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Questões de Filosofia - UNESP | Gabarito e resoluções

Questão 60
2021Filosofia

(UNESP 2021 - 1 fase) A filosofia no mais um porto seguro, mas no , tampouco, um continente de ideias esquecidas que merece ser visitado apenas por curiosidade. Muitas pessoas supem que a cincia e a tecnologia, especialmente a fsica e a neurocincia, engoliro a filosofia nas prximas dcadas, sem saberem que, ao defender esse ponto de vista, esto implicitamente apoiando uma posio filosfica discutvel. Certamente, muitas questes da filosofia contempornea passaram a ser discutidas pelas cincias. Mas h outras, no campo da tica, da poltica e da religio, cuja discusso ainda engatinha e para as quais a cincia no tem, at agora, fornecido nenhuma soluo. (Joo de Fernandes Teixeira. Por que estudar filosofia?, 2016.) De acordo com o texto, a filosofia

Questão 10
2020FilosofiaSociologia

(UNESP - 2020 - 2 FASE) Texto 1 No sentido mais amplo do progresso do pensamento, o esclarecimento tem perseguido sempre o objetivo de livrar os homens do medo e de investi-los na posio de senhores. Mas a terra totalmente esclarecida resplandece sob o signo de uma calamidade triunfal. O programa do esclarecimento era o desencantamento do mundo. Sua meta era dissolver os mitos e substituir a imaginao pelo saber. Francis Bacon, o pai da filosofia experimental, capturou bem a mentalidade da cincia que se fez depois dele. O saber que poder no conhece barreira alguma. O que os homens querem aprender da natureza como empreg-la para dominar completamente a ela e aos homens. Nada mais importa. (Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. Dialtica do esclarecimento, 1985. Adaptado.) Texto 2 A crise ambiental para a qual o modelo insustentvel de desenvolvimento do ser humano conduziu a Terra tem facetas preocupantes: as mudanas climticas ameaadoras e transversais, a perda dramtica de biodiversidade, a reduo drstica da gua doce disponvel, a poluio letal do ar, a profuso de plsticos nos mares e oceanos, a pesca excessiva. (Esther Snchez e Manuel Planelles. As mudanas sem precedentes necessrias para evitar uma catstrofe ambiental global. https://brasil.elpais.com, 13.03.2019. Adaptado.) a) Com base no texto 1, explique o que seria o desencantamento do mundo e o programa do esclarecimento. b) Relacione o princpio da cincia moderna, presente no texto 1, com a crise ambiental, descrita no texto 2.

Questão 36
2020Filosofia

(UNESP - 2020 - 1 FASE)Cada um de ns pe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direo suprema da vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte indivisvel do todo. [...] um corpo moral e coletivo, composto de tantos membros quantos so os votos da assembleia [...]. Essa pessoa pblica, que se forma, desse modo, pela unio de todas as outras, tomava antigamente o nome de cidade e, hoje, o de repblica ou de corpo poltico, o qual chamado por seus membros de Estado [...]. (Jean-Jacques Rousseau. Os pensadores, 1983.) O texto, produzido no mbito do Iluminismo francs, apresenta a doutrina poltica do

Questão 55
2020Filosofia

(UNESP - 2020 - 1 FASE) Em 4 de julho de 2012, foi detectada uma nova partcula, que pode ser o bson de Higgs. Trata-se de uma partcula elementar proposta pelo fsico terico Peter Higgs, e que validaria a teoria do modelo padro, segundo a qual o bson de Higgs seria a partcula elementar responsvel pela origem da massa de todas as outras partculas elementares. (Jean Jnio M. Pimenta et al. O bson de Higgs. In: Revista brasileira de ensino de fsica, vol. 35, no 2, 2013. Adaptado.) O que se descreve no texto possui relao com o conceito de arqu, desenvolvido pelos primeiros pensadores pr-socrticos da Jnia. A arqu diz respeito

Questão 56
2020FilosofiaInglês

(UNESP - 2020 - 1 FASE) The General Data Protection Regulation (GDPR), which came into force in 2018, was the biggest shake-up to data privacy in 20 years. A slew of recent high-profile breaches has brought the issue of data security to public attention. Claims surfaced last year that the political consultancy Cambridge Analytica used data harvested from millions of Facebook users without their consent. People are increasingly realizing that their personal data is not just valuable to them, but hugely valuable to others. Now the law on data protection is about to catch up with technological changes. (Clive Coleman. GDPR: Are you ready for the EUs huge data privacy shake-up?. www.bbc.com, 20.04.2018. Adaptado.) O texto permite abordar um problema filosfico contemporneo, que est relacionado

Questão 57
2020Filosofia

(UNESP - 2020 - 1 FASE)Do nascimento do Estado moderno at a Revoluo Francesa, ou seja, do sculo XVI aos fins do sculo XVIII, a filosofia poltica foi obrigada a reformular grande parte de suas teses, devido s mudanas ocorridas naquele perodo. O que se buscou na modernidade iluminista foi fortalecer a filosofia em uma configurao contrria aos dogmas polticos que reforavam a crena em uma autoridade divina. (Thiago Rodrigo Nappi. Tradio e inovao na teoria das formas de governo: Montesquieu e a ideia de despotismo. In: Histori, vol. 3, no 3, 2012. Adaptado.) O filsofo iluminista Montesquieu, autor de Do esprito das leis, criticou o absolutismo e props

Questão 59
2020Filosofia

(UNESP - 2020 - 1 FASE)Diariamente somos inundados por inmeras promessas de curas milagrosas, mtodos de leitura ultrarrpidos, dietas infalveis, riqueza sem esforo. Basta abrir o jornal, ver televiso, escutar o rdio, ou simplesmente abrir a caixa de correio eletrnico. A grande maioria desses milagres cotidianos vestida com alguma roupagem cientfica: linguagem um pouco mais rebuscada, aparente comprovao experimental, depoimentos de renomados pesquisadores, utilizao em grandes universidades. So casos tpicos do que se costuma definir como pseudocincia. (Marcelo Knobel. Cincia e pseudocincia. In: Fsica na escola, vol. 9, no 1, 2008.) Pode-se elaborar a crtica filosfica aos conhecimentos pseudocientficos por meio

Questão 60
2020Filosofia

(UNESP - 2020 - 1 FASE)A grande sntese da cincia moderna, estabelecendo as leis fsicas do movimento por meio de equaes matemticas e respondendo a todas as questes surgidas com a cosmologia de Coprnico, foi obra de Isaac Newton. Com ela, a fsica adquiriu um carter de previsibilidade capaz de impressionar o homem moderno. A evoluo do pensamento cientfico, iniciada por Galileu e Descartes, em direo concepo de uma natureza descrita por leis matemticas chegava, assim, a seu grande desabrochar. (Claudio M. Porto e Maria Beatriz D. S. M. Porto. A evoluo do pensamento cosmolgico e o nascimento da cincia moderna. In: Revista brasileira de ensino de fsica, vol. 30, no 4, 2008. Adaptado.) A base da grande sntese newtoniana foi, de certa forma, preparada pelo humanismo renascentista, que

Questão
2020Filosofia

(UNESP - 2020 - 2 FASE) Uma questo que acompanha todo o pensamento medieval, e um foco permanente de tenso na filosofia crist durante esse perodo, constitui o que ficou conhecido por conflito entre razo e f. Mesmo os defensores da importncia da filosofia grega admitiro que os ensinamentos dos textos sagrados tm precedncia e, portanto, s podem ser aceitas doutrinas filosficas compatveis com esses ensinamentos. Podemos dizer que a leitura que os primeiros pensadores cristos fazem da filosofia grega sempre altamente seletiva, tomando aquilo que consideram compatvel com o cristianismo enquanto religio revelada. Portanto, o critrio de adoo de doutrinas e conceitos filosficos , em geral, determinado por sua relao com os ensinamentos da religio. Nesse sentido, privilegia-se sobretudo a metafsica platnica, com seu dualismo entre mundo espiritual e material. (Danilo Marcondes. Iniciao histria da filosofia, 2004. Adaptado.) a) Qual o nome da teoria dualista formulada por Plato, indicada no texto? Explique essa teoria. b) Em que consiste o conflito entre razo e f, no perodo medieval, abordado pelo texto? Explique como esse conflito contribuiu para a seleo do dualismo platnico pelos primeiros pensadores cristos.

Questão
2020Filosofia

(UNESP - 2020 - 2 FASE) Texto 1 A Esttica sob o aspecto de mera cincia da sensibilidade chega ao seu fim no sculo XX e progressivamente substituda por um discurso que conjuga racionalidade e afetividade. Agora ser preciso tentar compreender aisthesis no mais atravs da dicotomia tradicional entre senso (razo) e sensvel (afetividade), mas como uma experincia simultnea de percepo sensvel e percepo de sentido (racional). (Charles Feitosa. Explicando a filosofia com arte, 2004. Adaptado.) Texto 2 Inicialmente Kant opera com o termo esttica na Crtica da razo pura segundo o significado de conhecimento sensvel, no campo da teoria do conhecimento. Nessa obra, a esttica designa uma importante parte da teoria do conhecimento. Segundo Kant, sem sensibilidade nenhum objeto nos seria dado, e sem entendimento nenhum objeto seria pensado. Pensamentos sem contedo so vazios, intuies sem conceito so cegas. O conhecimento possui duas partes. (Marco Aurlio Werle. O lugar de Kant na fundamentao da esttica como disciplina filosfica. In: Doispontos, vol. 2, no 2, outubro de 2005. Adaptado.) a) Qual o principal objeto de investigao filosfica da disciplina Esttica? Por que a Esttica tradicionalmente associada sensibilidade? b) De acordo com o texto 2, quais so as duas partes do conhecimento? Qual a importncia da esttica na produo do conhecimento?

Questão 9
2019Filosofia

(UNESP - 2019 - 2 fase) Texto 1 Qual seria a [religio] menos m? No seria a mais simples? No seria a que ensinasse muita moral e poucos dogmas? A que se empenhasse em tornar os homens justos sem os tornar absurdos? A que no ordenasse a crena em coisas impossveis, contraditrias, injuriosas para a Divindade e perniciosas para o gnero humano e no se atrevesse a ameaar com penas eternas quem quer que tivesse um juzo normal? No seria a que no sustentasse a sua crena com carrascos e no inundasse a terra com sangue por causa de sofismas ininteligveis? [...] A que unicamente ensinasse a adorao de um s Deus, a justia, a tolerncia e a humanidade? (Franois M. A. de Voltaire. Dicionrio filosfico, 1984.) Texto 2 [A religio crist] ensina [...] aos homens estas duas verdades: tanto que h um Deus de que os homens so capazes, quanto que h uma corrupo na natureza que os torna indignos dele. Importa igualmente aos homens conhecer um e outro desses pontos; e igualmente perigoso para o homem conhecer a Deus sem conhecer a prpria misria, e conhecer a prpria misria sem conhecer o Redentor que pode cur-lo dela. Um s desses conhecimentos faz ou a soberba dos filsofos que conheceram a Deus, e no a sua misria, ou o desespero dos ateus, que conhecem a sua misria sem o Redentor. (Blaise Pascal. Pensamentos, 2015.) a) Com base no texto 1, justifique por que Voltaire foi um pensador que defendeu a emancipao do gnero humano. Explique por que o carter dogmtico da religio irracionalista. b) Justifique por que o texto 2 apresenta um olhar positivo sobre a religio, quando comparado ao texto 1. Explique por que Pascal pode ser considerado um telogo.

Questão 10
2019HistóriaFilosofiaSociologia

(UNESP - 2019 - 2 FASE) Texto 1 O Iluminismo no somente uso crtico da razo; tambm o compromisso de utilizar a razo e os resultados que ela pode obter nos vrios campos de pesquisa para melhorar a vida individual e social do homem. O compromisso de transformao, prprio do Iluminismo, leva concepo da histria como progresso, ou seja, como possibilidade de melhoria do ponto de vista do saber e dos modos de vida do homem. Por outro lado, na cultura contempornea, a crena no progresso foi muito abalada pela experincia das duas guerras mundiais e pelas mudanas que elas produziram no campo da histria. (Nicola Abbagnano. Dicionrio de filosofia, 2000. Adaptado.) Texto 2 H um quadro de [Paul] Klee que se chama Angelus Novus. Representa um anjo que parece querer afastar-se de algo que ele encara fixamente. Seus olhos esto escancarados, sua boca dilatada, suas asas abertas. O anjo da histria deve ter esse aspecto. Seu rosto est dirigido para o passado. Onde ns vemos uma cadeia de acontecimentos, ele v uma catstrofe nica, que acumula incansavelmente runa sobre runa e as dispersa a nossos ps. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraso e prende-se em suas asas com tanta fora que ele no pode mais fech-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de runas cresce at o cu. Essa tempestade o que chamamos progresso. (Walter Benjamin. Sobre o conceito de histria. In: Magia e tcnica, arte e poltica, 1987.) a) De acordo com o texto 1, qual a relao entre razo e progresso? Explique o papel contraditrio da cincia para a realizao do progresso na histria. b) Cite as informaes do texto 1 que justificam a concepo de Walter Benjamin sobre o progresso. Explique por que, segundo Benjamin, a histria pode ser entendida como progresso da barbrie.

Questão 11
2019Filosofia

(UNESP - 2019 - 2 fase) Texto 1 Para Ren Descartes, o que fundamenta o mtodo universal para conhecer o mundo a reta razo, que pertence a todos os homens, sendo a coisa mais bem distribuda do mundo. Mas o que essa reta razo? A faculdade de julgar bem e distinguir o verdadeiro do falso propriamente aquilo que se chama bom senso ou razo, que naturalmente igual em todos os homens. A unidade das cincias remete unidade da razo. E a unidade da razo remete unidade do mtodo. O saber deve basear-se na razo e repetir sua clareza e distino, que so os nicos pressupostos irrenunciveis do novo saber. (Giovanni Reale e Dario Antiseri. Histria da filosofia, 1990. Adaptado.) Texto 2 Quase sem exceo, os filsofos colocaram a essncia da mente no pensamento e na conscincia. O homem era o animal consciente, o animal racional. Mas, para Schopenhauer, a conscincia a simples superfcie da nossa mente. Sob o intelecto consciente est a vontade inconsciente, uma fora vital, persistente, uma vontade de desejo imperioso. s vezes, pode parecer que o intelecto dirija a vontade, mas s como um guia conduz o seu mestre. Ns no queremos uma coisa porque encontramos motivos para ela, encontramos motivos para ela porque a queremos; chegamos at a elaborar filosofias e teologias para disfarar os nossos desejos. Da a inutilidade da lgica: ningum jamais convenceu algum usando a lgica. Para convencer um homem, preciso apelar para o seu interesse pessoal, seus desejos, sua vontade. (Will Durant. A histria da filosofia, 1996. Adaptado.) a) Com base no texto 1, justifique por que o mtodo de Descartes aspira universalidade. Explique a importncia da matemtica para a produo de conhecimentos dotados de clareza e distino. b) Em que consiste a ruptura filosfica estabelecida por Schopenhauer na relao entre razo e emoo? Explique a diferena entre Descartes e Schopenhauer quanto ao papel da conscincia na relao com a realidade.

Questão 12
2019Filosofia

(UNESP - 2019 - 2 fase) Coprnico tira a Terra do centro do Universo e, com ela, o homem. A revoluo cientfica no consistiu somente em adquirir teorias novas e diferentes das anteriores sobre a astronomia, o corpo humano e o planeta. A revoluo cientfica foi uma revoluo da ideia de saber e de cincia. A cincia no mais a intuio privilegiada do mago ou astrlogo iluminado, mas sim investigao e discurso sobre o mundo da natureza. Tratou-se de um processo verdadeiramente complexo que encontra seu resultado mais claro na autonomia da cincia em relao s proposies de f. O discurso qualifica-se porque procede com base nas experincias sensatas e nas demonstraes necessrias. A cincia cincia experimental. atravs do experimento que os cientistas tendem a obter proposies verdadeiras sobre o mundo. (Giovanni Reale e Dario Antiseri. Histria da filosofia, 1990. Adaptado.) a) A qual tese de Coprnico o texto faz referncia? Explique a diferena entre a intuio do mago e a cinciaexperimental. b) Justifique, com base no texto, por que a revoluo cientfica implicou a superao do teocentrismo. Explique a importncia do experimento para a superao de concepes dogmticas de mundo.

Questão 29
2019FilosofiaPortuguês

(UNESP - 2019 - 2 FASE) Leia o trecho do ensaio A transitoriedade, de Sigmund Freud (1856-1939), para responder a questo. Algum tempo atrs, fiz um passeio por uma rica paisagem num dia de vero, em companhia de um poeta jovem, mas j famoso. O poeta admirava a beleza do cenrio que nos rodeava, porm no se alegrava com ela. Era incomodado pelo pensamento de que toda aquela beleza estava condenada extino, pois desapareceria no inverno, e assim tambm toda a beleza humana e tudo de belo e nobre que os homens criaram ou poderiam criar. Tudo o mais que, de outro modo, ele teria amado e admirado, lhe parecia despojado de valor pela transitoriedade que era o destino de tudo. Sabemos que tal preocupao com a fragilidade do que belo e perfeito pode dar origem a duas diferentes tendncias na psique. Uma conduz ao doloroso cansao do mundo mostrado pelo jovem poeta; a outra, rebelio contra o fato constatado. No, no possvel que todas essas maravilhas da natureza e da arte, do nosso mundo de sentimentos e do mundo l fora, venham realmente a se desfazer. Seria uma insensatez e uma blasfmia acreditar nisso. Essas coisas tm de poder subsistir de alguma forma, subtradas s influncias destruidoras. Ocorre que essa exigncia de imortalidade to claramente um produto de nossos desejos que no pode reivindicar valor de realidade. Tambm o que doloroso pode ser verdadeiro. Eu no pude me decidir a refutar a transitoriedade universal, nem obter uma exceo para o belo e o perfeito. Mas contestei a viso do poeta pessimista, de que a transitoriedade do belo implica sua desvalorizao. Pelo contrrio, significa maior valorizao! Valor de transitoriedade valor de raridade no tempo. A limitao da possibilidade da fruio aumenta a sua preciosidade. incompreensvel, afirmei, que a ideia da transitoriedade do belo deva perturbar a alegria que ele nos proporciona. Quanto beleza da natureza, ela sempre volta depois que destruda pelo inverno, e esse retorno bem pode ser considerado eterno, em relao ao nosso tempo de vida. Vemos desaparecer a beleza do rosto e do corpo humanos no curso de nossa vida, mas essa brevidade lhes acrescenta mais um encanto. Se existir uma flor que floresa apenas uma noite, ela no nos parecer menos formosa por isso. Tampouco posso compreender por que a beleza e a perfeio de uma obra de arte ou de uma realizao intelectual deveriam ser depreciadas por sua limitao no tempo. Talvez chegue o dia em que os quadros e esttuas que hoje admiramos se reduzam a p, ou que nos suceda uma raa de homens que no mais entenda as obras de nossos poetas e pensadores, ou que sobrevenha uma era geolgica em que os seres vivos deixem de existir sobre a Terra; mas se o valor de tudo quanto belo e perfeito determinado somente por seu significado para a nossa vida emocional, no precisa sobreviver a ela, e portanto independe da durao absoluta. (Introduo ao narcisismo, 2010. Adaptado.) a)Explique sucintamente a diferena entre a viso de Freud e a viso do jovem poeta sobre a transitoriedade do belo. b)Transcreva do segundo pargrafo uma orao em que a ocorrncia de vrgula indica a supresso de um verbo. Identifique o verbo suprimido nessa orao.