(ENEM PPL - 2013)
O cordelista por ele mesmo |
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Aos doze anos eu era | |
forte, esperto e nutrido. | |
Vinha do Sítio de Piroca | |
muito alegre e divertido | |
vender cestos e balaios | |
que eu mesmo havia tecido. | |
Passava o dia na feira | |
e à tarde regressava | |
levando umas panelas | |
que minha mãe comprava | |
e bebendo água salgada | |
nas cacimbas onde passava. | |
BORGES, J. F. Dicionário dos sonhos e outras histórias de cordel. Porto Alegre: LP&M, 2003 (fragmento). |
Literatura de cordel é uma criação popular em verso, cuja linguagem privilegia, tematicamente, histórias de cunho regional, lendas, fatos ocorridos para firmar certas crenças e ações destacadas nas sociedades locais. A respeito do uso das formas variantes da linguagem no Brasil, o verso do fragmento que permite reconhecer uma região brasileira é
“muito alegre e divertido”.
“Passava o dia na feira”.
“levando umas panelas”.
“que minha mãe comprava”.
“nas cacimbas onde passava”.