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VestibularEdição do vestibular
Disciplina

(UNESP - 2024)Leia o soneto do poeta portugus Manu

(UNESP - 2024)

Leia o soneto do poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage, para responder às questões de 13 a 16.

 

  Olha, Marília, as flautas dos pastores,
  Que bem que soam, como estão cadentes!
  Olha o Tejo a sorrir-se! Olha: não sentes
  Os Zéfiros1 brincar por entre as flores?
   
  Vê como ali, beijando-se, os Amores
  Incitam nossos ósculos2 ardentes!
  Ei-las de planta em planta as inocentes,
  As vagas borboletas de mil cores!
   
  Naquele arbusto o rouxinol suspira;
  Ora nas folhas a abelhinha para.
  Ora nos ares, sussurrando, gira.
   
  Que alegre campo! Que manhã tão clara!
  Mas ah!, tudo o que vês, se eu não te vira,
  Mais tristeza que a noite me causara.
  (Manuel Maria Barbosa du Bocage. Poemas escolhidos, 1974.)

 

1Zéfiro: vento que sopra do ocidente.

2ósculo: beijo.

 

Na linguagem literária, visando obter maior expressividade, pode-se empregar um tempo verbal em lugar de outro. É o que ocorre nos seguintes versos:

A

“Olha o Tejo a sorrir-se! Olha: não sentes / Os Zéfiros brincar por entre as flores?” (1a estrofe)

B

“Ora nas folhas a abelhinha para. / Ora nos ares, sussurrando, gira.” (3a estrofe)

C

“Mas ah!, tudo o que vês, se eu não te vira, / Mais tristeza que a noite me causara.” (4a estrofe)

D

“Olha, Marília, as flautas dos pastores, / Que bem que soam, como estão cadentes!” (1a estrofe)

E

“Vê como ali, beijando-se, os Amores / Incitam nossos ósculos ardentes!” (2a estrofe)