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VestibularEdição do vestibular
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(UFU - 2015 - 1 FASE)Tem-se muitas vezes a impress

(UFU - 2015 - 1ª FASE)

Tem-se muitas vezes a impressão de que o clero detém o monopólio da cultura na Idade Média. O ensino, o pensamento, as ciências, as artes seriam feitas por ele, para ele ou pelo menos sob sua inspiração e controle. Trata-se de uma imagem falsa e que exige profunda correção. A partir da revolução comercial e do desenvolvimento urbano, grupos sociais antigos ou novos descobrem outras preocupações, têm sede de outros conhecimentos práticos ou teóricos diferentes dos religiosos, criam instrumentos de saber e meios de expressão próprios.

                                                                                             LE GOFF, Jacques. Mercadores e banqueiros na Idade Média. Lisboa: Gradiva, s.d, p. 77. (Adaptado).

A historiografia costuma associar as transformações econômicas ocorridas na crise do feudalismo na Europa Ocidental ao surgimento do mundo moderno. A citação do historiador medievalista Jacques Le Goff reforça essa ligação, uma vez que a revolução comercial

A

arrefeceu a atividade evangelizadora da Igreja nas terras do Novo Mundo, uma vez que os comerciantes que financiavam os jesuítas preferiram concentrar seus negócios nas fronteiras da Europa e no norte da África.

B

transformou a Igreja em uma das principais apoiadoras da expansão comercial em curso, reforçando os laços com a burguesia ascendente na luta contra os privilégios feudais da nobreza.

C

acelerou o processo de reforma interna da Igreja Católica, que passou a admitir que a busca pelos lucros e pela acumulação de capital não eram atividades que contrariavam a fé religiosa, conforme acreditava a nobreza

D

traduziu-se na aceleração do processo de secularização do mundo, em que os poderes religiosos passaram a ser confrontados, sem desaparecerem por completo, com novas interpretações sobre o mundo e a realidade dos homens.