(UCS/2017)
O que define o homem e a sua natureza? Tal questionamento vem fomentando, ao longo da história humana, diversas reflexões e interpretações. O filósofo Jacques Derrida, em seu livro “O animal que logo sou”, expõe que o humano é uma identidade que subordina aquele que aos olhos dele se torna, de imediato, um animal. O autor dá a entender que a identidade do “humano” é o que o faz, em inúmeras situações, colocar-se como superior a outras formas de vida. Disponível em: . Acesso em: 4 set. 16. (Parcial e adaptado.)
Assim como Derrida, outros filósofos contribuíram para a busca da compreensão da natureza humana. Logo, é correto afirmar que
Kant compreende que o ser humano define-se como um ser livre comandado pela imoralidade. A liberdade, na obra “Fundamentação da Metafísica dos Costumes”, constitui-se em uma série de ações praticadas de acordo com a autonomia da vontade imoral que consiste em escolher máximas da própria vontade.
Espinosa, filósofo grego e discípulo de Platão, utiliza a expressão zoon politikon (animal político) para descrever a natureza do homem – um animal racional que fala e pensa –, em sua interação necessária na polis.
Jean-Paul Sartre, escritor, filósofo e dramaturgo francês, maior expoente da filosofia existencialista, parte do princípio de que a essência precede a existência. Ou seja, o homem primeiro realiza suas potencialidades naturais e depois existe.
Sócrates defende que a essência do homem é a materialidade, o corpo, pois isso lhe possibilita reconhecer-se e tomar consciência da sua existência. O corpo seria então portador de uma personalidade intelectual e moral. O reconhecimento de sua capacidade é o que faz o homem buscar conhecimento.
Descartes divide o homem em dois – dualismo. Uma parte do homem é a mente, a substância que pensa (res cogitans); e a outra parte é o corpo, a matéria, a substância que pertence ao mundo físico (res extensa). Esse autor inaugura o paradigma da subjetividade.