(FATEC) “Os sofrimentos dos combatentes e da retaguarda levaram-nos a associar espontaneamente o regime capitalista e a guerra, a considerar que esta guerra não era a “sua guerra”; o prestígio das classes dirigentes, que não souberam evitar o conflito, nem abreviá-lo ou poupar as vidas humanas, debilitou-se tanto mais quanto o enriquecimento rápido e espetacular de toda uma parte dessas classes contrastava com o luto e a aflição das massas. Por um momento submergidos, no início das hostilidades, pela vaga nacionalista, os conflitos de classe reaparecem, mais vigorosos e exacerbados por quatro anos de miséria. As classes dirigentes têm consciência do fato, e o medo do contágio revolucionário cria em seu meio um intenso terror que se manifesta na vontade de destruir este novo estado, onde, pela primeira vez, o Socialismo transporta-se do terreno da teoria para o das realidades. A união do mundo branco está rompida; doravante não haverá mais neutros; conscientemente ou não, é em relação à Revolução Russa – objeto de receios e repulsa para uns, de esperança para outros – que se classificarão governos, partidos e simples particulares.”
(CROUZET, M. História Geral das Civilizações: A época Contemporânea.)
A partir da descrição do Autor, é correto afirmar que:
o Socialismo seria a única solução para evitar uma luta de classes.
o medo do Socialismo levaria o empresariado a apoiar ações contrárias, e isso provocou, mais tarde, o estabelecimento do Fascismo e do Nazismo.
a passagem das ideias do Socialismo à prática levou toda a Europa a se conscientizar do perigo comum.
a união do mundo branco rompeu-se e, após a Revolução Russa provocou reflexos imediatos na libertação dos povos coloniais.
a Europa saiu da guerra mais nivelada politicamente, pois a guerra acabou com as grandes fortunas, dando chances para uma estabilização socioeconômica.