo Csar de Souza. So Paulo: Ed. 34, 2000, p. 272). 4. Eu ouvia o rdio com avidez de quem gosta muito dele. Outras pessoas ouviam-no comigo. Mas ... quem ouvia a minha rdio? Ainda no tinha sido inventado o transistor, essa maravilha da tecnologia que em certo sentido revitalizou a vida do rdio depois do advento da televiso. Rdio a pilha ainda no existia. S os de imensas e custosas baterias ou ento os que eram movidos a geradores acoplados, ou mesmo movidos a acumuladores de autos em geral. (Flvio Arajo, O rdio, o futebol e a vida. So Paulo: Editora SENAC So Paulo, 2001, p. 37). 5. A Internet como meio de comunicao prev a coexistncia e complementaridade de diversas mdias. O rdio da Internet j nasce buscando em outros meios recursos que possam ser agregados mensagem radiofnica. Isso significa a possibilidade de criao de produtos radiofnicos numa seqncia particular para cada ouvinte, inclusive com a opo de suprimir trechos ou escolher entre dois enfoques de interesse. Essa possibilidade oferecida pela Internet atua fortemente sobre o rdio e sobre uma de suas principais caractersticas como meio de comunicao: a instantaneidade. Em relao ainda ao pblico, a capacidade de agregar audincias de regies antes inacessveis possibilita a existncia e sobrevivncia de projetos voltados a determinados segmentos de pblico, que podem ser pequenos localmente mas no globalmente. (Adaptado de Lgia Maria Trigo-de-Souza, Rdios.internet.br: o rdio que caiu na rede..., Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 94-5). 6. Rumo Oeste O rdio no carro canta pelas cidades. J sei onde est a melhor garapa de Araras, o melhor algodo em Leme. Em Pirassununga o hbito do ngelus ainda veste de santa qualquer tarde. O locutor e seu melhor emplastro para curar no peito aquela velha aflio. Todas as rdios abrem para o mundo o corao do largo e um recado de Ester: esta cano vai para W.J. que ainda no esqueci O cu de todas as rdios se estende para a capital: o que se dana em New York direto para So Simo. Para voc, Lucinha, mexer o que Deus lhe deu. A velha teia das cidades enleia agora as estrelas. ao som da stima badalada do corao da Matriz desligue o rdio! e respire de passagem tudo o que fica: so ondas soltas no ar. (Alcides Villaa, Viagem de Trem. So Paulo: Duas Cidades, 1988, p. 80). 7. Para aqueles que pensam em mdia globalizada no Brasil, basta uma viagem exploratria pelas cidades de interior para perceber que a histria no bem assim. Existem lugares em que as pessoas ainda se comunicam com recados afixados em rvores da Praa Central. No acredita? Pois o maior grupo de cutelaria do Brasil escolheu o rdio como forma de alcanar seu pblico alvo. O objetivo divulgar a marca de ferramentas e equipamentos, cuja distribuio pulverizada em milhares de pequenos pontos-de-venda e cooperativas, atravs de programaes especiais. (Adaptado de Ao p do rdio, Revista Grandes Idias de Marketing, n. 46, junho de 2000). 8. Navegando pelo site www.radiolivre.org encontramos informaes sobre duas novas rdios: Esto abertas as inscries para a rdio Interferncia. O prazo vai at 20 de agosto. A rdio interferncia um coletivo horizontal e heterogneo que busca possibilitar a comunicao de uma forma aberta, sem controle ou reivindicaes. uma rdio livre. Um espao onde no h patrulhas estticas ou ideolgicas. Um lugar onde todos os discursos podem existir. uma forma diferente de ver o mundo e que tenta ser alternativa aos grandes meios de comunicao e s tentativas de se construir um discurso contra-hegemnico baseadas no pensamento nico e na representao. Um grupo onde todos tm autonomia, mas onde, ao mesmo tempo, h uma construo coletiva. (17 de agosto de 2004). Rdio Uhmmmmm... Agora pode ser conectada em grande parte da rea central de Porto Alegre, na freqncia 105,7 FM, a mais nova rdio livre da cidade. Informando, debatendo, confundindo e questionando pelas ondas de rdio. Ainda em fase experimental, a rdio Uhmmmm... tocada no maior amadorismo, mas com muita paixo e convico de que o acesso a informaes diferenciadas realmente faz a diferena. (6 de junho de 2004). 9. As manifestaes da presena do rdio como elemento de construo da histria individual se do de diversas maneiras. Vinculaes so estabelecidas atravs de identificaes com tipos de programas em que esto presentes o musical, o jornalstico, a publicidade. Da escuta radiofnica guardam-se recordaes que acabam sendo recriadas, repetidas, reconfiguradas com o passar dos anos. (Adaptado de Graziela Soares Bianchi, A participao do rdio nas construes e sentidos do rural vivido e midiatizado, em www.bocc.ubi.pt, 15 de agosto de 2004). PROPOSTA B Trabalhe sua narrativa a partir do seguinte recorte temtico: Ouvir rdio uma prtica comum na sociedade moderna. O rdio um veculo que atinge o ouvinte em muitas situaes: o radinho na cozinha que acompanha as refeies, o rdio no nibus, no campo de futebol, no carro, na lanchonete, o rdio-relgio no quarto de dormir, o walkman na caminhada, o rdio na Internet. O rdio o companheiro de toda hora. Instrues: Imagine a histria de um(a) ouvinte para quem o rdio essencial; Narre as circunstncias em que o rdio se tornou importante na vida desse(a) personagem; Construa sua narrativa em primeira ou em terceira pessoa.

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(UNICAMP - 2005 - 1a fase) Tema: O tema da prova de redao o Rdio. Coletnea: um conjunto de textos de natureza diversa que serve de subsdio para a sua redao. Sugerimos que voc leia toda a coletnea para depois selecionar os elementos que julgar pertinentes elaborao da proposta escolhida. Um bom aproveitamento da coletnea no significa referncia a todos os textos. Esperamos, isso sim, que os elementos selecionados sejam articulados com a sua experincia de leitura e reflexo. Se desejar, voc pode valer-se tambm de elementos presentes nos enunciados das questes da prova. ATENO: a coletnea nica e vlida para as trs propostas. Proposta: Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pgina de resposta. Cada proposta faz um recorte do tema da prova de redao (o Rdio), que deve ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. ATENO- sua redaoser anuladase voc desconsiderar acoletneaou fugir aorecortetemticoou no atender aotipo de textoda proposta escolhida. APRESENTAO DA COLETNEA O rdio demonstra constantemente sua condio de veculo indispensvel no cotidiano das pessoas, ao contrrio do que muitos podem pensar, quando o consideram um meio de difuso ultrapassado. Desde sua inveno, na passagem para o sculo XX, poca em que era conhecido como telgrafo sem fio, o papel que exerce na sociedade vem se reafirmando. Nem o advento da televiso, nem o da Internet, determinou o seu fim. Por isso, o rdio um objeto de reflexo instigante. COLETNEA 1. A primeira transmisso de rdio realizada no Brasil ocorreu no dia 07 de setembro de 1922, na cerimnia de abertura do Centenrio da Independncia, na Esplanada do Castelo. Foi um grande acontecimento. O pblico ouviu o pronunciamento do presidente da Repblica, Epitcio Pessoa, a pera O Guarani, de Carlos Gomes, transmitida diretamente do Teatro Municipal, alm de conferncias e diversas atraes. Muitas pessoas ficaram impressionadas, pensando que se tratava de algo sobrenatural. (...) Os primeiros a utilizar o rdio na publicidade foram grandes empresas, como Philips, Gessy e Bayer, que patrocinavam programas de auditrio e radionovelas. Na poltica, o rdio tambm exerceu enorme influncia: a propaganda eleitoral, pronunciamentos do presidente e a Hora do Brasil faziam parte da programao e alcanavam milhares de ouvintes. A partir de 1939, com o incio da Segunda Guerra Mundial, o rdio se transformou em um importante veculo para difundir fatos dirios e notcias do front. Surgia o radiojornalismo, sendo o Reprter Esso marco dessa poca. (Adaptado de Rdio no Brasil, em www.sunrise.com.br/amoradio, 29 de agosto de 2004). 2. Ligada poltica de integrao nacional do governo Getlio Vargas, em 1935 era criada a Hora do Brasil, programa obrigatrio de notcias oficiais. O programa existe at hoje, de segunda a sexta-feira, com o nome de A Voz do Brasil. A partir dos anos 90, sua obrigatoriedade tem sido contestada por vrias emissoras e algumas tm conseguido, por medidas judiciais, no transmiti-lo ou, ao menos, no no horrio das 19h00 s 20h00. (Adaptado de Gisela Swetlana Ortriwano, Radiojornalismo no Brasil: fragmentos de histria, Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 71). 3. Ao Pequeno Aparelho de Rdio Voc, pequena caixa que trouxe comigo Cuidando que suas vlvulas no quebrassem Ao correr do barco ao trem, do trem ao abrigo Para ouvir o que meus inimigos falassem Junto a meu leito, para minha dor atroz No fim da noite, de manh bem cedo, Lembrando as suas vitrias e o medo: Prometa jamais perder a voz! (1938-1941) (Bertold Brecht, Poemas 1913-1956. Seleo e traduo Paulo Csar de Souza. So Paulo: Ed. 34, 2000, p. 272). 4. Eu ouvia o rdio com avidez de quem gosta muito dele. Outras pessoas ouviam-no comigo. Mas ... quem ouvia a minha rdio? Ainda no tinha sido inventado o transistor, essa maravilha da tecnologia que em certo sentido revitalizou a vida do rdio depois do advento da televiso. Rdio a pilha ainda no existia. S os de imensas e custosas baterias ou ento os que eram movidos a geradores acoplados, ou mesmo movidos a acumuladores de autos em geral. (Flvio Arajo, O rdio, o futebol e a vida. So Paulo: Editora SENAC So Paulo, 2001, p. 37). 5. A Internet como meio de comunicao prev a coexistncia e complementaridade de diversas mdias. O rdio da Internet j nasce buscando em outros meios recursos que possam ser agregados mensagem radiofnica. Isso significa a possibilidade de criao de produtos radiofnicos numa seqncia particular para cada ouvinte, inclusive com a opo de suprimir trechos ou escolher entre dois enfoques de interesse. Essa possibilidade oferecida pela Internet atua fortemente sobre o rdio e sobre uma de suas principais caractersticas como meio de comunicao: a instantaneidade. Em relao ainda ao pblico, a capacidade de agregar audincias de regies antes inacessveis possibilita a existncia e sobrevivncia de projetos voltados a determinados segmentos de pblico, que podem ser pequenos localmente mas no globalmente. (Adaptado de Lgia Maria Trigo-de-Souza, Rdios.internet.br: o rdio que caiu na rede..., Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 94-5). 6. Rumo Oeste O rdio no carro canta pelas cidades. J sei onde est a melhor garapa de Araras, o melhor algodo em Leme. Em Pirassununga o hbito do ngelus ainda veste de santa qualquer tarde. O locutor e seu melhor emplastro para curar no peito aquela velha aflio. Todas as rdios abrem para o mundo o corao do largo e um recado de Ester: esta cano vai para W.J. que ainda no esqueci O cu de todas as rdios se estende para a capital: o que se dana em New York direto para So Simo. Para voc, Lucinha, mexer o que Deus lhe deu. A velha teia das cidades enleia agora as estrelas. ao som da stima badalada do corao da Matriz desligue o rdio! e respire de passagem tudo o que fica: so ondas soltas no ar. (Alcides Villaa, Viagem de Trem. So Paulo: Duas Cidades, 1988, p. 80). 7. Para aqueles que pensam em mdia globalizada no Brasil, basta uma viagem exploratria pelas cidades de interior para perceber que a histria no bem assim. Existem lugares em que as pessoas ainda se comunicam com recados afixados em rvores da Praa Central. No acredita? Pois o maior grupo de cutelaria do Brasil escolheu o rdio como forma de alcanar seu pblico alvo. O objetivo divulgar a marca de ferramentas e equipamentos, cuja distribuio pulverizada em milhares de pequenos pontos-de-venda e cooperativas, atravs de programaes especiais. (Adaptado de Ao p do rdio, Revista Grandes Idias de Marketing, n. 46, junho de 2000). 8. Navegando pelo site www.radiolivre.org encontramos informaes sobre duas novas rdios: Esto abertas as inscries para a rdio Interferncia. O prazo vai at 20 de agosto. A rdio interferncia um coletivo horizontal e heterogneo que busca possibilitar a comunicao de uma forma aberta, sem controle ou reivindicaes. uma rdio livre. Um espao onde no h patrulhas estticas ou ideolgicas. Um lugar onde todos os discursos podem existir. uma forma diferente de ver o mundo e que tenta ser alternativa aos grandes meios de comunicao e s tentativas de se construir um discurso contra-hegemnico baseadas no pensamento nico e na representao. Um grupo onde todos tm autonomia, mas onde, ao mesmo tempo, h uma construo coletiva. (17 de agosto de 2004). Rdio Uhmmmmm... Agora pode ser conectada em grande parte da rea central de Porto Alegre, na freqncia 105,7 FM, a mais nova rdio livre da cidade. Informando, debatendo, confundindo e questionando pelas ondas de rdio. Ainda em fase experimental, a rdio Uhmmmm... tocada no maior amadorismo, mas com muita paixo e convico de que o acesso a informaes diferenciadas realmente faz a diferena. (6 de junho de 2004). 9. As manifestaes da presena do rdio como elemento de construo da histria individual se do de diversas maneiras. Vinculaes so estabelecidas atravs de identificaes com tipos de programas em que esto presentes o musical, o jornalstico, a publicidade. Da escuta radiofnica guardam-se recordaes que acabam sendo recriadas, repetidas, reconfiguradas com o passar dos anos. (Adaptado de Graziela Soares Bianchi, A participao do rdio nas construes e sentidos do rural vivido e midiatizado, em www.bocc.ubi.pt, 15 de agosto de 2004). PROPOSTA C Trabalhe sua carta a partir do seguinte recorte temtico: Atendendo aos vrios segmentos do pblico em diferentes horrios, as emissoras de rdio definem sua programao em torno de um leque variado de opes: programas de msica, esportes, informao, religio, etc. Programas que um dia fizeram muito sucesso j no existem mais, como a rdio-novela e os programas de auditrio. Instrues: Imagine um programa de rdio que, em sua opinio, deva sair do ar; Argumente pela retirada desse programa da grade de programao; Dirija a carta a um interlocutor que possa interferir nessa deciso

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