(Fac. Albert Einstein - 2016)
“Depois que a Guerra do Vietnã demonstrou que o mais caro, mais avançado e mais destrutivo aparato militar que o mundo já vira era inteiramente incapaz de dobrar a vontade de um dos povos mais pobres da Terra, o governo norte-americano perdeu temporariamente a maior parte, senão toda a sua credibilidade como vigilante do mundo livre. O resultado foi um vazio de poder, que as forças locais, em conluio franco ou tácito com a União Soviética e seus aliados, exploraram prontamente, de várias maneiras: para completar o processo de libertação nacional dos últimos resíduos do colonialismo europeu, para guerrear entre si na tentativa de reorganizar o espaço político das regiões circunvizinhas e para expulsar do poder os governos que eram clientes dos Estados Unidos.”
Giovanni Arrighi. O longo século XX. Rio de Janeiro/São Paulo: Contraponto/Unesp, 1996, p. 333. Adaptado.
A partir do que afirma o texto, pode-se dizer que a derrota militar dos Estados Unidos no Vietnã provocou, entre outros efeitos diretos ou indiretos,
o fim da influência das superpotências no Sul e Sudeste asiático e a ascensão econômica, política e diplomática de países em desenvolvimento, como a Austrália, o Brasil, a Índia e o México.
o acirramento da Guerra Fria, com as intervenções militares soviéticas no Paquistão e em Cuba, países que antes pertenciam à zona de influência norte-americana.
o encerramento da corrida armamentista entre os países vinculados ao Pacto de Varsóvia e os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte, obtido a partir de esforço internacional liderado pela Organização das Nações Unidas.
uma reorganização profunda no cenário da Guerra Fria, com o fim de regimes ditatoriais apoiados pelos Estados Unidos, como o da Nicarágua e o do Irã.