ENEM

ITA

IME

FUVEST

UNICAMP

UNESP

UNIFESP

UFPR

UFRGS

UNB

VestibularEdição do vestibular
Disciplina

(UFSC - 2019 - adaptada)O antigo combate ao comuni

(UFSC - 2019 - adaptada) 

O antigo combate ao comunismo parece ter se convertido, na última década, em luta contra a esquerda latino-americana, algumas vezes identificada como chavezcastrismo em uma referência que une Cuba e Venezuela como contraexemplos a serem evitados. Se João Paulo II chegou ao papado no contexto de luta contra o comunismo na Europa, a renúncia de Bento XVI e a eleição de Francisco sugerem que a Igreja Católica considera que o eixo de enfrentamento mudou para a América Latina. Seu inimigo atual seria a “ideologia de gênero” e, ainda que a grande maioria dos governos de esquerda latino-americanos, mesmo aqueles chefiados por mulheres, não tenham aprovado o aborto ou logrado eliminar a desigualdade entre homens e mulheres, foi durante seu exercício – mesmo se não em decorrência deles – que o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo foi legalizado.

MISKOLCI, Richard; CAMPANA, Maximiliano. “Ideologia de gênero”: notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo. Revista Sociedade e Estado, v. 32, n. 3, p. 725-747, set./dez. 2017.

Considerando o trecho acima, é correto afirmar que:

A

no mundo contemporâneo, o ataque ao comunismo permanece como principal bandeira de luta dos grupos de direita, considerando que esse é um perigo real no atual contexto.

B

os direitos sexuais e reprodutivos estão plenamente garantidos nos países latino-americanos, de tal modo que ocorreu um esvaziamento das pautas políticas dos movimentos LGBTQ+, feministas etc.

C

a eleição de mulheres para o mais alto cargo do executivo em países latino-americanos realizou-se sem grandes controvérsias, uma vez que a igualdade de gênero é garantida pelas constituições desses países, assegurando uma real igualdade entre homens e mulheres também no campo político.

D

o debate sobre “ideologia de gênero” se tornou uma pauta relevante nas discussões públicas no Brasil, sendo reforçada por movimentos como o “Escola sem partido”, que passam a reivindicar a exclusão dessa suposta ideologia no espaço escolar.

E

os governos de esquerda na América Latina ao longo dos primeiros anos do século XXI promoveram profundas mudanças políticas no campo dos direitos reprodutivos e sexuais, superando as desigualdades entre homens e mulheres nas relações de trabalho, por exemplo.