(Unisc 2015) O clientelismo é uma das características históricas da política brasileira. Pode ser definido como uma relação de troca de favores entre agentes políticos, agentes econômicos e cidadãos. O historiador José Murilo de Carvalho define o clientelismo como um tipo de relação que “envolve a concessão de benefícios públicos, na forma de empregos, benefícios fiscais, isenções, em troca de apoio político, sobretudo na forma de voto”.
(CARVALHO, J.M. Mandonismo, coronelismo, clientelismo: uma discussão conceitual. Dados, v. 40, n. 2, 1997, p. 229-250.)
Com base na citação acima, indique a alternativa que não constitui uma prática de clientelismo.
Um candidato a cargo político faz entrega de “ranchos” em bairros pobres em troca de votos.
No início do século XX, era comum o coronelismo, sistema em que o “coronel” local, por comandar um lote de “votos a cabresto”, era o intermediário dos serviços públicos prestados pelo poder central aos cidadãos.
Um empresário promete apoio da empresa a um candidato a presidente em troca de isenção de impostos na nova unidade da empresa.
Cada beneficiário do programa Bolsa Família retira, usualmente, o benefício no banco, utilizando seu cartão bancário, sem necessidade do apoio ou intervenção de algum agente político.
Os donos de uma empresa de radiodifusão promovem uma cobertura jornalística amistosa acerca das ações do governo após terem obtido redução de impostos para as emissoras de comunicação.