(FMC - 2013) Leia o soneto seguinte, de Augusto dos Anjos. A ideia De onde ela vem?! De que matria bruta Vem essa luz que sobre as nebulosas Cai de incgnitas criptas misteriosas Como as estalactites duma gruta?! Vem da psicogentica e alta luta Do feixe de molculas nervosas, Que, em desintegraes maravilhosas, Delibera, e depois, quer e executa! Vem do encfalo absconso que a constringe, Chega em seguida s cordas do laringe, Tsica, tnue, mnima, raqutica... Quebra a fora centrpeta que a amarra, Mas, de repente, e quase morta, esbarra No mulambo da lngua paraltica! (ANJOS, A. Eu e outras poesias. So Paulo: Martins Fontes, 1994. p.13) Com base nesse soneto, pode-se afirmar sobre a poesia de Augusto dos Anjos
(FMC - 2013) Para Ferreira Gullar, um dos fatores que constituem a marca e o fascnio do mundo verbal de Augusto dos Anjos essa mescla de palavras eruditas com palavras vulgares, de construes pernsticas com composies coloquiais. (GULLAR, F. Toda a poesia de Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976. p.55) Assinale a opo em que melhor se exemplifica o tom coloquial na poesia de Augusto dos Anjos: