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Questões de Português - UNESP 2016 | Gabarito e resoluções

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Questão 16
2016Português

(UNESP - 2016/2 - 1FASE) Leia o trecho extrado do livroA dana do universodo fsico brasileiro Marcelo Gleiser para responder a questo. Durante o sculo VI a.C., o comrcio entre os vrios Estados gregos cresceu em importncia, e a riqueza gerada levou a uma melhoria das cidades e das condies de vida. O centro das atividades era em Mileto, uma cidade-Estado situada na parte sul da Jnia, hoje a costa mediterrnea da Turquia. Foi em Mileto que a primeira escola de filosofia pr-socrtica floresceu. Sua origem marca o incio da grande aventura intelectual que levaria, 2 mil anos depois, ao nascimento da cincia moderna. De acordo com Aristteles, Tales de Mileto foi o fundador da filosofia ocidental. A reputao de Tales era legendria. Usando seu conhecimento astronmico e meteorolgico (provavelmente herdado dos babilnios), ele previu uma excelente colheita de azeitonas com um ano de antecedncia. Sendo um homem prtico, conseguiu dinheiro para alugar todas as prensas de azeite de oliva da regio e, quando chegou o vero, os produtores de azeite de oliva tiveram que pagar a Tales pelo uso das prensas, que acabou fazendo uma fortuna. Supostamente, Tales tambm previu um eclipse solar que ocorreu no dia 28 de maio de 585 a.C., que efetivamente causou o fim da guerra entre os ldios e os persas. Quando lhe perguntaram o que era difcil, Tales respondeu: Conhecer a si prprio. Quando lhe perguntaram o que era fcil, respondeu: Dar conselhos. No toa que era considerado um dos Sete Homens Sbios da Grcia Antiga. No entanto, nem sempre ele era prtico. Um dia, perdido em especulaes abstratas, Tales caiu dentro de um poo. Esse acidente aparentemente feriu os sentimentos de uma jovem escrava que estava em frente ao poo, a qual comentou, de modo sarcstico, que Tales estava to preocupado com os cus que nem conseguia ver as coisas que estavam a seus ps. (A dana do universo, 2006. Adaptado.) O sarcstico comentrio da jovem escrava de que Tales estava to preocupado com os cus que nem conseguia ver as coisas que estavam a seus ps (3pargrafo) alude sobretudo seguinte oposio:

Questão 16
2016Português

(UNESP - 2016 - 1FASE) A questo aborda um poema do portugus Eugnio de Castro (1869-1944). MOS Mos de veludo, mos de mrtir e de santa, o vosso gesto como um balouar de palma; o vosso gesto chora, o vosso gesto geme, o vosso gesto canta! Mos de veludo, mos de mrtir e de santa, rolas volta da negra torre da minhalma. Plidas mos, que sois como dois lrios doentes, Caridosas Irms do hospcio da minhalma, O vosso gesto como um balouar de palma, Plidas mos, que sois como dois lrios doentes... Mos afiladas, mos de insigne formosura, Mos de prola, mos cor de velho marfim, Sois dois lenos, ao longe, acenando por mim, Duas velas flor duma baa escura. Mimo de carne, mos magrinhas e graciosas, Dos meus sonhos de amor, quentes e brandos ninhos, Divinas mos que me heis coroado de espinhos, Mas que depois me haveis coroado de rosas! Afilhadas do luar, mos de rainha, Mos que sois um perptuo amanhecer, Alegrai, como dois netinhos, o viver Da minha alma, velha av entrevadinha. (Obras poticas, 1968.) Indique o verso cuja imagem significa trazer sofrimentos, padecimentos.

Questão 17
2016Português

(UNESP - 2016/2 - 1 FASE) Leia o trecho inicial de um poema de lvaro de Campos, heternimo do escritor Fernando Pessoa (1888-1935), para responder a questo. Esta velha angstia, Esta angstia que trago h sculos em mim, Transbordou da vasilha, Em lgrimas, em grandes imaginaes, Em sonhos em estilo de pesadelo sem terror, Em grandes emoes sbitas sem sentido nenhum. Transbordou. Mal sei como conduzir-me na vida Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma! Se ao menos endoidecesse deveras! Mas no: este estar entre, Este quase, Este poder ser que..., Isto. Um internado num manicmio , ao menos, algum, Eu sou um internado num manicmio sem manicmio. Estou doido a frio, Estou lcido e louco, Estou alheio a tudo e igual a todos: Estou dormindo desperto com sonhos que so loucura Porque no so sonhos. Estou assim... Pobre velha casa da minha infncia perdida! Quem te diria que eu me desacolhesse tanto! Que do teu menino? Est maluco. Que de quem dormia sossegado sob o teu teto provinciano? Est maluco. Quem de quem fui? Est maluco. Hoje quem eu sou. (Obra potica, 1965.) A hiprbole uma figura de palavra que consiste no exagero verbal (para efeito expressivo): j disse mil vezes, correram mares de sangue. (Celso Pedro Luft. Abc da lngua culta, 2010. Adaptado.) Verifica-se a ocorrncia de hiprbole no seguinte verso:

Questão 17
2016Português

(UNESP - 2016 - 1FASE) A questo aborda um poema do portugus Eugnio de Castro (1869-1944). MOS Mos de veludo, mos de mrtir e de santa, o vosso gesto como um balouar de palma; o vosso gesto chora, o vosso gesto geme, o vosso gesto canta! Mos de veludo, mos de mrtir e de santa, rolas volta da negra torre da minhalma. Plidas mos, que sois como dois lrios doentes, Caridosas Irms do hospcio da minhalma, O vosso gesto como um balouar de palma, Plidas mos, que sois como dois lrios doentes... Mos afiladas, mos de insigne formosura, Mos de prola, mos cor de velho marfim, Sois dois lenos, ao longe, acenando por mim, Duas velas flor duma baa escura. Mimo de carne, mos magrinhas e graciosas, Dos meus sonhos de amor, quentes e brandos ninhos, Divinas mos que me heis coroado de espinhos, Mas que depois me haveis coroado de rosas! Afilhadas do luar, mos de rainha, Mos que sois um perptuo amanhecer, Alegrai, como dois netinhos, o viver Da minha alma, velha av entrevadinha. (Obras poticas, 1968.) Alegrai, como dois netinhos, o viver / Da minha alma, velha av entrevadinha. Considerados em seu contexto, tais versos

Questão 18
2016Português

(UNESP - 2016 - 1FASE) A questo aborda um poema do portugus Eugnio de Castro (1869-1944). MOS Mos de veludo, mos de mrtir e de santa, o vosso gesto como um balouar de palma; o vosso gesto chora, o vosso gesto geme, o vosso gesto canta! Mos de veludo, mos de mrtir e de santa, rolas volta da negra torre da minhalma. Plidas mos, que sois como dois lrios doentes, Caridosas Irms do hospcio da minhalma, O vosso gesto como um balouar de palma, Plidas mos, que sois como dois lrios doentes... Mos afiladas, mos de insigne formosura, Mos de prola, mos cor de velho marfim, Sois dois lenos, ao longe, acenando por mim, Duas velas flor duma baa escura. Mimo de carne, mos magrinhas e graciosas, Dos meus sonhos de amor, quentes e brandos ninhos, Divinas mos que me heis coroado de espinhos, Mas que depois me haveis coroado de rosas! Afilhadas do luar, mos de rainha, Mos que sois um perptuo amanhecer, Alegrai, como dois netinhos, o viver Da minha alma, velha av entrevadinha. (Obras poticas, 1968.) Na ltima estrofe do poema, os termos Afilhadas do luar, mos de rainha e Mos que sois um perptuo amanhecer funcionam, no perodo de que fazem parte, como

Questão 18
2016Português

(UNESP - 2016/2 - 1 FASE) Leia o trecho inicial de um poema de lvaro de Campos, heternimo do escritor Fernando Pessoa (1888-1935), para responder a questo. Esta velha angstia, Esta angstia que trago h sculos em mim, Transbordou da vasilha, Em lgrimas, em grandes imaginaes, Em sonhos em estilo de pesadelo sem terror, Em grandes emoes sbitas sem sentido nenhum. Transbordou. Mal sei como conduzir-me na vida Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma! Se ao menos endoidecesse deveras! Mas no: este estar entre, Este quase, Este poder ser que..., Isto. Um internado num manicmio , ao menos, algum, Eu sou um internado num manicmio sem manicmio. Estou doido a frio, Estou lcido e louco, Estou alheio a tudo e igual a todos: Estou dormindo desperto com sonhos que so loucura Porque no so sonhos. Estou assim... Pobre velha casa da minha infncia perdida! Quem te diria que eu me desacolhesse tanto! Que do teu menino? Est maluco. Que de quem dormia sossegado sob o teu teto provinciano? Est maluco. Quem de quem fui? Est maluco. Hoje quem eu sou. (Obra potica, 1965.) Pobre velha casa da minha infncia perdida! / Quem te diria que eu me desacolhesse tanto! / Que do teu menino? Est maluco. / Que de quem dormia sossegado sob o teu teto provinciano? / Est maluco. / Quem de quem fui? Est maluco. Hoje quem eu sou. (4estrofe) O tom predominante nesta estrofe de

Questão 19
2016Português

(UNESP - 2016 - 1FASE) Leia um trecho do Manifesto do Surrealismo, publicado por Andr Breton em 1924. Surrealismo: Automatismo psquico por meio do qual algum se prope a exprimir o funcionamento real do pensamento. Ditado do pensamento, na ausncia de controle exercido pela razo, fora de qualquer preocupao esttica ou moral. O Surrealismo assenta-se na crena da realidade superior de certas formas de associao, negligenciadas at aqui, na onipotncia do sonho, no jogo desinteressado do pensamento. (Apud Gilberto Mendona Teles. Vanguarda europeia e Modernismo brasileiro, 1992. Adaptado.) Tendo em vista as consideraes de Andr Breton, assinale a alternativa cujos versos revelam influncia do Surrealismo.

Questão 19
2016Português

(UNESP - 2016/2 - 1 FASE) Leia o trecho inicial de um poema de lvaro de Campos, heternimo do escritor Fernando Pessoa (1888-1935), para responder a questo. Esta velha angstia, Esta angstia que trago h sculos em mim, Transbordou da vasilha, Em lgrimas, em grandes imaginaes, Em sonhos em estilo de pesadelo sem terror, Em grandes emoes sbitas sem sentido nenhum. Transbordou. Mal sei como conduzir-me na vida Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma! Se ao menos endoidecesse deveras! Mas no: este estar entre, Este quase, Este poder ser que..., Isto. Um internado num manicmio , ao menos, algum, Eu sou um internado num manicmio sem manicmio. Estou doido a frio, Estou lcido e louco, Estou alheio a tudo e igual a todos: Estou dormindo desperto com sonhos que so loucura Porque no so sonhos. Estou assim... Pobre velha casa da minha infncia perdida! Quem te diria que eu me desacolhesse tanto! Que do teu menino? Est maluco. Que de quem dormia sossegado sob o teu teto provinciano? Est maluco. Quem de quem fui? Est maluco. Hoje quem eu sou. (Obra potica, 1965.) No verso Pobre velha casa da minha infncia perdida! (4estrofe), a anteposio dos adjetivos pobre e velha ao substantivo casa, em lugar da posposio,

Questão 20
2016Português

(UNESP - 2016/2 - 1 FASE) Essa nova sensibilidade artstica, apesar de heterognea, pode ser resumida atravs da ateno forma e ao tema, assim como ao processo. A forma inclui cores saturadas, formas simples, contornos relativamente ntidos e supresso do espao profundo. O tema deriva de fontes preexistentes e manufaturadas para consumo de massa. (David McCarthy. Movimentos da arte moderna, 2002. Adaptado.) O comentrio do historiador David McCarthy aplica-se obra reproduzida em:

Questão 20
2016Português

(UNESP - 2016 - 1 FASE) Duas fortes motivaes converteram-se em molas de composio desta obra: a) por um lado, o desejo de contar e cantar episdios em torno de uma figura lendria que trazia em si os atributos do heri, entendido no senso mais lato possvel de um ser entre humano e mtico, que desempenha certos papis, vai em busca de um bem essencial, arrosta perigos, sofre mudanas extraordinrias, enfim vence ou malogra...; b) por outro lado, o desejo no menos imperioso de pensar o povo brasileiro, nossa gente, percorrendo as trilhas cruzadas ou superpostas da sua existncia selvagem, colonial e moderna, procura de uma identidade que, de to plural que , beira a surpresa e a indeterminao. (Alfredo Bosi. Cu, inferno, 2003. Adaptado.) Tal comentrio aplica-se obra

Questão 25
2016Português

(UNESP - 2016 - 2 fase) rvores e poetas Para o botnico, a rvore um vegetal de grande altura, composto de raiz, tronco e fronde, subdividindo- -se cada uma dessas partes numa certa quantidade de elementos: reduz-se tudo a um esquema. O botnico estuda-lhe o nascimento, o crescimento, a reproduo, a nutrio, a morte; descreve-a; classifica-a. No lhe liga, porm, maior importncia do que aquela que empresta ao mais microscpico dos fungos ou ao mais desinteressante dos cogumelos. O carvalho, com toda a sua corpulncia e toda a sua beleza, vale tanto como a relva que lhe cresce sombra ou a trepadeira desprezvel e teimosa que lhe enrosca os sarmentoscolubrinospelas rugosidades do caule. Por via de regra vale at menos, porque as grandes espcies j dificilmente deparam qualquer novidade. Para o jurista, a rvore um bem de raiz, um objeto de compra e venda e de outras relaes de direito, assim como a paisagem que a enquadra so propriedades particulares, ou terras devolutas. E h muita gente a quem a vista de uma grande rvore sugere apenas este grito de alma: Quanta lenha!... O poeta mais completo. Ele v a rvore sob os aspectos da beleza e sob o ngulo antropomrfico: encara-a de pontos de vista comuns humanidade de todos os tempos. V-a na sua graa, na sua fora, na sua formosura, no seu colorido; sente tudo quanto ela lembra, tudo quanto ela sugere, tudo quanto ela evoca, desde as impresses mais espontneas at as mais remotas, mais vagas e mais indefinveis. D-nos, assim, uma noo humana, direta e viva da rvore, pelo menos to verdadeira quanto qualquer outra. (Letras floridas, 1976.) sarmento: ramo delgado, flexvel. colubrino: com forma de cobra, sinuoso. antropomrfico: descrito ou concebido sob forma humana ou com atributos humanos. Ele v a rvore sob os aspectos da beleza e sob o ngulo antropomrfico A quem o autor do texto atribui tal perspectiva? Identifique os dois pontos de vista inerentes a esta perspectiva, explicando-os.

Questão 26
2016Português

(UNESP - 2016 - 2 fase) rvores e poetas Para o botnico, a rvore um vegetal de grande altura, composto de raiz, tronco e fronde, subdividindo- -se cada uma dessas partes numa certa quantidade de elementos: reduz-se tudo a um esquema. O botnico estuda-lhe o nascimento, o crescimento, a reproduo, a nutrio, a morte; descreve-a; classifica-a. No lhe liga, porm, maior importncia do que aquela que empresta ao mais microscpico dos fungos ou ao mais desinteressante dos cogumelos. O carvalho, com toda a sua corpulncia e toda a sua beleza, vale tanto como a relva que lhe cresce sombra ou a trepadeira desprezvel e teimosa que lhe enrosca os sarmentoscolubrinospelas rugosidades do caule. Por via de regra vale at menos, porque as grandes espcies j dificilmente deparam qualquer novidade. Para o jurista, a rvore um bem de raiz, um objeto de compra e venda e de outras relaes de direito, assim como a paisagem que a enquadra so propriedades particulares, ou terras devolutas. E h muita gente a quem a vista de uma grande rvore sugere apenas este grito de alma: Quanta lenha!... O poeta mais completo. Ele v a rvore sob os aspectos da beleza e sob o ngulo antropomrfico: encara-a de pontos de vista comuns humanidade de todos os tempos. V-a na sua graa, na sua fora, na sua formosura, no seu colorido; sente tudo quanto ela lembra, tudo quanto ela sugere, tudo quanto ela evoca, desde as impresses mais espontneas at as mais remotas, mais vagas e mais indefinveis. D-nos, assim, uma noo humana, direta e viva da rvore, pelo menos to verdadeira quanto qualquer outra. (Letras floridas, 1976.) sarmento: ramo delgado, flexvel. colubrino: com forma de cobra, sinuoso. antropomrfico: descrito ou concebido sob forma humana ou com atributos humanos. O botnico estuda-lhe o nascimento, o crescimento, a reproduo, a nutrio, a morte Do ponto de vista sinttico, que relao os termos sublinhados estabelecem com o verbo? Do ponto de vista semntico, a organizao dos substantivos sublinhados aparenta seguir um determinado critrio; um desses substantivos, contudo, romperia tal organizao. Identifique qual seria esse critrio e o substantivo que romperia sua organizao.

Questão 27
2016Português

(UNESP - 2016 - 2 fase) rvores e poetas Para o botnico, a rvore um vegetal de grande altura, composto de raiz, tronco e fronde, subdividindo- -se cada uma dessas partes numa certa quantidade de elementos: reduz-se tudo a um esquema. O botnico estuda-lhe o nascimento, o crescimento, a reproduo, a nutrio, a morte; descreve-a; classifica-a. No lhe liga, porm, maior importncia do que aquela que empresta ao mais microscpico dos fungos ou ao mais desinteressante dos cogumelos. O carvalho, com toda a sua corpulncia e toda a sua beleza, vale tanto como a relva que lhe cresce sombra ou a trepadeira desprezvel e teimosa que lhe enrosca os sarmentoscolubrinospelas rugosidades do caule. Por via de regra vale at menos, porque as grandes espcies j dificilmente deparam qualquer novidade. Para o jurista, a rvore um bem de raiz, um objeto de compra e venda e de outras relaes de direito, assim como a paisagem que a enquadra so propriedades particulares, ou terras devolutas. E h muita gente a quem a vista de uma grande rvore sugere apenas este grito de alma: Quanta lenha!... O poeta mais completo. Ele v a rvore sob os aspectos da beleza e sob o ngulo antropomrfico: encara-a de pontos de vista comuns humanidade de todos os tempos. V-a na sua graa, na sua fora, na sua formosura, no seu colorido; sente tudo quanto ela lembra, tudo quanto ela sugere, tudo quanto ela evoca, desde as impresses mais espontneas at as mais remotas, mais vagas e mais indefinveis. D-nos, assim, uma noo humana, direta e viva da rvore, pelo menos to verdadeira quanto qualquer outra. (Letras floridas, 1976.) sarmento: ramo delgado, flexvel. colubrino: com forma de cobra, sinuoso. antropomrfico: descrito ou concebido sob forma humana ou com atributos humanos. De acordo com a concepo de Amadeu Amaral, qual seria a diferena fundamental entre o ponto de vista do botnico e o do poeta? Justifique sua resposta.

Questão 28
2016Português

(UNESP - 2016 - 2 fase) rvores e poetas Para o botnico, a rvore um vegetal de grande altura, composto de raiz, tronco e fronde, subdividindo- -se cada uma dessas partes numa certa quantidade de elementos: reduz-se tudo a um esquema. O botnico estuda-lhe o nascimento, o crescimento, a reproduo, a nutrio, a morte; descreve-a; classifica-a. No lhe liga, porm, maior importncia do que aquela que empresta ao mais microscpico dos fungos ou ao mais desinteressante dos cogumelos. O carvalho, com toda a sua corpulncia e toda a sua beleza, vale tanto como a relva que lhe cresce sombra ou a trepadeira desprezvel e teimosa que lhe enrosca os sarmentoscolubrinospelas rugosidades do caule. Por via de regra vale at menos, porque as grandes espcies j dificilmente deparam qualquer novidade. Para o jurista, a rvore um bem de raiz, um objeto de compra e venda e de outras relaes de direito, assim como a paisagem que a enquadra so propriedades particulares, ou terras devolutas. E h muita gente a quem a vista de uma grande rvore sugere apenas este grito de alma: Quanta lenha!... O poeta mais completo. Ele v a rvore sob os aspectos da beleza e sob o ngulo antropomrfico: encara-a de pontos de vista comuns humanidade de todos os tempos. V-a na sua graa, na sua fora, na sua formosura, no seu colorido; sente tudo quanto ela lembra, tudo quanto ela sugere, tudo quanto ela evoca, desde as impresses mais espontneas at as mais remotas, mais vagas e mais indefinveis. D-nos, assim, uma noo humana, direta e viva da rvore, pelo menos to verdadeira quanto qualquer outra. (Letras floridas, 1976.) sarmento: ramo delgado, flexvel. colubrino: com forma de cobra, sinuoso. antropomrfico: descrito ou concebido sob forma humana ou com atributos humanos. Qual a inteno da personagem da charge ao se valer do argumento de que a floresta invadiu suas terras? Analise tal argumento sob os pontos de vista lgico e tico.

Questão 29
2016Português

(UNESP - 2016 - 2 fase) Essa questo tomapor base o Soneto LXVII (Considera a vantagem que os brutos fazem aos homens em obedecer a Deus), de Dom Francisco Manuel de Melo (1608-1666). Quando vejo, Senhor, que s alimrias Da terra, da gua, do ar, peixe, ave, bruto , No lhe esquece jamais o alto estatuto Das leis que lhes pusestes ordinrias; E logo vejo quantas artesvrias O homem racional, prvidoe astuto, Pe em obrar, ingrato e resoluto, Obras que a vossas leis so to contrrias: Ou me esquece quem sois ou quem eu era; Pois do que me mandais tanto me esqueo, Como se a vs e a mi no conhecera. Com razo logo por favor vos peo Que, pois homem tal sou, me faais fera, A ver se assi melhor vos obedeo. (A tuba de Calope, 1988.) alimria: animal irracional. arte: astcia, ardil. prvido: providente, que se previne, previdente, precavido. Que contraste explorado pelo poema como base da argumentao? Justifique sua resposta. Considerando tambm outros aspectos, em que movimento literrio o poema se enquadra?

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