(UEM 2010 - Adaptada) A filosofia de Epicuro (341 a 240 a.c.) pode ser caracterizada por uma filosofia da natureza e uma antropologia materialista; por uma tica fundamentada na amizade e a busca da felicidade nos princpios de autarquia (autonomia e independncia do sujeito) e de ataraxia (serenidade, ausncia de perturbao, de inquietao da mente). Considerando a filosofia de Epicuro, analise as seguintes afirmaes: I. A filosofia de Epicuro fundamenta-se no atomismo de Demcrito. Epicuro acredita que a alma humana formada de um agrupamento de tomos que se desagregam depois da morte, mas que no se extinguem, pois so eternos, podendo reagrupar-se infinitamente. II. Para Epicuro, a amizade se expressa, sobretudo, por meio do engajamento poltico como forma de amar todos os homens representados pela ptria. III. Epicuro, como seu mestre Demcrito, foi ateu, considera que a crena nos deuses o resultado da fantasia humana produzida pelo medo da morte. IV. Epicuro critica os filsofos que ficavam reclusos no jardim das suas academias e ensinavam apenas para um grupo restrito de discpulos. Acredita que a filosofia deve ser ensinada nas praas pblicas. V. Para Epicuro, no devemos temer a morte, pois, enquanto vivemos, a morte est ausente e quando ela for presente ns no seremos mais; portanto, a vida e a morte no podem encontrar-se. Devemos exorcizar todo temor da morte e sermos capazes de gozar a finitude da nossa vida. Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas:
(UEM2009) Opondo-se ao idealismo de Hegel, para quem a histria narra o movimento temporal do Esprito, Marx e Engels afirmam que a histria constitui-se nas lutas reais dos seres humanos reais, que produzem e reproduzem suas condies materiais de existncia, isto , produzem e reproduzem as relaes sociais dentro de antagonismos de classe. Assinale o que for correto com V e o que for falso com F: I - Para Hegel, o movimento do Esprito um movimento dialtico constitudo de uma tese, de uma anttese e de uma sntese, nesse movimento dialtico que o Esprito se manifesta na realidade. II - O materialismo histrico dialtico, pois afirma que o processo histrico movido por contradies sociais, sendo a principal a contradio entre o desenvolvimento das foras produtivas e a forma de propriedade dos meios de produo. III - Marx afirma que os homens fazem sua prpria histria, mas no a fazem em condies escolhidas por eles, pois so historicamente determinados pelas condies em que produzem sua vida. IV - A filosofia poltica hegeliana preconiza o fim do Estado, pois acredita que, com a extino do Estado, a violncia ser eliminada da histria e o Esprito encontrar, no quietismo, a paz. V - Para Marx, o poder poltico a maneira legal e jurdica pela qual a classe economicamente dominante de uma sociedade mantm seu domnio sobre as outras classes sociais.
(Uem 2009)Jürgen Habermas constrói um novo sistema filosófico, fundamentado na teoria da ação comunicativa. Em oposição à filosofia da consciência da tradição moderna, que concebe a razão como uma entidade centrada no sujeito, Habermas considera a razão como sendo o resultado de uma relação intersubjetiva entre indivíduos que procuram, por meio da linguagem, chegar ao entendimento. Assinale o que for correto. I-Jürgen Habermas perpetua a tradição de René Descartes e, como ele, acredita que o penso, logo existo é a primeira certeza a partir da qual podemos alcançar a verdade. II-Para Jürgen Habermas, a linguagem tem o caráter imperativo, pois afirma verdades encontradas por uma razão que obedece aos preceitos da lógica formal. III-Jürgen Habermas pertence inicialmente ao grupo dos frankfurtianos, todavia, mesmo se distanciando da Escola de Frankfurt, mantém os principais objetivos dessa corrente filosófica, isto é, o esclarecimento e a emancipação do homem. IV-Na teoria da ação comunicativa, a verdade é resultado de uma relação dialógica, fundamentada em umasituação ideal de fala, que exclui qualquer relação de poder entre os interlocutores. V-Jürgen Habermas procura resgatar a reflexão crítica da Ilustração que tem em Kant um dos principais expoentes. A Ilustração opõe-se ao autoritarismo e ao abuso do poder e defende as liberdades individuais e os direitos do cidadão. Estão corretas:
(UEM - 2009) Observe a seguinte afirmao sobre o pensamento de Emmanuel Levinas (1906-1995): Uma primeira fase da filosofia ocidental, da Antiguidade Idade Mdia, foi centrada no estudo do ser. Esse estudo apaga a noo de alteridade, pois o ser aquilo que ele mesmo. Estudar o ser sempre estudar o mesmo, nunca o outro. Depois de pensar o ser, a filosofia pensou o eu e a filosofia moderna constitui-se como uma filosofia do sujeito. Tambm nessa filosofia do sujeito o outro ficou de fora, pois ele sempre tematizado com base no eu. necessrio, portanto, voltar-se para o outro. Essa , pensa Levinas, a tarefa da filosofia contempornea. Isso significa colocar a tica em primeiro lugar, pois da relao com o outro que surge o questionamento moral. (GALLO, S. Filosofia: experincia do pensamento. So Paulo: Scipione, 2013, p. 281). A partir do texto citado, assinale o que for correto. I- A alteridade uma temtica contemplada pelos tratados de ontologia que estudam o ser enquanto ser. II- Apesar de apresentar avanos em relao Antiguidade, a epistemologia moderna no deu a devida importncia ao estatuto filosfico do outro. III- Ao criticar a filosofia do sujeito, a tica ganha destaque, pois a liberdade e a autonomia dos indivduos devem ser pensadas luz da questo moral. IV- Ao descrever as categorias transcendentais do sujeito, a filosofia clssica contempla a experincia do outro. V- O outro no se reduz ao conhecimento do que eu sou, razo pela qual a alteridade no se limita ao problema epistemolgico.
(UEM - 2008) A epistemologia de Thomas Kuhn tem como tese fundamental a mudana de paradigmas que provoca as revolues cientficas; enquanto a epistemologia de Karl Popper se caracteriza pelo princpio da falseabilidade. Assinale o que for correto. I. Para Thomas Kuhn, as mudanas de paradigmas nas teorias cientficas desorganizam a cincia a ponto de impedir um avano do conhecimento. II. Para Thomas Kuhn, a revoluo copernicana que substitui a explicao ptolomaica geocntrica pela explicao heliocntrica caracteriza uma mudana de paradigma e uma revoluo na cincia astronmica. III. Para Karl Popper, o valor de uma teoria no se mede pela sua verdade, mas pela possibilidade de ser falsificada. IV. Para Thomas Kuhn, o paradigma uma viso de mundo expressa em uma teoria; o paradigma serve para auxiliar o cientista na resoluo de seus problemas. V. Considerando o princpio da falseabilidade, a cincia, para Karl Popper, no se desenvolve de modo linear. Esto corretas as afirmativas:
(UEM/2008) Os filósofos pré-socráticos tentaram explicar a diversidade e a transitoriedade das coisas do universo, reduzindo tudo a um ou mais princípios elementares, os quais seriam a verdadeira natureza ou ser de todas as coisas. Assinale o que for correto. I- Heráclito de Éfeso interessou-se pelo dinamismo do universo. Afirmou que nada permanece o mesmo, tudo muda; que a mudança é a passagem de um contrário ao outro e que a luta e a harmonia dos contrários são o que gera e mantém todas as coisas. II- As teorias dos filósofos pré-socráticos foram pouco significativas para o desenvolvimento da filosofia e da ciência, uma vez que os pré-socráticos sofreram influência do pensamento mítico, e de suas obras apenas restaram fragmentos e comentários de autores posteriores. III- Tales de Mileto, o primeiro filósofo segundo Aristóteles, teria afirmado tudo é água, indicando, assim, um princípio material elementar, fundamento de toda a realidade. IV- Para Demócrito de Abdera, todo o cosmo se constitui de átomos, isto é, partículas indivisíveis e invisíveis que, movendo-se e agregando-se no vácuo, formam todas as coisas; geração e corrupção consistiriam, respectivamente, na agregação e na desagregação dos átomos. V- Parmênides de Eléia afirmou que o ser não muda. Deduziu a imobilidade e a unidade do ser do princípio de que o ser é e o não-ser não é, elaborando uma primeira formulação dos princípios lógicos da identidade e da não-contradição.