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Questões de Português - UFRGS 2018 | Gabarito e resoluções

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Questão
2018Português

(UFRGS 2018) Leia o trecho final de O cortio. A negra, imvel, cercada de escamas e tripas de peixe, com uma das mos espalmada no cho e com a outra segurando a faca de cozinha, olhou aterrada para eles, sem pestanejar. Os policiais, vendo que ela se no despachava, desembainharam os sabres. Bertoleza ento, erguendo-se com mpeto de anta bravia, recuou de um salto e, antes que algum conseguisse alcanla, j de um s golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado. E depois embarcou para a frente, rugindo e esfocinhando moribunda numa lameira de sangue. Joo Romo fugira at ao canto mais escuro do armazm, tapando o rosto com as mos. Nesse momento parava porta da rua uma carruagem. Era uma comisso de abolicionistas que vinha, de casaca, trazer-lhe respeitosamente o diploma de scio benemrito. Ele mandou que os conduzissem para a sala de visitas. Considere as seguintes afirmaes sobre o trecho. I - O narrador em terceira pessoa aproxima-se de Bertoleza, assumindo seu ponto de vista para desmascarar o falso abolicionismo de Joo Romo; ao mesmo tempo, mantm-se distante dela ao descrev-Ia com traos animalescos. II - A morte terrvel de Bertoleza destoa do andamento geral do romance, marcado pelo lirismo d narrao, caracterstica naturalista presente no texto de Alusio Azevedo. III - A ltima frase do trecho sugere que Joo Romo receber a comisso a despeito do fim deBertoleza, em uma alegoria do Brasil: abolicionista na sala de visitas, escravocrata na cozinha. Quais esto corretas?

Questão
2018Português

(Ufrgs 2018) No bloco superior abaixo, estão listados os movimentos literários brasileiros; no inferior, características desses movimentos. Associe adequadamente o bloco inferior ao superior. 1. Arcadismo 2. Parnasianismo 3. Simbolismo ( ) Representa um afastamento dos problemas sociais brasileiros, seguindo uma estética rígida. ( ) Surge na periferia intelectual brasileira: Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. ( ) Recupera o padrão estético clássico, fazendo ressurgir a epopeia. ( ) Busca transfigurar a condição humana, dando-lhe horizontes transcendentais. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

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2018Português

(UFRGS - 2018) Leia o trecho da crnica O vesturio feminino, de Jlia Lopes de Almeida (1862-1934). uma esquisitice muito comum entre senhoras intelectuais, envergarem palet, colete e colarinho de homem, ao apresentarem-se em pblico, procurando confundir-se, no aspecto fsico, com os homens, como se lhes no bastassem as aproximaes igualitrias do esprito. Esse desdm da mulher pela mulher faz pensar que: ou as doutoras julgam, como os homens, que a mentalidade da mulher inferior, e que, sendo elas exceo da grande regra, pertencem mais ao sexo forte, do que do nosso, fraglimo; ou que isso revela apenas pretenso de despretenso. Seja o que for, nem a moral nem a esttica ganham nada com isso. Ao contrrio; se uma mulher triunfa da m vontade dos homens e das leis, dos preconceitos do meio e da raa, todas as vezes que for chamada ao seu posto de trabalho, com tanta dor, tanta esperana, e tanto susto adquirido, deve ufanar-se em apresentar-se como mulher. Seria isso um desafio? No; naturalssimo pareceria a toda a gente que uma mulher se apresentasse em pblico como todas as outras. [...] Os colarinhos engomados, as camisas de peito chato, do s mulheres uma linha pouco sinuosa, e contrafeita, porque disfarada. [...] Nas cidades, sobre o asfalto das ruas ou o saibro das alamedas, no sabe a gente verdadeiramente para que razo apelar, quando v, cingidas a corpos femininos, essas toilettes hbridas, compostas de saias de mulher, coletes e palets de homem... Nem tampouco fcil de perceber o motivo por que, em vez da fita macia, preferem essas senhoras especar o pescoo num colarinho lustrado a ferro, e duro como um papelo! Considere as seguintes afirmaes sobre o trecho. I. A crnica, publicada em 1906, registra as exigncias que uma sociedade patriarcal impe a mulheres que circulam no mbito pblico. II. A crnica apresenta um chamado para que mulheres de atuao pblica espao majoritariamente masculino mantenham caractersticas convencionadas como femininas, em especial no vesturio. III. A autora, ao falar do vesturio feminino, est tratando tambm de meio, raa e gnero, temas estruturantes do debate literrio no final do sculo XIX, incio do XX. Quais esto corretas?

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2018Português

(Ufrgs 2018) Leia o trecho final de O cortiço. A negra, imóvel, cercada de escamas e tripas de peixe, com uma das mãos espalmada no chão e com a outra segurando a faca de cozinha, olhou aterrada para eles, sem pestanejar. Os policiais, vendo que ela se não despachava, desembainharam os sabres. Bertoleza então, erguendo-se com ímpeto de anta bravia, recuou de um salto e, antes que alguém conseguisse alcança-la, já de um só golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado. E depois embarcou para a frente, rugindo e esfocinhando moribunda numa lameira de sangue. João Romão fugira até ao canto mais escuro do armazém, tapando o rosto com as mãos. Nesse momento parava à porta da rua uma carruagem. Era uma comissão de abolicionistas que vinha, de casaca, trazer-lhe respeitosamente o diploma de sócio benemérito. Ele mandou que os conduzissem para a sala de visitas. Considere as seguintes afirmações sobre o trecho. I. O narrador em terceira pessoa aproxima-se de Bertoleza, assumindo seu ponto de vista para desmascarar o falso abolicionismo de João Romão; ao mesmo tempo, mantém-se distante dela ao descrevê-la com traços animalescos. II. A morte terrível de Bertoleza destoa do andamento geral do romance, marcado pelo lirismo da narração, característica naturalista presente no texto de Aluísio Azevedo. III. A última frase do trecho sugere que João Romão receberá a comissão a despeito do fim de Bertoleza, em uma alegoria do Brasil: abolicionista na sala de visitas, escravocrata na cozinha. Quais estão corretas?

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2018Português

(Ufrgs 2018) No bloco superior abaixo, estão listados os títulos dos romances de Carolina Maria de Jesus e de Clarice Lispector; no inferior, trechos desses romances. Associe adequadamente o bloco inferior ao superior. 1.Quarto de despejo 2. A hora da estrela ( ) Ela me incomoda tanto que fiquei oco. Estou oco desta moça. E ela tanto mais me incomoda quanto menos reclama. [...] Como me vingar? Ou melhor, como me compensar? Já sei: amando meu cão que tem mais comida do que a moça. Por que ela não reage? Cadê um pouco de fibra? Não, ela é doce e obediente. ( ) Achei um saco de fubá no lixo e trouxe para dar ao porco. Eu já estou tão habituada com as latas de lixo, que não sei passar por elas sem ver o que há dentro. [...] Ontem eu li aquela fábula da rã e a vaca. Tenho a impressão que sou rã. Queria crescer até ficar do tamanho da vaca. ( ) A vida é igual um livro. Só depois de ter lido é que sabemos o que encerra. E nós quando estamos no fim da vida é que sabemos como a nossa vida decorreu. A minha, até aqui, tem sido preta. Preta é a minha pele. Preto é o lugar onde eu moro. ( ) Una Furtiva Lacrima fora a única coisa belíssima na sua vida. [...] Era a primeira vez que chorava, não sabia que tinha tanta água nos olhos. [...] Não chorava por causa da vida que levava: porque, não tendo conhecido outros modos de viver, aceitara que com ela era assim. Mas também creio que chorava porque, através da música, adivinhava talvez que havia outros modos de sentir. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

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2018Português

(Ufrgs 2018) Considere as seguintes afirmações sobre as escritoras Carolina Maria de Jesus e Clarice Lispector e sobre suas obras. I. Carolina Maria de Jesus (1914-1977) e Clarice Lispector (1920-1977) pertencem à mesma geração cronológica, mas não tiveram a mesma trajetória no campo literário, dada a diferença de classe e raça. II. Quarto de despejo, publicado em 1960, é o testemunho, em primeira pessoa, de Carolina Maria de Jesus sobre sua vida de miséria em uma favela paulista. Editado por Audalio Dantas, está presente no livro a tensão entre a linguagem dominada por Carolina e aquela que, para ela, seria a linguagem literária. III. Clarice Lispector, em A hora da estrela (1977), cria uma personagem, Macabéa, que narra, em primeira pessoa, as dificuldades de sua vida de empregada doméstica e moradora de uma favela carioca. Quais estão corretas?

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2018Português

(UFRGS - 2018) TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: A(s) questo(es) a seguir est(o) relacionada(s) ao texto abaixo. Nada mais importante para chamar a ateno sobre 1uma verdade do que exager-la. 2Mas tambm, nada mais perigoso, _________ um dia vem 3a 4reao indispensvel e 5a relega injustamente para a categoria do erro, at que se efetue a operao difcil de 6chegar a um ponto de vista objetivo, sem desfigur-7la de um lado nem de outro. 8 o que tem ocorrido com o estudo da relao entre a obra e o seu condicionamento social, que a certa altura chegou a ser vista como 9chave para compreend-la, depois foi 10rebaixada como falha de viso, e talvez s agora comece a ser proposta nos devidos termos. 11De fato, antes se procurava mostrar que o valor e o significado de uma obra dependiam de ela 12exprimir ou no certo aspecto da realidade, e que este aspecto constitua o que ela tinha de essencial. Depois, chegou-se posio oposta, procurando-se mostrar que a matria de uma obra secundria, e que a sua importncia deriva das operaes formais postas em jogo, conferindo-lhe uma peculiaridade que a torna de fato independente de 13quaisquer condicionamentos, sobretudo social, considerado inoperante como elemento de compreenso. 14Hoje sabemos que a integridade da obra no permite adotar 15nenhuma dessas vises _________; e que s a podemos entender fundindo texto e contexto numa interpretao 16dialeticamente ntegra, em que tanto o velho ponto de vista que 17explicava pelos fatores 18externos, quanto o outro, norteado pela 19convico de que a estrutura virtualmente independente, se combinam como momentos 20necessrios do processo interpretativo. Sabemos, ainda, que o 21externo (no caso, o social) importa, no como causa, nem como significado, mas como elemento que desempenha certo papel na constituio da estrutura, tornando-22se, 23portanto, interno. Neste caso, samos dos aspectos perifricos da sociologia, ou da histria sociologicamente orientada, para chegar a uma interpretao esttica que assimilou a dimenso social como fator de arte. Quando isto se d, ocorre o 24paradoxo assinalado inicialmente: o externo se torna interno e a crtica deixa de ser sociolgica, para ser apenas crtica. Segundo esta ordem de ideias, o ngulo sociolgico adquire uma validade maior do que tinha. Em __________, no pode mais ser imposto como critrio nico, ou mesmo preferencial, 25pois a importncia de cada fator depende do caso a ser analisado. Uma crtica que se queira integral deve 26deixar de ser unilateralmente sociolgica, psicolgica ou 27lingustica, para utilizar livremente os elementos capazes de conduzirem a uma interpretao coerente. Adaptado de: CANDIDO, Antnio. Literatura e sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006. Assinale a alternativa que apresenta apenas palavras que contm dgrafos consonantais.

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2018Português

(UFRGS - 2018) Temos sorte de viver no Brasil dizia meu pai, depois da guerra. Na Europa mataram1 milhes de judeus2. Contava as experincias que os mdicos 3nazistas faziam com os prisioneiros. Decepavam-lhes as cabeas, faziam-nas encolher maneira, li depois, dos ndios Jivaros. Amputavam4 pernas e braos. Realizavam estranhos transplantes: uniam a metade superior de um homem ........ metade inferior de uma mulher, ou aos quartos traseiros de um bode. Felizmente morriam5 essas atrozes quimeras6; expiravam como seres humanos, no eram obrigadas a viver como aberraes. (........ essa altura eu tinha os olhos cheios de lgrimas. Meu pai pensava que a descrio das maldades nazistas me deixava comovido.) Em 1948 foi proclamado7 o Estado de Israel8. Meu pai abriu uma garrafa de vinho o melhor vinho do armazm , brindamos ao acontecimento. E no saamos de perto do rdio, acompanhando ........ notcias da guerra no Oriente Mdio. Meu pai estava entusiasmado com o novo Estado: em Israel, explicava, vivem judeus de todo o mundo, judeus brancos da Europa, judeus pretos da frica, judeus da ndia, isto sem falar nos bedunos com seus camelos: tipos muito esquisitos, Guedali. Tipos esquisitos aquilo me dava ideias. Por que no ir para Israel? Num pas de gente to estranha e, ainda por cima, em guerra eu certamente no chamaria a ateno. Ainda menos como combatente, entre a poeira e a fumaa dos incndios. Eu me via correndo pelas ruelas de uma aldeia, empunhando um revlver trinta e oito, atirando sem cessar; eu me via caindo, varado de balas. Aquela, sim, era a morte que eu almejava, morte heroica, esplndida justificativa para uma vida miservel, de monstro encurralado. E, caso no morresse, poderia viver depois num kibutz. Eu, que conhecia to bem a vida numa fazenda, teria muito a fazer ali. Trabalhador dedicado, os membros do kibutz terminariam por me aceitar; numa nova sociedade h lugar para todos, mesmo os de patas de cavalo. Adaptado de: SCLIAR, M. O centauro no jardim. 9. ed. Porto Alegre: LPM, 2001. Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmaes a seguir, sobre os sujeitos de algumas formas verbais do texto. ( ) O sujeito da forma verbal mataram (ref. 1) milhes de judeus (ref. 2). ( ) O sujeito da forma verbal Amputavam (ref. 4) os mdicos nazistas (ref. 3). ( ) O sujeito da forma verbal morriam (ref. 5) essas atrozes quimeras (ref. 6). ( ) O sujeito da locuo verbal foi proclamado (ref. 7) o Estado de Israel (ref. 8). A sequncia correta de preenchimento dos parnteses, de cima para baixo,

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2018Português

(UFRGS - 2018) [1] No faz muito que temos esta nova TV com controle remoto, mas devo dizer que se trata agora de um instrumento sem o qual eu no saberia viver. Passo os dias sentado na [5] velha poltrona, mudando de um canal para o outro uma tarefa que antes exigia certa movimentao, mas que agora ficou muito fcil. Estou num canal, no gosto zap, mudo para outro. Eu gostaria de ganhar em dlar [10] num ms o nmero de vezes que voc troca de canal em uma hora, diz minha me. Tratase de uma pretenso fantasiosa, mas pelo menos indica disposio para o humor, admirvel nessa mulher. [15] Sofre minha me. Sempre sofreu: infncia carente, pai cruel, etc. Mas o seu sofrimento aumentou muito quando meu pai a deixou. J faz tempo; foi logo depois que eu nasci, e estou agora com treze anos. Uma idade em [20] que se v muita televiso, e em que se muda de canal constantemente, ainda que minha me ache isso um absurdo. Da tela, uma moa sorridente pergunta se o caro telespectador j conhece certo novo sabo [25] em p. No conheo nem quero conhecer, de modo que zap mudo de canal. ―No me abandone, Mariana, no me abandone!‖. Abandono, sim. No tenho o menor remorso, e agora um desenho, que eu j vi duzentas [30] vezes, e zap um homem falando. Um homem, abraado ........ guitarra eltrica, fala ........ uma entrevistadora. um roqueiro. meio velho, tem cabelos grisalhos, rugas, falta-lhe um dente. o meu pai. [35] sobre mim que ele fala. Voc tem um filho, no tem?, pergunta a apresentadora, e ele, meio constrangido situao pouco admissvel para um roqueiro de verdade , diz que sim, que tem um filho s que no v h [40] muito tempo. Hesita um pouco e acrescenta: voc sabe, eu tinha que fazer uma opo, era a famlia ou o rock. A entrevistadora, porm, insiste ( chata, ela): mas o seu filho gosta de rock? Que voc saiba, seu filho gosta de rock? [45] Ele se mexe na cadeira; o microfone, preso ........ desbotada camisa, roa-lhe o peito, produzindo um desagradvel e bem audvel rascar. Sua angstia compreensvel; a est, num programa local e de baixssima [50] audincia e ainda tem de passar pelo vexame de uma pergunta que o embaraa e qual no sabe responder. E ento ele me olha. Vocs diro que no, que para a cmera que ele olha; aparentemente isso; [55] mas na realidade a mim que ele olha, sabe que, em algum lugar, diante de uma tev, estou a fitar seu rosto atormentado, as lgrimas me correndo pelo rosto; e no meu olhar ele procura a resposta ........ pergunta [60] da apresentadora: voc gosta de rock? Voc gosta de mim? Voc me perdoa? mas a comete um engano mortal: insensivelmente, automaticamente, seus dedos comeam a dedilhar as cordas da guitarra, o vcio do [65] velho roqueiro. Seu rosto se ilumina e ele vai dizer que sim, que seu filho ama o rock tanto quanto ele, mas nesse momento zap aciono o controle remoto e ele some. Em seu lugar, uma bela e sorridente jovem que est [70] exceo do pequeno relgio que usa no pulso nua, completamente nua. Adaptado de: SCLIAR, M. Zap. In: MORICONI, . (Org.) Os cem melhores contos brasileiros. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. p. 547-548. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas nas linhas 31, 32, 46 e 59, nesta ordem.

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2018Português

(UFRGS - 2018) ........ me perguntam: quantas palavras uma pessoa sabe? Essa uma pergunta importante, principalmente para quem ensina lnguas estrangeiras. Seria muito til para [5]quem planeja um curso de francs ou japons ter uma estimativa de quantas palavras um nativo conhece; e quantas os alunos precisam aprender para usar a lngua com certa facilidade. Essas informaes seriam preciosas [10]para quem est preparando um manual que inclua, entre outras coisas, um planejamento cuidadoso da introduo gradual de vocabulrio. parte isso, a pergunta tem seu interesse prprio. Uma lngua no apenas [15]composta de palavras: ela inclui tambm regras gramaticais e um mundo de outros elementos que tambm precisam ser dominados. Mas as palavras so particularmente numerosas, e notvel como qualquer pessoa, instruda ou [20]no, ........ acesso a esse acervo imenso de informao com facilidade e rapidez. Assim, perguntar quantas palavras uma pessoa sabe parte do problema geral de o que que uma pessoa tem em sua mente e que ........ [25]permite usar a lngua, falando e entendendo. Antes de mais nada, porm, o que uma palavra? Ora, algum vai dizer, todo mundo sabe o que uma palavra. Mas no bem assim. Considere a palavra olho. muito claro [30]que isso a uma palavra mas ser que olhos a mesma palavra (s que no plural)? Ou ser outra palavra? Bom, h razes para responder das duas maneiras: a mesma palavra, porque significa a [35]mesma coisa (mas com a ideia de plural); e outra palavra, porque se pronuncia diferentemente (olhos tem um s final que olho no tem, alm da diferena de timbre das vogais tnicas). Entretanto, a razo principal por que julgamos [40]que olho e olhos sejam a mesma palavra que a relao entre elas extremamente regular; ou seja, vale no apenas para esse par, mas para milhares de outros pares de elementos da lngua: olho/olhos, orelha/orelhas, [45]gato/gatos, etc. E, semanticamente, a relao a mesma em todos os pares: a forma sem s denota um objeto s, a forma com s denota mais de um objeto. Da se tira uma consequncia importante: no preciso aprender [50]e guardar permanentemente na memria cada caso individual; aprendemos uma regra geral (faz-se o plural acrescentando um s ao singular), e estamos prontos. Adaptado de: PERINI, Mrio A. Semntica lexical. ReVEL, v. 11, n. 20, 2013. A regra gramatical de flexo nominal, expressa pelo autor nas linhas 52 e 53 (faz-se o plural acrescentando um s ao singular ), no se aplica a todas as palavras da lngua portuguesa. Qual alternativa comprova essa afirmao?

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