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(ENEM - 2020 - PROVA AMARELA)Chiquito tinha quase

Português | Interpretação de texto | fatores de contextualização | fatores de construção da coerência | o conhecimento de mundo
Português | Interpretação de texto | noção de texto | fatores linguísticos e pragmáticos | fatores semânticos e linguísticos da textualidade
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(ENEM - 2020 - PROVA AMARELA)

Chiquito tinha quase trinta quando conheceu Mariana num baile de casamento na Forquilha, onde moravam uns parentes dele. Por lá foi ficando, remanchando. Fez mal à moça, como costumavam dizer, tiveram de casar às pressas. Morou uns tempos com o sogro, descombinaram. Foi só conta de colher o milho e vender. Mudou para casa do velho Chico Lourenço [seu pai]. Fumaça própria só viu subir um par de anos depois, quando o pai repartiu as terras. De tão parecidos, pai e filho nunca combinaram direito. Cada qual mais topetudo, muitas vezes dona Aparecida ouvia o marido reclamar da natureza forte do filho. Ela escutava com paciência e respondia dum jeito sempre igual:

— "Quem herda, não rouba."

Vinha um brilho nos olhos, o velho se acalmava.

ROMANO, O. Casos de Minas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

Os ditados populares são frases de sabedoria criadas pelo povo, utilizadas em várias situações da vida. Nesse texto, a personagem emprega um ditado popular com a intenção de

A

criticar a natureza forte do filho.

B

justificar o gênio difícil de Chiquito.

C

legitimar o direito do filho à herança.

D

conter o ânimo violento de Chico Lourenço.

E

condenar a agressividade do marido contra o filho.