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Questões de portuguã£â£ã¢â£ã£â¦ã¢â‚¬â„¢ã£â£ã¢â¢ã£â¢ã¢â£ã£â£ã¢â£ã£â¢ã¢â€šâ¬ã¥â¡ã£â£ã¢â¢ã£â¢ã¢âªs - UNICAMP | Gabarito e resoluções

Questão
2005Português

(UNICAMP - 2005 - 2a fase - Questo 12) Leia este poema de Ceclia Meireles: Desenho Traa a reta e a curva, a quebrada e a sinuosa Tudo preciso De tudo vivers. Cuida com exatido da perpendicular e das paralelas perfeitas. Com apurado rigor. Sem esquadro, sem nvel, sem fio de prumo, Traars perspectivas, projetars estruturas. Nmero, ritmo, distncia, dimenso. Tens os teus olhos, o teu pulso, a tua memria. Construirs os labirintos impermanentes que sucessivamente habitars. Todos os dias ests refazendo o teu desenho. No te fatigues logo. Tens trabalho para toda a vida. E nem para o teu sepulcro ters a medida certa. Somos sempre um pouco menos do que pensvamos. Raramente, um pouco mais. (Ceclia Meireles, O estudante emprico, em Antonio Carlos Secchin (org.), Poesia Completa. Tomo II. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 1455 - 56) a) Tanto o ttulo quanto as ima gens do poema remetem a um domnio do conhecimento humano. Que domnio esse? b) Em que sentido so empregadas tais imagens no poema? c) Esse sentido acaba por ser contrariado ao longo do poema? Responda sim ou no e justifique.

Questão
2005Português

(UNICAMP - 2005 - 2a fase - Questo 5) . Em Angstia de Graciliano Ramos, encontramos seqncias instigantes: Penso em indivduos e em objetos que no tm relao com os desenhos: processos, oramentos, o diretor, o secretrio, polticos, sujeitos remediados que me desprezam porque sou um pobre-diabo. Tipos bestas. Ficam dias inteiros fuxicando nos cafs e preguiando, indecentes. (...) Fomos morar na vila. Meteram-me na escola de seu Antnio Justino, para desasnar, pois, como disse Camilo quando me apresentou ao mestre, eu era um cavalo de dez anos e no conhecia a mo direita. Aprendi leitura, o catecismo, a conjugao dos verbos. O professor dormia durante as lies. E a gente bocejava olhando as paredes, esperando que uma rstia chegasse ao risco de lpis que marcava duas horas. Saamos em algazarra. (Graciliano Ramos, Angstia. Rio de Janeiro: Ed. Record, 56.ed., 2003, p. 8-9 e 15). a) Que processos permitem as construes preguiando e desasnar na lngua? b) Se substituirmos preguiando por descansando e desasnar por aprender, observamos uma relao diferente com a poesia da lngua. Explicite essa diferena. c) O uso de desasnar pode nos remeter, entre outras palavras, a desemburrecer e desemburrar. No Dicionrio Houaiss da lngua portuguesa (ed. Objetiva, 2001), o verbete desemburrar apresenta como acepes tanto livrarse da ignorncia, quanto perder o enfezamento, e marca sua etimologia como des + emburrar. Seguindo nossa consulta, encontramos no verbete emburrar o ano de 1647 que, segundo a Chave do Dicionrio Houaiss, indica a data em que [essa palavra] entrou no portugus. A fonte dessa datao a obra Thesouro da lingoa portuguesa composta pelo Padre D. Bento Pereyra, publicada em Lisboa. Embora desemburrecer no aparea no dicionrio, encontra mos emburrecer, cuja entrada no portugus, segundo o Houaiss, data de 1998, atestada pela obra de Celso Pedro Luft Dicionrio prtico de regncia verbal, publicada em So Paulo. O verbete desasnar data de 1713, atestado pela obra Vocabulrio portugueza e latino de Rafael Bluteau, publicada em CoimbraLisboa. Tendo em vista as observaes acima apresentadas a presena ou no desses verbetes no dicionrio, as datas de entrada no portugus e as fontes que atestam essas entradas o que se pode compreender sobre a relao entre o dicionrio e a lngua?

Questão
2005História

(UNICAMP - 2005 - 2a fase - Questo 13) Se Roma existe, por seus homens e seus hbitos. Sem nossas instituies antigas, sem nossas tradies venerandas, sem nossos singulares heris, teria sido impossvel aos mais ilustres cidados fundar e manter, durante to longo tempo, a nossa Repblica. (Adaptado de Ccero, Da Repblica, em Os Pensadores, v. 5. So Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 184). a) Nomeie e caracterize uma das instituies polticas da Repblica romana (509-31.C.). b) A expanso, ocorrida durante a Repblica, fez com que os romanos tivessem contato com o mundo helenista e incorporassem alguns costumes e tradies. O que foi o helenismo e qual sua importncia na Roma republicana?

Questão
2005História

(UNICAMP - 2005 - 2a fase - Questo 14) A igreja era, com freqncia, o nico edifcio de pedra em toda a redondeza; era a nica grande construo em muitas lguas e seu campanrio era um ponto de referncia. Aos domingos e durante o culto, todos os habitantes podiam encontrar-se ali, e o contraste entre o edifcio grandioso, com suas pinturas, talhas e esculturas, e as casas humildes em que as pessoas viviam, era esmagador. (Adaptado de E.H. Gombrich, Histria da Arte. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1993, p. 126). a) Baseado no texto, indique trs caractersticas do edifcio da igreja na cidade medieval. b) Identifique as formas de divulgao da f catlica durante a Idade Mdia

Questão
2005História

(UNICAMP - 2005 - 2a fase - Questo 16) O livro Utopia, escrito pelo humanista Thomas More, em 1516, divide-se em duas partes. Na primeira, More descreveu a situao de seu pas, dizendo: (...) os inumerveis rebanhos que cobrem hoje toda a Inglaterra so de tal sorte vorazes e ferozes que devoram mesmo os homens e despovoam os campos, as casas, as aldeias. Onde se recolhe a l mais fina e mais preciosa, acorrem, em disputa de terreno, os nobres, os ricos e at santos abades. Eles subtraem vastos terrenos da agricultura e os convertem em pastagens, enquanto honestos cultivadores so expulsos de suas casas. (Adaptado de Thomas More, Utopia. So Paulo: Nova Cultural, 2000, p. 7 e 29-30). Na segunda parte do livro, More concebeu uma ilha imaginria chamada Utopia. a) Explique o que foi o processo de cercamentos ocorrido na Inglaterra a partir do sculo XVI. b) Qual o significado de utopia para Thomas More?

Questão
2005História

(UNICAMP - 2005 - 2a fase - Questo 18) Na emisso de suas primeiras moedas, os EUA decidiram pelo uso de smbolos como a corrente, a guia, as estrelas e a imagem de uma mulher representando a Liberdade. Decidiu-se diferenciar o dlar americano de outras moedas, como as inglesas que traziam o retrato do monarca George III. (Adaptado de Jack Weatherford, Histria do Dinheiro . So Paulo: Negcio Editora, 1999, p. 123-4). a) O que essa primeira emisso de moedas simbolizava? b) Mencione dois motivos centrais da disputa entre a Inglaterra e sua colnia na Amrica que resultaram na independncia dos EUA. c) O dlar tornou-se um padro monetrio internacional ao final da Segunda Guerra Mundial. O que isso significou?

Questão
2005História

(UNICAMP - 2005 - 2a fase - Questo 19) Eu considero o estado atual da Amrica como quando arruinado o Imprio Romano. Cada desmembramento formou um sistema poltico, conforme os seus interesses e situao. Ns, que apenas conservamos os vestgios do que em outro tempo fomos, e que por outra parte, no somos ndios, nem europeus, e sim uma meia espcie entre os legtimos proprietrios do pas e os usurpadores espanhis. (Adaptado de Simon Bolvar, Carta da Jamaica de 1815, em Escritos Polticos. Campinas: Ed. Unicamp, p. 61). a) Quem foi Bolvar e qual sua importncia nos processos de Independncia das colnias hispano-americanas? A qual processo poltico Bolvar se refere? b) De que maneira Bolvar se refere aos criollos no texto? Qual o papel poltico dos criollos nas independncias das colnias espanholas?

Questão
2005História

(UNICAMP - 2005 - 2a fase - Questo 15) Uma vez terminada a Reconquista, o mpeto espanhol encontrou na colonizao americana o campo amplo o nde aplicar sua energia; e nas cidades regulares do fim da Idade Mdia, como Granada, estava o esboo da grande tarefa urbanstica hispanoamericana, que encheu um continente de cidades traadas com rigor geomtrico muito superior ao da metrpole. (Adaptado de Fernando Chueca Goitia, Breve Histria do Urbanismo. Lisboa: Editorial Presena, 1982, p. 99). a) Segundo o texto, qual foi a grande tarefa urbanstica hispano -americana? b) Explique o que foi a Reconquista. c) Indique duas edificaes que caracterizavam a colonizao ibrica no Novo Mundo.

Questão
2005História

(UNICAMP - 2005 - 1a fase) O Instituto Brasileiro de Ao Democrtica (IBAD) e o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (IPES) se destacaram na oposio ao governo de Joo Goulart (1961-1964) e no combate ao comunismo. Ambos financiavam dezenas de programas semanais de rdio, como o Cadeia de Democracia, opondo-se a emissoras de orientao legalista, como a Rdio Mayrink Veiga, fechada aps o golpe militar de 1964. (Adaptado de Ren A. Dreifuss, 1964: A conquista do Estado. Petrpolis: Vozes, 1981, p. 149 e de Lia Calabre, A era do rdio. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004, p. 50). a) Por que o rdio era o meio de comunicao mais cobiado pelos polticos no perodo apontado no texto? b) Por que instituies como as mencionadas no texto consideravam Joo Goulart um presidente comunista? c) Quais os significados da expresso orientao legalista, acima mencionada, no contexto do governo de Joo Goulart e no contexto do regime militar de 1964?

Questão
2005História

(UNICAMP - 2005 - 1a fase) A capacidade do rdio de falar simultaneamente a incontveis milhes, cada um deles sentindo-se abordado como indivduo, transformava-o numa ferramenta poderosa de informao de massa, de propaganda poltica e publicidade. Nos Estados Unidos, por exemplo, o presidente Roosevelt tinha um programa de rdio conhecido como Conversa ao P da Lareira. Muito daquilo que o rdio iniciou tornou-se parte da vida diria o comentrio esportivo, o noticirio, o programa de entrevistas com celebridades. O rdio trazia o mundo para a sala. Um meio desconhecido ao fim da Primeira Guerra estava, em 1929, presente em 10 milhes de casas nos Estados Unidos, chegando a 27 milhes em 1939. (Adaptado de Eric Hobsbawm, A Era dos Extremos. So Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 194-5). a) Identifique dois usos do rdio mencionados no texto. b) Caracterize a situao dos Estados Unidos nas dcadas de 1930 e 1940 e relacione-a ao crescimento da importncia do rdio.

Questão
2005História

(UNICAMP - 2005 - 2a fase - Questo 22) Leia os trechos abaixo e responda questo: Aps a Primeira Guerra Mundial, a Repblica de Weimar teve controle muito limitado sobre as foras militares e policiais necessrias manuteno da paz interna. No final, a Repblica caiu em conseqncia dessa limitao, fragilidade explorada por organizaes da classe mdia, as quais achavam que o regime parlamentar-republicano as discriminava e, assim, procuraram destru-lo. (Adaptado de Norbert Elias, Os alemes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997, p. 199 e 204). A exigncia da anulao da paz imposta pelo Tratado de Versalhes foi, ao lado do anti-semitismo, o ponto mais importante na propaganda nazista durante a Repblica de Weimar. (Adaptado de Peter Gay, A cultura de Weimar. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978, p. 31 e 168). a) O que foi a Repblica de Weimar? Relacione-a ascenso do nazismo. b) O que foi o Tratado de Versalhes e qual o significado da expresso paz imposta?

Questão
2005História

(UNICAMP - 2005 - 2a fase - Questo 17) O termo feitor foi utilizado em Portugal e no Brasil colonial para designar diversas ocupaes. Na poca da expanso martima portuguesa, as feitorias espalhadas pela costa africana e, depois, pelas ndias e pelo Brasil tinham feitores na direo dos entrepostos com funo mercantil, militar, diplomtica. No Brasil, porm, o sistema de feitorias teve menor significado do que nas outras conquistas, ficando o termo feitor muito associado admi nistrao de empresas agrcolas. (Adaptado de Ronaldo Vainfas (org.), Dicionrio do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2000, p. 222). a) Indique caractersticas do sistema de feitorias empreendido por Portugal. b) Qual a produo agrcola predominante no Brasil entre os sculos XVI e XVII? Quais as funes desempenhadas pelo feitor nessas empresas agrcolas?

Questão
2005Redação

(UNICAMP - 2005 - 1a fase) Tema: O tema da prova de redao o Rdio. Coletnea: um conjunto de textos de natureza diversa que serve de subsdio para a sua redao. Sugerimos que voc leia toda a coletnea para depois selecionar os elementos que julgar pertinentes elaborao da proposta escolhida. Um bom aproveitamento da coletnea no significa referncia a todos os textos. Esperamos, isso sim, que os elementos selecionados sejam articulados com a sua experincia de leitura e reflexo. Se desejar, voc pode valer-se tambm de elementos presentes nos enunciados das questes da prova. ATENO: a coletnea nica e vlida para as trs propostas. Proposta: Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pgina de resposta. Cada proposta faz um recorte do tema da prova de redao (o Rdio), que deve ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. ATENO- sua redaoser anuladase voc desconsiderar acoletneaou fugir aorecortetemticoou no atender aotipo de textoda proposta escolhida. APRESENTAO DA COLETNEA O rdio demonstra constantemente sua condio de veculo indispensvel no cotidiano das pessoas, ao contrrio do que muitos podem pensar, quando o consideram um meio de difuso ultrapassado. Desde sua inveno, na passagem para o sculo XX, poca em que era conhecido como telgrafo sem fio, o papel que exerce na sociedade vem se reafirmando. Nem o advento da televiso, nem o da Internet, determinou o seu fim. Por isso, o rdio um objeto de reflexo instigante. COLETNEA 1. A primeira transmisso de rdio realizada no Brasil ocorreu no dia 07 de setembro de 1922, na cerimnia de abertura do Centenrio da Independncia, na Esplanada do Castelo. Foi um grande acontecimento. O pblico ouviu o pronunciamento do presidente da Repblica, Epitcio Pessoa, a pera O Guarani, de Carlos Gomes, transmitida diretamente do Teatro Municipal, alm de conferncias e diversas atraes. Muitas pessoas ficaram impressionadas, pensando que se tratava de algo sobrenatural. (...) Os primeiros a utilizar o rdio na publicidade foram grandes empresas, como Philips, Gessy e Bayer, que patrocinavam programas de auditrio e radionovelas. Na poltica, o rdio tambm exerceu enorme influncia: a propaganda eleitoral, pronunciamentos do presidente e a Hora do Brasil faziam parte da programao e alcanavam milhares de ouvintes. A partir de 1939, com o incio da Segunda Guerra Mundial, o rdio se transformou em um importante veculo para difundir fatos dirios e notcias do front. Surgia o radiojornalismo, sendo o Reprter Esso marco dessa poca. (Adaptado de Rdio no Brasil, em www.sunrise.com.br/amoradio, 29 de agosto de 2004). 2. Ligada poltica de integrao nacional do governo Getlio Vargas, em 1935 era criada a Hora do Brasil, programa obrigatrio de notcias oficiais. O programa existe at hoje, de segunda a sexta-feira, com o nome de A Voz do Brasil. A partir dos anos 90, sua obrigatoriedade tem sido contestada por vrias emissoras e algumas tm conseguido, por medidas judiciais, no transmiti-lo ou, ao menos, no no horrio das 19h00 s 20h00. (Adaptado de Gisela Swetlana Ortriwano, Radiojornalismo no Brasil: fragmentos de histria, Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 71). 3. Ao Pequeno Aparelho de Rdio Voc, pequena caixa que trouxe comigo Cuidando que suas vlvulas no quebrassem Ao correr do barco ao trem, do trem ao abrigo Para ouvir o que meus inimigos falassem Junto a meu leito, para minha dor atroz No fim da noite, de manh bem cedo, Lembrando as suas vitrias e o medo: Prometa jamais perder a voz! (1938-1941) (Bertold Brecht, Poemas 1913-1956. Seleo e traduo Paulo Csar de Souza. So Paulo: Ed. 34, 2000, p. 272). 4. Eu ouvia o rdio com avidez de quem gosta muito dele. Outras pessoas ouviam-no comigo. Mas ... quem ouvia a minha rdio? Ainda no tinha sido inventado o transistor, essa maravilha da tecnologia que em certo sentido revitalizou a vida do rdio depois do advento da televiso. Rdio a pilha ainda no existia. S os de imensas e custosas baterias ou ento os que eram movidos a geradores acoplados, ou mesmo movidos a acumuladores de autos em geral. (Flvio Arajo, O rdio, o futebol e a vida. So Paulo: Editora SENAC So Paulo, 2001, p. 37). 5. A Internet como meio de comunicao prev a coexistncia e complementaridade de diversas mdias. O rdio da Internet j nasce buscando em outros meios recursos que possam ser agregados mensagem radiofnica. Isso significa a possibilidade de criao de produtos radiofnicos numa seqncia particular para cada ouvinte, inclusive com a opo de suprimir trechos ou escolher entre dois enfoques de interesse. Essa possibilidade oferecida pela Internet atua fortemente sobre o rdio e sobre uma de suas principais caractersticas como meio de comunicao: a instantaneidade. Em relao ainda ao pblico, a capacidade de agregar audincias de regies antes inacessveis possibilita a existncia e sobrevivncia de projetos voltados a determinados segmentos de pblico, que podem ser pequenos localmente mas no globalmente. (Adaptado de Lgia Maria Trigo-de-Souza, Rdios.internet.br: o rdio que caiu na rede..., Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 94-5). 6. Rumo Oeste O rdio no carro canta pelas cidades. J sei onde est a melhor garapa de Araras, o melhor algodo em Leme. Em Pirassununga o hbito do ngelus ainda veste de santa qualquer tarde. O locutor e seu melhor emplastro para curar no peito aquela velha aflio. Todas as rdios abrem para o mundo o corao do largo e um recado de Ester: esta cano vai para W.J. que ainda no esqueci O cu de todas as rdios se estende para a capital: o que se dana em New York direto para So Simo. Para voc, Lucinha, mexer o que Deus lhe deu. A velha teia das cidades enleia agora as estrelas. ao som da stima badalada do corao da Matriz desligue o rdio! e respire de passagem tudo o que fica: so ondas soltas no ar. (Alcides Villaa, Viagem de Trem. So Paulo: Duas Cidades, 1988, p. 80). 7. Para aqueles que pensam em mdia globalizada no Brasil, basta uma viagem exploratria pelas cidades de interior para perceber que a histria no bem assim. Existem lugares em que as pessoas ainda se comunicam com recados afixados em rvores da Praa Central. No acredita? Pois o maior grupo de cutelaria do Brasil escolheu o rdio como forma de alcanar seu pblico alvo. O objetivo divulgar a marca de ferramentas e equipamentos, cuja distribuio pulverizada em milhares de pequenos pontos-de-venda e cooperativas, atravs de programaes especiais. (Adaptado de Ao p do rdio, Revista Grandes Idias de Marketing, n. 46, junho de 2000). 8. Navegando pelo site www.radiolivre.org encontramos informaes sobre duas novas rdios: Esto abertas as inscries para a rdio Interferncia. O prazo vai at 20 de agosto. A rdio interferncia um coletivo horizontal e heterogneo que busca possibilitar a comunicao de uma forma aberta, sem controle ou reivindicaes. uma rdio livre. Um espao onde no h patrulhas estticas ou ideolgicas. Um lugar onde todos os discursos podem existir. uma forma diferente de ver o mundo e que tenta ser alternativa aos grandes meios de comunicao e s tentativas de se construir um discurso contra-hegemnico baseadas no pensamento nico e na representao. Um grupo onde todos tm autonomia, mas onde, ao mesmo tempo, h uma construo coletiva. (17 de agosto de 2004). Rdio Uhmmmmm... Agora pode ser conectada em grande parte da rea central de Porto Alegre, na freqncia 105,7 FM, a mais nova rdio livre da cidade. Informando, debatendo, confundindo e questionando pelas ondas de rdio. Ainda em fase experimental, a rdio Uhmmmm... tocada no maior amadorismo, mas com muita paixo e convico de que o acesso a informaes diferenciadas realmente faz a diferena. (6 de junho de 2004). 9. As manifestaes da presena do rdio como elemento de construo da histria individual se do de diversas maneiras. Vinculaes so estabelecidas atravs de identificaes com tipos de programas em que esto presentes o musical, o jornalstico, a publicidade. Da escuta radiofnica guardam-se recordaes que acabam sendo recriadas, repetidas, reconfiguradas com o passar dos anos. (Adaptado de Graziela Soares Bianchi, A participao do rdio nas construes e sentidos do rural vivido e midiatizado, em www.bocc.ubi.pt, 15 de agosto de 2004). PROPOSTA A Trabalhe sua dissertao a partir do seguinte recorte temtico: A permanente reconfigurao do rdio, com suas mudanas na forma de transmisso e de recepo, mostra-nos a fora desse meio de informao, divulgao, entretenimento e contato. Instrues: Discuta o rdio como meio de difuso e aproximao; Argumente no sentido de demonstrar sua atualidade; Explore argumentos que destaquem as vrias formas de sua presena na sociedade.

Questão
2005Redação

(UNICAMP - 2005 - 1a fase) Tema: O tema da prova de redao o Rdio. Coletnea: um conjunto de textos de natureza diversa que serve de subsdio para a sua redao. Sugerimos que voc leia toda a coletnea para depois selecionar os elementos que julgar pertinentes elaborao da proposta escolhida. Um bom aproveitamento da coletnea no significa referncia a todos os textos. Esperamos, isso sim, que os elementos selecionados sejam articulados com a sua experincia de leitura e reflexo. Se desejar, voc pode valer-se tambm de elementos presentes nos enunciados das questes da prova. ATENO: a coletnea nica e vlida para as trs propostas. Proposta: Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pgina de resposta. Cada proposta faz um recorte do tema da prova de redao (o Rdio), que deve ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. ATENO- sua redaoser anuladase voc desconsiderar acoletneaou fugir aorecortetemticoou no atender aotipo de textoda proposta escolhida. APRESENTAO DA COLETNEA O rdio demonstra constantemente sua condio de veculo indispensvel no cotidiano das pessoas, ao contrrio do que muitos podem pensar, quando o consideram um meio de difuso ultrapassado. Desde sua inveno, na passagem para o sculo XX, poca em que era conhecido como telgrafo sem fio, o papel que exerce na sociedade vem se reafirmando. Nem o advento da televiso, nem o da Internet, determinou o seu fim. Por isso, o rdio um objeto de reflexo instigante. COLETNEA 1. A primeira transmisso de rdio realizada no Brasil ocorreu no dia 07 de setembro de 1922, na cerimnia de abertura do Centenrio da Independncia, na Esplanada do Castelo. Foi um grande acontecimento. O pblico ouviu o pronunciamento do presidente da Repblica, Epitcio Pessoa, a pera O Guarani, de Carlos Gomes, transmitida diretamente do Teatro Municipal, alm de conferncias e diversas atraes. Muitas pessoas ficaram impressionadas, pensando que se tratava de algo sobrenatural. (...) Os primeiros a utilizar o rdio na publicidade foram grandes empresas, como Philips, Gessy e Bayer, que patrocinavam programas de auditrio e radionovelas. Na poltica, o rdio tambm exerceu enorme influncia: a propaganda eleitoral, pronunciamentos do presidente e a Hora do Brasil faziam parte da programao e alcanavam milhares de ouvintes. A partir de 1939, com o incio da Segunda Guerra Mundial, o rdio se transformou em um importante veculo para difundir fatos dirios e notcias do front. Surgia o radiojornalismo, sendo o Reprter Esso marco dessa poca. (Adaptado de Rdio no Brasil, em www.sunrise.com.br/amoradio, 29 de agosto de 2004). 2. Ligada poltica de integrao nacional do governo Getlio Vargas, em 1935 era criada a Hora do Brasil, programa obrigatrio de notcias oficiais. O programa existe at hoje, de segunda a sexta-feira, com o nome de A Voz do Brasil. A partir dos anos 90, sua obrigatoriedade tem sido contestada por vrias emissoras e algumas tm conseguido, por medidas judiciais, no transmiti-lo ou, ao menos, no no horrio das 19h00 s 20h00. (Adaptado de Gisela Swetlana Ortriwano, Radiojornalismo no Brasil: fragmentos de histria, Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 71). 3. Ao Pequeno Aparelho de Rdio Voc, pequena caixa que trouxe comigo Cuidando que suas vlvulas no quebrassem Ao correr do barco ao trem, do trem ao abrigo Para ouvir o que meus inimigos falassem Junto a meu leito, para minha dor atroz No fim da noite, de manh bem cedo, Lembrando as suas vitrias e o medo: Prometa jamais perder a voz! (1938-1941) (Bertold Brecht, Poemas 1913-1956. Seleo e traduo Paulo Csar de Souza. So Paulo: Ed. 34, 2000, p. 272). 4. Eu ouvia o rdio com avidez de quem gosta muito dele. Outras pessoas ouviam-no comigo. Mas ... quem ouvia a minha rdio? Ainda no tinha sido inventado o transistor, essa maravilha da tecnologia que em certo sentido revitalizou a vida do rdio depois do advento da televiso. Rdio a pilha ainda no existia. S os de imensas e custosas baterias ou ento os que eram movidos a geradores acoplados, ou mesmo movidos a acumuladores de autos em geral. (Flvio Arajo, O rdio, o futebol e a vida. So Paulo: Editora SENAC So Paulo, 2001, p. 37). 5. A Internet como meio de comunicao prev a coexistncia e complementaridade de diversas mdias. O rdio da Internet j nasce buscando em outros meios recursos que possam ser agregados mensagem radiofnica. Isso significa a possibilidade de criao de produtos radiofnicos numa seqncia particular para cada ouvinte, inclusive com a opo de suprimir trechos ou escolher entre dois enfoques de interesse. Essa possibilidade oferecida pela Internet atua fortemente sobre o rdio e sobre uma de suas principais caractersticas como meio de comunicao: a instantaneidade. Em relao ainda ao pblico, a capacidade de agregar audincias de regies antes inacessveis possibilita a existncia e sobrevivncia de projetos voltados a determinados segmentos de pblico, que podem ser pequenos localmente mas no globalmente. (Adaptado de Lgia Maria Trigo-de-Souza, Rdios.internet.br: o rdio que caiu na rede..., Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 94-5). 6. Rumo Oeste O rdio no carro canta pelas cidades. J sei onde est a melhor garapa de Araras, o melhor algodo em Leme. Em Pirassununga o hbito do ngelus ainda veste de santa qualquer tarde. O locutor e seu melhor emplastro para curar no peito aquela velha aflio. Todas as rdios abrem para o mundo o corao do largo e um recado de Ester: esta cano vai para W.J. que ainda no esqueci O cu de todas as rdios se estende para a capital: o que se dana em New York direto para So Simo. Para voc, Lucinha, mexer o que Deus lhe deu. A velha teia das cidades enleia agora as estrelas. ao som da stima badalada do corao da Matriz desligue o rdio! e respire de passagem tudo o que fica: so ondas soltas no ar. (Alcides Villaa, Viagem de Trem. So Paulo: Duas Cidades, 1988, p. 80). 7. Para aqueles que pensam em mdia globalizada no Brasil, basta uma viagem exploratria pelas cidades de interior para perceber que a histria no bem assim. Existem lugares em que as pessoas ainda se comunicam com recados afixados em rvores da Praa Central. No acredita? Pois o maior grupo de cutelaria do Brasil escolheu o rdio como forma de alcanar seu pblico alvo. O objetivo divulgar a marca de ferramentas e equipamentos, cuja distribuio pulverizada em milhares de pequenos pontos-de-venda e cooperativas, atravs de programaes especiais. (Adaptado de Ao p do rdio, Revista Grandes Idias de Marketing, n. 46, junho de 2000). 8. Navegando pelo site www.radiolivre.org encontramos informaes sobre duas novas rdios: Esto abertas as inscries para a rdio Interferncia. O prazo vai at 20 de agosto. A rdio interferncia um coletivo horizontal e heterogneo que busca possibilitar a comunicao de uma forma aberta, sem controle ou reivindicaes. uma rdio livre. Um espao onde no h patrulhas estticas ou ideolgicas. Um lugar onde todos os discursos podem existir. uma forma diferente de ver o mundo e que tenta ser alternativa aos grandes meios de comunicao e s tentativas de se construir um discurso contra-hegemnico baseadas no pensamento nico e na representao. Um grupo onde todos tm autonomia, mas onde, ao mesmo tempo, h uma construo coletiva. (17 de agosto de 2004). Rdio Uhmmmmm... Agora pode ser conectada em grande parte da rea central de Porto Alegre, na freqncia 105,7 FM, a mais nova rdio livre da cidade. Informando, debatendo, confundindo e questionando pelas ondas de rdio. Ainda em fase experimental, a rdio Uhmmmm... tocada no maior amadorismo, mas com muita paixo e convico de que o acesso a informaes diferenciadas realmente faz a diferena. (6 de junho de 2004). 9. As manifestaes da presena do rdio como elemento de construo da histria individual se do de diversas maneiras. Vinculaes so estabelecidas atravs de identificaes com tipos de programas em que esto presentes o musical, o jornalstico, a publicidade. Da escuta radiofnica guardam-se recordaes que acabam sendo recriadas, repetidas, reconfiguradas com o passar dos anos. (Adaptado de Graziela Soares Bianchi, A participao do rdio nas construes e sentidos do rural vivido e midiatizado, em www.bocc.ubi.pt, 15 de agosto de 2004). PROPOSTA B Trabalhe sua narrativa a partir do seguinte recorte temtico: Ouvir rdio uma prtica comum na sociedade moderna. O rdio um veculo que atinge o ouvinte em muitas situaes: o radinho na cozinha que acompanha as refeies, o rdio no nibus, no campo de futebol, no carro, na lanchonete, o rdio-relgio no quarto de dormir, o walkman na caminhada, o rdio na Internet. O rdio o companheiro de toda hora. Instrues: Imagine a histria de um(a) ouvinte para quem o rdio essencial; Narre as circunstncias em que o rdio se tornou importante na vida desse(a) personagem; Construa sua narrativa em primeira ou em terceira pessoa.

Questão
2005Redação

(UNICAMP - 2005 - 1a fase) Tema: O tema da prova de redao o Rdio. Coletnea: um conjunto de textos de natureza diversa que serve de subsdio para a sua redao. Sugerimos que voc leia toda a coletnea para depois selecionar os elementos que julgar pertinentes elaborao da proposta escolhida. Um bom aproveitamento da coletnea no significa referncia a todos os textos. Esperamos, isso sim, que os elementos selecionados sejam articulados com a sua experincia de leitura e reflexo. Se desejar, voc pode valer-se tambm de elementos presentes nos enunciados das questes da prova. ATENO: a coletnea nica e vlida para as trs propostas. Proposta: Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pgina de resposta. Cada proposta faz um recorte do tema da prova de redao (o Rdio), que deve ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. ATENO- sua redaoser anuladase voc desconsiderar acoletneaou fugir aorecortetemticoou no atender aotipo de textoda proposta escolhida. APRESENTAO DA COLETNEA O rdio demonstra constantemente sua condio de veculo indispensvel no cotidiano das pessoas, ao contrrio do que muitos podem pensar, quando o consideram um meio de difuso ultrapassado. Desde sua inveno, na passagem para o sculo XX, poca em que era conhecido como telgrafo sem fio, o papel que exerce na sociedade vem se reafirmando. Nem o advento da televiso, nem o da Internet, determinou o seu fim. Por isso, o rdio um objeto de reflexo instigante. COLETNEA 1. A primeira transmisso de rdio realizada no Brasil ocorreu no dia 07 de setembro de 1922, na cerimnia de abertura do Centenrio da Independncia, na Esplanada do Castelo. Foi um grande acontecimento. O pblico ouviu o pronunciamento do presidente da Repblica, Epitcio Pessoa, a pera O Guarani, de Carlos Gomes, transmitida diretamente do Teatro Municipal, alm de conferncias e diversas atraes. Muitas pessoas ficaram impressionadas, pensando que se tratava de algo sobrenatural. (...) Os primeiros a utilizar o rdio na publicidade foram grandes empresas, como Philips, Gessy e Bayer, que patrocinavam programas de auditrio e radionovelas. Na poltica, o rdio tambm exerceu enorme influncia: a propaganda eleitoral, pronunciamentos do presidente e a Hora do Brasil faziam parte da programao e alcanavam milhares de ouvintes. A partir de 1939, com o incio da Segunda Guerra Mundial, o rdio se transformou em um importante veculo para difundir fatos dirios e notcias do front. Surgia o radiojornalismo, sendo o Reprter Esso marco dessa poca. (Adaptado de Rdio no Brasil, em www.sunrise.com.br/amoradio, 29 de agosto de 2004). 2. Ligada poltica de integrao nacional do governo Getlio Vargas, em 1935 era criada a Hora do Brasil, programa obrigatrio de notcias oficiais. O programa existe at hoje, de segunda a sexta-feira, com o nome de A Voz do Brasil. A partir dos anos 90, sua obrigatoriedade tem sido contestada por vrias emissoras e algumas tm conseguido, por medidas judiciais, no transmiti-lo ou, ao menos, no no horrio das 19h00 s 20h00. (Adaptado de Gisela Swetlana Ortriwano, Radiojornalismo no Brasil: fragmentos de histria, Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 71). 3. Ao Pequeno Aparelho de Rdio Voc, pequena caixa que trouxe comigo Cuidando que suas vlvulas no quebrassem Ao correr do barco ao trem, do trem ao abrigo Para ouvir o que meus inimigos falassem Junto a meu leito, para minha dor atroz No fim da noite, de manh bem cedo, Lembrando as suas vitrias e o medo: Prometa jamais perder a voz! (1938-1941) (Bertold Brecht, Poemas 1913-1956. Seleo e traduo Paulo Csar de Souza. So Paulo: Ed. 34, 2000, p. 272). 4. Eu ouvia o rdio com avidez de quem gosta muito dele. Outras pessoas ouviam-no comigo. Mas ... quem ouvia a minha rdio? Ainda no tinha sido inventado o transistor, essa maravilha da tecnologia que em certo sentido revitalizou a vida do rdio depois do advento da televiso. Rdio a pilha ainda no existia. S os de imensas e custosas baterias ou ento os que eram movidos a geradores acoplados, ou mesmo movidos a acumuladores de autos em geral. (Flvio Arajo, O rdio, o futebol e a vida. So Paulo: Editora SENAC So Paulo, 2001, p. 37). 5. A Internet como meio de comunicao prev a coexistncia e complementaridade de diversas mdias. O rdio da Internet j nasce buscando em outros meios recursos que possam ser agregados mensagem radiofnica. Isso significa a possibilidade de criao de produtos radiofnicos numa seqncia particular para cada ouvinte, inclusive com a opo de suprimir trechos ou escolher entre dois enfoques de interesse. Essa possibilidade oferecida pela Internet atua fortemente sobre o rdio e sobre uma de suas principais caractersticas como meio de comunicao: a instantaneidade. Em relao ainda ao pblico, a capacidade de agregar audincias de regies antes inacessveis possibilita a existncia e sobrevivncia de projetos voltados a determinados segmentos de pblico, que podem ser pequenos localmente mas no globalmente. (Adaptado de Lgia Maria Trigo-de-Souza, Rdios.internet.br: o rdio que caiu na rede..., Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 94-5). 6. Rumo Oeste O rdio no carro canta pelas cidades. J sei onde est a melhor garapa de Araras, o melhor algodo em Leme. Em Pirassununga o hbito do ngelus ainda veste de santa qualquer tarde. O locutor e seu melhor emplastro para curar no peito aquela velha aflio. Todas as rdios abrem para o mundo o corao do largo e um recado de Ester: esta cano vai para W.J. que ainda no esqueci O cu de todas as rdios se estende para a capital: o que se dana em New York direto para So Simo. Para voc, Lucinha, mexer o que Deus lhe deu. A velha teia das cidades enleia agora as estrelas. ao som da stima badalada do corao da Matriz desligue o rdio! e respire de passagem tudo o que fica: so ondas soltas no ar. (Alcides Villaa, Viagem de Trem. So Paulo: Duas Cidades, 1988, p. 80). 7. Para aqueles que pensam em mdia globalizada no Brasil, basta uma viagem exploratria pelas cidades de interior para perceber que a histria no bem assim. Existem lugares em que as pessoas ainda se comunicam com recados afixados em rvores da Praa Central. No acredita? Pois o maior grupo de cutelaria do Brasil escolheu o rdio como forma de alcanar seu pblico alvo. O objetivo divulgar a marca de ferramentas e equipamentos, cuja distribuio pulverizada em milhares de pequenos pontos-de-venda e cooperativas, atravs de programaes especiais. (Adaptado de Ao p do rdio, Revista Grandes Idias de Marketing, n. 46, junho de 2000). 8. Navegando pelo site www.radiolivre.org encontramos informaes sobre duas novas rdios: Esto abertas as inscries para a rdio Interferncia. O prazo vai at 20 de agosto. A rdio interferncia um coletivo horizontal e heterogneo que busca possibilitar a comunicao de uma forma aberta, sem controle ou reivindicaes. uma rdio livre. Um espao onde no h patrulhas estticas ou ideolgicas. Um lugar onde todos os discursos podem existir. uma forma diferente de ver o mundo e que tenta ser alternativa aos grandes meios de comunicao e s tentativas de se construir um discurso contra-hegemnico baseadas no pensamento nico e na representao. Um grupo onde todos tm autonomia, mas onde, ao mesmo tempo, h uma construo coletiva. (17 de agosto de 2004). Rdio Uhmmmmm... Agora pode ser conectada em grande parte da rea central de Porto Alegre, na freqncia 105,7 FM, a mais nova rdio livre da cidade. Informando, debatendo, confundindo e questionando pelas ondas de rdio. Ainda em fase experimental, a rdio Uhmmmm... tocada no maior amadorismo, mas com muita paixo e convico de que o acesso a informaes diferenciadas realmente faz a diferena. (6 de junho de 2004). 9. As manifestaes da presena do rdio como elemento de construo da histria individual se do de diversas maneiras. Vinculaes so estabelecidas atravs de identificaes com tipos de programas em que esto presentes o musical, o jornalstico, a publicidade. Da escuta radiofnica guardam-se recordaes que acabam sendo recriadas, repetidas, reconfiguradas com o passar dos anos. (Adaptado de Graziela Soares Bianchi, A participao do rdio nas construes e sentidos do rural vivido e midiatizado, em www.bocc.ubi.pt, 15 de agosto de 2004). PROPOSTA C Trabalhe sua carta a partir do seguinte recorte temtico: Atendendo aos vrios segmentos do pblico em diferentes horrios, as emissoras de rdio definem sua programao em torno de um leque variado de opes: programas de msica, esportes, informao, religio, etc. Programas que um dia fizeram muito sucesso j no existem mais, como a rdio-novela e os programas de auditrio. Instrues: Imagine um programa de rdio que, em sua opinio, deva sair do ar; Argumente pela retirada desse programa da grade de programao; Dirija a carta a um interlocutor que possa interferir nessa deciso