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(UNICAMP - 2013 - 2 FASE) (...) Quando o Bugre sai

Português | Literatura | romantismo | primeira geração romântica | geração nacionalista
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(UNICAMP - 2013 - 2ª FASE)

– (...) Quando o Bugre sai da furna, é mau sinal: vem ao faro do sangue como a onça. Não foi debalde que lhe deram o nome que tem. E faz garbo disso!

– Então você cuida que ele anda atrás de alguém?

– Sou capaz de apostar. É uma coisa que toda a gente sabe. Onde se encontra Jão Fera, ou houve morte ou não tarda.

Estremeceu Inhá com um ligeiro arrepio, e volvendo em torno a vista inquieta, aproximou-se do companheiro para falar-lhe em voz submissa:

– Mas eu tenho-o encontrado tantas vezes, aqui perto, quando vou à casa de Zana, e não apareceu nenhuma desgraça.

– É que anda farejando, ou senão deram-lhe no rasto e estão-lhe na cola.

– Coitado! Se o prendem! – Ora qual. Dançará um bocadinho na corda!

– Você não tem pena?

– De um malvado, Inhá!

– Pois eu tenho!

(José de Alencar, Til, em Obra completa, vol. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958, p. 825.) 

a) Explicite quais são as duas faces dessa ambivalência. 

b) Exemplifique cada face dessa ambivalência com um episódio do romance.