(UEA - 2019) Imagina o seguinte. Se um homem descesse de novo para o seu antigo posto, no teria os olhos cheios de trevas, ao regressar subitamente da luz do Sol? E se lhe fosse necessrio julgar daquelas sombras em competio com os que tinham estado sempre prisioneiros acaso no causaria o riso, e no diriam dele que por ter subido ao mundo superior, estragara a vista, e que no valia a pena tentar a ascenso? E a quem tentasse solt-los e conduzi-los at cima, se pudessem agarr-lo e mat-lo, no o matariam? (Plato. A repblica, 1993. Adaptado.) O texto, uma passagem da Alegoria da Caverna, pode estar se referindo, implicitamente, ao julgamento e execuo de Scrates na cidade de Atenas. A passagem descreve o retorno caverna do homem que, liberto, conheceu a verdadeira realidade. Esse homem representa, metaforicamente, o filsofo na plis como um indivduo
(UEA - 2019) [...] ser que pode existir algum mais feliz do que o sbio, que [...] nega o destino, apresentado por alguns como o senhor de tudo, j que as coisas acontecem ou por necessidade, ou por acaso, ou por vontade nossa; e que a necessidade incoercvel, o acaso, instvel, enquanto nossa vontade livre, razo pela qual nos acompanham a censura e o louvor? (Epicuro. Carta sobre a felicidade, 2002.) A passagem da carta do filsofo Epicuro (341 a.C. - 270 a.C.), endereada a Meneceu, sintetiza a sua