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Questões - UNESP 2015 | Gabarito e resoluções

Questão 6
2015Português

(UNESP - 2015/2 - 1 FASE) Aquesto focalizaum trecho de uma crnica do escritor Graciliano Ramos (1892-1953). Para chegar ao soberbo resultado de transformar a banha em fibra, a vem o futebol. Mas por que o futebol? No seria, porventura, melhor exercitar-se a mocidade em jogos nacionais, sem mescla de estrangeirismo, o murro, o cacete, a faca de ponta, por exemplo? No que me repugne a introduo de coisas exticas entre ns. Mas gosto de indagar se elas sero assimilveis ou no. No caso afirmativo, seja muito bem-vinda a instituio alheia, fecundemo-la, arranjemos nela um filho hbrido que possa viver c em casa. De outro modo, resignemo-nos s broncas tradies dos sertanejos e dos matutos. Ora, parece-me que o futebol no se adapta a estas boas paragens do cangao. roupa de emprstimo, que no nos serve. Para que um costume intruso possa estabelecer-se definitivamente em um pas necessrio, no s que se harmonize com a ndole do povo que o vai receber, mas que o lugar a ocupar no esteja tomado por outro mais antigo, de cunho indgena. preciso, pois, que v preencher uma lacuna, como diz o chavo. O do futebol no preenche coisa nenhuma, pois j temos a muito conhecida bola de palha de milho, que nossos amadores mambembes1jogam com uma percia que deixaria o mais experimentadosportmanbritnico de queixo cado. Os campees brasileiros no teriam feito a figura triste que fizeram em Anturpia se a bola figurasse nos programas das Olimpadas e estivessem a disput-la quatro sujeitos de pulso. Apenas um representante nosso conseguiu ali distinguir-se, no tiro de revlver, o que pouco lisonjeiro para a vaidade de um pas em que se fala tanto. Aqui seria muito mais fcil o indivduo salientar-se no tiro de espingarda umbiguda, emboscado atrs de um pau. Temos esportes em quantidade. Para que metermos o bedelho em coisas estrangeiras? O futebol no pega, tenham a certeza. No vale o argumento de que ele tem ganho terreno nas capitais de importncia. No confundamos. As grandes cidades esto no litoral; isto aqui diferente, serto. As cidades regurgitam de gente de outras raas ou que pretende ser de outras raas; ns somos mais ou menos botocudos, com laivos de sangue cabinda e galego. Nas cidades os viciados elegantes absorvem o pio, a cocana, a morfina; por aqui h pessoas que ainda fumam liamba2. 1mambembe: medocre, reles, de baixa condio. 2liamba: cnhamo, maconha. (Linhas tortas, 1971.) No fragmento da crnica, publicada pela primeira vez em 1921, o cronista considerava que:

Questão 6
2015Geografia

(UNESP 2015/2 - 2 fase - Questo 6) Cite duas caractersticas essenciais do latifndio no Brasil e indique duas consequncias (uma social e outra econmica) da sua perpetuao para a sociedade brasileira.

Questão 6
2015Português

(UNESP - 2015 - 1 FASE )As questes de nmeros 06 a 10 focalizam uma passagem de um artigo de Cludia Vassallo. Aliadas ou concorrentes Alguns nmeros: nos Estados Unidos, 60% dos formados em universidades so mulheres. Metade das europeias que esto no mercado de trabalho passou por universidades. No Japo, as mulheres tm nveis semelhantes de educao, mas deixam o mercado assim que se casam e tm filhos. A tradio joga contra a economia. O governo credita parte da estagnao dos ltimos anos ausncia de participao feminina no mercado de trabalho. As brasileiras avanam mais rpido na educao. Atualmente, 12% das mulheres tm diploma universitrio ante 10% dos homens. Metade das garotas de 15 entrevistadas numa pesquisa da OCDE1 disse pretender fazer carreira em engenharia e cincias reas especialmente promissoras. [...] Agora, a condio de minoria vai caindo por terra e os padres de comportamento comeam a mudar. Cada vez menos mulheres esto dispostas a abdicar de sua natureza em nome da carreira. No se trata de mudar a essncia do trabalho e das obrigaes que homens e mulheres tm de encarar. No se trata de trabalhar menos ou ter menos ambio. s uma questo de forma. muito provvel que legisladores e empresas tenham de ser mais flexveis para abrigar mulheres de talento que no desistiram do papel de me. Porque, de fato, essa a grande e nica questo de gnero que importa. Mais fortalecidas e mais preparadas, as mulheres tero um lugar ao sol nas empresas do jeito que so ou desistiro delas, porque sero capazes de ganhar dinheiro de outra forma. H 8,3 milhes de empresas lideradas por mulheres nos Estados Unidos o tipo de empreendedorismo que mais cresce no pas. De acordo com um estudo da EY2 , o Brasil tem 10,4 milhes de empreendedoras, o maior ndice entre as 20 maiores economias. Um nmero crescente delas tem migrado das grandes empresas para o prprio negcio. Os fatos mostram: as empresas em todo o mundo tero, mais cedo ou mais tarde, de decidir se querem ter metade da populao como aliada ou como concorrente. (Exame, outubro de 2013.) 1 OCDE: Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico. 2 EY: Organizao global com o objetivo de auxiliar seus clientes a fortalecerem seus negcios ao redor do mundo. Indique a acepo da palavra estagnao que melhor se enquadra no contexto do primeiro pargrafo:

Questão 7
2015Português

(UNESP - 2015/2 - 1 FASE)Aquesto focalizaum trecho de uma crnica do escritor Graciliano Ramos (1892-1953). Para chegar ao soberbo resultado de transformar a banha em fibra, a vem o futebol. Mas por que o futebol? No seria, porventura, melhor exercitar-se a mocidade em jogos nacionais, sem mescla de estrangeirismo, o murro, o cacete, a faca de ponta, por exemplo? No que me repugne a introduo de coisas exticas entre ns. Mas gosto de indagar se elas sero assimilveis ou no. No caso afirmativo, seja muito bem-vinda a instituio alheia, fecundemo-la, arranjemos nela um filho hbrido que possa viver c em casa. De outro modo, resignemo-nos s broncas tradies dos sertanejos e dos matutos. Ora, parece-me que o futebol no se adapta a estas boas paragens do cangao. roupa de emprstimo, que no nos serve. Para que um costume intruso possa estabelecer-se definitivamente em um pas necessrio, no s que se harmonize com a ndole do povo que o vai receber, mas que o lugar a ocupar no esteja tomado por outro mais antigo, de cunho indgena. preciso, pois, que v preencher uma lacuna, como diz o chavo. O do futebol no preenche coisa nenhuma, pois j temos a muito conhecida bola de palha de milho, que nossos amadores mambembes1jogam com uma percia que deixaria o mais experimentado sportman britnico de queixo cado. Os campees brasileiros no teriam feito a figura triste que fizeram em Anturpia se a bola figurasse nos programas das Olimpadas e estivessem a disput-la quatro sujeitos de pulso. Apenas um representante nosso conseguiu ali distinguir-se, no tiro de revlver, o que pouco lisonjeiro para a vaidade de um pas em que se fala tanto. Aqui seria muito mais fcil o indivduo salientar-se no tiro de espingarda umbiguda, emboscado atrs de um pau. Temos esportes em quantidade. Para que metermos o bedelho em coisas estrangeiras? O futebol no pega, tenham a certeza. No vale o argumento de que ele tem ganho terreno nas capitais de importncia. No confundamos. As grandes cidades esto no litoral; isto aqui diferente, serto. As cidades regurgitam de gente de outras raas ou que pretende ser de outras raas; ns somos mais ou menos botocudos, com laivos de sangue cabinda e galego. Nas cidades os viciados elegantes absorvem o pio, a cocana, a morfina; por aqui h pessoas que ainda fumam liamba2. 1 mambembe: medocre, reles, de baixa condio. 2 liamba: cnhamo, maconha. (Linhas tortas, 1971.) No contexto da crnica, transformar a banha em fibra significa converter

Questão 7
2015Geografia

(UNESP 2015/2 - 2 fase - Questo 7) Em dezembro de 2014, os presidentes Ral Castro e Barack Obama anunciaram a retomada das relaes entre a Repblica de Cuba e os Estados Unidos da Amrica. Cite duas caractersticas do contexto geopoltico mundial no qual se deu o incio do embargo estadunidense Cuba. Explique, com dois argumentos, por que tal embargo se tornou obsoleto.

Questão 7
2015Português

(UNESP - 2015 - 1 FASE )As questes de nmeros 06 a 10 focalizam uma passagem de um artigo de Cludia Vassallo. Aliadas ou concorrentes Alguns nmeros: nos Estados Unidos, 60% dos formados em universidades so mulheres. Metade das europeias que esto no mercado de trabalho passou por universidades. No Japo, as mulheres tm nveis semelhantes de educao, mas deixam o mercado assim que se casam e tm filhos. A tradio joga contra a economia. O governo credita parte da estagnao dos ltimos anos ausncia de participao feminina no mercado de trabalho. As brasileiras avanam mais rpido na educao. Atualmente, 12% das mulheres tm diploma universitrio ante 10% dos homens. Metade das garotas de 15 entrevistadas numa pesquisa da OCDE1 disse pretender fazer carreira em engenharia e cincias reas especialmente promissoras. [...] Agora, a condio de minoria vai caindo por terra e os padres de comportamento comeam a mudar. Cada vez menos mulheres esto dispostas a abdicar de sua natureza em nome da carreira. No se trata de mudar a essncia do trabalho e das obrigaes que homens e mulheres tm de encarar. No se trata de trabalhar menos ou ter menos ambio. s uma questo de forma. muito provvel que legisladores e empresas tenham de ser mais flexveis para abrigar mulheres de talento que no desistiram do papel de me. Porque, de fato, essa a grande e nica questo de gnero que importa. Mais fortalecidas e mais preparadas, as mulheres tero um lugar ao sol nas empresas do jeito que so ou desistiro delas, porque sero capazes de ganhar dinheiro de outra forma. H 8,3 milhes de empresas lideradas por mulheres nos Estados Unidos o tipo de empreendedorismo que mais cresce no pas. De acordo com um estudo da EY2 , o Brasil tem 10,4 milhes de empreendedoras, o maior ndice entre as 20 maiores economias. Um nmero crescente delas tem migrado das grandes empresas para o prprio negcio. Os fatos mostram: as empresas em todo o mundo tero, mais cedo ou mais tarde, de decidir se querem ter metade da populao como aliada ou como concorrente. (Exame, outubro de 2013.) 1 OCDE: Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico. 2 EY: Organizao global com o objetivo de auxiliar seus clientes a fortalecerem seus negcios ao redor do mundo. Cada vez menos mulheres esto dispostas a abdicar de sua natureza em nome da carreira. Considerando esse trecho, do segundo pargrafo, marque a alternativa que melhor traduz o conceito apresentado pela autora com a expresso abdicar de sua natureza:

Questão 8
2015Português

(UNESP - 2015 - 1 FASE) As questes de nmeros 06 a 10 focalizam uma passagem de um artigo de Cludia Vassallo. Aliadas ou concorrentes Alguns nmeros: nos Estados Unidos, 60% dos formados em universidades so mulheres. Metade das europeias que esto no mercado de trabalho passou por universidades. No Japo, as mulheres tm nveis semelhantes de educao, mas deixam o mercado assim que se casam e tm filhos. A tradio joga contra a economia. O governo credita parte da estagnao dos ltimos anos ausncia de participao feminina no mercado de trabalho. As brasileiras avanam mais rpido na educao. Atualmente, 12% das mulheres tm diploma universitrio ante 10% dos homens. Metade das garotas de 15 entrevistadas numa pesquisa da OCDE1 disse pretender fazer carreira em engenharia e cincias reas especialmente promissoras. [...] Agora, a condio de minoria vai caindo por terra e os padres de comportamento comeam a mudar. Cada vez menos mulheres esto dispostas a abdicar de sua natureza em nome da carreira. No se trata de mudar a essncia do trabalho e das obrigaes que homens e mulheres tm de encarar. No se trata de trabalhar menos ou ter menos ambio. s uma questo de forma. muito provvel que legisladores e empresas tenham de ser mais flexveis para abrigar mulheres de talento que no desistiram do papel de me. Porque, de fato, essa a grande e nica questo de gnero que importa. Mais fortalecidas e mais preparadas, as mulheres tero um lugar ao sol nas empresas do jeito que so ou desistiro delas, porque sero capazes de ganhar dinheiro de outra forma. H 8,3 milhes de empresas lideradas por mulheres nos Estados Unidos o tipo de empreendedorismo que mais cresce no pas. De acordo com um estudo da EY2 , o Brasil tem 10,4 milhes de empreendedoras, o maior ndice entre as 20 maiores economias. Um nmero crescente delas tem migrado das grandes empresas para o prprio negcio. Os fatos mostram: as empresas em todo o mundo tero, mais cedo ou mais tarde, de decidir se querem ter metade da populao como aliada ou como concorrente. (Exame, outubro de 2013.) 2OCDE: Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico. 2EY: Organizao global com o objetivo de auxiliar seus clientes a fortalecerem seus negcios ao redor do mundo. Em sua argumentao, a autora revela que a importncia da presena das mulheres em atividades empresariais se deve, entre outros, a um motivo de ordem estatstica:

Questão 8
2015Português

(UNESP - 2015/2 - 1 FASE)Aquesto focalizaum trecho de uma crnica do escritor Graciliano Ramos (1892-1953). Para chegar ao soberbo resultado de transformar a banha em fibra, a vem o futebol. Mas por que o futebol? No seria, porventura, melhor exercitar-se a mocidade em jogos nacionais, sem mescla de estrangeirismo, o murro, o cacete, a faca de ponta, por exemplo? No que me repugne a introduo de coisas exticas entre ns. Mas gosto de indagar se elas sero assimilveis ou no. No caso afirmativo, seja muito bem-vinda a instituio alheia, fecundemo-la, arranjemos nela um filho hbrido que possa viver c em casa. De outro modo, resignemo-nos s broncas tradies dos sertanejos e dos matutos. Ora, parece-me que o futebol no se adapta a estas boas paragens do cangao. roupa de emprstimo, que no nos serve. Para que um costume intruso possa estabelecer-se definitivamente em um pas necessrio, no s que se harmonize com a ndole do povo que o vai receber, mas que o lugar a ocupar no esteja tomado por outro mais antigo, de cunho indgena. preciso, pois, que v preencher uma lacuna, como diz o chavo. O do futebol no preenche coisa nenhuma, pois j temos a muito conhecida bola de palha de milho, que nossos amadores mambembes1jogam com uma percia que deixaria o mais experimentado sportman britnico de queixo cado. Os campees brasileiros no teriam feito a figura triste que fizeram em Anturpia se a bola figurasse nos programas das Olimpadas e estivessem a disput-la quatro sujeitos de pulso. Apenas um representante nosso conseguiu ali distinguir-se, no tiro de revlver, o que pouco lisonjeiro para a vaidade de um pas em que se fala tanto. Aqui seria muito mais fcil o indivduo salientar-se no tiro de espingarda umbiguda, emboscado atrs de um pau. Temos esportes em quantidade. Para que metermos o bedelho em coisas estrangeiras? O futebol no pega, tenham a certeza. No vale o argumento de que ele tem ganho terreno nas capitais de importncia. No confundamos. As grandes cidades esto no litoral; isto aqui diferente, serto. As cidades regurgitam de gente de outras raas ou que pretende ser de outras raas; ns somos mais ou menos botocudos, com laivos de sangue cabinda e galego. Nas cidades os viciados elegantes absorvem o pio, a cocana, a morfina; por aqui h pessoas que ainda fumam liamba2. 1 mambembe: medocre, reles, de baixa condio. 2 liamba: cnhamo, maconha. (Linhas tortas, 1971.) Indique a expresso empregada pelo cronista que ilustra seu argumento sobre a adoo do futebol no serto:

Questão 8
2015GeografiaSociologia

(UNESP 2015/2 - 2 fase - Questo 8) O circuito inferior da economia urbana resultado da modernizao seletiva e incompleta que caracteriza a urbanizao dos pases subdesenvolvidos e coloca grande parte da populao praticamente margem do usufruto do processo de acumulao. Enquanto uns se preocupam em acumular capital para a renovao das atividades produtivas modernas, outros se preocupam apenas em garantir a sobrevivncia da famlia, buscando formas alternativas de trabalho e renda. O circuito inferior da economia urbana ocupa bairros, ruas, becos, terminais rodovirios e metrovirios, praas e pores, fundos de quintal, vans, motocicletas, permeando o tecido urbano. margem dos circuitos oficiais, uma multiplicidade de atores econmicos de porte modesto preenche os interstcios dos grandes negcios, preservando o espao urbano como um territrio de cultura, vida e liberdade uma resposta segregao social da metrpole capitalista. (Mnica Arroyo. A economia invisvel dos pequenos. www.diplomatique.org.br, 04.10.2008. Adaptado.) O circuito inferior da economia urbana revela a existncia de uma economia popular nas cidades, ajustada s condies econmicas e s restries de consumo da populao mais pobre. Considerando a dinmica do mercado de trabalho e o processo de urbanizao nos pases subdesenvolvidos, cite duas razes que explicam a expanso do chamado circuito inferior da economia urbana nas ltimas dcadas e cite dois exemplos de atividades econmicas que correspondam a esse circuito econmico.

Questão 9
2015Filosofia

(UNESP 2015/2 - 2 fase - Questo 9) Do ponto de vista do Iluminismo, a iluso deixa de ser uma simples deficincia subjetiva, e passa a enraizar-se em contextos de dominao, de onde a iluso deriva e se incumbe de estabilizar. O preconceito a opinio falsa, no controlvel pela razo e pela experincia revela seu substrato poltico. no interesse do poder que a razo capturada pelas perturbaes emocionais, abstendo-se do esforo necessrio para libertar-se das paixes perversas, e para romper o vu das aparncias, que impedem uma reflexo emancipatria. Deixando-se arrastar pelas interferncias, a razo no pode pensar o sistema social em sua realidade. Prisioneira do dogmatismo, que nem pode ser submetido ao tribunal da experincia nem permite a instaurao desse tribunal, a razo est entregue, sem defesa, s imposturas da religio e de todos os outros dogmas legitimadores. (Srgio Paulo Rouanet. A razo cativa, 1990. Adaptado.) Considerando o texto e o ttulo sugestivo do livro de Rouanet, explique as implicaes polticas do cativeiro da razo e defina o que significa a reflexo emancipatria referida pelo autor.

Questão 9
2015Português

(UNESP - 2015/2 - 1 FASE)Aquesto focalizaum trecho de uma crnica do escritor Graciliano Ramos (1892-1953). Para chegar ao soberbo resultado de transformar a banha em fibra, a vem o futebol. Mas por que o futebol? No seria, porventura, melhor exercitar-se a mocidade em jogos nacionais, sem mescla de estrangeirismo, o murro, o cacete, a faca de ponta, por exemplo? No que me repugne a introduo de coisas exticas entre ns. Mas gosto de indagar se elas sero assimilveis ou no. No caso afirmativo, seja muito bem-vinda a instituio alheia, fecundemo-la, arranjemos nela um filho hbrido que possa viver c em casa. De outro modo, resignemo-nos s broncas tradies dos sertanejos e dos matutos. Ora, parece-me que o futebol no se adapta a estas boas paragens do cangao. roupa de emprstimo, que no nos serve. Para que um costume intruso possa estabelecer-se definitivamente em um pas necessrio, no s que se harmonize com a ndole do povo que o vai receber, mas que o lugar a ocupar no esteja tomado por outro mais antigo, de cunho indgena. preciso, pois, que v preencher uma lacuna, como diz o chavo. O do futebol no preenche coisa nenhuma, pois j temos a muito conhecida bola de palha de milho, que nossos amadores mambembes1jogam com uma percia que deixaria o mais experimentado sportman britnico de queixo cado. Os campees brasileiros no teriam feito a figura triste que fizeram em Anturpia se a bola figurasse nos programas das Olimpadas e estivessem a disput-la quatro sujeitos de pulso. Apenas um representante nosso conseguiu ali distinguir-se, no tiro de revlver, o que pouco lisonjeiro para a vaidade de um pas em que se fala tanto. Aqui seria muito mais fcil o indivduo salientar-se no tiro de espingarda umbiguda, emboscado atrs de um pau. Temos esportes em quantidade. Para que metermos o bedelho em coisas estrangeiras? O futebol no pega, tenham a certeza. No vale o argumento de que ele tem ganho terreno nas capitais de importncia. No confundamos. As grandes cidades esto no litoral; isto aqui diferente, serto. As cidades regurgitam de gente de outras raas ou que pretende ser de outras raas; ns somos mais ou menos botocudos, com laivos de sangue cabinda e galego. Nas cidades os viciados elegantes absorvem o pio, a cocana, a morfina; por aqui h pessoas que ainda fumam liamba2. 1 mambembe: medocre, reles, de baixa condio. 2 liamba: cnhamo, maconha. (Linhas tortas, 1971.) A argumentao construda ao longo da crnica estabelece uma oposio entre

Questão 9
2015Português

(UNESP - 2015 - 1 FASE )As questes de nmeros 06 a 10 focalizam uma passagem de um artigo de Cludia Vassallo. Aliadas ou concorrentes Alguns nmeros: nos Estados Unidos, 60% dos formados em universidades so mulheres. Metade das europeias que esto no mercado de trabalho passou por universidades. No Japo, as mulheres tm nveis semelhantes de educao, mas deixam o mercado assim que se casam e tm filhos. A tradio joga contra a economia. O governo credita parte da estagnao dos ltimos anos ausncia de participao feminina no mercado de trabalho. As brasileiras avanam mais rpido na educao. Atualmente, 12% das mulheres tm diploma universitrio ante 10% dos homens. Metade das garotas de 15 entrevistadas numa pesquisa da OCDE1 disse pretender fazer carreira em engenharia e cincias reas especialmente promissoras. [...] Agora, a condio de minoria vai caindo por terra e os padres de comportamento comeam a mudar. Cada vez menos mulheres esto dispostas a abdicar de sua natureza em nome da carreira. No se trata de mudar a essncia do trabalho e das obrigaes que homens e mulheres tm de encarar. No se trata de trabalhar menos ou ter menos ambio. s uma questo de forma. muito provvel que legisladores e empresas tenham de ser mais flexveis para abrigar mulheres de talento que no desistiram do papel de me. Porque, de fato, essa a grande e nica questo de gnero que importa. Mais fortalecidas e mais preparadas, as mulheres tero um lugar ao sol nas empresas do jeito que so ou desistiro delas, porque sero capazes de ganhar dinheiro de outra forma. H 8,3 milhes de empresas lideradas por mulheres nos Estados Unidos o tipo de empreendedorismo que mais cresce no pas. De acordo com um estudo da EY2 , o Brasil tem 10,4 milhes de empreendedoras, o maior ndice entre as 20 maiores economias. Um nmero crescente delas tem migrado das grandes empresas para o prprio negcio. Os fatos mostram: as empresas em todo o mundo tero, mais cedo ou mais tarde, de decidir se querem ter metade da populao como aliada ou como concorrente. (Exame, outubro de 2013.) 1 OCDE: Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico. 2 EY: Organizao global com o objetivo de auxiliar seus clientes a fortalecerem seus negcios ao redor do mundo. Desde o ttulo do artigo, que retomado no ltimo pargrafo, os argumentos da autora so motivados por um fato no referido de modo ostensivo, ou seja,

Questão 10
2015Português

(UNESP - 2015 - 1 FASE )As questes de nmeros 06 a 10 focalizam uma passagem de um artigo de Cludia Vassallo. Aliadas ou concorrentes Alguns nmeros: nos Estados Unidos, 60% dos formados em universidades so mulheres. Metade das europeias que esto no mercado de trabalho passou por universidades. No Japo, as mulheres tm nveis semelhantes de educao, mas deixam o mercado assim que se casam e tm filhos. A tradio joga contra a economia. O governo credita parte da estagnao dos ltimos anos ausncia de participao feminina no mercado de trabalho. As brasileiras avanam mais rpido na educao. Atualmente, 12% das mulheres tm diploma universitrio ante 10% dos homens. Metade das garotas de 15 entrevistadas numa pesquisa da OCDE1 disse pretender fazer carreira em engenharia e cincias reas especialmente promissoras. [...] Agora, a condio de minoria vai caindo por terra e os padres de comportamento comeam a mudar. Cada vez menos mulheres esto dispostas a abdicar de sua natureza em nome da carreira. No se trata de mudar a essncia do trabalho e das obrigaes que homens e mulheres tm de encarar. No se trata de trabalhar menos ou ter menos ambio. s uma questo de forma. muito provvel que legisladores e empresas tenham de ser mais flexveis para abrigar mulheres de talento que no desistiram do papel de me. Porque, de fato, essa a grande e nica questo de gnero que importa. Mais fortalecidas e mais preparadas, as mulheres tero um lugar ao sol nas empresas do jeito que so ou desistiro delas, porque sero capazes de ganhar dinheiro de outra forma. H 8,3 milhes de empresas lideradas por mulheres nos Estados Unidos o tipo de empreendedorismo que mais cresce no pas. De acordo com um estudo da EY2 , o Brasil tem 10,4 milhes de empreendedoras, o maior ndice entre as 20 maiores economias. Um nmero crescente delas tem migrado das grandes empresas para o prprio negcio. Os fatos mostram: as empresas em todo o mundo tero, mais cedo ou mais tarde, de decidir se querem ter metade da populao como aliada ou como concorrente. (Exame, outubro de 2013.) 1 OCDE: Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico. 2 EY: Organizao global com o objetivo de auxiliar seus clientes a fortalecerem seus negcios ao redor do mundo. No ltimo pargrafo, focalizando o mercado de trabalho mundial, a autora sugere que as grandes empresas atuais

Questão 10
2015Filosofia

(UNESP 2015/2 - 2 fase - Questo 10) A cincia uma atividade na sua essncia antidogmtica. Pelo menos deveria s-lo. A cincia, em particular a fsica, parte de uma viso do mundo que , de acordo com a terminologia utilizada por Arquimedes, um pedido que se faz. assim porque pedimos para que se admita, escala a que pretendemos descrever os fenmenos, que o mundo assuma uma determinada forma. Os outros pedidos e postulados tm de se inserir, to pacificamente quanto possvel, nesse pedido fundacional. Mas nunca perdero o estatuto de pedidos. Transform-los em dogmas perturbar a cincia com atitudes que lhe deveriam ser totalmente estranhas. (Rui Moreira. Uma nova viso da natureza. Le Monde Diplomatique, maro de 2015. Adaptado.) Baseando-se no texto, explique qual deve ser a relao entre cincia e verdades absolutas. Explique tambm a diferena entre uma viso de mundo baseada em pedidos e uma viso de mundo dogmtica.

Questão 10
2015Português

(UNESP - 2015/2 - 1 FASE) Aquesto focalizaum trecho de uma crnica do escritor Graciliano Ramos (1892-1953). Para chegar ao soberbo resultado de transformar a banha em fibra, a vem o futebol. Mas por que o futebol? No seria, porventura, melhor exercitar-se a mocidade em jogos nacionais, sem mescla de estrangeirismo, o murro, o cacete, a faca de ponta, por exemplo? No que me repugne a introduo de coisas exticas entre ns. Mas gosto de indagar se elas sero assimilveis ou no. No caso afirmativo, seja muito bem-vinda a instituio alheia, fecundemo-la, arranjemos nela um filho hbrido que possa viver c em casa. De outro modo, resignemo-nos s broncas tradies dos sertanejos e dos matutos. Ora, parece-me que o futebol no se adapta a estas boas paragens do cangao. roupa de emprstimo, que no nos serve. Para que um costume intruso possa estabelecer-se definitivamente em um pas necessrio, no s que se harmonize com a ndole do povo que o vai receber, mas que o lugar a ocupar no esteja tomado por outro mais antigo, de cunho indgena. preciso, pois, que v preencher uma lacuna, como diz o chavo. O do futebol no preenche coisa nenhuma, pois j temos a muito conhecida bola de palha de milho, que nossos amadores mambembes1jogam com uma percia que deixaria o mais experimentado sportman britnico de queixo cado. Os campees brasileiros no teriam feito a figura triste que fizeram em Anturpia se a bola figurasse nos programas das Olimpadas e estivessem a disput-la quatro sujeitos de pulso. Apenas um representante nosso conseguiu ali distinguir-se, no tiro de revlver, o que pouco lisonjeiro para a vaidade de um pas em que se fala tanto. Aqui seria muito mais fcil o indivduo salientar-se no tiro de espingarda umbiguda, emboscado atrs de um pau. Temos esportes em quantidade. Para que metermos o bedelho em coisas estrangeiras? O futebol no pega, tenham a certeza. No vale o argumento de que ele tem ganho terreno nas capitais de importncia. No confundamos. As grandes cidades esto no litoral; isto aqui diferente, serto. As cidades regurgitam de gente de outras raas ou que pretende ser de outras raas; ns somos mais ou menos botocudos, com laivos de sangue cabinda e galego. Nas cidades os viciados elegantes absorvem o pio, a cocana, a morfina; por aqui h pessoas que ainda fumam liamba2. 1 mambembe: medocre, reles, de baixa condio. 2 liamba: cnhamo, maconha. (Linhas tortas, 1971.) Na orao O do futebol no preenche coisa nenhuma (7o pargrafo) omitida, por elipse, uma palavra empregada anteriormente: