(Albert Einstein 2016)
Texto A
Fabiano (...), saciado, caiu de papo para cima, olhando as estrelas que vinham nascendo. Uma, duas, três, quatro, havia muitas estrelas, havia mais de cinco estrelas no céu. O poente cobria-se de cirros – e uma alegria doida enchia o coração de Fabiano.
Texto B
Uma, duas, três, havia mais de cinco estrelas no céu. A lua estava cercada de um halo cor de leite. Ia chover.
Texto C
A lua crescia, a sombra leitosa crescia, as estrelas foram esmorecendo naquela brancura que enchia a noite. Uma, duas, três, agora havia poucas estrelas no céu. Ali perto a nuvem escurecia o morro.
Os textos acima são de "Vidas Secas", de Graciliano Ramos. Da inter-relação deles pode-se deduzir que
todos são iguais, abordam o mesmo assunto e, por isso, constituem repetição desnecessária que quebra o ritmo e o estilo do autor.
há contradição e incoerência entre eles quanto à parca quantidade de estrelas que dimensionam as grandezas no céu.
todos anunciam a proximidade da chuva, utilizando-se dos mesmos recursos de expressão linguística, estilística, semântica e estética.
todos se referem a etapas diferentes e complementares da formação do mesmo fenômeno meteorológico.