(UFMS - 2008)O grande desenvolvimento econmico dos
(UFMS - 2008)
O grande desenvolvimento econômico dos EUA, ocorrido após a Guerra de Secessão (1861-1865), estimulou a expansão imperialista do país. A necessidade de disputar territórios com outras nações europeias ensejou, desde o final do século XIX, as ações militares norte-americanas, inicialmente restritas às Américas e à região do Pacífico. A partir de 1945, com o término da Segunda Guerra Mundial, bases militares norte-americanas foram instaladas na Europa e na Ásia, correspondendo a uma resposta ao confronto da época: a Guerra Fria. Desde então, e apesar do fim da Guerra Fria, a ênfase na atividade bélica nunca deixou de ser uma marca da política externa da Casa Branca, destacando-se nesse contexto os dois períodos de governo do presidente George W. Bush. Conforme dados fornecidos pelo Instituto Internacional de Pesquisas da Paz de Estocolmo, em 2006 os gastos militares de todos os países somaram 1,2 trilhões de dólares. Quase a metade desse total, mais precisamente 528,7 bilhões de dólares, foram gastos somente pelos EUA, visando à manutenção de suas bases militares em 62 países e territórios do mundo.
Sobre o crescimento dos investimentos militares e das atividades bélicas norte-americanas no início do século XXI, é correto afirmar:
Relaciona-se à doutrina implantada pelo governo de George W. Bush após o atentado terrorista da Al Qaeda à Embaixada Norte Americana de Nairobi, em agosto de 1998, que prevê o ataque prévio a qualquer país que os EUA considerem uma ameaça à sua segurança interna.
Relaciona-se à perspectiva de retorno da Guerra Fria, em razão dos planos de instalação, pela Federação Russa, de um sistema de escudo antimísseis na Europa do Leste, objetivando a defesa da Rússia contra possíveis ataques nucleares do Irã e da Coréia do Sul.
Relaciona-se à doutrina de combate ao terrorismo, implantada pelo governo de George W. Bush após os atentados de 11 de setembro de 2001, que exige dos EUA outra disposição de forças, a partir da qual os norte-americanos continuam investindo na manutenção de suas bases militares no mundo, ao mesmo tempo em que precisam investir no treinamento e no equipamento de parceiros para atuarem como aliados regionais.
Relaciona-se à constante ameaça de aprofundamento da crise econômica norte-americana, cuja solução implica a ampliação das despesas públicas, em especial a elevação dos gastos militares no Irã e na Coréia do Norte.
Relaciona-se aos interesses geopolíticos e econômicos norte-americanos, que implicam o controle hegemônico de regiões do mundo como a Manchúria, no nordeste da China, o Afeganistão, na Ásia Central, e o Iraque, no Oriente Médio, onde estão localizadas grandes reservas de hidrocarbonetos, matéria-prima estratégica para a economia global.
