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Questões de Português - AFA | Gabarito e resoluções

Questão 46
2021Português

(AFA - 2021) TEXTO I As mulheres so vitimas de violncia porque so mulheres Wnia Pasinato Nos ltimos anos, a violncia contra as mulheres no Brasil vem se tornando assunto pblico e reconhecido como problema ao qual qualquer mulher, independentemente de raa, cor, etnia, idade ou classe social, pode estar sujeita. Trata-se de reconhecer que a violncia no um infortnio1pessoal, mas tem origem na constituio desigual dos lugares de homens e mulheres nas sociedades a desigualdade de gnero , que tem implicaes no apenas nos papis sociais do masculino e feminino e nos comportamentos sexuais, mas tambm em uma relao de poder.Em outras palavras, significa dizer que a desigualdade estrutural. Ou seja, social, histrica e culturalmente a sociedade designa s mulheres um lugar de submisso e menor poder em relao aos homens. Qualquer outro fator o desemprego, o alcoolismo, o cime, o comportamento da mulher, seu jeito de vestir ou exercer sua sexualidade no so causas, mas justificativas socialmente aceitas para que as mulheres continuem a sofrer violncia. (...) Em anos recentes, esse reconhecimento foi acompanhado por mudanas na forma como devemos responder a essa violncia, atacando no as justificativas, mas as causas. O pas tornou-se referncia internacional com a Lei 11.340/2006 a Lei Maria da Penha, cujo diferencial a forma de abordar o problema, propondo a criminalizao e a aplicao de penas para os agressores, mas tambm medidas que so dirigidas s mulheres para a proteo de sua integridade fsica e de seus direitos, alm das medidas de preveno destinadas a modificar as relaes entre homens e mulheres na sociedade, campo no qual a educao desempenha papel estratgico.Apesar de tudo, o Brasil segue sendo um pas violento para as mulheres. Anualmente so registradas centenas de ocorrncias de violncia domstica, de violncia sexual, alm das elevadas taxas de homicdios de mulheres que, quando motivadas pelas razes de gnero, so tipificadas como feminicdio.2Esses nmeros expressam apenas uma parte do problema e comumente dizemos que a subnotificao uma caracterstica dessas situaes. O medo, a dvida, a vergonha so algumas das explicaes para esse silncio, mas novamente nos contentamos em olhar para justificativas e no para as causas. (...) De modo geral, mudamos as leis3, mas no a forma como as instituies funcionam. O sistema de Justia segue atuando de forma seletiva e distribuindo de forma desigual o acesso Justia. Existem poucos servios especializados para atender as mulheres em situao de violncia.Faltam protocolos que orientem o atendimento. Falta capacitao para os profissionais cuja atuao muitas vezes balizada por convices pessoais e julgamentos de valor que nada tem a ver com os direitos humanos. (...) Disponvel em https://http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2018/02/violencia-contra-mulher-wania-pasinato.html - Acesso em 30/06/2020 TEXTO II Porm Igualmente uma santa. Diziam os vizinhos. ED. Eullia apanhando. um anjo. Diziam os parentes. E D. Eullia sangrando. Porm igualmente2se surpreenderam na noite em que1, mais bbado que de costume, o marido depois de surr-la, jogou-a pela janela, e D. Eullia rompeu em asas o voo de sua trajetria. (COLASANTI, Marina.Um espinho de marfim e outras histrias.Porto Alegre: L PM, 1999.) TEXTO III Mulheres de Atenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas: Vivempros seus maridos Orgulho e raade Atenas Quando amadas, se perfumam Se banham com leite, se arrumam Suas melenas Quando fustigadas no choram Se ajoelham, pedem imploram Mais duras penas; cadenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas: Sofrempros seus maridos Poder e forade Atenas Elas no tm gosto ou vontade Nem defeito, nem qualidade Tm medo apenas No tem sonhos, s tem pressgios O seu homem, mares, naufrgios Lindas sirenas, morenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Temem por seus maridos Heris e amantes de Atenas As jovens vivas marcadas E as gestantes abandonadas No fazem cenas Vestem-se de negro, se encolhem Se conformam e se recolhem s suas novenas, serenas (HOLANDA, Chico Buarque de.Meus caros amigos.LP, 1976. Phonogram/Philips) TEXTO IV Apelo Amanh faz um ms que a Senhora est longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, no senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversade esquina. No foi ausncia por uma semana: o batom ainda no leno, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho. Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notcia de sua perda veio aos poucos:[1]a pilha de jornais ali no cho, ningum os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, at o cenrio ficou mudo. No dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava s, sem o perdo de sua presena, ltima luz na varanda, a todas as aflies do dia. Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate -[2] meu jeito de querer bem. Acaso saudade, Senhora? s suas violetas, na janela, no lhes poupei gua e elas murcham. No tenho boto na camisa. Calo a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de ns sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. (TREVISAN, Dalton.Mistrios de Curitiba.5aed. Record. Rio de Janeiro, 1996.) TEXTO V Disponvel em: https://amarildocharge.wordpress.com/2018/10/27/janelas/- Acesso em 30/06/2020 TEXTO VI Disponvel em: https://www.humorpolitico.com.br/pxeira/precisamos-lutarjunts-contra-essa-barbarie-eumetoacolher/- Acesso em 30/06/2020 Aps analisar as afirmativas abaixo sobre os textos que compem esta prova, correto afirmar que

Questão 47
2021Português

(AFA - 2021) TEXTO I As mulheres so vitimas de violncia porque so mulheres Wnia Pasinato Nos ltimos anos, a violncia contra as mulheres no Brasil vem se tornando assunto pblico e reconhecido como problema ao qual qualquer mulher, independentemente de raa, cor, etnia, idade ou classe social, pode estar sujeita. Trata-se de reconhecer que a violncia no um infortnio1pessoal, mas tem origem na constituio desigual dos lugares de homens e mulheres nas sociedades a desigualdade de gnero , que tem implicaes no apenas nos papis sociais do masculino e feminino e nos comportamentos sexuais, mas tambm em uma relao de poder.Em outras palavras, significa dizer que a desigualdade estrutural. Ou seja, social, histrica e culturalmente a sociedade designa s mulheres um lugar de submisso e menor poder em relao aos homens. Qualquer outro fator o desemprego, o alcoolismo, o cime, o comportamento da mulher, seu jeito de vestir ou exercer sua sexualidade no so causas, mas justificativas socialmente aceitas para que as mulheres continuem a sofrer violncia. (...) Em anos recentes, esse reconhecimento foi acompanhado por mudanas na forma como devemos responder a essa violncia, atacando no as justificativas, mas as causas. O pas tornou-se referncia internacional com a Lei 11.340/2006 a Lei Maria da Penha, cujo diferencial a forma de abordar o problema, propondo a criminalizao e a aplicao de penas para os agressores, mas tambm medidas que so dirigidas s mulheres para a proteo de sua integridade fsica e de seus direitos, alm das medidas de preveno destinadas a modificar as relaes entre homens e mulheres na sociedade, campo no qual a educao desempenha papel estratgico.Apesar de tudo, o Brasil segue sendo um pas violento para as mulheres. Anualmente so registradas centenas de ocorrncias de violncia domstica, de violncia sexual, alm das elevadas taxas de homicdios de mulheres que, quando motivadas pelas razes de gnero, so tipificadas como feminicdio.2Esses nmeros expressam apenas uma parte do problema e comumente dizemos que a subnotificao uma caracterstica dessas situaes. O medo, a dvida, a vergonha so algumas das explicaes para esse silncio, mas novamente nos contentamos em olhar para justificativas e no para as causas. (...) De modo geral, mudamos as leis3, mas no a forma como as instituies funcionam. O sistema de Justia segue atuando de forma seletiva e distribuindo de forma desigual o acesso Justia. Existem poucos servios especializados para atender as mulheres em situao de violncia.Faltam protocolos que orientem o atendimento. Falta capacitao para os profissionais cuja atuao muitas vezes balizada por convices pessoais e julgamentos de valor que nada tem a ver com os direitos humanos. (...) Disponvel em https://http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2018/02/violencia-contra-mulher-wania-pasinato.html - Acesso em 30/06/2020 TEXTO II Porm Igualmente uma santa. Diziam os vizinhos. ED. Eullia apanhando. um anjo. Diziam os parentes. E D. Eullia sangrando. Porm igualmente2se surpreenderam na noite em que1, mais bbado que de costume, o marido depois de surr-la, jogou-a pela janela, e D. Eullia rompeu em asas o voo de sua trajetria. (COLASANTI, Marina.Um espinho de marfim e outras histrias.Porto Alegre: L PM, 1999.) TEXTO III Mulheres de Atenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas: Vivempros seus maridos Orgulho e raade Atenas Quando amadas, se perfumam Se banham com leite, se arrumam Suas melenas Quando fustigadas no choram Se ajoelham, pedem imploram Mais duras penas; cadenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas: Sofrempros seus maridos Poder e forade Atenas Elas no tm gosto ou vontade Nem defeito, nem qualidade Tm medo apenas No tem sonhos, s tem pressgios O seu homem, mares, naufrgios Lindas sirenas, morenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Temem por seus maridos Heris e amantes de Atenas As jovens vivas marcadas E as gestantes abandonadas No fazem cenas Vestem-se de negro, se encolhem Se conformam e se recolhem s suas novenas, serenas (HOLANDA, Chico Buarque de.Meus caros amigos.LP, 1976. Phonogram/Philips) TEXTO IV Apelo Amanh faz um ms que a Senhora est longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, no senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversade esquina. No foi ausncia por uma semana: o batom ainda no leno, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho. Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notcia de sua perda veio aos poucos:[1]a pilha de jornais ali no cho, ningum os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, at o cenrio ficou mudo. No dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava s, sem o perdo de sua presena, ltima luz na varanda, a todas as aflies do dia. Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate -[2] meu jeito de querer bem. Acaso saudade, Senhora? s suas violetas, na janela, no lhes poupei gua e elas murcham. No tenho boto na camisa. Calo a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de ns sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. (TREVISAN, Dalton.Mistrios de Curitiba.5aed. Record. Rio de Janeiro, 1996.) TEXTO V Disponvel em: https://amarildocharge.wordpress.com/2018/10/27/janelas/- Acesso em 30/06/2020 TEXTO VI Disponvel em: https://www.humorpolitico.com.br/pxeira/precisamos-lutarjunts-contra-essa-barbarie-eumetoacolher/- Acesso em 30/06/2020 Assinale a alternativa que analisa de modoINCORRETOa relao entre sentido e construo lingustica dos textos desta prova.

Questão 48
2021Português

(AFA - 2021) TEXTO II Porm Igualmente uma santa. Diziam os vizinhos. ED. Eullia apanhando. um anjo. Diziam os parentes. E D. Eullia sangrando. Porm igualmente2se surpreenderam na noite em que1, mais bbado que de costume, o marido depois de surr-la, jogou-a pela janela, e D. Eullia rompeu em asas o voo de sua trajetria. (COLASANTI, Marina.Um espinho de marfim e outras histrias.Porto Alegre: L PM, 1999.) Observe o emprego do conectivo E no seguinte enunciado e assinale a alternativa em que ele foi empregado no mesmo sentido. uma santa. Diziam os vizinhos. E D. Eullia apanhando.

Questão 1
2020Português

(AFA - 2020) TEXTO I Trecho da pea teatral A raposa e as uvas, escrita porGuilherme de Figueiredo. A cena ocorre na cidade de Samos (Grcia Antiga), na casa de Xants, um filsofo grego, que recebe o convidado Agnostos, um capito ateniense. O jantar servido porEsopo e Melita, escravos de Xants. (Entra Esopo, com um prato que coloca sobre a mesa. Est coberto com um pano. Xants e Agnostos se dirigem para a mesa, o primeiro faz ao segundo um sinal para sentarem-se.) 5 XANTS (Descobrindo o prato) Ah, lngua! (Comea a comer com as mos , e faz um sinal parta Melita sirva Agnostos. Este tambm comea a comer vorazmente, dando grunhidos de satisfao.) Fizeste bem em trazer lngua, Esopo. realmente uma das melhores coisas do 10 mundo. (Sinal para que sirvam o vinho. Esopo serve, Xants bebe.) Vs, estrangeiro, de qualquer modo bom possuir riquezas. No gostas de saborear esta lngua e este vinho? AGNOSTOS (A boca entupindo comendo) Hum. 15 XANTS Outro prato Esopo. (Esopo sai esquerda e volta imediatamente com outro prato coberto. Serve, Xants de boca cheia) Que isto? Ah, lngua de fumeiro! bom lngua de fumeiro, hein, amigo? AGNOSTOS Hum. (Xants serve-se de vinho) /.../ 20 XANTS (A Esopo) Serve outro prato. (Serve) Que trazes a? ESOPO Lngua. XANTS Mais lngua? No te disse que trouxesse o que h de melhor para o meu hspede? Por que s trazes 25 lngua? Queres expor-me ao ridculo? ESOPO Que h de melhor do que a lngua? A lngua o que nos une todos, quando falamos. Sem a lngua nada poderamos dizer. A lngua a chave das cincias, o rgo da verdade e da razo. Graas a lngua dizemos o 30 nosso amor. Com a lngua se ensina, se persuade, se instrui, se reza, se explica, se canta, se descreve, se elogia, se mostra, se afirma. com a lngua que dizemos sim. a lngua que ordena os exrcitos vitria, a lngua que desdobra os versos de Homero. A lngua cria o 35 mundo de Esquilo, a palavra de Demstenes. Toda a Grcia, Xants, das colunas do Partenon s sottuas de Pidias, dos deuses do Olimpo glria sobre Troia, da ode do poeta ao ensinamento do filsofo, toda a Grcia foi feita com a lngua, a lngua de belos gregos claros falando 40 para a eternidade. XANTS (Levantando-se, entusiasmado, j meio brio) Bravo, Esopo. Realmente, tu nos trouxeste o que h de melhor. (Toma outro saco da cintura e atira-o ao escravo) Vai agora ao mercado, e traze-nos o que houver de pior, 45 pois quero ver a sua sabedoria! (Esopo retira-se frente com o saco, Xants fala a Agnostos.) Entao, no til e bom possuir um escravo assim? AGNOSTOS (A boca cheia) Hum. /.../ (Entra Esopo com prato coberto.) 50 XANTS Agora que j sabemos o que h de melhor na terra, vejamos o que h de pior na opinio deste horrendo escravo! Lngua, ainda? Mais lngua? No disseste que lngua era o que havia de melhor? Queres ser espancado? 55 ESOPO A lngua senhor, o que h de pior no mundo. a fonte de todas as intrigas, o incio de todos os processos, a me de todas as discusses. a lngua que usam os maus poetas que nos fatigam na praa, a lngua que usam os filsofos que no sabem pensar. a 60 lngua que mente, que esconde, que tergiverse, que blasfema, que insulta, que se acovarda, que se mendiga, que impreca, que bajula, que destri, que calunia, que vende, que seduz, com a lngua que dizemos morre e canalha e corja. com a lngua que dizemos no. Com a 65 lngua Aquiles mostrou sua clera, com a lngua a Grcia vai tumultuar os pobres crebros humanos para toda a eternidade! A est, Xants, porque a lngua a pior de todas as coisas! (FIGUEIREDO, Guilherme. A raposa e as uvas pea em 3 atos. Cpia digitalizada pelo GETEB Grupo de Estudos e Pesquisa em Teatro Brasileiro/UFSJ. Disponvel para fins didticos em www.teatroparatodosufsj.com.br/ download/guilherme-figueiredo-a-raposa-e-as-uvas-2/ Acesso em 13/03/2019.) Sobre o texto I, INCORRETO afirmar que:

Questão 2
2020Português

(AFA - 2020) TEXTO I Trecho da pea teatral A raposa e as uvas, escrita porGuilherme de Figueiredo. A cena ocorre na cidade de Samos (Grcia Antiga), na casa de Xants, um filsofo grego, que recebe o convidado Agnostos, um capito ateniense. O jantar servido porEsopo e Melita, escravos de Xants. (Entra Esopo, com um prato que coloca sobre a mesa. Est coberto com um pano. Xants e Agnostos se dirigem para a mesa, o primeiro faz ao segundo um sinal para sentarem-se.) 5 XANTS (Descobrindo o prato) Ah, lngua! (Comea a comer com as mos , e faz um sinal parta Melita sirva Agnostos. Este tambm comea a comer vorazmente, dando grunhidos de satisfao.) Fizeste bem em trazer lngua, Esopo. realmente uma das melhores coisas do 10 mundo. (Sinal para que sirvam o vinho. Esopo serve, Xants bebe.) Vs, estrangeiro, de qualquer modo bom possuir riquezas. No gostas de saborear esta lngua e este vinho? AGNOSTOS (A boca entupindo comendo) Hum. 15 XANTS Outro prato Esopo. (Esopo sai esquerda e volta imediatamente com outro prato coberto. Serve, Xants de boca cheia) Que isto? Ah, lngua de fumeiro! bom lngua de fumeiro, hein, amigo? AGNOSTOS Hum. (Xants serve-se de vinho) /.../ 20 XANTS (A Esopo) Serve outro prato. (Serve) Que trazes a? ESOPO Lngua. XANTS Mais lngua? No te disse que trouxesse o que h de melhor para o meu hspede? Por que s trazes 25 lngua? Queres expor-me ao ridculo? ESOPO Que h de melhor do que a lngua? A lngua o que nos une todos, quando falamos. Sem a lngua nada poderamos dizer. A lngua a chave das cincias, o rgo da verdade e da razo. Graas a lngua dizemos o 30 nosso amor. Com a lngua se ensina, se persuade, se instrui, se reza, se explica, se canta, se descreve, se elogia, se mostra, se afirma. com a lngua que dizemos sim. a lngua que ordena os exrcitos vitria, a lngua que desdobra os versos de Homero. A lngua cria o 35 mundo de Esquilo, a palavra de Demstenes. Toda a Grcia, Xants, das colunas do Partenon s sottuas de Pidias, dos deuses do Olimpo glria sobre Troia, da ode do poeta ao ensinamento do filsofo, toda a Grcia foi feita com a lngua, a lngua de belos gregos claros falando 40 para a eternidade. XANTS (Levantando-se, entusiasmado, j meio brio) Bravo, Esopo. Realmente, tu nos trouxeste o que h de melhor. (Toma outro saco da cintura e atira-o ao escravo) Vai agora ao mercado, e traze-nos o que houver de pior, 45 pois quero ver a sua sabedoria! (Esopo retira-se frente com o saco, Xants fala a Agnostos.) Entao, no til e bom possuir um escravo assim? AGNOSTOS (A boca cheia) Hum. /.../ (Entra Esopo com prato coberto.) 50 XANTS Agora que j sabemos o que h de melhor na terra, vejamos o que h de pior na opinio deste horrendo escravo! Lngua, ainda? Mais lngua? No disseste que lngua era o que havia de melhor? Queres ser espancado? 55 ESOPO A lngua senhor, o que h de pior no mundo. a fonte de todas as intrigas, o incio de todos os processos, a me de todas as discusses. a lngua que usam os maus poetas que nos fatigam na praa, a lngua que usam os filsofos que no sabem pensar. a 60 lngua que mente, que esconde, que tergiverse, que blasfema, que insulta, que se acovarda, que se mendiga, que impreca, que bajula, que destri, que calunia, que vende, que seduz, com a lngua que dizemos morre e canalha e corja. com a lngua que dizemos no. Com a 65 lngua Aquiles mostrou sua clera, com a lngua a Grcia vai tumultuar os pobres crebros humanos para toda a eternidade! A est, Xants, porque a lngua a pior de todas as coisas! (FIGUEIREDO, Guilherme. A raposa e as uvas pea em 3 atos. Cpia digitalizada pelo GETEB Grupo de Estudos e Pesquisa em Teatro Brasileiro/UFSJ. Disponvel para fins didticos em www.teatroparatodosufsj.com.br/ download/guilherme-figueiredo-a-raposa-e-as-uvas-2/ Acesso em 13/03/2019.) De acordo com o texto I, a Grcia foi feita com a lngua, a lngua dos belos gregos claros falando para a eternidade. Na viso de Esopo, para falar para a Eternidade a lngua deveria

Questão 3
2020Português

(AFA - 2020) TEXTO I Trecho da pea teatral A raposa e as uvas, escrita porGuilherme de Figueiredo. A cena ocorre na cidade de Samos (Grcia Antiga), na casa de Xants, um filsofo grego, que recebe o convidado Agnostos, um capito ateniense. O jantar servido porEsopo e Melita, escravos de Xants. (Entra Esopo, com um prato que coloca sobre a mesa. Est coberto com um pano. Xants e Agnostos se dirigem para a mesa, o primeiro faz ao segundo um sinal para sentarem-se.) 5 XANTS (Descobrindo o prato) Ah, lngua! (Comea a comer com as mos , e faz um sinal parta Melita sirva Agnostos. Este tambm comea a comer vorazmente, dando grunhidos de satisfao.) Fizeste bem em trazer lngua, Esopo. realmente uma das melhores coisas do 10 mundo. (Sinal para que sirvam o vinho. Esopo serve, Xants bebe.) Vs, estrangeiro, de qualquer modo bom possuir riquezas. No gostas de saborear esta lngua e este vinho? AGNOSTOS (A boca entupindo comendo) Hum. 15 XANTS Outro prato Esopo. (Esopo sai esquerda e volta imediatamente com outro prato coberto. Serve, Xants de boca cheia) Que isto? Ah, lngua de fumeiro! bom lngua de fumeiro, hein, amigo? AGNOSTOS Hum. (Xants serve-se de vinho) /.../ 20 XANTS (A Esopo) Serve outro prato. (Serve) Que trazes a? ESOPO Lngua. XANTS Mais lngua? No te disse que trouxesse o que h de melhor para o meu hspede? Por que s trazes 25 lngua? Queres expor-me ao ridculo? ESOPO Que h de melhor do que a lngua? A lngua o que nos une todos, quando falamos. Sem a lngua nada poderamos dizer. A lngua a chave das cincias, o rgo da verdade e da razo. Graas a lngua dizemos o 30 nosso amor. Com a lngua se ensina, se persuade, se instrui, se reza, se explica, se canta, se descreve, se elogia, se mostra, se afirma. com a lngua que dizemos sim. a lngua que ordena os exrcitos vitria, a lngua que desdobra os versos de Homero. A lngua cria o 35 mundo de Esquilo, a palavra de Demstenes. Toda a Grcia, Xants, das colunas do Partenon s sottuas de Pidias, dos deuses do Olimpo glria sobre Troia, da ode do poeta ao ensinamento do filsofo, toda a Grcia foi feita com a lngua, a lngua de belos gregos claros falando 40 para a eternidade. XANTS (Levantando-se, entusiasmado, j meio brio) Bravo, Esopo. Realmente, tu nos trouxeste o que h de melhor. (Toma outro saco da cintura e atira-o ao escravo) Vai agora ao mercado, e traze-nos o que houver de pior, 45 pois quero ver a sua sabedoria! (Esopo retira-se frente com o saco, Xants fala a Agnostos.) Entao, no til e bom possuir um escravo assim? AGNOSTOS (A boca cheia) Hum. /.../ (Entra Esopo com prato coberto.) 50 XANTS Agora que j sabemos o que h de melhor na terra, vejamos o que h de pior na opinio deste horrendo escravo! Lngua, ainda? Mais lngua? No disseste que lngua era o que havia de melhor? Queres ser espancado? 55 ESOPO A lngua senhor, o que h de pior no mundo. a fonte de todas as intrigas, o incio de todos os processos, a me de todas as discusses. a lngua que usam os maus poetas que nos fatigam na praa, a lngua que usam os filsofos que no sabem pensar. a 60 lngua que mente, que esconde, que tergiverse, que blasfema, que insulta, que se acovarda, que se mendiga, que impreca, que bajula, que destri, que calunia, que vende, que seduz, com a lngua que dizemos morre e canalha e corja. com a lngua que dizemos no. Com a 65 lngua Aquiles mostrou sua clera, com a lngua a Grcia vai tumultuar os pobres crebros humanos para toda a eternidade! A est, Xants, porque a lngua a pior de todas as coisas! (FIGUEIREDO, Guilherme. A raposa e as uvas pea em 3 atos. Cpia digitalizada pelo GETEB Grupo de Estudos e Pesquisa em Teatro Brasileiro/UFSJ. Disponvel para fins didticos em www.teatroparatodosufsj.com.br/ download/guilherme-figueiredo-a-raposa-e-as-uvas-2/ Acesso em 13/03/2019.) Leia o trecho abaixo e responda a questo aseguir: Mais lngua? No te disse que trouxesse o que h de melhor para meu hspede? Por que s trazes lngua? Queres expor-me ao ridculo? (l.23 a 25) Em relao anlise morfossinttica desse fragmento, assinale a alternativa correta.

Questão 4
2020Português

(AFA - 2020) TEXTO I Trecho da pea teatral A raposa e as uvas, escrita porGuilherme de Figueiredo. A cena ocorre na cidade de Samos (Grcia Antiga), na casa de Xants, um filsofo grego, que recebe o convidado Agnostos, um capito ateniense. O jantar servido porEsopo e Melita, escravos de Xants. (Entra Esopo, com um prato que coloca sobre a mesa. Est coberto com um pano. Xants e Agnostos se dirigem para a mesa, o primeiro faz ao segundo um sinal para sentarem-se.) 5 XANTS (Descobrindo o prato) Ah, lngua! (Comea a comer com as mos , e faz um sinal parta Melita sirva Agnostos. Este tambm comea a comer vorazmente, dando grunhidos de satisfao.) Fizeste bem em trazer lngua, Esopo. realmente uma das melhores coisas do 10 mundo. (Sinal para que sirvam o vinho. Esopo serve, Xants bebe.) Vs, estrangeiro, de qualquer modo bom possuir riquezas. No gostas de saborear esta lngua e este vinho? AGNOSTOS (A boca entupindo comendo) Hum. 15 XANTS Outro prato Esopo. (Esopo sai esquerda e volta imediatamente com outro prato coberto. Serve, Xants de boca cheia) Que isto? Ah, lngua de fumeiro! bom lngua de fumeiro, hein, amigo? AGNOSTOS Hum. (Xants serve-se de vinho) /.../ 20 XANTS (A Esopo) Serve outro prato. (Serve) Que trazes a? ESOPO Lngua. XANTS Mais lngua? No te disse que trouxesse o que h de melhor para o meu hspede? Por que s trazes 25 lngua? Queres expor-me ao ridculo? ESOPO Que h de melhor do que a lngua? A lngua o que nos une todos, quando falamos. Sem a lngua nada poderamos dizer. A lngua a chave das cincias, o rgo da verdade e da razo. Graas a lngua dizemos o 30 nosso amor. Com a lngua se ensina, se persuade, se instrui, se reza, se explica, se canta, se descreve, se elogia, se mostra, se afirma. com a lngua que dizemos sim. a lngua que ordena os exrcitos vitria, a lngua que desdobra os versos de Homero. A lngua cria o 35 mundo de Esquilo, a palavra de Demstenes. Toda a Grcia, Xants, das colunas do Partenon s sottuas de Pidias, dos deuses do Olimpo glria sobre Troia, da ode do poeta ao ensinamento do filsofo, toda a Grcia foi feita com a lngua, a lngua de belos gregos claros falando 40 para a eternidade. XANTS (Levantando-se, entusiasmado, j meio brio) Bravo, Esopo. Realmente, tu nos trouxeste o que h de melhor. (Toma outro saco da cintura e atira-o ao escravo) Vai agora ao mercado, e traze-nos o que houver de pior, 45 pois quero ver a sua sabedoria! (Esopo retira-se frente com o saco, Xants fala a Agnostos.) Entao, no til e bom possuir um escravo assim? AGNOSTOS (A boca cheia) Hum. /.../ (Entra Esopo com prato coberto.) 50 XANTS Agora que j sabemos o que h de melhor na terra, vejamos o que h de pior na opinio deste horrendo escravo! Lngua, ainda? Mais lngua? No disseste que lngua era o que havia de melhor? Queres ser espancado? 55 ESOPO A lngua senhor, o que h de pior no mundo. a fonte de todas as intrigas, o incio de todos os processos, a me de todas as discusses. a lngua que usam os maus poetas que nos fatigam na praa, a lngua que usam os filsofos que no sabem pensar. a 60 lngua que mente, que esconde, que tergiverse, que blasfema, que insulta, que se acovarda, que se mendiga, que impreca, que bajula, que destri, que calunia, que vende, que seduz, com a lngua que dizemos morre e canalha e corja. com a lngua que dizemos no. Com a 65 lngua Aquiles mostrou sua clera, com a lngua a Grcia vai tumultuar os pobres crebros humanos para toda a eternidade! A est, Xants, porque a lngua a pior de todas as coisas! (FIGUEIREDO, Guilherme. A raposa e as uvas pea em 3 atos. Cpia digitalizada pelo GETEB Grupo de Estudos e Pesquisa em Teatro Brasileiro/UFSJ. Disponvel para fins didticos em www.teatroparatodosufsj.com.br/ download/guilherme-figueiredo-a-raposa-e-as-uvas-2/ Acesso em 13/03/2019.) Ao longo do texto I, a palavra QUE empregada diversas vezes. Assinale a alternativa que apresenta classificao correta do termo destacado.

Questão 5
2020Português

(AFA - 2020) TEXTO I Trecho da pea teatral A raposa e as uvas, escrita porGuilherme de Figueiredo. A cena ocorre na cidade de Samos (Grcia Antiga), na casa de Xants, um filsofo grego, que recebe o convidado Agnostos, um capito ateniense. O jantar servido porEsopo e Melita, escravos de Xants. (Entra Esopo, com um prato que coloca sobre a mesa. Est coberto com um pano. Xants e Agnostos se dirigem para a mesa, o primeiro faz ao segundo um sinal para sentarem-se.) 5 XANTS (Descobrindo o prato) Ah, lngua! (Comea a comer com as mos , e faz um sinal parta Melita sirva Agnostos. Este tambm comea a comer vorazmente, dando grunhidos de satisfao.) Fizeste bem em trazer lngua, Esopo. realmente uma das melhores coisas do 10 mundo. (Sinal para que sirvam o vinho. Esopo serve, Xants bebe.) Vs, estrangeiro, de qualquer modo bom possuir riquezas. No gostas de saborear esta lngua e este vinho? AGNOSTOS (A boca entupindo comendo) Hum. 15 XANTS Outro prato Esopo. (Esopo sai esquerda e volta imediatamente com outro prato coberto. Serve, Xants de boca cheia) Que isto? Ah, lngua de fumeiro! bom lngua de fumeiro, hein, amigo? AGNOSTOS Hum. (Xants serve-se de vinho) /.../ 20 XANTS (A Esopo) Serve outro prato. (Serve) Que trazes a? ESOPO Lngua. XANTS Mais lngua? No te disse que trouxesse o que h de melhor para o meu hspede? Por que s trazes 25 lngua? Queres expor-me ao ridculo? ESOPO Que h de melhor do que a lngua? A lngua o que nos une todos, quando falamos. Sem a lngua nada poderamos dizer. A lngua a chave das cincias, o rgo da verdade e da razo. Graas a lngua dizemos o 30 nosso amor. Com a lngua se ensina, se persuade, se instrui, se reza, se explica, se canta, se descreve, se elogia, se mostra, se afirma. com a lngua que dizemos sim. a lngua que ordena os exrcitos vitria, a lngua que desdobra os versos de Homero. A lngua cria o 35 mundo de Esquilo, a palavra de Demstenes. Toda a Grcia, Xants, das colunas do Partenon s sottuas de Pidias, dos deuses do Olimpo glria sobre Troia, da ode do poeta ao ensinamento do filsofo, toda a Grcia foi feita com a lngua, a lngua de belos gregos claros falando 40 para a eternidade. XANTS (Levantando-se, entusiasmado, j meio brio) Bravo, Esopo. Realmente, tu nos trouxeste o que h de melhor. (Toma outro saco da cintura e atira-o ao escravo) Vai agora ao mercado, e traze-nos o que houver de pior, 45 pois quero ver a sua sabedoria! (Esopo retira-se frente com o saco, Xants fala a Agnostos.) Entao, no til e bom possuir um escravo assim? AGNOSTOS (A boca cheia) Hum. /.../ (Entra Esopo com prato coberto.) 50 XANTS Agora que j sabemos o que h de melhor na terra, vejamos o que h de pior na opinio deste horrendo escravo! Lngua, ainda? Mais lngua? No disseste que lngua era o que havia de melhor? Queres ser espancado? 55 ESOPO A lngua senhor, o que h de pior no mundo. a fonte de todas as intrigas, o incio de todos os processos, a me de todas as discusses. a lngua que usam os maus poetas que nos fatigam na praa, a lngua que usam os filsofos que no sabem pensar. a 60 lngua que mente, que esconde, que tergiverse, que blasfema, que insulta, que se acovarda, que se mendiga, que impreca, que bajula, que destri, que calunia, que vende, que seduz, com a lngua que dizemos morre e canalha e corja. com a lngua que dizemos no. Com a 65 lngua Aquiles mostrou sua clera, com a lngua a Grcia vai tumultuar os pobres crebros humanos para toda a eternidade! A est, Xants, porque a lngua a pior de todas as coisas! (FIGUEIREDO, Guilherme. A raposa e as uvas pea em 3 atos. Cpia digitalizada pelo GETEB Grupo de Estudos e Pesquisa em Teatro Brasileiro/UFSJ. Disponvel para fins didticos em www.teatroparatodosufsj.com.br/ download/guilherme-figueiredo-a-raposa-e-as-uvas-2/ Acesso em 13/03/2019.) Observe as afirmaes abaixo e assinale a alternativa que contm uma afirmao INCORRETA.

Questão 6
2020Português

(AFA - 2020) TEXTO I Trecho da pea teatral A raposa e as uvas, escrita porGuilherme de Figueiredo. A cena ocorre na cidade de Samos (Grcia Antiga), na casa de Xants, um filsofo grego, que recebe o convidado Agnostos, um capito ateniense. O jantar servido porEsopo e Melita, escravos de Xants. (Entra Esopo, com um prato que coloca sobre a mesa. Est coberto com um pano. Xants e Agnostos se dirigem para a mesa, o primeiro faz ao segundo um sinal para sentarem-se.) 5 XANTS (Descobrindo o prato) Ah, lngua! (Comea a comer com as mos , e faz um sinal parta Melita sirva Agnostos. Este tambm comea a comer vorazmente, dando grunhidos de satisfao.) Fizeste bem em trazer lngua, Esopo. realmente uma das melhores coisas do 10 mundo. (Sinal para que sirvam o vinho. Esopo serve, Xants bebe.) Vs, estrangeiro, de qualquer modo bom possuir riquezas. No gostas de saborear esta lngua e este vinho? AGNOSTOS (A boca entupindo comendo) Hum. 15 XANTS Outro prato Esopo. (Esopo sai esquerda e volta imediatamente com outro prato coberto. Serve, Xants de boca cheia) Que isto? Ah, lngua de fumeiro! bom lngua de fumeiro, hein, amigo? AGNOSTOS Hum. (Xants serve-se de vinho) /.../ 20 XANTS (A Esopo) Serve outro prato. (Serve) Que trazes a? ESOPO Lngua. XANTS Mais lngua? No te disse que trouxesse o que h de melhor para o meu hspede? Por que s trazes 25 lngua? Queres expor-me ao ridculo? ESOPO Que h de melhor do que a lngua? A lngua o que nos une todos, quando falamos. Sem a lngua nada poderamos dizer. A lngua a chave das cincias, o rgo da verdade e da razo. Graas a lngua dizemos o 30 nosso amor. Com a lngua se ensina, se persuade, se instrui, se reza, se explica, se canta, se descreve, se elogia, se mostra, se afirma. com a lngua que dizemos sim. a lngua que ordena os exrcitos vitria, a lngua que desdobra os versos de Homero. A lngua cria o 35 mundo de Esquilo, a palavra de Demstenes. Toda a Grcia, Xants, das colunas do Partenon s sottuas de Pidias, dos deuses do Olimpo glria sobre Troia, da ode do poeta ao ensinamento do filsofo, toda a Grcia foi feita com a lngua, a lngua de belos gregos claros falando 40 para a eternidade. XANTS (Levantando-se, entusiasmado, j meio brio) Bravo, Esopo. Realmente, tu nos trouxeste o que h de melhor. (Toma outro saco da cintura e atira-o ao escravo) Vai agora ao mercado, e traze-nos o que houver de pior, 45 pois quero ver a sua sabedoria! (Esopo retira-se frente com o saco, Xants fala a Agnostos.) Entao, no til e bom possuir um escravo assim? AGNOSTOS (A boca cheia) Hum. /.../ (Entra Esopo com prato coberto.) 50 XANTS Agora que j sabemos o que h de melhor na terra, vejamos o que h de pior na opinio deste horrendo escravo! Lngua, ainda? Mais lngua? No disseste que lngua era o que havia de melhor? Queres ser espancado? 55 ESOPO A lngua senhor, o que h de pior no mundo. a fonte de todas as intrigas, o incio de todos os processos, a me de todas as discusses. a lngua que usam os maus poetas que nos fatigam na praa, a lngua que usam os filsofos que no sabem pensar. a 60 lngua que mente, que esconde, que tergiverse, que blasfema, que insulta, que se acovarda, que se mendiga, que impreca, que bajula, que destri, que calunia, que vende, que seduz, com a lngua que dizemos morre e canalha e corja. com a lngua que dizemos no. Com a 65 lngua Aquiles mostrou sua clera, com a lngua a Grcia vai tumultuar os pobres crebros humanos para toda a eternidade! A est, Xants, porque a lngua a pior de todas as coisas! (FIGUEIREDO, Guilherme. A raposa e as uvas pea em 3 atos. Cpia digitalizada pelo GETEB Grupo de Estudos e Pesquisa em Teatro Brasileiro/UFSJ. Disponvel para fins didticos em www.teatroparatodosufsj.com.br/ download/guilherme-figueiredo-a-raposa-e-as-uvas-2/ Acesso em 13/03/2019.) Em relao ao estudo morfossinttico do texto I, assinale a alternativa que traz uma anlise correta.

Questão 7
2020Português

(AFA - 2020) TEXTO II Em 1934, um redator de Nova York chamado Robert Pirosh largou o emprego bem remunerado numa agncia de publicidade e rumou para Hollywood, decidido a trabalhar como roteirista. L chegando, anotou o nome e o endereo de todos os diretores, produtores e executivos que conseguiu encontrar e enviou-lhes o que certamente o pedido de emprego mais eficaz que algum j escreveu, pois resultou em trs entrevistas, uma das quais lhe rendeu o cargo de roteirista assistente da MGM. Prezado senhor: Gosto de palavras. Gosto de palavras gordas, untuosas, como lodo, torpitude, glutinoso, bajulador. Gosto de palavras solenes, angulosas, decrpitas, como pudico, ranzinza, pecunioso, valetudinrio. Gosto de palavras esprias, enganosas, como mortio, liquidar, tonsura, mundana. Gosto de suaves palavras com v, como Svengali, avesso, bravura, verve. Gosto de palavras crocantes, quebradias, crepitantes, como estilha, croque, esbarro, crosta. Gosto de palavras emburradas, carrancudas, amuadas, como furtivo, macambzio, escabioso, sovina. Gosto de palavras chocantes, exclamativas, enfticas, como astuto, estafante, requintado, horrendo. Gosto de palavras elegantes, rebuscadas, como estival, peregrinao, elsio, alcone. Gosto de palavras vermiformes, contorcidas, farinhentas, como rastejar, choramingar, guinchar, gotejar. Gosto de palavras escorregadias, risonhas, como topete, borbulho, arroto. Gosto mais da palavra roteirista que da palavra redator, e por isso resolvi largar meu emprego numa agncia de publicidade de Nova York e tentar a sorte em Hollywood, mas, antes de dar o grande salto, fui para a Europa, onde passei um ano estudando, contemplando e perambulando. Acabei de voltar e ainda gosto de palavras. Posso trocar algumas com o senhor? Robert Pirosh Madison Ave, 385 quarto 610 Nova York Assinale uma alternativa que apresenta uma afirmao verdadeira sobre o contexto da carta.

Questão 8
2020Português

(AFA - 2020) TEXTO II Em 1934, um redator de Nova York chamado Robert Pirosh largou o emprego bem remunerado numa agncia de publicidade e rumou para Hollywood, decidido a trabalhar como roteirista. L chegando, anotou o nome e o endereo de todos os diretores, produtores e executivos que conseguiu encontrar e enviou-lhes o que certamente o pedido de emprego mais eficaz que algum j escreveu, pois resultou em trs entrevistas, uma das quais lhe rendeu o cargo de roteirista assistente da MGM. Prezado senhor: Gosto de palavras. Gosto de palavras gordas, untuosas, como lodo, torpitude, glutinoso, bajulador. Gosto de palavras solenes, angulosas, decrpitas, como pudico, ranzinza, pecunioso, valetudinrio. Gosto de palavras esprias, enganosas, como mortio, liquidar, tonsura, mundana. Gosto de suaves palavras com v, como Svengali, avesso, bravura, verve. Gosto de palavras crocantes, quebradias, crepitantes, como estilha, croque, esbarro, crosta. Gosto de palavras emburradas, carrancudas, amuadas, como furtivo, macambzio, escabioso, sovina. Gosto de palavras chocantes, exclamativas, enfticas, como astuto, estafante, requintado, horrendo. Gosto de palavras elegantes, rebuscadas, como estival, peregrinao, elsio, alcone. Gosto de palavras vermiformes, contorcidas, farinhentas, como rastejar, choramingar, guinchar, gotejar. Gosto de palavras escorregadias, risonhas, como topete, borbulho, arroto. Gosto mais da palavra roteirista que da palavra redator, e por isso resolvi largar meu emprego numa agncia de publicidade de Nova York e tentar a sorte em Hollywood, mas, antes de dar o grande salto, fui para a Europa, onde passei um ano estudando, contemplando e perambulando. Acabei de voltar e ainda gosto de palavras. Posso trocar algumas com o senhor? Robert Pirosh Madison Ave, 385 quarto 610 Nova York Analisando a forma e o objetivo do texto II, correto afirmar que:

Questão 9
2020Português

(AFA - 2020) TEXTO II Em 1934, um redator de Nova York chamado Robert Pirosh largou o emprego bem remunerado numa agncia de publicidade e rumou para Hollywood, decidido a trabalhar como roteirista. L chegando, anotou o nome e o endereo de todos os diretores, produtores e executivos que conseguiu encontrar e enviou-lhes o que certamente o pedido de emprego mais eficaz que algum j escreveu, pois resultou em trs entrevistas, uma das quais lhe rendeu o cargo de roteirista assistente da MGM. Prezado senhor: Gosto de palavras. Gosto de palavras gordas, untuosas, como lodo, torpitude, glutinoso, bajulador. Gosto de palavras solenes, angulosas, decrpitas, como pudico, ranzinza, pecunioso, valetudinrio. Gosto de palavras esprias, enganosas, como mortio, liquidar, tonsura, mundana. Gosto de suaves palavras com v, como Svengali, avesso, bravura, verve. Gosto de palavras crocantes, quebradias, crepitantes, como estilha, croque, esbarro, crosta. Gosto de palavras emburradas, carrancudas, amuadas, como furtivo, macambzio, escabioso, sovina. Gosto de palavras chocantes, exclamativas, enfticas, como astuto, estafante, requintado, horrendo. Gosto de palavras elegantes, rebuscadas, como estival, peregrinao, elsio, alcone. Gosto de palavras vermiformes, contorcidas, farinhentas, como rastejar, choramingar, guinchar, gotejar. Gosto de palavras escorregadias, risonhas, como topete, borbulho, arroto. Gosto mais da palavra roteirista que da palavra redator, e por isso resolvi largar meu emprego numa agncia de publicidade de Nova York e tentar a sorte em Hollywood, mas, antes de dar o grande salto, fui para a Europa, onde passei um ano estudando, contemplando e perambulando. Acabei de voltar e ainda gosto de palavras. Posso trocar algumas com o senhor? Robert Pirosh Madison Ave, 385 quarto 610 Nova York Observando as palavras destacadas nos itens abaixo e levando em considerao os exemplos citados pelo locutor para explicar aquelas das quais ele gosta, assinale a alternativa em que a substituio sugerida entre parnteses alteraria o sentido da frase.

Questão 10
2020Português

(AFA - 2020) TEXTO II Em 1934, um redator de Nova York chamado Robert Pirosh largou o emprego bem remunerado numa agncia de publicidade e rumou para Hollywood, decidido a trabalhar como roteirista. L chegando, anotou o nome e o endereo de todos os diretores, produtores e executivos que conseguiu encontrar e enviou-lhes o que certamente o pedido de emprego mais eficaz que algum j escreveu, pois resultou em trs entrevistas, uma das quais lhe rendeu o cargo de roteirista assistente da MGM. Prezado senhor: Gosto de palavras. Gosto de palavras gordas, untuosas, como lodo, torpitude, glutinoso, bajulador. Gosto de palavras solenes, angulosas, decrpitas, como pudico, ranzinza, pecunioso, valetudinrio. Gosto de palavras esprias, enganosas, como mortio, liquidar, tonsura, mundana. Gosto de suaves palavras com v, como Svengali, avesso, bravura, verve. Gosto de palavras crocantes, quebradias, crepitantes, como estilha, croque, esbarro, crosta. Gosto de palavras emburradas, carrancudas, amuadas, como furtivo, macambzio, escabioso, sovina. Gosto de palavras chocantes, exclamativas, enfticas, como astuto, estafante, requintado, horrendo. Gosto de palavras elegantes, rebuscadas, como estival, peregrinao, elsio, alcone. Gosto de palavras vermiformes, contorcidas, farinhentas, como rastejar, choramingar, guinchar, gotejar. Gosto de palavras escorregadias, risonhas, como topete, borbulho, arroto. Gosto mais da palavra roteirista que da palavra redator, e por isso resolvi largar meu emprego numa agncia de publicidade de Nova York e tentar a sorte em Hollywood, mas, antes de dar o grande salto, fui para a Europa, onde passei um ano estudando, contemplando e perambulando. Acabei de voltar e ainda gosto de palavras. Posso trocar algumas com o senhor? Robert Pirosh Madison Ave, 385 quarto 610 Nova York Abaixo so feitas algumas afirmaes que tomaram como referncia o texto II: I. Gosto mais da palavra roteirista que da palavra redator pode ser substituda corretamente por Gosto mais da palavra roteirista do que da palavra redator. II. A palavra vermiformes, na sua etimologia, quer dizer aquilo que mata as formas dos vermes. III. Em perambulando (do verbo perambular), o sentido andar sem rumo, vagar. Nos substantivos ambulncia e ambulante existe tambm a ideia de movimento. IV. Em Gosto de palavras, o mesmo verbo gostar tem sentido e regncia diferentes do apresentado na frase: E o homem angustiado gostou o vinho... Esto corretas:

Questão 11
2020Português

(AFA - 2020) TEXTO II Em 1934, um redator de Nova York chamado Robert Pirosh largou o emprego bem remunerado numa agncia de publicidade e rumou para Hollywood, decidido a trabalhar como roteirista. L chegando, anotou o nome e o endereo de todos os diretores, produtores e executivos que conseguiu encontrar e enviou-lhes o que certamente o pedido de emprego mais eficaz que algum j escreveu, pois resultou em trs entrevistas, uma das quais lhe rendeu o cargo de roteirista assistente da MGM. Prezado senhor: Gosto de palavras. Gosto de palavras gordas, untuosas, como lodo, torpitude, glutinoso, bajulador. Gosto de palavras solenes, angulosas, decrpitas, como pudico, ranzinza, pecunioso, valetudinrio. Gosto de palavras esprias, enganosas, como mortio, liquidar, tonsura, mundana. Gosto de suaves palavras com v, como Svengali, avesso, bravura, verve. Gosto de palavras crocantes, quebradias, crepitantes, como estilha, croque, esbarro, crosta. Gosto de palavras emburradas, carrancudas, amuadas, como furtivo, macambzio, escabioso, sovina. Gosto de palavras chocantes, exclamativas, enfticas, como astuto, estafante, requintado, horrendo. Gosto de palavras elegantes, rebuscadas, como estival, peregrinao, elsio, alcone. Gosto de palavras vermiformes, contorcidas, farinhentas, como rastejar, choramingar, guinchar, gotejar. Gosto de palavras escorregadias, risonhas, como topete, borbulho, arroto. Gosto mais da palavra roteirista que da palavra redator, e por isso resolvi largar meu emprego numa agncia de publicidade de Nova York e tentar a sorte em Hollywood, mas, antes de dar o grande salto, fui para a Europa, onde passei um ano estudando, contemplando e perambulando. Acabei de voltar e ainda gosto de palavras. Posso trocar algumas com o senhor? Robert Pirosh Madison Ave, 385 quarto 610 Nova York Considerando o Texto II, em que o autor agrupa as palavras para poder classific-las, assinale a alternativa verdadeira:

Questão 12
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(AFA - 2020) TEXTO II Em 1934, um redator de Nova York chamado Robert Pirosh largou o emprego bem remunerado numa agncia de publicidade e rumou para Hollywood, decidido a trabalhar como roteirista. L chegando, anotou o nome e o endereo de todos os diretores, produtores e executivos que conseguiu encontrar e enviou-lhes o que certamente o pedido de emprego mais eficaz que algum j escreveu, pois resultou em trs entrevistas, uma das quais lhe rendeu o cargo de roteirista assistente da MGM. Prezado senhor: Gosto de palavras. Gosto de palavras gordas, untuosas, como lodo, torpitude, glutinoso, bajulador. Gosto de palavras solenes, angulosas, decrpitas, como pudico, ranzinza, pecunioso, valetudinrio. Gosto de palavras esprias, enganosas, como mortio, liquidar, tonsura, mundana. Gosto de suaves palavras com v, como Svengali, avesso, bravura, verve. Gosto de palavras crocantes, quebradias, crepitantes, como estilha, croque, esbarro, crosta. Gosto de palavras emburradas, carrancudas, amuadas, como furtivo, macambzio, escabioso, sovina. Gosto de palavras chocantes, exclamativas, enfticas, como astuto, estafante, requintado, horrendo. Gosto de palavras elegantes, rebuscadas, como estival, peregrinao, elsio, alcone. Gosto de palavras vermiformes, contorcidas, farinhentas, como rastejar, choramingar, guinchar, gotejar. Gosto de palavras escorregadias, risonhas, como topete, borbulho, arroto. Gosto mais da palavra roteirista que da palavra redator, e por isso resolvi largar meu emprego numa agncia de publicidade de Nova York e tentar a sorte em Hollywood, mas, antes de dar o grande salto, fui para a Europa, onde passei um ano estudando, contemplando e perambulando. Acabei de voltar e ainda gosto de palavras. Posso trocar algumas com o senhor? Robert Pirosh Madison Ave, 385 quarto 610 Nova York Tomando por base seus conhecimentos gramaticais, assinale a alternativa INCORRETA, referente ao texto II.