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(UNESP - 2017 - 1 FASE)Em maio deste ano, a divulg

(UNESP - 2017 - 1ª FASE)

Em maio deste ano, a divulgação do vídeo de uma moça desacordada, vítima de um estupro coletivo, provocou grande indignação na população. Num primeiro momento, prevaleceu a revolta diante da barbárie e a percepção de que o machismo, base da chamada “cultura do estupro”, persiste na sociedade. Passado o primeiro momento, as opiniões divergentes começaram a surgir. Entre os que não veem o machismo como propulsor de crimes desse tipo estão aqueles (e aquelas!) que consideraram os autores do ato uns “monstros”, o que faz do episódio um caso isolado, perpetrado por pessoas más. Houve quem analisasse o fato do ponto de vista da psicologia, sugerindo que, num estupro coletivo, o que importa é o grupo, não a mulher (como ocorre nos trotes contra calouros e na agressão entre torcidas de futebol). Mais uma vez, temos uma reflexão que se propõe explicar os fatos à luz do indivíduo e seu psiquismo. Outros deslocam o problema para as classes sociais menos favorecidas. São os que costumam ficar horrorizados com a existência de favelas, ambientes onde meninas dançam com pouca roupa ao som das letras machistas do funk.

(Thaís Nicoleti. “Discursos em torno da ‘cultura do estupro’”. www.uol.com.br, 09.06.2016. Adaptado.)

Considerando o conjunto dos argumentos mobilizados no texto para explicar a violência contra a mulher na sociedade atual, é correto afirmar que

A

a “cultura do estupro” é um conceito educacional relacionado sobretudo com o baixo nível de escolarização da população.

B

as origens e responsabilidades por tais acontecimentos devem ser atribuídas tanto aos agentes quanto às vítimas da agressão.

C

a “cultura do estupro” é um conceito científico, relacionado com desvios comportamentais de natureza psiquiátrica.

D

os episódios de barbárie social são provocados exclusivamente pelas desigualdades materiais geradas pelo capitalismo.

E

a abordagem opõe um enfoque antropológico, baseado em questões de gênero, a argumentos de natureza moral, psicológica e social.