(Uenp 2009) Segundo Raymond Plant, em seu livro Política, Teologia e História, o argumento de que a essência precede a existência implica na necessidade de um criador; assim, quando um objeto vai ser produzido (um martelo, uma caneta, uma máquina), ele obedece a um plano pré-concebido, que estabelece sua forma, suas principais características e sua função, ou seja, ele possui um propósito definido, uma essência que define sua forma e utilidade, e precede a sua existência. Segundo Sartre há um ser onde essa situação se inverte, e a existência precede a essência: o ser humano. Assim, seria o próprio homem o definidor de sua essência.
De acordo com Sartre, a expressão “a existência precede a essência” pode ser interpretada como:
O homem se constrói de acordo com sua própria história e não de acordo com uma essência abstrata e pré-determinada.
A existência humana depende do plano que Deus determina a cada um.
A essência é mais importante que a existência.
O homem não tem existência livre, pois ela sempre é precedida da essência.
A liberdade não participa do contexto da existência do homem, porque ele segue as determinações da essência.