(UFMG)
Leia o texto.
"Embora a evidência de deslocamentos laterais dos continentes fosse mais ou menos forte, a maioria dos geólogos resistiu, durante muito tempo, à idéia desses deslocamentos. Essa resistência era, em grande parte, ideológica, a julgar pela extraordinária ira da controvérsia contra o principal proponente da deriva continental, Alfred Wegener. De qualquer modo, o argumento de que esses deslocamentos não eram verdadeiros porque não se conhecia nenhum mecanismo geofísico para causar tais movimentos - não era mais convincente a priori, em vista da evidência acima referida. Contudo, desde a década de 1960, o antes impensável tornou-se a ortodoxia da geologia do dia-a-dia: um globo de placas gigantescas mudando de lugar, às vezes, rapidamente (placas tectônicas)."
Adaptado de: HOBSBAWN, E. ERA DOS EXTREMOS. O BREVE SÉCULO XX : 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.530.
Todas as alternativas contêm afirmações que podem ser comprovadas pelo texto, EXCETO:
A teoria da deriva continental foi, por muito tempo, considerada inaceitável por se desconhecer o mecanismo geofísico que pudesse explicá-la.
A teoria das placas tectônicas é considerada, atualmente, a explicação mais aceitável e defensável sobre a posição das massas continentais e a configuração da litosfera.
As evidências de que as terras emersas se deslocavam lateralmente sugeriram a teoria segundo a qual a litosfera era formada por várias placas, em vez de uma única, imóvel sobre o manto.
O relato sobre a aceitação de uma nova teoria sugere que observações, embora inexplicáveis pelo conhecimento científico de uma época, são prontamente, aceitas pelos cientistas.