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Questões - ITA 2009 | Gabarito e resoluções

Questão 21
2009Química

(ITA - 2009- 2 fase) Escreva a equao qumica balanceada da combusto completa do iso-octano com o ar atmosfrico. Considere que o ar seco e composto por 21% de oxignio gasoso e 79% de nitrognio gasoso.

Questão 21
2009Física

(ITA - 2009- 2 fase) Um feixe de laser com energia E incide sobre um espelho de massa m dependurado por um fio. Sabendo que o momentum do feixe de luz laser E/c, em que c a velocidade da luz, calcule a que altura h o espelho subir.

Questão 21
2009Matemática

(ITA - 2009- 2 fase) Seja S o conjunto soluo da inequao Determine o conjunto

Questão 22
2009Química

(ITA - 2009- 2 fase) So fornecidas as seguintes informaes relativas aos cinco compostos amnicos: A, B, C, D e E. Os compostos A e B so muito solveis em gua, enquanto que os compostos C, D, e E so pouco solveis. Os valores das constantes de basicidade dos compostos A, B, C, D e E so, respectivamente, 1,0 10-3; 4,5 10-4; 2,6 x 10-10; 3,0 10-12e 6,0 10-15. Atribua corretamente os dados experimentais apresentados aos seguintes compostos: 2-nitroanilina, 2-metilanilina, 2-bromoanilina, metilamina e dietilamina. Justifique a sua resposta.

Questão 22
2009Português

(ITA - 2009 - 1 FASE) [1] Vou direto ao ponto: estive em Paris. Est dito e precisava ser dito, logo vero por qu. Mas difcil escapar impresso de pedantismo ou de exibicionismo, ao dizer isto. Culpa da nossa velha francofilia (j um tanto fora de moda). Ou do complexo de eternos colonizados diante dos pases de primeiro mundo. Alguns significantes, como Nova Iorque ou Paris, produzem fascnio instantneo. Se eu disser fui a Paris, o [5] interlocutor responder sempre: que luxo!. E se contar: fui assaltada em Paris, ou fui atropelada em Paris, bem provvel que escute: mas que luxo, ser assaltada (atropelada) em Paris! O pior que verdade. um verdadeiro luxo, Paris. No por causa do Louvre, da Place Vndome ou dos Champs lises. Nem pelas mercadorias todas, lindas, chiques, caras, que nem penso em trazer para casa. Meu luxo andar nas ruas, a qualquer hora da noite ou do dia, sozinha ou acompanhada, a p, de [10] nibus ou de metr (nunca de txi) e no sentir medo de nada. Melhor: de ningum. Meu luxo enfrentar sem medo o corpo a corpo com a cidade, com a multido. O artigo de luxo que eu traria de Paris para a vida no Brasil, se eu pudesse artigo que no se globalizou, ao contrrio, a cada dia fica mais raro e caro seria este. O luxo de viver sem medo. Sem medo de qu? De doenas? Da velhice? Da morte, da solido? No, estes medos fazem parte da condio humana. [15] Pertencemos a esta espcie desnaturada, a nica que sabe de antemo que o coroamento da vida consiste na decadncia fsica, na perda progressiva dos companheiros de gerao e, para coroar tudo, na morte. Do medo deste previsvel grand finale no se escapa. O luxo de viver sem medo a que me refiro bem outro. O de circular na cidade sem temer o semelhante, sem que o fantasma de um encontro violento esteja sempre presente. No escrevi viver numa sociedade sem [20] violncia, j que a violncia parte integrante da vida social. Basta que a expectativa da violncia no predomine sobre todas as outras. Que a preocupao com a segurana (que no Brasil de hoje se traduz nas mais variadas formas de isolamento) no seja o critrio principal para definir a qualidade da vida urbana. No vale dizer que fora do socialismo este problema no tem soluo. H mais conformismo do que parece em apostar todas as fichas da poltica na utopia. Enquanto a sociedade ideal no vem, estaremos condenados a [25] viver to mal como vivemos todos por aqui? Temos que nos conformar com a sociabilidade do medo? Mas eu conheo, eu vivi numa cidade diferente desta em que vivo hoje. Esta cidade era So Paulo. J fiz longas caminhadas a p pelo centro, de madrugada. Namorando, conversando com amigos, pelo prazer despreocupado da flnerie*. A passagem do ano de 1981 para 82 est viva na minha lembrana. Uma amiga pernambucana quis conhecer a esquina de Sampa. Fomos, num grupo de quatro pessoas, at a Ipiranga com [30] a So Joo. Dali nos empolgamos e seguimos pelo centro velho. Mendigos na rua no causavam medo. Do Paysandu (o Ponto Chic estava aberto, claro!) seguimos pelo Arouche, Repblica, So Lus, Municipal, Patriarca, S; o dia primeiro nasceu no Largo So Bento. No escrevo movida pelo saudosismo, mas pela esperana. Isso faz to pouco tempo! Sei l como os franceses conseguiram preservar seu raro luxo urbano. Talvez o valor do espao pblico, entre eles, no tenha [35] sido superado pelo dos privilgios privados. Talvez a lei se proponha, de fato, a valer para todos. Pode ser que a justia funcione melhor. E que a sociedade no abra mo da aposta nos direitos. Pode ser que a violncia necessria se exera, prioritariamente, no campo da poltica, e no da criminalidade. Se for assim, acabo de mudar de idia. Viver sem medo no , no pode ser um luxo. bsico; o grau zero da vida em sociedade. Viver com medo que uma grande humilhao. (Maria Rita Kehl. Voc tem medo de [40] qu? Em: http://www.mariaritakehl.psc.br, 2007, adaptado.) *flnerie (substantivo feminino): passeio sem destino. *os nmeros entre colchetes correspondem s linhas do texto original. Da leitura do texto, NO se pode inferir que

Questão 22
2009Física

(ITA - 2009- 2 fase) Chapas retangulares rgidas, iguais e homogneas, so sobrepostas e deslocadas entre si, formando um conjunto que se apoia parcialmente na borda de uma calcada. A figura ilustra esse conjunto com n chapas, bem como a distncia D alcanada pela sua parte suspensa. Desenvolva uma frmula geral da mxima distnciaD possvel de modo que o conjunto ainda se mantenha em equilbrio. A seguir, calcule essa distncia D em funo do comprimento L de cada chapa, para n = 6 unidades.

Questão 23
2009Física

(ITA - 2009- 2 fase) Em 1998, a hidreltrica de Itaipu forneceu aproximadamente 87600 GWh de energia eltrica. Imagine ento um painel fotovoltaico gigante que possa converter em energia eltrica, com rendimento de 20%, a energia solar incidente na superfcie da Terra, aqui considerada com valor mdio diurno (24 h) aproximado de 170 W/m. Calcule: a) a rea horizontal (em km2) ocupada pelos coletores solares para que o painel possa gerar, durante um ano, energia equivalente quela de Itaipu, e, b) o percentual mdio com que a usina operou em 1998 em relao sua potncia instalada de 14000 MW.

Questão 23
2009Química

(ITA - 2009- 2 fase) A 25 C, realizam-se estes dois experimentos (Exp I e Exp II) de titulao cido-base medindo-se o pH da soluo aquosa em funo do volume da base adicionada: Exp I:Titulao de 50 mL de cido clordrico 0,10 mol L-1com hidrxido de sdio 0,10 mol L-1. Exp II: titulao de 50 mL de cido actico 0,10 mol L-1 com hidrxido de sdio 0,10 molL-1. a) Esboce em um mesmo grfico (pH versus volume de hidrxido de sdio) a curva que representa a titulao do Exp I e a curva que representa a titulao do Exp II. Deixe claro no grfico os valores aproximados do pH nos pontos de equivalncia. b) O volume da base correspondente ao ponto de equivalncia de uma titulao cido-base pode ser determinado experimentalmente observando-se o ponto de viragem de um indicador. Em laboratrio, dispem-se das solues aquosas do cido e da base devidamente preparados nas concentraes propostas, de indicador, de gua destilada e dos seguintes instrumentos: balo volumtrico, bico de Bunsen, bureta, cronmetro, dessecador, erlenmeyer, funil, kitassato, pipeta volumtrica, termmetro e tubo de ensaio. Desses instrumentos, cite os trs mais adequados para a realizao desse experimento.

Questão 23
2009Português

(ITA - 2009 - 1 FASE) Assinale a opo em que o uso do sinal de pontuao NO se justifica pelo mesmo motivo nas duas ocorrncias.

Questão 24
2009Português

(ITA - 2009 - 1 FASE) O destaque para o luxo urbano de Paris dado principalmente porque a cidade

Questão 24
2009Química

(ITA - 2009- 2 fase) Um elemento galvnico constitudo por uma placa de ferro e por uma placa de estanho, de mesmas dimenses, imersas em uma soluo aquosa 0,10 mol L-1de cido ctrico. Considere que esta soluo:contm ons ferrosos e estanosos; ajustada para pH = 2; isenta de oxignio; e mantida nas condies ambientes. Sabendo-se que o nion citrato reage quimicamente com o ction Sn2+(aq), diminuindo o valor do potencial de eletrodo do estanho, determine o valor numrico da relao entre as concentraes dos ctions Sn2+(aq)e Fe2+(aq)([Sn2+] / [Fe2+])a partir do qual o estanho passa a se comportar como o anodo do par galvnico. Dados: Potenciais de eletrodo em relao ao eletrodo padro de hidrognio nas condies-padro: EoFe2+/Fe= -0,44 V ;EoSn2+/Sn=-0,14 V

Questão 24
2009Física

(ITA - 2009- 2 fase) Num filme de fico, um foguete de massa m segue uma estao espacial, dela aproximando-se com aceleraorelativa a. Para reduzir o impacto do acoplamento, na estao existe uma mola de comprimento L e constante k. Calcule a deformaomxima sofrida pela mola durante o acoplamento sabendo-se que o foguete alcanou a mesma velocidade da estaoquando dela se aproximou de uma certa distncia d L, por hiptese em sua mesma rbita.

Questão 25
2009Química

(ITA - 2009- 2 fase) a) Considerando que a presso osmtica da sacarose(C12H22O11)a 25 C igual a 15 atm, calcule a massa de sacarose necessria para preparar 1,0 L de sua soluo aquosa a temperatura ambiente. b) Calcule a temperatura do ponto de congelamento de uma soluo contendo 5,0 g de glicose (C6H12O6)em 25 g de gua. Sabe-se que a constante do ponto de congelamento da gua igual a 1,86 C kg mol-1. c) Determine a frao molar de hidrxido de sdio em uma soluo aquosa contendo 50% em massa desta espcie.

Questão 25
2009Física

(ITA - 2009- 2 fase) Lua e Sol so os principais responsveis pelas forcas de mar. Estas so produzidas devido s diferenas na acelerao gravitacional sofrida por massas distribudas na Terra em razo das respectivas diferenas de suas distncias em relao a esses astros. A figura mostra duas massas iguais, m1 = m2 = m,dispostas sobre a superfcie da Terra em posies diametralmente opostas e alinhadas em relao Lua, bem como uma massa m0 = msituada no centro da Terra. Considere G a constante de gravitao universal, M a massa da Lua, r o raio da Terra e R a distncia entre os centros da Terra e da Lua. Considere, tambm,as foras produzidas pela Lua respectivamente sobre as massas m0, m1 e m2. Determine as diferenassabendo que devera usar a aproximao , quando x 1.

Questão 25
2009Português

(ITA -2009 - 1 FASE) [1] Vou direto ao ponto: estive em Paris. Est dito e precisava ser dito, logo vero por qu. Mas difcil escapar impresso de pedantismo ou de exibicionismo, ao dizer isto. Culpa da nossa velha francofilia (j um tanto fora de moda). Ou do complexo de eternos colonizados diante dos pases de primeiro mundo. Alguns significantes, como Nova Iorque ou Paris, produzem fascnio instantneo. Se eu disser fui a Paris, o [5] interlocutor responder sempre: que luxo!. E se contar: fui assaltada em Paris, ou fui atropelada em Paris, bem provvel que escute: mas que luxo, ser assaltada (atropelada) em Paris! O pior que verdade. um verdadeiro luxo, Paris. No por causa do Louvre, da Place Vndome ou dos Champs lises. Nem pelas mercadorias todas, lindas, chiques, caras, que nem penso em trazer para casa. Meu luxo andar nas ruas, a qualquer hora da noite ou do dia, sozinha ou acompanhada, a p, de [10] nibus ou de metr (nunca de txi) e no sentir medo de nada. Melhor: de ningum. Meu luxo enfrentar sem medo o corpo a corpo com a cidade, com a multido. O artigo de luxo que eu traria de Paris para a vida no Brasil, se eu pudesse artigo que no se globalizou, ao contrrio, a cada dia fica mais raro e caro seria este. O luxo de viver sem medo. Sem medo de qu? De doenas? Da velhice? Da morte, da solido? No, estes medos fazem parte da condio humana. [15] Pertencemos a esta espcie desnaturada, a nica que sabe de antemo que o coroamento da vida consiste na decadncia fsica, na perda progressiva dos companheiros de gerao e, para coroar tudo, na morte. Do medo deste previsvelgrand finaleno se escapa. O luxo de viver sem medo a que me refiro bem outro. O de circular na cidade sem temer o semelhante, sem que o fantasma de um encontro violento esteja sempre presente. No escrevi viver numa sociedade sem [20] violncia, j que a violncia parte integrante da vida social. Basta que a expectativa da violncia no predomine sobre todas as outras. Que a preocupao com a segurana (que no Brasil de hoje se traduz nas mais variadas formas de isolamento) no seja o critrio principal para definir a qualidade da vida urbana. No vale dizer que fora do socialismo este problema no tem soluo. H mais conformismo do que parece em apostar todas as fichas da poltica na utopia. Enquanto a sociedade ideal no vem, estaremos condenados a [25] viver to mal como vivemos todos por aqui? Temos que nos conformar com a sociabilidade do medo? Mas eu conheo, eu vivi numa cidade diferente desta em que vivo hoje. Esta cidade era So Paulo. J fiz longas caminhadas a p pelo centro, de madrugada. Namorando, conversando com amigos, pelo prazer despreocupado daflnerie*. A passagem do ano de 1981 para 82 est viva na minha lembrana. Uma amiga pernambucana quis conhecer a esquina de Sampa. Fomos, num grupo de quatro pessoas, at a Ipiranga com [30] a So Joo. Dali nos empolgamos e seguimos pelo centro velho. Mendigos na rua no causavam medo. Do Paysandu (o Ponto Chic estava aberto, claro!) seguimos pelo Arouche, Repblica, So Lus, Municipal, Patriarca, S; o dia primeiro nasceu no Largo So Bento. No escrevo movida pelo saudosismo, mas pela esperana. Isso faz to pouco tempo! Sei l como os franceses conseguiram preservar seu raro luxo urbano. Talvez o valor do espao pblico, entre eles, no tenha [35] sido superado pelo dos privilgios privados. Talvez a lei se proponha, de fato, a valer para todos. Pode ser que a justia funcione melhor. E que a sociedade no abra mo da aposta nos direitos. Pode ser que a violncia necessria se exera, prioritariamente, no campo da poltica, e no da criminalidade. Se for assim, acabo de mudar de idia. Viver sem medo no , no pode ser um luxo. bsico; o grau zero da vida em sociedade. Viver com medo que uma grande humilhao. (Maria Rita Kehl. Voc tem medo de [40] qu? Em: http://www.mariaritakehl.psc.br, 2007, adaptado.) *flnerie(substantivo feminino): passeio sem destino. *os nmeros entre colchetes correspondem s linhas do texto original. Da leitura do texto, pode-se inferir que