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Questões de Português - UNESP 2016 | Gabarito e resoluções

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Questão 8
2016Português

(UNESP - 2016/2 - 1 FASE) Leia o excerto do Sermo da primeira dominga do Advento de Antnio Vieira (1608-1697), pregado na Capela Real em Lisboa no ano de 1650. Sabei cristos, sabei prncipes, sabei ministros, que se vos h de pedir estreita conta do que fizestes; mas muito mais estreita do que deixastes de fazer. Pelo que fizeram, se ho de condenar muitos, pelo que no fizeram, todos. [...] Desamos a exemplos mais pblicos. Por uma omisso perde-se uma mar, por uma mar perde-se uma viagem, por uma viagem perde-se uma armada, por uma armada perde-se um Estado: dai conta a Deus de uma ndia, dai conta a Deus de um Brasil, por uma omisso. Por uma omisso perde-se um aviso, por um aviso perde-se uma ocasio, por uma ocasio perde-se um negcio, por um negcio perde-se um reino: dai conta a Deus de tantas casas, dai conta a Deus de tantas vidas, dai conta a Deus de tantas fazendas1, dai conta a Deus de tantas honras, por uma omisso. Oh que arriscada salvao! Oh que arriscado ofcio o dos prncipes e o dos ministros! Est o prncipe, est o ministro divertido, sem fazer m obra, sem dizer m palavra, sem ter mau nem bom pensamento: e talvez naquela mesma hora, por culpa de uma omisso, est cometendo maiores danos, maiores estragos, maiores destruies, que todos os malfeitores do mundo em muitos anos. O salteador na charneca com um tiro mata um homem; o prncipe e o ministro com uma omisso matam de um golpe uma monarquia. A omisso o pecado que com mais facilidade se comete e com mais dificuldade se conhece; e o que facilmente se comete e dificultosamente se conhece, raramente se emenda. A omisso um pecado que se faz no fazendo. [...] Mas por que se perdem tantos? Os menos maus perdem-se pelo que fazem, que estes so os menos maus; os piores perdem-se pelo que deixam de fazer, que estes so os piores: por omisses, por negligncias, por descuidos, por desatenes, por divertimentos, por vagares, por dilaes, por eternidades. Eis aqui um pecado de que no fazem escrpulo os ministros, e um pecado por que se perdem muitos. Mas percam-se eles embora, j que assim o querem: o mal que se perdem a si e perdem a todos; mas de todos ho de darconta a Deus. Uma das cousas de que se devem acusar e fazer grande escrpulo os ministros, dos pecados do tempo. Porque fizeram o ms que vem o que se havia de fazer o passado; porque fizeram amanh o que se havia de fazer hoje; porque fizeram depois o que se havia de fazer agora; porque fizeram logo o que se havia de fazer j. To delicadas como isto ho de ser as conscincias dos que governam, em matrias de momentos. O ministro que no faz grande escr- pulo de momentos no anda em bom estado: a fazenda pode-se restituir; a fama, ainda que mal, tambm se restitui; o tempo no tem restituio alguma. (Essencial, 2013. Adaptado.) 1fazenda: conjunto de bens, de haveres. Tendo em vista o gnero literrio em que se enquadra o texto e os recursos expressivos nele presentes, o verbo que melhor expressa sua finalidade :

Questão 9
2016Português

(UNESP - 2016/2 - 1 FASE) Os autores deste movimento pregavam a simplicidade, quer nos temas de suas composies, quer como sistema de vida: aplaudindo os que, na Antiguidade e na Renascena, fugiam ao burburinho citadino para se isolar nas vilas, pregavam a urea mediocridade, a dourada mediania existencial, transcorrida sem sobressaltos, sem paixes ou desejos. Regressar Natureza, fundir-se nela, contemplar-lhe a quietude permanente, buscar as verdades que lhe so imanentes em suma, perseguir a naturalidade como filosofia de vida. Massaud Moiss. Dicionrio de termos literrios, 2004. Adaptado. O comentrio do crtico Massaud Moiss refere-se ao seguinte movimento literrio:

Questão 9
2016Português

(UNESP - 2016 - 1 FASE) Ultrapassando o nvel modesto dos predecessores e demonstrando capacidade narrativa bem mais definida, a obra romanesca deste autor bastante ambiciosa. A partir de certa altura, este autor pretendeu abranger com ela, sistematicamente, os diversos aspectos do pas no tempo e no espao, por meio de narrativas sobre os costumes urbanos, sobre as regies, sobre o ndio. Para pr em prtica esse projeto, quis forjar um estilo novo, adequado aos temas e baseado numa linguagem que, sem perder a correo gramatical, se aproximasse da maneira brasileira de falar. Ao fazer isso, estava tocando o n do problema (caro aos romnticos) da independncia esttica em relao a Portugal. Com efeito, caberia aos escritores no apenas focalizar a realidade brasileira, privilegiando as diferenas patentes na natureza e na populao, mas elaborar a expresso que correspondesse diferenciao lingustica que nos ia distinguindo cada vez mais dos portugueses, numa grande aventura dentro da mesma lngua. (Antonio Candido. O romantismo no Brasil, 2002. Adaptado.) O comentrio do crtico Antonio Candido refere-se ao escritor

Questão 10
2016Português

(UNESP - 2016/2 - 1 FASE) Leia a fbula O morcego e as doninhas do escritor grego Esopo (620 a.C.?-564 a.C.?). Um morcego caiu no cho e foi capturado por uma doninha1. Como seria morto, rogou doninha que poupasse sua vida. No posso solt-lo respondeu a doninha , pois sou, por natureza, inimiga de todos os pssaros. No sou um pssaro alegou o morcego. Sou um rato. E assim ele conseguiu escapar. Mais tarde, ao cair de novo e ser capturado por outra doninha, ele suplicou a esta que no o devorasse. Como a doninha lhe disse que odiava todos os ratos, ele afirmou que no era um rato, mas um morcego. E de novo conseguiu escapar. Foi assim que, por duas vezes, lhe bastou mudar de nome para ter a vida salva. (Fbulas, 2013.) 1doninha: pequeno mamfero carnvoro, de corpo longo e esguio e de patas curtas (tambm conhecido como furo). Depreende-se da leitura da fbula a seguinte moral:

Questão 10
2016Português

(UNESP - 2016 - 1 FASE) Leia o seguinte verbete do Dicionrio de comunicao de Carlos AlbertoRabaa e Gustavo Barbosa: Crnica Texto jornalstico desenvolvido de forma livre e pessoal, a partir de fatos e acontecimentos da atualidade, com teor literrio, poltico, esportivo, artstico, de amenidades etc. Segundo Muniz Sodr e Maria Helena Ferrari, a crnica um meio-termo entre o jornalismo e a literatura: do primeiro, aproveita o interesse pela atualidade informativa, da segunda imita o projeto de ultrapassar os simples fatos. O ponto comum entre a crnica e a notcia ou a reportagem que o cronista, assim como o reprter, no prescinde do acontecimento. Mas, ao contrrio deste, ele paira sobre os fatos, fazendo com que se destaque no texto o enfoque pessoal (onde entram juzos implcitos e explcitos) do autor. Por outro lado, o editorial difere da crnica, pelo fato de que, nesta, o juzo de valor se confunde com os prprios fatos expostos, sem o dogmatismo do editorial, no qual a opinio do autor (representando a opinio da empresa jornalstica) constitui o eixo do texto. (Dicionrio de comunicao, 1978.) Segundo o verbete, uma caracterstica comum crnica e reportagem

Questão 11
2016Português

(UNESP - 2016 - 1 FASE) Leia o seguinte verbete do Dicionrio de comunicao de Carlos AlbertoRabaa e Gustavo Barbosa: Crnica Texto jornalstico desenvolvido de forma livre e pessoal, a partir de fatos e acontecimentos da atualidade, com teor literrio, poltico, esportivo, artstico, de amenidades etc. Segundo Muniz Sodr e Maria Helena Ferrari, a crnica um meio-termo entre o jornalismo e a literatura: do primeiro, aproveita o interesse pela atualidade informativa, da segunda imita o projeto de ultrapassar os simples fatos. O ponto comum entre a crnica e a notcia ou a reportagem que o cronista, assim como o reprter, no prescinde do acontecimento. Mas, ao contrrio deste, ele paira sobre os fatos, fazendo com que se destaque no texto o enfoque pessoal (onde entram juzos implcitos e explcitos) do autor. Por outro lado, o editorial difere da crnica, pelo fato de que, nesta, o juzo de valor se confunde com os prprios fatos expostos, sem o dogmatismo do editorial, no qual a opinio do autor (representando a opinio da empresa jornalstica) constitui o eixo do texto. (Dicionrio de comunicao, 1978.) De acordo com o verbete, o editorial representa sempre

Questão 11
2016Português

(UNESP - 2016/2 - 1 FASE) Leia a fbula O morcego e as doninhas do escritor grego Esopo (620 a.C.?-564 a.C.?). Um morcego caiu no cho e foi capturado por uma doninha1. Como seria morto, rogou doninha que poupasse sua vida. No posso solt-lo respondeu a doninha , pois sou, por natureza, inimiga de todos os pssaros. No sou um pssaro alegou o morcego. Sou um rato. E assim ele conseguiu escapar. Mais tarde, ao cair de novo e ser capturado por outra doninha, ele suplicou a esta que no o devorasse. Como a doninha lhe disse que odiava todos os ratos, ele afirmou que no era um rato, mas um morcego. E de novo conseguiu escapar. Foi assim que, por duas vezes, lhe bastou mudar de nome para ter a vida salva. (Fbulas, 2013.) 1doninha: pequeno mamfero carnvoro, de corpo longo e esguio e de patas curtas (tambm conhecido como furo). Como seria morto, rogou doninha que poupasse sua vida. (1pargrafo) Em relao orao que a sucede, a orao destacada tem sentido de

Questão 12
2016Português

(UNESP - 2016 - 1 FASE) Leia o seguinte verbete do Dicionrio de comunicao de Carlos AlbertoRabaa e Gustavo Barbosa: Crnica Texto jornalstico desenvolvido de forma livre e pessoal, a partir de fatos e acontecimentos da atualidade, com teor literrio, poltico, esportivo, artstico, de amenidades etc. Segundo Muniz Sodr e Maria Helena Ferrari, a crnica um meio-termo entre o jornalismo e a literatura: do primeiro, aproveita o interesse pela atualidade informativa, da segunda imita o projeto de ultrapassar os simples fatos. O ponto comum entre a crnica e a notcia ou a reportagem que o cronista, assim como o reprter, no prescinde do acontecimento. Mas, ao contrrio deste, ele paira sobre os fatos, fazendo com que se destaque no texto o enfoque pessoal (onde entram juzos implcitos e explcitos) do autor. Por outro lado, o editorial difere da crnica, pelo fato de que, nesta, o juzo de valor se confunde com os prprios fatos expostos, sem o dogmatismo do editorial, no qual a opinio do autor (representando a opinio da empresa jornalstica) constitui o eixo do texto. (Dicionrio de comunicao, 1978.) O termo dogmatismo, no contexto do verbete, significa:

Questão 12
2016Português

(UNESP - 2016/2 - 1 FASE) Leia a fbula O morcego e as doninhas do escritor grego Esopo (620 a.C.?-564 a.C.?). Um morcego caiu no cho e foi capturado por uma doninha1. Como seria morto, rogou doninha que poupasse sua vida. No posso solt-lo respondeu a doninha , pois sou, por natureza, inimiga de todos os pssaros. No sou um pssaro alegou o morcego. Sou um rato. E assim ele conseguiu escapar. Mais tarde, ao cair de novo e ser capturado por outra doninha, ele suplicou a esta que no o devorasse. Como a doninha lhe disse que odiava todos os ratos, ele afirmou que no era um rato, mas um morcego. E de novo conseguiu escapar. Foi assim que, por duas vezes, lhe bastou mudar de nome para ter a vida salva. (Fbulas, 2013.) 1doninha: pequeno mamfero carnvoro, de corpo longo e esguio e de patas curtas (tambm conhecido como furo). No sou um pssaro alegou o morcego. (3pargrafo) Ao se transpor este trecho para o discurso indireto, o verbo sou assume a seguinte forma:

Questão 13
2016Português

(UNESP - 2016 - 1 FASE) Leia o seguinte verbete do Dicionrio de comunicao de Carlos AlbertoRabaa e Gustavo Barbosa: Crnica Texto jornalstico desenvolvido de forma livre e pessoal, a partir de fatos e acontecimentos da atualidade, com teor literrio, poltico, esportivo, artstico, de amenidades etc. Segundo Muniz Sodr e Maria Helena Ferrari, a crnica um meio-termo entre o jornalismo e a literatura: do primeiro, aproveita o interesse pela atualidade informativa, da segunda imita o projeto de ultrapassar os simples fatos. O ponto comum entre a crnica e a notcia ou a reportagem que o cronista, assim como o reprter, no prescinde do acontecimento. Mas, ao contrrio deste, ele paira sobre os fatos, fazendo com que se destaque no texto o enfoque pessoal (onde entram juzos implcitos e explcitos) do autor. Por outro lado, o editorial difere da crnica, pelo fato de que, nesta, o juzo de valor se confunde com os prprios fatos expostos, sem o dogmatismo do editorial, no qual a opinio do autor (representando a opinio da empresa jornalstica) constitui o eixo do texto. (Dicionrio de comunicao, 1978.) De acordo com o verbete, o tema de uma crnica se baseia em

Questão 13
2016Português

(UNESP - 2016/2 - 1 FASE) Outro trao importante da poesia de lvares de Azevedo o gosto pelo prosasmo e o humor, que formam a vertente para ns mais moderna do Romantismo. A sua obra a mais variada e complexa no quadro da nossa poesia romntica; mas a imagem tradicional de poeta sofredor e desesperado atrapalhou a reconhecer a importncia de sua veia humorstica. (Antonio Candido. Prefcio.In: lvares de Azevedo. Melhores poemas, 2003. Adaptado.) A veia humorstica ressaltada pelo crtico Antonio Candido na poesia de lvares de Azevedo est bem exemplificada em:

Questão 14
2016Português

(UNESP - 2016 - 1FASE) A questo aborda um poema do portugus Eugnio de Castro (1869-1944). MOS Mos de veludo, mos de mrtir e de santa, o vosso gesto como um balouar de palma; o vosso gesto chora, o vosso gesto geme, o vosso gesto canta! Mos de veludo, mos de mrtir e de santa, rolas volta da negra torre da minhalma. Plidas mos, que sois como dois lrios doentes, Caridosas Irms do hospcio da minhalma, O vosso gesto como um balouar de palma, Plidas mos, que sois como dois lrios doentes... Mos afiladas, mos de insigne formosura, Mos de prola, mos cor de velho marfim, Sois dois lenos, ao longe, acenando por mim, Duas velas flor duma baa escura. Mimo de carne, mos magrinhas e graciosas, Dos meus sonhos de amor, quentes e brandos ninhos, Divinas mos que me heis coroado de espinhos, Mas que depois me haveis coroado de rosas! Afilhadas do luar, mos de rainha, Mos que sois um perptuo amanhecer, Alegrai, como dois netinhos, o viver Da minha alma, velha av entrevadinha. (Obras poticas, 1968.) A musicalidade, as reiteraes, as aliteraes e a profuso de imagens e metforas so algumas caractersticas formais do poema, que apontam para sua filiao ao movimento

Questão 14
2016Português

(UNESP - 2016/2 - 1FASE) Leia o trecho extrado do livroA dana do universodo fsico brasileiro Marcelo Gleiser para responder a questo. Durante o sculo VI a.C., o comrcio entre os vrios Estados gregos cresceu em importncia, e a riqueza gerada levou a uma melhoria das cidades e das condies de vida. O centro das atividades era em Mileto, uma cidade-Estado situada na parte sul da Jnia, hoje a costa mediterrnea da Turquia. Foi em Mileto que a primeira escola de filosofia pr-socrtica floresceu. Sua origem marca o incio da grande aventura intelectual que levaria, 2 mil anos depois, ao nascimento da cincia moderna. De acordo com Aristteles, Tales de Mileto foi o fundador da filosofia ocidental. A reputao de Tales era legendria. Usando seu conhecimento astronmico e meteorolgico (provavelmente herdado dos babilnios), ele previu uma excelente colheita de azeitonas com um ano de antecedncia. Sendo um homem prtico, conseguiu dinheiro para alugar todas as prensas de azeite de oliva da regio e, quando chegou o vero, os produtores de azeite de oliva tiveram que pagar a Tales pelo uso das prensas, que acabou fazendo uma fortuna. Supostamente, Tales tambm previu um eclipse solar que ocorreu no dia 28 de maio de 585 a.C., que efetivamente causou o fim da guerra entre os ldios e os persas. Quando lhe perguntaram o que era difcil, Tales respondeu: Conhecer a si prprio. Quando lhe perguntaram o que era fcil, respondeu: Dar conselhos. No toa que era considerado um dos Sete Homens Sbios da Grcia Antiga. No entanto, nem sempre ele era prtico. Um dia, perdido em especulaes abstratas, Tales caiu dentro de um poo. Esse acidente aparentemente feriu os sentimentos de uma jovem escrava que estava em frente ao poo, a qual comentou, de modo sarcstico, que Tales estava to preocupado com os cus que nem conseguia ver as coisas que estavam a seus ps. (A dana do universo, 2006. Adaptado.) Sua origem marca o incio da grande aventura intelectual que levaria, 2 mil anos depois, ao nascimento da cincia moderna. (1 pargrafo) O pronome em destaque refere-se a

Questão 15
2016Português

(UNESP - 2016/2 - 1FASE) Leia o trecho extrado do livroA dana do universodo fsico brasileiro Marcelo Gleiser para responder a questo. Durante o sculo VI a.C., o comrcio entre os vrios Estados gregos cresceu em importncia, e a riqueza gerada levou a uma melhoria das cidades e das condies de vida. O centro das atividades era em Mileto, uma cidade-Estado situada na parte sul da Jnia, hoje a costa mediterrnea da Turquia. Foi em Mileto que a primeira escola de filosofia pr-socrtica floresceu. Sua origem marca o incio da grande aventura intelectual que levaria, 2 mil anos depois, ao nascimento da cincia moderna. De acordo com Aristteles, Tales de Mileto foi o fundador da filosofia ocidental. A reputao de Tales era legendria. Usando seu conhecimento astronmico e meteorolgico (provavelmente herdado dos babilnios), ele previu uma excelente colheita de azeitonas com um ano de antecedncia. Sendo um homem prtico, conseguiu dinheiro para alugar todas as prensas de azeite de oliva da regio e, quando chegou o vero, os produtores de azeite de oliva tiveram que pagar a Tales pelo uso das prensas, que acabou fazendo uma fortuna. Supostamente, Tales tambm previu um eclipse solar que ocorreu no dia 28 de maio de 585 a.C., que efetivamente causou o fim da guerra entre os ldios e os persas. Quando lhe perguntaram o que era difcil, Tales respondeu: Conhecer a si prprio. Quando lhe perguntaram o que era fcil, respondeu: Dar conselhos. No toa que era considerado um dos Sete Homens Sbios da Grcia Antiga. No entanto, nem sempre ele era prtico. Um dia, perdido em especulaes abstratas, Tales caiu dentro de um poo. Esse acidente aparentemente feriu os sentimentos de uma jovem escrava que estava em frente ao poo, a qual comentou, de modo sarcstico, que Tales estava to preocupado com os cus que nem conseguia ver as coisas que estavam a seus ps. (A dana do universo, 2006. Adaptado.) Em Tales tambm previu um eclipse solar que ocorreu no dia 28 de maio de 585 a.C. (3pargrafo), o termo destacado exerce funo de

Questão 15
2016Português

(UNESP - 2016 - 1FASE) A questo aborda um poema do portugus Eugnio de Castro (1869-1944). MOS Mos de veludo, mos de mrtir e de santa, o vosso gesto como um balouar de palma; o vosso gesto chora, o vosso gesto geme, o vosso gesto canta! Mos de veludo, mos de mrtir e de santa, rolas volta da negra torre da minhalma. Plidas mos, que sois como dois lrios doentes, Caridosas Irms do hospcio da minhalma, O vosso gesto como um balouar de palma, Plidas mos, que sois como dois lrios doentes... Mos afiladas, mos de insigne formosura, Mos de prola, mos cor de velho marfim, Sois dois lenos, ao longe, acenando por mim, Duas velas flor duma baa escura. Mimo de carne, mos magrinhas e graciosas, Dos meus sonhos de amor, quentes e brandos ninhos, Divinas mos que me heis coroado de espinhos, Mas que depois me haveis coroado de rosas! Afilhadas do luar, mos de rainha, Mos que sois um perptuo amanhecer, Alegrai, como dois netinhos, o viver Da minha alma, velha av entrevadinha. (Obras poticas, 1968.) Verifica-se certa liberdade mtrica na construo do poema. Na primeira estrofe, tal liberdade comprova-se pela

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