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Questões de Português - UNIFESP 2017 | Gabarito e resoluções

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Questão 14
2017Português

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Para responder à(s) questão(ões) a seguir, leia o poema Dissolução, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), que integra o livro Claro enigma, publicado originalmente em 1951. Escurece, e não me seduz tatear sequer uma lâmpada. Pois que aprouve ao dia findar, aceito a noite. E com ela aceito que brote uma ordem outra de seres e coisas não figuradas. Braços cruzados. Vazio de quanto amávamos, mais vasto é o céu. Povoações surgem do vácuo. Habito alguma? E nem destaco minha pele da confluente escuridão. Um fim unânime concentra-se e pousa no ar. Hesitando. E aquele agressivo espírito que o dia carreia consigo, já não oprime. Assim a paz, destroçada. Vai durar mil anos, ou extinguir-se na cor do galo? Esta rosa é definitiva, ainda que pobre. Imaginação, falsa demente, já te desprezo. E tu, palavra. No mundo, perene trânsito, calamo-nos. E sem alma, corpo, és suave. (Claro enigma, 2012.) 1 aprazer: causar ou sentir prazer; contentar(-se). 2 carrear: carregar. O pronome te, empregado no segundo verso da última estrofe, refere-se a

Questão
2017Português

(UNIFESP -2017) Caracterizou-o sempre um sincero amor pelas coisas de sua terra, pela sua gente, e se existe obra que possa ser chamada de brasileira, a dele. Se seus assuntos eram o homem e a terra do Brasil, apanhados no Norte, no Sul, no Centro, a forma por que os explorava era tambm brasileira, pela sintaxe que empregava e pelos modismos que introduzia. O Brasil do campo e o das cidades est presente em sua obra, assim como o homem da sociedade, o homem da rua e o trabalhador rural. Abarcou os aspectos mais variados da nossa sensibilidade e da nossa formao, constituindo sua obra um painel a que nada falta, inclusive o ndio, que nela tem participao considervel. (Jos Paulo Paes e Massaud Moiss (orgs). Pequeno dicionrio de literatura brasileira, 1980. Adaptado.) Tal comentrio refere-se ao escritor

Questão
2017Português

(UNIFESP/2017) Leia o trecho do conto A igreja do Diabo, de Machado de Assis (1839-1908), para responder à(s) questão(ões) a seguir: Uma vez na terra, o Diabo não perdeu um minuto. Deu-se pressa em enfiar a 1cogula beneditina, como hábito de boa fama, e entrou a espalhar uma doutrina nova e extraordinária, com uma voz que reboava nas entranhas do século. Ele prometia aos seus discípulos e fiéis as delícias da terra, todas as glórias, os deleites mais íntimos. Confessava que era o Diabo; mas confessava-o para retificar a noção que os homens tinham dele e desmentir as histórias que a seu respeito contavam as velhas beatas. Sim, sou o Diabo, repetia ele; não o Diabo das noites sulfúreas, dos contos soníferos, terror das crianças, mas o Diabo verdadeiro e único, o próprio gênio da natureza, a que se deu aquele nome para arredá-lo do coração dos homens. Vede-me gentil e airoso. Sou o vosso verdadeiro pai. Vamos lá: tomai daquele nome, inventado para meu 2desdouro, fazei dele um troféu e um 3lábaro, e eu vos darei tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, tudo... Era assim que falava, a princípio, para excitar o entusiasmo, espertar os indiferentes, congregar, em suma, as multidões ao pé de si. E elas vieram; e logo que vieram, o Diabo passou a definir a doutrina. A doutrina era a que podia ser na boca de um espírito de negação. Isso quanto à substância, porque, acerca da forma, era umas vezes sutil, outras cínica e deslavada. Clamava ele que as virtudes aceitas deviam ser substituídas por outras, que eram as naturais e legítimas. A soberba, a luxúria, a preguiça foram reabilitadas, e assim também a avareza, que declarou não ser mais do que a mãe da economia, com a diferença que a mãe era robusta, e a filha uma 4esgalgada. A ira tinha a melhor defesa na existência de Homero; sem o furor de Aquiles, não haveria a Ilíada: Musa, canta a cólera de Aquiles, filho de Peleu... [...] Pela sua parte o Diabo prometia substituir a vinha do Senhor, expressão metafórica, pela vinha do Diabo, locução direta e verdadeira, pois não faltaria nunca aos seus com o fruto das mais belas cepas do mundo. Quanto à inveja, pregou friamente que era a virtude principal, origem de prosperidades infinitas; virtude preciosa, que chegava a suprir todas as outras, e ao próprio talento. As turbas corriam atrás dele entusiasmadas. O Diabo incutia-lhes, a grandes golpes de eloquência, toda a nova ordem de coisas, trocando a noção delas, fazendo amar as perversas e detestar as sãs. Nada mais curioso, por exemplo, do que a definição que ele dava da fraude. Chamava-lhe o braço esquerdo do homem; o braço direito era a força; e concluía: Muitos homens são canhotos, eis tudo. Ora, ele não exigia que todos fossem canhotos; não era exclusivista. Que uns fossem canhotos, outros destros; aceitava a todos, menos os que não fossem nada. A demonstração, porém, mais rigorosa e profunda, foi a da 5venalidade. Um 6casuísta do tempo chegou a confessar que era um monumento de lógica. A venalidade, disse o Diabo, era o exercício de um direito superior a todos os direitos. Se tu podes vender a tua casa, o teu boi, o teu sapato, o teu chapéu, coisas que são tuas por uma razão jurídica e legal, mas que, em todo caso, estão fora de ti, como é que não podes vender a tua opinião, o teu voto, a tua palavra, a tua fé, coisas que são mais do que tuas, porque são a tua própria consciência, isto é, tu mesmo? Negá-lo é cair no absurdo e no contraditório. Pois não há mulheres que vendem os cabelos? não pode um homem vender uma parte do seu sangue para transfundi-lo a outro homem anêmico? e o sangue e os cabelos, partes físicas, terão um privilégio que se nega ao caráter, à porção moral do homem? Demonstrando assim o princípio, o Diabo não se demorou em expor as vantagens de ordem temporal ou pecuniária; depois, mostrou ainda que, à vista do preconceito social, conviria dissimular o exercício de um direito tão legítimo, o que era exercer ao mesmo tempo a venalidade e a hipocrisia, isto é, merecer duplicadamente. (Contos: uma antologia, 1998.) 1cogula: espécie de túnica larga, sem mangas, usada por certos religiosos. 2desdouro: descrédito, desonra. 3lábaro: estandarte, bandeira. 4esgalgado: comprido e estreito. 5venalidade: condição ou qualidade do que pode ser vendido. 6casuísta: pessoa que pratica o casuísmo (argumento fundamentado em raciocínio enganador ou falso). Quanto à inveja, pregou friamente que era a virtude principal, origem de prosperidades infinitas; virtude preciosa, que chegava a suprir todas as outras, e ao próprio talento. (4 parágrafo) Os termos em destaque constituem, respectivamente,

Questão
2017Português

(Unifesp 2017) Nesta obra, o autor optou por uma situação narrativa que se define pelo movimento de aproximação e distanciamento da substância sensível da realidade retratada, como forma de solidarizar-se com seus personagens e, ao mesmo tempo, sustentar uma posição crítica rigorosa ante a desgraça irremediável que os açoita. Relativiza, assim, a onisciência da terceira pessoa e reconstitui, pela via literária, o hiato entre seu saber de intelectual e a indigência dos retirantes alteridade que buscou compreender pelo exercício artístico da palavra enxuta e medida. Com a cautela de quem não se permite explicitar significados ou avançar conclusões, o narrador condiciona a narração à expectativa dos personagens, através do uso intensivo do discurso indireto livre, que dá forma à sondagem interior pretendida e singulariza os destinos representados. (Wander Melo Miranda. Texto introdutório. In: Silviano Santiago (org). Intérpretes do Brasil, vol. 2, 2000. Adaptado.) Tal comentário aplica-se à obra

Questão
2017Português

(UNIFESP - 2017) Predomina neste movimento uma tnica mais cosmopolita, intimamente ligada s modas literrias da Europa, desejando pertencer ao mesmo passado cultural e seguir os mesmos modelos, o que permitiu incorporar os produtos intelectuais da colnia inculta ao universo das formas superiores de expresso. Ao lado disso, tal movimento continuou os esboos particularistas que vinham do passado local, dando importncia relevante tanto ao ndio e ao contato de culturas, quanto descrio da natureza, mesmo que fosse em termos clssicos. (Antonio Candido. Iniciao literatura brasileira, 2010. Adaptado.) Tal comentrio refere-se ao seguinte movimento literrio brasileiro:

Questão
2017Português

(Unifesp 2017) Leia um trecho do Manifesto do Futurismo publicado por Filippo Tommaso Marinetti (1876-1944) no ano de 1909. Nós cantaremos as grandes multidões movimentadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela revolta; as marés multicoloridas e polifônicas das revoluções nas capitais modernas; a vibração noturna dos arsenais e dos estaleiros sob suas luas elétricas; as estações glutonas comedoras de serpentes que fumam; as usinas suspensas nas nuvens pelos barbantes de suas fumaças; os navios aventureiros farejando o horizonte; as locomotivas de grande peito, que escoucinham os trilhos,como enormes cavalos de aço freados por longos tubos, e o voo deslizante dos aeroplanos, cuja hélice tem os estalos da bandeira e os aplausos da multidão entusiasta. (Apud Gilberto Mendonça Teles. Vanguarda europeia e modernismo brasileiro, 1992. Adaptado.) Em consonância com este preceito do Futurismo estão os seguintes versos, extraídos da produção poética de Fernando Pessoa (1888-1935):

Questão
2017Português

(Unifesp 2017) Nesta obra, o observador é atraído por uma ideia poética: a de um objeto que assume a substância do material em que se sente à vontade. (Marcel Paquet. René Magritte: o pensamento tornado visível, 2000. Adaptado.) Tal comentário aplica-se à seguinte obra do pintor belga René Magritte (1898-1967):

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