Kuadro - O MELHOR CURSO PRÉ-VESTIBULAR
Kuadro - O MELHOR CURSO PRÉ-VESTIBULAR
MEDICINAITA - IMEENEMENTRAR
Logo do Facebook   Logo do Instagram   Logo do Youtube

Conquiste sua aprovação na metade do tempo!

No Kuadro, você aprende a estudar com eficiência e conquista sua aprovação muito mais rápido. Aqui você aprende pelo menos 2x mais rápido e conquista sua aprovação na metade do tempo que você demoraria estudando de forma convencional.

Questões de Sociologia - UFPR 2015 | Gabarito e resoluções

1-10 de 10
Questão
2015Sociologia

(UFPR - 2015- 2 FASE) Boaventura de Souza Santos, socilogo contemporneo, afirma, sobre as novas formas de participao social, que, apesar de mutuamente constitudos, capitalismo e colonialismo no se confundem. O capitalismo pode desenvolver-se sem o colonialismo, enquanto relao poltica, como se verificou historicamente, mas no o pode fazer sem o colonialismo enquanto relao social, que podemos designar por colonialidade do poder e do saber. O conjunto de trocas extremamente desiguais assenta-se na privao da humanidade da parte mais fraca, como condio para a sobre-explorar ou para a excluir como descartvel. O capitalismo, enquanto formao social, no tem de sobre-explorar todos os trabalhadores e por definio no pode excluir e descartar todas as populaes, mas, por outro lado, no pode existir sem populaes sobre-exploradas e sem populaes descartveis. Tambm afirma: Entendo por ps-colonialismo um conjunto de correntes tericas e analticas, com forte implantao nos estudos culturais, mas hoje presentes em todas as cincias sociais, que tm em comum darem primazia terica e poltica s relaes desiguais entre o Norte e o Sul na explicao ou na compreenso do mundo contemporneo. Tais relaes foram constitudas historicamente pelo colonialismo, e o fim do colonialismo enquanto relao poltica no acarretou o fim do colonialismo enquanto relao social, enquanto mentalidade e forma de sociabilidade autoritria e discriminatria. Para esta corrente, problemtico saber at que ponto vivemos em sociedades ps-coloniais. Com base na definio de ps-colonialismo apresentada por Boaventura de Souza Santos, discorra sobre as relaes atuais entre capitalismo e colonialismo

Questão
2015Sociologia

(UFPR - 2015- 2 FASE) Observe o contedo do depoimento de uma menina trabalhadora na poca da industrializao inglesa: Sou encarregada de abrir e fechar as portas de ventilao na mina de Gauber, tenho de fazer isso sem luz e estou assustada. Entro s quatro, e s vezes s trs e meia da manh, e saio s cinco e meia. Nunca durmo. s vezes canto quando tenho luz, mas no no escuro: no ouso cantar. Essa a descrio feita por uma menina de oito anos, Sarah Gooder, de um dia nas minas, em meados do sculo XIX. As revelaes de Sarah e de outras crianas levaram finalmente a uma legislao proibindo o emprego de crianas nas minas quer dizer, crianas abaixo de dez anos de idade! (Retirado do texto de POSTMAN, Neil. O desaparecimento da Infncia. Rio de Janeiro: Graphia, 1999, p. 67.) Discorra sobre dois elementos a partir dos quais pode-se dizer que a sociologia, por um lado, o resultado de uma tentativa de compreenso de situaes sociais radicalmente novas, criadas pela ento nascente sociedade capitalista (MARTINS, 1994, p. 8), e de outro lado, que suas explicaes sempre contiveram intenes prticas, um forte desejo de interferir no rumo desta civilizao (ibidem).

Questão
2015Sociologia

(UFPR - 2015- 2 FASE) Aponte trs caractersticas do nascimento da sociologia, que ocorre no contexto dos derradeiros momentos da desagregao da sociedade feudal e da consolidao da civilizao capitalista, e explique porque a sociologia considerada uma cincia das sociedades que emergiram na esteira das revolues industrial e intelectual.

Questão
2015Sociologia

(UFPR - 2015- 2 FASE) Segundo Raymond Aron, o fato novo que chama a ateno de todos os observadores da sociedade no princpio do sculo XIX a indstria. Todos consideram que algo de original est acontecendo em relao ao passado. Principais traos desse momento: a indstria se baseia na organizao cientfica do trabalho. Em vez de se organizar segundo o costume, a produo ordenada com vistas ao rendimento mximo. Graas aplicao da cincia organizao do trabalho, a humanidade desenvolve seus recursos. A produo industrial leva concentrao dos trabalhadores nas fbricas e nas periferias das cidades; surge um novo fenmeno social: as massas operrias. Essas concentraes de trabalhadores nos locais de trabalho determinam uma oposio, latente ou aberta, entre empregados e empregadores, entre proletrios de um lado e empresrios ou capitalistas do outro. Enquanto a riqueza, graas ao carter cientfico do trabalho, no para de aumentar, multiplicam-se crises de superproduo, que tm por consequncia criar a pobreza no meio da abundncia. Enquanto milhes de indivduos sofrem as carncias da pobreza, mercadorias deixam de ser vendidas, para escndalo do esprito. O sistema econmico, associado organizao industrial e cientfica do trabalho, se caracteriza pela liberdade de trocas e pela busca do lucro por parte dos empresrios e comerciantes. Alguns tericos concluem da que a condio essencial do desenvolvimento da riqueza , precisamente, a busca do lucro e a concorrncia, e que quanto menos o Estado intervier na economia, mais rapidamente aumentar a produo e a riqueza. (ARON, Raymond. As Etapas do Pensamento Sociolgico. So Paulo: Martins Fontes, 1999.) Caracterize o novo fenmeno social descrito por Aron em relao industrializao e a organizao cientfica do trabalho no sculo XIX.

Questão
2015Sociologia

(UFPR - 2015- 2 FASE) Cada sistema cultural est sempre em mudana. Entender essa dinmica importante para atenuar o choque entre as geraes e evitar comportamentos preconceituosos. Da mesma forma que fundamental para a humanidade a compreenso das diferenas entre povos de culturas diferentes, necessrio saber entender as diferenas que ocorrem dentro do mesmo sistema. Esse o nico procedimento que prepara o homem para enfrentar serenamente este constante e admirvel mundo novo do porvir. (LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropolgico. Rio de Janeiro: Zahar, 2008, p. 52.) Explique com exemplos do prprio livro indicado na bibliografia, a formulao do autor sobre os tipos de mudanas culturais internas e externas em um sistema cultural.

Questão
2015Sociologia

(UFPR - 2015- 2 FASE) Emile Durkheim, um dos clssicos da sociologia, afirma: preciso, ento, que o socilogo, no momento em que determina o objeto de suas pesquisas ou no decorrer de suas demonstraes, proba resolutamente a si prprio o emprego de conceitos formados exteriormente cincia e para fins que nada tm de cientfico. preciso que se liberte destas falsas evidncias que dominam o esprito vulgo, que sacuda de uma vez por todas o jugo de categorias empricas que hbitos muito arraigados acabam por tornar tirnicas, muitas vezes. Ou pelo menos, se por acaso a necessidade o obrigar a recorrer a elas, que o faa tendo conscincia de seu pouco valor, a fim de no lhes outorgar, na doutrina, o desempenho de um papel de que no so dignas. (DURKHEIM, 1978, p. 28) DURKHEIM, Emile. As regras do mtodo sociolgico, 1978; RODRIGUES, Jos Albertino; FERNANDES, Florestan. Durkheim. So Paulo: tica, 1988. Considerando as afirmaes do texto acima, comente pelo menos 3 posies que o socilogo deve considerar ao determinar o objeto de suas pesquisas.

Questão
2015Sociologia

(UFPR- 2015- 2 FASE) Para o socilogo Erving Goffman (1975, p.14), podem-se mencionar trs tipos de estigma nitidamente diferentes. Em primeiro lugar, h as abominaes do corpo as vrias deformidades fsicas. Em segundo, as culpas de carter individual, percebidas como vontade fraca, paixes tirnicas ou no naturais, crenas falsas e rgidas, desonestidade, sendo essas inferidas a partir de relatos conhecidos de, por exemplo, distrbio mental, priso, vcio, alcoolismo, homossexualismo, desemprego, tentativas de suicdio e comportamento poltico radical. Finalmente, h os estigmas tribais de raa, nao e religio, que podem ser transmitidos atravs de linhagem e contaminar por igual todos os membros de uma famlia. Em todos esses exemplos de estigma, entretanto, inclusive aqueles que os gregos tinham em mente, encontram-se as mesmas caractersticas sociolgicas: um indivduo que poderia ter sido facilmente recebido na relao social quotidiana possui um trao que pode-se impor ateno e afastar aqueles que ele encontra, destruindo a possibilidade de ateno para outros atributos seus. [...] Assim deixamos de consider-la criatura comum e total, reduzindo-a a uma pessoa estragada e diminuda. Tal caracterstica estigma, especialmente quando o seu efeito de descrdito muito grande [...]. Construmos uma teoria do estigma; uma ideologia para explicar a sua inferioridade e dar conta do perigo que ela representa, racionalizando algumas vezes uma animosidade baseada em outras diferenas, tais como as de classe social. Utilizamos termos especficos de estigma, como aleijado, bastardo, retardado, em nosso discurso dirio como fonte de metfora e representao, de maneira caracterstica, sem pensar no seu significado original. Tendemos a inferir uma srie de imperfeies a partir da imperfeio original e, ao mesmo tempo, a imputar ao interessado alguns atributos desejveis mas no desejados, frequentemente de aspecto sobrenatural, tais como sexto sentido ou percepo: Alguns podem hesitar em tocar ou guiar o cego, enquanto que outros generalizam a deficincia de viso sob a forma de uma gestalt de incapacidade, de tal modo que o indivduo grita com o cego como se ele fosse surdo ou tenta ergu-lo como se ele fosse aleijado. Aqueles que esto diante de um cego podem ter uma gama enorme de crenas ligadas ao esteretipo. Por exemplo, podem pensar que esto sujeitos a um tipo nico de avaliao, supondo que o indivduo cego recorre a canais especficos de informao no disponveis para os outros. Alm disso, podemos perceber a sua resposta defensiva a tal situao como uma expresso direta de seu defeito e, ento, considerar os dois, defeito e resposta, apenas como retribuio de algo que ele, seus pais ou sua tribo fizeram, e, consequentemente, uma justificativa da maneira como o tratamos apenas como retribuio de algo que ele, seus pais ou sua tribo fizeram, e, consequentemente, uma justificativa da maneira como o tratamos. (GOFFMAN, 1975, p. 16). GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulao da identidade deteriorada. 4 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1988. p. 12-16. Com base na classificao de Erving Goffman, mencione e analise duas situaes cotidianas presentes nas relaes sociais que caracterizam processos de estigmatizao.

Questão
2015Sociologia

(UFPR - 2015- 2 FASE) Para o socilogo Erving Goffman (1975, p.14), podem-se mencionar trs tipos de estigma nitidamente diferentes. Em primeiro lugar, h as abominaes do corpo as vrias deformidades fsicas. Em segundo, as culpas de carter individual, percebidas como vontade fraca, paixes tirnicas ou no naturais, crenas falsas e rgidas, desonestidade, sendo essas inferidas a partir de relatos conhecidos de, por exemplo, distrbio mental, priso, vcio, alcoolismo, homossexualismo, desemprego, tentativas de suicdio e comportamento poltico radical. Finalmente, h os estigmas tribais de raa, nao e religio, que podem ser transmitidos atravs de linhagem e contaminar por igual todos os membros de uma famlia. Em todos esses exemplos de estigma, entretanto, inclusive aqueles que os gregos tinham em mente, encontram-se as mesmas caractersticas sociolgicas: um indivduo que poderia ter sido facilmente recebido na relao social quotidiana possui um trao que pode-se impor ateno e afastar aqueles que ele encontra, destruindo a possibilidade de ateno para outros atributos seus. [...] Assim deixamos de consider-la criatura comum e total, reduzindo-a a uma pessoa estragada e diminuda. Tal caracterstica estigma, especialmente quando o seu efeito de descrdito muito grande [...]. Construmos uma teoria do estigma; uma ideologia para explicar a sua inferioridade e dar conta do perigo que ela representa, racionalizando algumas vezes uma animosidade baseada em outras diferenas, tais como as de classe social. Utilizamos termos especficos de estigma, como aleijado, bastardo, retardado, em nosso discurso dirio como fonte de metfora e representao, de maneira caracterstica, sem pensar no seu significado original. Tendemos a inferir uma srie de imperfeies a partir da imperfeio original e, ao mesmo tempo, a imputar ao interessado alguns atributos desejveis mas no desejados, frequentemente de aspecto sobrenatural, tais como sexto sentido ou percepo: Alguns podem hesitar em tocar ou guiar o cego, enquanto que outros generalizam a deficincia de viso sob a forma de uma gestalt de incapacidade, de tal modo que o indivduo grita com o cego como se ele fosse surdo ou tenta ergu-lo como se ele fosse aleijado. Aqueles que esto diante de um cego podem ter uma gama enorme de crenas ligadas ao esteretipo. Por exemplo, podem pensar que esto sujeitos a um tipo nico de avaliao, supondo que o indivduo cego recorre a canais especficos de informao no disponveis para os outros. Alm disso, podemos perceber a sua resposta defensiva a tal situao como uma expresso direta de seu defeito e, ento, considerar os dois, defeito e resposta, apenas como retribuio de algo que ele, seus pais ou sua tribo fizeram, e, consequentemente, uma justificativa da maneira como o tratamos apenas como retribuio de algo que ele, seus pais ou sua tribo fizeram, e, consequentemente, uma justificativa da maneira como o tratamos. (GOFFMAN, 1975, p. 16). GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulao da identidade deteriorada. 4 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1988. p. 12-16. Com base nas afirmaes de Goffman, como a sociedade constri o processo de estigmatizao e a que tal processo pode levar?

Questão
2015Sociologia

(UFPR - 2015- 2 FASE) Segundo Yogyakarta, referncia internacional de direitos humanos: A orientao sexual e a identidade de gnero so essenciais para a dignidade e humanidade de cada pessoa e no devem ser motivo de discriminao ou abuso. 1) Compreendemos orientao sexual como uma referncia capacidade de cada pessoa de ter uma profunda atrao emocional, afetiva ou sexual por indivduos de gnero diferente, do mesmo gnero ou de mais de um gnero, assim como ter relaes ntimas e sexuais com essas pessoas. 2) Compreendemos identidade de gnero a profundamente sentida experincia interna e individual do gnero de cada pessoa, que pode ou no corresponder ao sexo atribudo no nascimento, incluindo o senso pessoal do corpo (que pode envolver, por livre escolha, modificao da aparncia ou funo corporal por meios mdicos, cirrgicos ou outros) e outras expresses de gnero, inclusive vestimenta, modo de falar e maneirismos. Com base nessa declarao, discorra sobre os pressupostos de Yogyakarta para garantir o combate violncia, o assdio e a discriminao contra pessoas por causa de sua orientao sexual ou identidade de gnero.

Questão
2015Sociologia

(UFPR - 2015- 2 FASE) Considere os seguintes dados da anlise dos resultados do Censo Demogrfico de 2010: Em linhas gerais, observa-se aumento da participao das mulheres no mercado de trabalho brasileiro entre 2000 e 2010, ainda que se mantenham diferenas significativas em relao aos homens, mas tambm entre alguns segmentos especficos das mulheres, como, por exemplo, entre as brancas e as de cor ou raa preta ou parda. O incremento da taxa de atividade das mulheres reflete o processo de ampliao de sua participao no mercado de trabalho, ainda que o percentual atingido (54,6%) em 2010 seja baixo quando comparado com o obtido pelos homens (75,7%). Por outro lado, a reduo de 4 pontos percentuais na taxa de atividade destes ltimos est ligada ao crescimento inferior da populao economicamente ativa em comparao com a populao em idade ativa, tendo como resultado um aumento da inatividade. A queda da taxa de atividade dos homens jovens (16 a 29 anos de idade) um importante fator explicativo para esta dinmica, j que este segmento foi responsvel pelo maior recuo 6,4 pontos percentuais observado entre 2000 e 2010. Esta tendncia tambm foi observada para o grupo de 30 a 49 anos de idade, embora em menor escala, mas no para os grupos de 50 a 59 anos e de 60 anos ou mais de idade, em que o incremento da respectiva taxa revela um ritmo maior de crescimento da participao destes grupos no mercado de trabalho masculino. (BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. Sistema Nacional de Informaes de Gnero: Estatsticas de Gnero. Uma anlise dos resultados do Censo Demogrfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, Estudos e Pesquisas, n. 33, 2014.) Com base nos dados acima, elabore uma sntese da dinmica de participao de homens e mulheres no mercado de trabalho no perodo entre 2000 e 2010.

1-10 de 10