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VestibularEdição do vestibular
Disciplina

(PUC/RS - 2015)Entre o espao pblico e o privado12E

(PUC/RS - 2015)

Entre o espaço público e o privado

12Excluídos da sociedade, os moradores de rua 26ressignificam o único espaço 13que lhes foi permitido ocupar, o espaço público, transformando-o em seu “lugar”, um espaço privado. 11Espalhados pelos ambientes coletivos da cidade, 1fazendo comida no asfalto, arrumando suas camas, limpando as calçadas como se estivessem dentro de uma casa: 17assim vivem os moradores de rua. Ao andar pelas ruas de São Paulo, vemos essas pessoas 3dormindo nas 28calçadas, 4passando por situações constrangedoras, 5pedindo esmolas para sobreviver. Essa é a realidade das pessoas que 2fazem da rua sua casa e nela constroem sua 35intimidade. 18Assim, a ideia de 33individualização que está nas 31casas, na 34separação das coisas por 30cômodos e quartos que servem para proteger a intimidade do indivíduo, 14ganha outro sentido. O 6viver nas 29ruas, um lugar 19aparentemente 36inabitável, tem sua própria lógica de funcionamento, que vai além das possibilidades.
A relação que o homem 8estabelece com o espaço que ocupa é uma das mais importantes para sua sobrevivência. As mudanças de comportamento social 15foram 21sempre precedidas de 22mudanças físicas de local. Por 23mais que a rua não seja um local para 7viver, já que se trata de um ambiente público, de passagem e não de permanência, ela acaba sendo, 25senão única, a 24mais viável opção. Alguns pensadores já apontam que a habitação 9é um ponto base e 10adquire uma importância para harmonizar a vida. O pensador Norberto Elias comenta que “o quarto
de dormir tornou-se uma das áreas mais privadas e íntimas da vida humana. Suas paredes visíveis e 37invisíveis vedam os aspectos mais ‘privados’, ‘íntimos’, irrepreensivelmente ‘animais’ da nossa existência à vista de outras pessoas”.
O modo como essas pessoas 27constituem o único espaço que lhes foi permitido indica que conseguiram transformá-lo em “seu 20lugar”, que aproximaram, cada um à sua maneira, 16dois mundos nos quais estamos 32inseridos: o público e o privado.

RODRIGUES, Robson. Moradores de uma terra sem dono. (fragmento adaptado)
In: http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/ESSO/edicoes/32/artigo194186-4.asp. Acesso em 21/8/2014.

Analise as possibilidades de reescrita do trecho marcado pela referência 11, no texto.

I. Espalhados pelos ambientes coletivos da cidade, os moradores de rua vivem assim: fazem comida no asfalto, arrumam suas camas, limpam as calçadas, tal como dentro de uma casa.
II. Ao se espalharem pelos ambientes coletivos da cidade, como se estivessem dentro de uma casa os moradores de rua vivem assim: a fazerem comida no asfalto, arrumando suas camas e limpam as calçadas.
III. Os moradores de rua vivem assim: espalham-se pelos ambientes coletivos da cidade como dentro de uma casa, fazem comida no asfalto, arrumando suas camas e limpando as calçadas.

A(s) possibilidade(s) de reescrita que mantém/mantêm o sentido e a correção do texto é/são apenas

A

I.

B

II.

C

III.

D

I e II.

E

II e III.