(Uerj 2013) Na crítica feita na charge, os países latino-americanos são representados como um conjunto homogêneo. Contudo, há grandes diferenças entre eles, acentuadas, nas últimas décadas, pelas diretrizes do poder público em cada Estado-nacional. Um país latino-americano cuja história recente vem sendo marcada pela ampla aplicação dos princípios econômicos do liberalismo e o governante, a partir do qual foi adotada essa orientação, estão indicados em:
(UERJ 2013) Em algumas plantas transgnicas, possvel bloquear a produo de um determinado fito-hormnio capaz de acelerar a maturao dos frutos. Com o objetivo de transportar frutos transgnicos por longas distncias, sem grandes danos, o fito-hormnio cuja produo deve ser bloqueada denominado:
(UERJ -2013) Recordaes do escrivo Isaas Caminha Eu no sou literato, detesto com toda a paixo essa espcie de animal. O que observei neles, no tempo em que estive na redao do O Globo, foi o bastante para no os amar, nem os imitar. 1So em geral de uma lastimvel limitao de ideias, cheios de frmulas, de receitas, 9s capazes de colher fatos detalhados e impotentes para generalizar, curvados aos fortes e s ideias vencedoras, e antigas, adstritos a um infantil fetichismo do estilo e guiados por conceitos obsoletos e um pueril e errneo critrio de beleza. Se me esforo por faz-lo literrio para que ele possa ser lido, pois quero falar das minhas dores e dos meus sofrimentos ao esprito geral e no seu interesse, com a linguagem acessvel a ele. esse o meu propsito, o meu nico propsito. No nego que para isso tenha procurado modelos e normas. Procurei-os, confesso; e, agora mesmo, ao alcance das mos, tenho os autores que mais amo. (...) 5Confesso que os leio, que os estudo, que procuro descobrir nos grandes romancistas o segredo de fazer. 6Mas no a ambio literria que me move ao procurar esse dom misterioso para animar e fazer viver estas plidas Recordaes. Com elas, queria modificar a opinio dos meus concidados, obrig-los a pensar de outro modo, a no se encherem de hostilidade e m vontade quando encontrarem na vida um rapaz como eu e com os desejos que tinha h dez anos passados. Tento mostrar que so legtimos e, se no merecedores de apoio, pelo menos dignos de indiferena. 7Entretanto, quantas dores, quantas angstias! 2Vivo aqui s, isto , sem relaes intelectuais de qualquer ordem. Cercam-me dois ou trs bacharis idiotas e um mdico mezinheiro, 10repletos de orgulho de suas cartas que sabe Deus como tiraram. (...) Entretanto, se eu amanh lhes fosse falar neste livro - que espanto! que sarcasmo! que crtica desanimadora no fariam. Depois que se foi o doutor Graciliano, excepcionalmente simples e esquecido de sua carta apergaminhada, nada digo das minhas leituras, no falo das minhas lucubraes intelectuais a ningum, e minha mulher, quando me demoro escrevendo pela noite afora, grita-me do quarto: 3 Vem dormir, Isaas! Deixa esse relatrio para amanh! De forma que no tenho por onde aferir se as minhas Recordaes preenchem o fim a que as destino; se a minha inabilidade literria est prejudicando completamente o seu pensamento. Que tortura! E no s isso: envergonho-me por esta ou aquela passagem em que me acho, em que 11me dispo em frente de desconhecidos, como uma mulher pblica... 12Sofro assim de tantos modos, por causa desta obra, que julgo que esse mal-estar, com que s vezes acordo, vem dela, unicamente dela. Quero abandon-la; mas no posso absolutamente. De manh, ao almoo, na coletoria, na botica, jantando, banhando-me, s penso nela. noite, quando todos em casa se vo recolhendo, insensivelmente aproximo-me da mesa e escrevo furiosamente. Estou no sexto captulo e ainda no me preocupei em faz-la pblica, anunciar e arranjar um bom recebimento dos detentores da opinio nacional. 13Que ela tenha a sorte que merecer, mas que possa tambm, amanh ou daqui a sculos, despertar um escritor mais hbil que a refaa e que diga o que no pude nem soube dizer. (...) 8Imagino como um escritor hbil no saberia dizer o que eu senti l dentro. Eu que sofri e pensei no o sei narrar. 4J por duas vezes, tentei escrever; mas, relendo a pgina, achei-a incolor, comum, e, sobretudo, pouco expressiva do que eu de fato tinha sentido. LIMA BARRETO Recordaes do escrivo Isaas Caminha. So Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2010. O emprego de sinais de pontuao contribui para a construo do sentido dos textos. O emprego de exclamaes, no segundo pargrafo, refora o seguinte elemento relativo ao narrador:
(Uerj 2013) É certo que a capa de um livro é a marca de um produto que quer atrair o leitor. A associação seria mais certeira se esse leitor a relacionasse ao contexto histórico dos anos 1920, em que se traçava o projeto modernista empenhado na construção de uma consciência do país, num processo de conhecimento da realidade brasileira. Os modernistas queriam mesmo “descobrir o Brasil”. RENATO CORDEIRO GOMESAdaptado de www.revistadehistoria.com.br. Por meio de manifestos, livros e exposições, os modernistas refletiram sobre a sociedade brasileira, avaliando suas principais características e propondo a revisão da identidade nacional.Essa revisão está baseada na proposta de:
(UERJ - 2013) Guerra das Malvinas ainda divide Argentina e Inglaterra aps 30 anos No dia 2 de abril de 2012, o incio da guerra pelo controle das Ilhas Malvinas completou 30 anos. O conflito, que durou dois meses e meio, marcou uma gerao de argentinos e britnicos. Para os britnicos, elas so Falkland Islands; para os argentinos, Ilhas Malvinas. No mapa, a distncia para o continente sul-americano pequena. Mas, na prtica, a viagem longa. um voo por semana, que parte do Chile. Assim, quem sai da Argentina tem que seguir primeiro para Santiago. Quase oito horas depois, chega-se ao destino. A catedral anglicana. O pastor prega em ingls, a lngua oficial, apesar de o espanhol constar do currculo escolar. Os jovens entre 16 e 17 anos podem ir para a Inglaterra cursar uma faculdade. Tudo por conta do governo britnico. So 3 mil habitantes, 62 nacionalidades, mas s 29 argentinos. Adaptado de http://g1.globo.com. Ocupadas pelos britnicos a partir da dcada de 1830, ainda hoje, como mostra a reportagem, as ilhas mencionadas so alvo de disputas entre Reino Unido e Argentina. A polmica sobre o controle dessas ilhas acentuada, na atualidade, pela seguinte caracterstica da sociedade local:
(UERJ - 2013) O nvel de concentrao de renda em uma sociedade capitalista relaciona-se com as doutrinas econmicas que fundamentam as aes do Estado. Observe, no grfico abaixo, a variao da participao da populao que constitui o 1% mais rico na renda total nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, as doutrinas que predominaram na orientao das polticas pblicas nos perodos de 1930 a 1980 e de 1980 a 2009 foram, respectivamente:
(UERJ - 2013) Igual-Desigual Eu desconfiava: todas as histrias em quadrinho so iguais. Todos os filmes norte-americanos so iguais. Todos os filmes de todos os pases so iguais. Todos os best-sellers so iguais Todos os campeonatos nacionais e internacionais de futebol so iguais. Todos os partidos polticos so iguais. Todas as mulheres que andam na moda so iguais. Todas as experincias de sexo so iguais. Todos os sonetos, gazis, virelais, sextinas e ronds so iguais 1e todos, todos 2os poemas em verso livre so enfadonhamente iguais. Todas as guerras do mundo so iguais. Todas as fomes so iguais. 3Todos os amores, iguais iguais iguais. Iguais todos os rompimentos. A morte igualssima. Todas as criaes da natureza so iguais. Todas as aes, cruis, piedosas ou indiferentes, so iguais. Contudo, o homem no igual a nenhum outro homem, bicho ou coisa. Ningum igual a ningum. 4Todo ser humano um estranho 5mpar. CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE Nova reunio: 19 livros de poesia. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1985. best-sellers livros mais vendidos gazis, virelais, sextinas, ronds tipos de poema Todo ser humano um estranho mpar. (ref. 4 e 5) No contexto, a associao dos adjetivos estranho e mpar sugere que cada ser humano no se conhece completamente.Isto acontece porque cada indivduo pode ser caracterizado como:
A crítica feita nos quadrinhos se relaciona com uma contradição do capitalismo globalizado, o qual se caracteriza simultaneamente por: