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Questões de Português - MACKENZIE 2018 | Gabarito e resoluções

1-7 de 7
Questão 2
2018Português

(MACKENZIE - 2018) A arqueologia no pode ser desvencilhada de seu carter aventureiro e romntico, cuja melhor imagem talvez seja, desde h alguns anos, as saborosas aventuras do arquelogo Indiana Jones. Pois bem, quando do auge do sucesso de Indiana Jones, o arquelogo brasileiro Paulo Zanettini escreveu um artigo no Jornal da Tarde, de So Paulo, intitulado Indiana Jones deve morrer!. Para ele, assim como para outros arquelogos profissionais, envolvidos com um trabalho rduo, srio e distante das peripcias das telas, essa imagem aventureira incmoda. O fato que o arquelogo, diferena do historiador, do gegrafo ou de outros estudiosos, possui uma imagem muito mais atraente, inspiradora no s de filmes, mas tambm de romances e livros os mais variados. Bem, para usar uma expresso de Ea de Queiroz, sob o manto difano da fantasia escondem-se as histrias reais que fundamentaram tais percepes. A arqueologia surgiu no bojo do Imperialismo do sculo XIX, como um subproduto da expanso das potncias coloniais europeias e dos Estados Unidos, que procuravam enriquecer explorando outros territrios. Alguns dos primeiros arquelogos de fato foram aventureiros, responsveis, e no em pequena medida, pela fama que se propagou em torno da profisso. Adaptado de Pedro Paulo Funari, Arqueologia Considerando suas reflexes feitas na questo anterior, possvel classificar o texto lido como:

Questão
2018Português

(MACKENZIE - 2018) Texto para a(s) questo(es) a seguir. Carta do escritor Graciliano Ramos ao pintor Cndido Portinari Rio, 18 de Fevereiro de 1946 1Carssimo Portinari: A sua carta chegou muito atrasada, e receio que 2esta resposta j no 3o ache 4fixando na tela a nossa pobre gente da roa. No h trabalho mais digno, penso eu. 5Dizem que somos pessimistas e exibimos deformaes; 6contudo as deformaes e misria existem fora da arte e so cultivadas pelos que nos censuram. O que s vezes pergunto 7a mim mesmo, com angstia, Portinari, 8isto: se elas desaparecessem, poderamos continuar a trabalhar? Desejamos realmente que elas desapaream ou seremos tambm uns exploradores, to perversos como os outros, quando expomos desgraas? Dos quadros que voc mostrou 9quando almocei no Cosme Velho pela ltima vez, o que mais me comoveu foi aquela me com a criana morta. Sa de sua casa com um pensamento horrvel: numa sociedade sem classes e sem misria seria possvel fazer-se aquilo? Numa vida tranquila e feliz que espcie de arte surgiria? Chego a pensar que faramos cromos, anjinhos cor-de-rosa, e isto me horroriza. Felizmente a dor existir sempre, a 10nossa velha amiga, nada a suprimir. E 11seramos ingratos se 12desejssemos a supresso dela, no 13lhe parece? Veja como os nossos ricaos em geral so burros. Julgo naturalmente que seria bom enforc-los, mas se isto nos trouxesse tranquilidade e felicidade, eu ficaria bem desgostoso, porque no nascemos para tal sensaboria. O meu desejo que, eliminados os ricos de qualquer modo e os sofrimentos causados por eles, venham novos sofrimentos, 14pois sem isto no temos arte. E adeus,15meu grande Portinari. Muitos abraos para voc e para Maria. Graciliano *sensaboria: contratempo, monotonia Depreende-se corretamente do texto que o escritor Graciliano Ramos:

Questão
2018Português

(MACKENZIE - 2018) Segundo Alfredo Bosi, no seu livro Histria concisa da literatura: Paralelamente s obras e nascendo com o desejo de explic-las e justific-las, os modernistas fundavam revistas e lanavam manifestos que iam delimitando os subgrupos, de incio apenas estticos, mas logo portadores de matizes ideolgicos mais ou menos precisos. A partir dessas consideraes, assinale a alternativa correta. I. A prtica da escrita de manifestos se conecta exclusivamente aos movimentos de vanguarda latino-americanos, pois as vanguardas europeias preferiram, no lugar do manifesto, o uso de longos tratados estticos. II. Klaxon, publicada no ano de 1922 em So Paulo, e Esttica, lanada em 1924 no Rio de Janeiro, foram duas revistas que contriburam para o debate modernista ao longo da dcada de 1920. III. Os Manifesto da poesia Pau-Brasil e Manifesto antropfago contm importantes diretrizes do grupo modernista formado ao redor da ao cultural de Oswald de Andrade e Mrio de Andrade.

Questão
2018Português

(MACKENZIE - 2018) A pergunta era imprudente, na ocasio em que eu cuidava de transferir o embarque. Equivalia a confessar que o motivo principal ou nico da minha repulsa ao seminrio era Capitu, e fazer crer improvvel a viagem. Compreendi isto depois que falei; quis emendar-me, mas nem soube como, nem ele me deu tempo. Tem andado alegre, como sempre; uma tontinha. Aquilo enquanto no pegar algum peralta da vizinhana, que case com ela... Estou que empalideci; pelo menos, senti correr um frio pelo corpo todo. A notcia de que ela vivia alegre, quando eu chorava todas as noites, produziu-me aquele efeito, acompanhado de um bater de corao, to violento, que ainda agora cuido ouvi-lo. H alguma exagerao nisto; mas o discurso humano assim mesmo, um composto de partes excessivas e partes diminutas, que se compensam, ajustando-se. Por outro lado, se entendermos que a audincia aqui no das orelhas seno da memria, chegaremos exata verdade. A minha memria ouve ainda agora as pancadas do corao naquele instante. No esqueas que era a emoo do primeiro amor. Estive quase a perguntar a Jos Dias que me explicasse a alegria de Capitu, o que que ela fazia, se vivia rindo, cantando ou pulando, mas retive-me a tempo, e depois outra ideia... Outra ideia, no, um sentimento cruel e desconhe - cido, o puro cime, leitor das minhas entranhas. Tal foi o que me mordeu, ao repetir comigo as palavras de Jos Dias: Algum peralta da vizinhana. Em verdade, nunca pensara em tal desastre. Vivia to nela, dela e para ela, que a interveno de um peralta era como uma noo sem realidade; nunca me acudiu que havia peraltas na vizinhana, vria idade e feitio, grandes passeadores das tardes. Agora lembrava-me que alguns olhavam para Capitu, e to senhor me sentia dela que era como se olhassem para mim, um simples dever de admirao e de inveja. Separados um do outro pelo espao e pelo destino, o mal aparecia-me agora, no s possvel mas certo. Uma ponta de Iago, Dom Casmurro, Machado de Assis No trecho de Dom Casmurro destacado abaixo, qual figura de linguagem podemos encontrar? A notcia de que ela vivia alegre, quando eu chorava todas as noites, produziu-me aquele efeito, acompanhado de um bater de corao, to violento, que ainda agora cuido ouvi-lo.

Questão
2018RedaçãoPortuguês

(MACKENZIE - 2018) Escrever um ato no natural. A palavra falada mais velha do que nossa espcie, e o instinto para a linguagem permite que as crianas engatem em conversas articuladas anos antes de entrar numa escola. Mas a palavra escrita uma inveno recente que no deixou marcas em nosso genoma e precisa ser adquirida mediante esforo ao longo da infncia e depois. A fala e a escrita diferem em seus mecanismos, claro, e essa uma das razes pelas quais as crianas precisam lutar com a escrita: reproduzir os sons da lngua com um lpis ou com o teclado requer prtica. Mas a fala e a escrita diferem tambm de outra maneira, o que faz da aquisio da escrita um desafio para toda uma vida, mesmo depois que seu funcionamento foi dominado. Falar e escrever envolvem tipos diferentes de relacionamentos humanos, e somente o que diz respeito fala nos chega naturalmente. A conversao falada instintiva porque a interao social instintiva: falamos s pessoas com quem temos dilogo. Quando comeamos um dilogo com nossos interlocutores, temos uma suposio do que j sabem e do que poderiam estar interessados em aprender, e durante a conversa monitoramos seus olhares, expresses faciais e atitudes. Se eles precisam de esclarecimentos, ou no conseguem aceitar uma afirmao, ou tm algo a acrescentar, podem interromper ou replicar. No gozamos dessa troca de feedbacks quando lanamos ao vento um texto. Os destinatrios so invisveis e imperscrutveis, e temos que chegar at eles sem conhec-los bem ou sem ver suas reaes. No momento em que escrevemos, o leitor existe somente em nossa imaginao. Escrever , antes de tudo, um ato de faz de conta. Temos de nos imaginar em algum tipo de conversa, ou correspondncia, ou discurso, ou solilquio, e colocar palavras na boca do pequeno avatar que nos representa nesse mundo simulado. Adaptado de Steven Pinker,Guia de Escrita Depreende-se corretamente do texto que:

Questão
2018RedaçãoPortuguês

(MACKENZIE 2018) Carta do escritor Graciliano Ramos ao pintor Cndido Portinari Rio 18 Fevereiro 1946 1Carssimo Portinari: A sua carta chegou muito atrasada, e receio que2esta resposta j no3o ache4fixando na tela a nossa pobre gente da roa. No h trabalho mais digno, penso eu.5Dizem que somos pessimistas e exibimos deformaes;6contudo as deformaes e misria existem fora da arte e so cultivadas pelos que nos censuram. O que s vezes pergunto7a mim mesmo, com angstia, Portinari, 8isto: se elas desaparecessem, poderamos continuar a trabalhar? Desejamos realmente que elas desapaream ou seremos tambm uns exploradores, to perversos como os outros, quando expomos desgraas? Dos quadros que voc mostrou9quando almocei no Cosme Velho pela ltima vez, o que mais me comoveu foi aquela me com a criana morta. Sa de sua casa com um pensamento horrvel: numa sociedade sem classes e sem misria seria possvel fazer-se aquilo? Numa vida tranquila e feliz que espcie de arte surgiria? Chego a pensar que faramos cromos, anjinhos cor-de-rosa, e isto me horroriza. Felizmente a dor existir sempre, a10nossa velha amiga, nada a suprimir. E11seramos ingratos se12desejssemos a supresso dela, no13lhe parece? Veja como os nossos ricaos em geral so burros. Julgo naturalmente que seria bom enforc-los, mas se isto nos trouxesse tranquilidade e felicidade, eu ficaria bem desgostoso, porque no nascemos para tal sensaboria. O meu desejo que, eliminados os ricos de qualquer modo e os sofrimentos causados por eles, venham novos sofrimentos,14pois sem isto no temos arte. E adeus,15 meu grande Portinari. Muitos abraos para voc e para Maria. Graciliano sensaboria: contratempo, monotonia Assinale a alternativa INCORRETA

Questão
2018Português

(MACKENZIE 2018) Escrever um ato no natural. A palavra falada mais velha do que nossa espcie, e o instinto para a linguagem permite que as crianas engatem em conversas articuladas anos antes de entrar numa escola. Mas a palavra escrita uma inveno recente que no deixou marcas em nosso genoma e precisa ser adquirida mediante esforo ao longo da infncia e depois. A fala e a escrita diferem em seus mecanismos, claro, e essa uma das razes pelas quais as crianas precisam lutar com a escrita: reproduzir os sons da lngua com um lpis ou com o teclado requer prtica. Mas a fala e a escrita diferem tambm de outra maneira, o que faz da aquisio da escrita um desafio para toda uma vida, mesmo depois que seu funcionamento foi dominado. Falar e escrever envolvem tipos diferentes de relacionamentos humanos, e somente o que diz respeito fala nos chega naturalmente. A conversao falada instintiva porque a interao social instintiva: falamos s pessoas com quem temos dilogo. Quando comeamos um dilogo com nossos interlocutores, temos uma suposio do que j sabem e do que poderiam estar interessados em aprender, e durante a conversa monitoramos seus olhares, expresses faciais e atitudes. Se eles precisam de esclarecimentos, ou no conseguem aceitar uma afirmao, ou tm algo a acrescentar, podem interromper ou replicar. No gozamos dessa troca de feedbacks quando lanamos ao vento um texto. Os destinatrios so invisveis e imperscrutveis, e temos que chegar at eles sem conhec-los bem ou sem ver suas reaes. No momento em que escrevemos, o leitor existe somente em nossa imaginao. Escrever , antes de tudo, um ato de faz de conta. Temos de nos imaginar em algum tipo de conversa, ou correspondncia, ou discurso, ou solilquio, e colocar palavras na boca do pequeno avatar que nos representa nesse mundo simulado. Adaptado de Steven Pinker, Guia de Escrita O texto, pela sua estrutura e linguagem, pode ser caracterizado corretamente como:

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